Tumgik
alaniha · 1 month
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Das mulheres sem aquelas obrigações malucas que nunca deveriam existir
Eu como mulher hoje entendo o quanto de pressão tenho sobre mim mesma. Quantas vezes me senti culpada por algo que disse e que poderia magoar o outro? Quantos momentos me preocupei com os sentimentos da minha companhia e desistir de viver algo que eu desejava?
As mulheres tem disso, né? Esse sentimento de obrigação, de cuidar dos outros, de pisar em ovos. Não se pode ser rude ou será mal vista. Não se pode ser sincera ou magoará alguém. Não se pode ser isso. Não se pode ser aquilo.
Isso vem de algum lugar e nós sabemos qual é, mas também não vem ao caso. O que importa é não se sentir mais culpada por dizer algo que pensa e deixar o outro lidar com isso. Ele que lute!
Não deveria ser responsabilidade minha lidar com o que ele me oferece e lidar para que ele não "sofra" com as minhas ações.
Claro que não estou falando de coisas extremas. Não estou dizendo sobre ações que requerem responsabilidade afetiva. Não é isso. Mas digo sim sobre aquele "não gostei" que a gente gostaria de dizer, mas não diz com medo de magoar o outro. Ou aquele "isso não me agrada". Coisas assim...
Nós mulheres não deveríamos ter que filtrar nossas palavras nesses momentos. Dizer que não gostou de algo ou dar nossa opinião sincera não devia ser algo bloqueado por nós porque isso pode chatear alguém. Isso é injusto com a gente, pois sabemos que ao contrário não é bem assim que acontece. E eu só queria poder me sentir mais solta dessas obrigações sem sentido.
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alaniha · 2 months
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Não choro mais e a casa ainda parece muito silenciosa.
Não sei se isso é porque ele trazia vida ao lugar ou se a falta dele é que me trouxe silêncio.
Na verdade, uma casa só tem vida quando se tem vivos morando nela.
E se essa casa perdeu um ser vivo que morava aqui, então ela ficou sim um pouco mais silenciosa.
Assim como eu fiquei, pois ele também habitava em mim.
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alaniha · 5 months
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Uma carta sincera para o verdadeiro amor da vida
Antes era só eu e você. Mesmo assim não me sentia completa. Não tinha as coisas que tanto desejava. Hoje tenho tudo que sempre quis, mas me sinto sozinha pois não tenho mais você.
Era tão normal te ter comigo diariamente. Preenchendo minha cabeça de ideias, sonhos e ilusões. Construindo mundos e dialetos que só a gente entendia.
Talvez eu não tenha te dado o valor que deveria. Talvez não, eu não dei. Era tão normal te ter comigo, tão natural que nem me dei conta. Te coloquei guardado numa gavetinha aqui dentro de mim e fui viver. Afinal, a gente precisa estudar, trabalhar, crescer...
Te guardei pra depois enquanto me focava em coisas. Hoje percebo que algumas nem valiam o nosso tempo juntos desperdiçado, as nossas aventuras e diversões não concluídas.
Mas tudo bem. Não dá pra se culpar a vida inteira. Você sabe bem como me sinto e sabe que o sentimento é real. Sinto sua falta e isso é fato.
Antes eu achava que não tinha experiência de vida suficiente para estar com você. Eu precisa viver mais ou te encheria com minhas ideias infantis. Bom, hoje estou com quase 34 anos. Acho que já vivi muitas coisas que fariam eu perder aquela imagem de menina. É tanto tempo que a cabeça muda, as ideias mudam. Elas não surgem mais do nada de forma absurda. Elas têm bases e raízes fortes.
E não tem como falar de raízes sem lembrar do início. E o início de tudo era eu e você. E é lá onde quero estar. Mas não um início igual. Até porque sabemos que o tempo não anda ao contrário e não volta atrás. Eu quero um novo começo contigo. Juntar tudo que sei hoje e aprendi durante todos esses anos com aquela essência de nós dois que nem me lembro bem desde quando começou. Mas isso não importa tanto assim.
Acho que chegou a hora de abrir essa gaveta onde te deixei desde lá atrás. Onde nunca deveria ter deixado. Afinal a minha vida não é totalmente minha, não é completa se eu não puder compartilhar ela contigo e assim poder construir histórias incríveis à dois.
Bem-vindo de volta de onde nunca deveria ter saído.
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alaniha · 8 months
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Da maturidade para entender seu próprio tempo
Eu sempre tive pressa. E essa pressa acabou fazendo com que eu me colocasse em situações que claramente não eram para mim. Tentei forcar amores e até mesmo amizades que só causaram angústias e sofrimentos. Sem falar no tempo perdido que podia ter sido investido em algo pra mim, para o meu crescimento pessoal ou profissional. Quem sabe até mesmo um hobbie daquela lista de desejos que sempre quis realizar?!
Foi preciso apanhar para entender a verdade sobre o tempo. Sobre o meu tempo que passa diferente porque cada pessoa tem seu próprio ritmo. Não falo sobre o tempo do relógio que é igual para todos, mas sim sobre o tempo de entender, de absorver o conhecimento, de aceitar, perdoar e superar. Esse tempo interno dentro de nós que roda diferente, que prioriza coisas diferentes de acordo com a nossa bagagem emocional.
Talvez eu tivesse pressa porque queria ser como alguém que eu admirava. Ou talvez fosse qualquer outro motivo. Pular sofrimentos ou pular decepções, quem sabe? Apressar as coisas para chegar nas partes felizes da vida. Afinal, quem quer ficar sofrendo, não é mesmo?
Enfim, o tempo. O meu tempo. Acho que finalmente entendi e aceitei que ele roda diferente do tempo dos outros. Que os tempos das pessoas não são iguais.
Hoje em dia, por exemplo, tenho presenciado muitos casamentos. A Alana do passado estaria frustrada nesse momento porque ela sempre quis casar e construir família a todo custo. No entanto, a Alana do presente está muito bem com o tempo dela. Por mais que possa devanear sobre casar eu me sinto muito segura sobre meu momento atual. Estou exatamente onde deveria estar.
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alaniha · 1 year
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Do tempo que não precisamos perder e da verdade que precisamos encontrar
Sinto que os 30 de hoje são os novos 20. Acredito que seja assim para algumas pessoas também. O que vivo hoje é o que imaginei viver há 10 anos atrás. Um trabalho bom, uma casa boa, um namoro saudável, uma vida tranquila.
Às vezes sinto que fiquei congelada dos meus 20 aos 30 anos, que fiquei parada no tempo. E realmente fiquei. Nesses 10 anos minha vida caminhou pouco, pois meu foco estava na vida de outra pessoa. Vivia em função de alguém que eu apoiava, cuidava e incentivava. Vivia a vida desse outro, sua família e amigos. A minha vida mesmo parou. Tanto que às vezes sinto que deixei a minha família e meus amigos um pouco de lado.
De certa forma não tenho arrependimentos. Não me martirizo ou fico frustrada por 10 anos "jogados fora". Entendo bem que eles serviram pra construir quem sou hoje e de quem tenho muito orgulho de ser. A gente sempre pode aprender com as coisas boas e com as ruins o que queremos e também que não queremos, sabe? Mas com a cabeça de hoje eu percebo todas as coisas que podia ter feito diferente e o que podia ter feito por mim me colocado como prioridade. E se eu pudesse ajudar alguém a entender tudo isso sem precisar entrar nesse período de estagnação eu já seria muito feliz.
Hoje a vida parece muito simples e eu consigo perceber que aquilo que não encaixa pra mim não me pertence e está tudo bem, outra coisa pertencerá, não é o fim do mundo. Eu não preciso me desdobrar, ir contra meus desejos, contra meus princípios, para agradar outras pessoas. Não preciso me desdobrar de forma exaustiva para ser aceita. Não preciso.
É claro que existe a evolução pessoal. Não seremos os mesmos pra sempre. Estamos mudando, aprendendo e evoluindo. Me refiro aqui àquele esforço absurdo que fazemos para agradar os outros, para sermos aceitos e amados. Esse não precisa. Não dá pra deixar tudo da sua vida, se apagar por completo para viver a vida de outro alguém. Tudo tem limite. Amar é se doar até certo ponto. Deixar de ser quem somos, perder nossa essência e tentar se encaixar onde no fundo sabemos que não nos encaixamos não é amor, são apenas gestos desesperados por aceitação.
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alaniha · 1 year
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Do carinho que todos nós merecemos receber
Sempre fui de cuidar com carinho daqueles que amo. Posso não dizer com palavras, mas meus gestos não me deixam mentir. Me preocupo com o bem-estar, me preocupo em ouvir, aconselhar, dar colo. Mas do que uma namorada, sempre quis ser uma parceira, uma companheira de verdade. Relacionamento pra mim tinha que ser assim.
Algumas vezes fiz a tal da minha parte mesmo quando não existia relação. Em outras, fiz sozinha sem esperar nada em troca. E nada mesmo veio. Parecia tão natural a vida assim. Tão natural me doar. Cuidar. Prevenir. "Isso é coisa de mulher" como dizem. "Toda mulher deve ser assim. Instinto de mãe." Mas não, não devia ser só "coisa" de mulher.
Me surpreendi quando ele penteou meu cabelo. Quando ele passou creme em mim. Me surpreendi com aquele gesto delicado de cuidado. E me dei conta que cuidar é legal, mas ser cuidada pode ser igualmente bom e necessário. Um carinho despretensioso, um beijinho na testa, um chamego, uma preocupação do outro de fazer o melhor para nós. Isso me enche de um amor que não cabe em palavras. E me faz perceber que hoje eu amo de uma maneira que nunca amei, mas que sempre desejei experimentar. Coisas tão simples, mas que todos deveriam receber. Todos deveriam viver assim.
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alaniha · 1 year
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Dos fantasmas com os quais não sabemos lidar
Me considero uma pessoa muito tranquila que não tem problemas com os outros, mas em alguns momentos algumas situações pegam a gente. Nessas horas me torno a pessoa que custa esquecer. Principalmente quando a situação vem de alguém próximo, principalmente quando a pessoa parece fazer pouco caso do meu sentimento. Uma mágoa se instaura dentro de mim daquelas que eu não gosto, mas não consigo apagar. E quanto mais o tempo passa, e mais mágoas se somam, eu crio um muro em mim que parece feito de concreto ou qualquer material desses difícil de quebrar. As situações passam a me tirar do sério facilmente de um jeito bizarro mesmo que eu só queira esquecer e deixar pra lá. Todos nós temos nossas próprias lutas contra aqueles fantasmas que nos importunam. E essa luta é diária de perdão comigo e com o outro mesmo que ele não mereça, mesmo que eu ainda ache suas atitudes erradas naquele momento. No final, apenas eu estou me fazendo mal por não perdoar.
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alaniha · 1 year
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Das metas de um novo ano
A melhor hora de fazer é agora! Coloque nas metas de ano objetivos que sejam bons pra você. Reserve um pouco do seu tempo para se conectar consigo mesmo. Faça atividades que sempre quis fazer. Lembre-se que estar junto é muito gostoso, mas estar só não precisa ser um problema. Afinal é bom demais ficar apenas na sua própria companhia. Cuide da sua saúde, por mais complicado que seja encontrar um tempo. Pelo menos um pouco. Também aprenda coisas novas no trabalho e se dê um tempo para o lazer. E acima de tudo se perdoe quando as coisas não sairem como planejado.
Aprender, reconhecer e recomeçar são palavras preciosas assim como respeito. Tão importante que estar bem conosco é estar bem com o próximo e com a nossa consciência. Não faça coisas que possam prejudicar outro alguém. Não há nenhum propósito que justifique isso. Tenha um ano tranquilo, ótimo e mesmo que no fim dele nem todas as metas sejam perfeitamente cumpridas, saiba que é possível recomeçar.
Que essas palavras possam lhe fazer sentido e lhe dar forças todas as vezes que houverem dúvidas. Seja bom pra você, seja bom com os outros e tenha uma vida boa.
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alaniha · 2 years
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Da importância de reconhecer nosso verdadeiro papel
Esses dias percebi que é muito mais fácil ser vítima do que vilã ou mocinha. Talvez isso não aconteça com todo mundo, mas na minha vida em muitos momentos me coloquei na situação de vítima. "Coitada de mim a traída, a que cuida demais, a injustiçada". Sempre pareceu mais fácil lidar com esse tipo de pensamento.
É fácil ser a vítima. É fácil achar que estão agindo errado comigo. Que o fulano podia ter pensado em mim. Acho que muito por isso eu sempre estive mais na defensiva. Sendo passiva da ação dos outros.
Causar dor e se tornar a vilã da situação, se proteger de algo, reagir a algo que não te agrada. Ou até mesmo ser a mocinha da sua própria vida e ter atitudes que condizem com o que deseja, mas que possam causar desconforto nos outros. Enfim, tudo isso nunca foi algo fácil pra mim. Era muita culpa pra carregar. A culpa pesa muito. Muito mais do que se sentir a vítima injustiçada.
De repente eu percebi o quanto faço isso. O quanto é mais fácil deixar algo ruim acontecer comigo e lidar com me sentir a coitada depois e a pessoa se sentir mal (às vezes) por mim também. Do que dizer "não quero" e depois ficar pensando que estraguei aquele momento para o outro, ou outros.
Ser a pessoa que sofre é menos pior do que ser a que causa o sofrimento. Mas não é nada legal para nós mesmos sermos assim. É claro que não devemos ultrapassar o limite alheio, só que os nossos limites são tão importantes quanto. E eles não podem ser deixados de lado só porque o outro pode não curtir tanto assim.
Isso pareceu tão claro pra mim esses dias. Esse papel de vítima que sempre me coloquei. Não quero mais me colocar no "pior lugar" só pra que os outros não se sintam mal. Às vezes mais por mim do que por eles na verdade. Afinal, a vida é assim. Não dá para agradar todo mundo e está tudo bem. O importante é sempre estar de bem consigo mesmo.
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alaniha · 2 years
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Dos contos de fadas que não podemos mais acreditar
Relacionamentos interpessoais são muito complexos, várias ramificações e possibilidades. Mas, na minha opinião, um ponto importante é entender que não existe bem e mal, não existe vítima e culpado. Todos temos um pouco de tudo. Quando entendemos isso a vida fica mais leve.
Se ver como vítima e ver o outro como culpado é se colocar num patamar inferior, ser alguém que precisa ser salvo. E taxar o outro como vilão intensificando seu "poder". Ficamos esperando uma redenção do vilão ou que ele pague por seus atos. Ficamos esperando...
Quando deixamos esse modo de interpretar de lado, passamos a ver as pessoas apenas como aquilo que são, falhas. Os outros não são mais nem menos que nós. Passamos a ter mais confiança para negar pessoas ou situações que julgamos não serem boas. Nos prevenimos. Nos blindamos daquilo que não vale a pena.
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alaniha · 2 years
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Minha vida é uma piada: Varal
Uma vez no passado eu voltava junto com meu ex-namorado de uma balada. Devia ser 3h, 4h ou 5h da manhã, sei lá. Estávamos alegres e andando torto. Na época, ele morava num lugar mais rural e tinham alguns campos vazios próximo. Meio sinistro à noite.
Entramos na rua que dava acesso a casa dele e nada. Absolutamente nada. Nenhuma pessoa na rua ou barulho, só a luz dos postes iluminando o breu. Viramos a primeira rua a direita, a primeira a esquerda e logo que entramos vimos uma pessoa parada perto de uma casa.
Continuamos andando atentos, tentando nos concentrar apesar do álcool. Fiquei apreensiva. Alguém sozinho em pé na frente de casa, boa coisa não deve ser. Provavelmente confabulamos muitas coisas até alcançar o ser misterioso (não me recordo muito bem o quê). Até andar na calçada oposta nós andamos.
Quando chegamos bem perto primeiro veio o susto e depois o riso. Percebemos que não era uma pessoa. Na verdade, era um boneco fofão pendurado pelos ombros no varal. Parecia até que estava levitando. O efeito do álcool passou rapidinho depois daquilo e apressamos o passo para chegar logo em casa.
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alaniha · 2 years
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Minha vida é uma piada: Elevador
À noite, voltando cansada do treino, só com forças pra existir, entrei no alevador do prédio, apertei o andar e esperei. A porta abriu e eu saí, mas estava tudo escuro e pensei: "Nossa, não lembrava que a luz daqui estava ruim. Vou andar em direção a minha casa e uma hora ela acende".
E eu andei, o corredor todo praticamente. Quase chegando na porta a luz acendeu e para a minha surpresa não a reconheci. Fui conferir o número do apartamento e descobri que estava dois andares acima do meu. Só pensei na gargalhada que o porteiro deve ter dado quando desci no andar errado.
Até pensei em voltar de escada para não dar esse gostinho a ele, mas eu estava tão cansada que chamei o elevador de novo e desci como se nada tivesse acontecido.
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alaniha · 2 years
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Minha vida é uma piada: Golpe no cartão
Era a minha segunda mudança depois que deixei de morar com meus pais. Durante a correria dos meus dias eu precisava ligar para os serviços necessários, além de trabalhar e ajeitar as coisas. Enfim, detesto mudanças rs.
Durante um dia de trabalho meu telefone tocou. Não sou de atender número desconhecido, mas dessa vez atendi. Sei lá, talvez eu pensasse que podia ser alguma dessas coisas que vinha fazendo recentemente, e realmente foi.
A moça do outro lado comentou sobre minha assinatura de banda larga e disse que eu ia precisar de um provedor também e que a empresa dela oferecia esse serviço, era barato e eu podia cancelar quando quissesse. Algo assim.
Com a cabeça cheia de preocupações sobre a mudança fui me deixando levar pelo papo da tal atendente. Até que chegamos ao ponto principal da conversa, o momento do pagamento.
Ela pediu o número do meu cartão de crédito e eu meio insegura acabei passando. Em seguida, me pediu o código de segurança e sim, eu passei também.
"Não estou conseguindo efetuar o pagamento, a senhora pode tentá-lo depois?", disse ela. Nesse momento a ficha caiu para mim.
"Espera aí, você está tentando pagar agora?", respondi. Ela desconversou e desligou.
Desesperada liguei pro banco e pedi o cancelamento do cartão. Saí disso sem perder um centavo. Me dei conta de que não caí no golpe porque não tinha limite de crédito. Ou seja, fui salva pelo meu consumismo.
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alaniha · 2 years
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Minha vida é uma piada: Vidro da janela
Numa noite dessas eu dormia profundamente quando acordei no susto com um barulho, PAF! Meus gatos saíram correndo do quarto e eu pulei da cama já pensando que eles haviam derrubado alguma coisa. O que é um hábito bem comum por aqui.
Atravessei a casa de uma ponta a outra procurando evidências. Nada. Me lembrei que recentemente aconteceram casos no prédios de coisas que caíram da janela dos apartamentos e pensei que poderia ser isso.
Voltei as pressas pro quarto pensando no que poderia ter caído dessa vez e que não queria que tivessem sido meus gatos. Já ajoelhada no puff, fui colocar a cabeça pra fora da janela e... PAF!
Foi só nesse momento então que finalmente entendi. Um filme do que havia acontecido passou em segundos pela minha cabeça e voltei incrédula para cama.
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alaniha · 2 years
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Nossos laços
Pelos mistérios da sua boca é que me envolvi
E pelas perguntas que me fiz sem ter respostas
Da energia que define seu existir
E do seu sorriso
Os laços que nos unem parecem não ceder
Apesar de todo o nosso descompasso
És um pássaro livre que desejo acompanhar
E em ti procuro repouso
Um universo inteiro se esconde nesse olhar
Mesmo que ainda não saiba
Tudo ao redor se perde num segundo
O coração anseia ser seu conforto, silêncio e barulho
O tempo fica devagar, o vento sopra forte
Sua presença preenche toda a casa
E mesmo que somente por um instante
Te admiro existir
Sem sua companhia algo falta,
Mas ainda sou capaz de seguir
Não existe razão para te aprisionar em mim
Se é a liberdade que te faz tão belo
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alaniha · 3 years
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Meu próprio eu
Eu já me vesti em peles que não eram a minha. Em gostos que não eram meus. Em situações que não me pertenciam. Me vesti em outros que não cabiam em mim.
Da mulher que sou e que busquei ser pouco se sabe, mais hoje em dia. Do sorriso bobo e do brilho que nem mesmo eu conhecia.
Mágoas não trago, mas me entrego cada dia a mulher falha que eu posso ser. Mais me revisto de mim, me conheço e reconheço. Caio e levanto. Aprendo e evoluo.
Hoje nua com a carne exposta, a minha própria. Encaro quem sou e aceito. E luto para não vesti novamente vidas que não são a minha.
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alaniha · 3 years
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Dos nossos tantos erros
Eu já errei na vida. Ôh se já! E quem nunca errou? A beleza de existir está em errar e ter a chance de corrigir. De dar a volta por cima, de evoluir.
Não existe certeza absoluta, muito menos definitiva. Afinal as certezas são criadas pela humanidade e ela é sim falha.
Todo mundo já errou na vida. Já errou com um amigo, um familiar, um amor... Já errou consigo mesmo. Tenho pra mim que este último é o pior erro de todos. Mas todo erro é um erro. Deve ser tratado como um e tem direito a mudança.
Se não mudarem, cabe a mim decidir se desejo manter aquele erro na minha vida ou não. E, dependendo de como for, é tchau e benção. E apenas isso. Nada mais.
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