alessandroerr

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cometi um pequeno erro que me fez visitar uma questão muito sorrateira do meu pensamento, mas ao mesmo tempo muito feliz, um lindo erro na verdade.

pensar como tudo muda e como tudo passa.

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sempre vou vir com a mesma ladainha de estar aqui por que senti um ímpeto muito grande de escrever, de me expressar ademais sempre virá aquele erro de mencionar não saber por onde começar...

os começos se iniciam por aqui com um desconforto, e nesse caso foi o do orgulho ferido.

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Hoje pensei muito em você, na verdade eu senti muito sobre você. Pedi a Deus qualquer sinal, um 'oi', um 'saudades de você', mas não recebi nada, nem sei se você, de algum modo, pode pensar em mim.

Na terapia eu ensaiei tudo o que ia dizer: o remédio novo, a rotina cheio de tarefas, o mal-estar de ontem e a decisão de hoje. Mas no fim das contas, a motivo de um imprevisto, meu psicólogo desmarcou e vamos ter sessão só amanhã, e amanhã é muito longe para guardar ensaios e é uma incógnita do que serão os sentimentos ou a rotina cheia de tarefas.

Só pude contemplar o que eu sentia, observar a fundo, me deixar levar um pouco pelas emoções, frear e por outro momento refreá-las. Não sei exatamente o que pensar delas, sinto que me tocam e continuam a inundar minha cabeça de porquês e a vontade de um choro manso nessa imensidão.

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esse texto não é sobre girassóis

certa vez a suzy me levou num cartomante, fui com muito medo e também com um pouco de esperança, afinal de contas saber o que esperar do futuro nos enche de expectativa, um pouco de ganância e até de alívio por poder estar ciente sobre o que esperar.

me foi dita muita coisa sobre o aparente futuro, sobre as coisas que me perseguiriam ao longo do caminho, as pessoas pelas quais iriam surgir, levar um pouco de mim e de eu poder ficar com um pouco delas, soube também que era preciso estudar bastante, pois tinham coisas muito bonitas pra chegar se eu me permitisse a esse propósito. e não é que muita coisa aconteceu? talvez (ou muito provável) eu me encaixei em cada coisa dita e (in)conscientemente persegui cada uma delas e me livrei de muitas outras que não iam ser tão legais.

com o destino "lido" e com o tempo passado "desvendado", pude compreender algumas coisas e me confundir em tantas outras... mas algo me chamou muita atenção, o cartomante me disse que eu tinha algo muito forte com uma flor, que me trazia uma conexão muito bonita e que "alguém" que estava ali (espírito) o lembrava disso e pedia para que eu relembrasse também.

sei que muito tempo antes eu me apeguei a beleza das cores e para além do arco-íris eu encontrei nas flores uma grande admiração, sobretudo nos girassóis (utilizando a máxima: "quem me conhece sabe" que presenteio com girassóis, compro pra mim e vivo mandando emojis em conversas de quem eu gosto), e mais uma vez aquele senhor sentado na minha frente "acertou" um pouco mais sobre mim.

com o passar do tempo me atentei apenas a conexão do que eu encontrava de beleza na forma dos girassóis, pouco referenciei ele na minha vida como um objeto simbólico, mas consegui referenciar ele em diversos outros projetos que construí mas que não eram exclusivamente para mim (longa lista de publicações no alvorada). com toda a certeza de que era apenas uma flor acabei por negligenciar todo o seu simbólico como espelho da minha essência, pois pelo menos tem sido assim que o caminho na minha vida se monta, desmonta e remonta, dentro dessas fases, que não são da lua, mas parecem ser do sol, do movimento constante da flor ao seu encontro.

quando me mudei pra sp uma das coisas que gostava muito era de ir na feira comprar girassóis, e então toda semana montar o mesmo arranjo dentro do apartamento. passei semanas admirando a boniteza do arranjo e às vezes reclamando do preço, e é engraçado pensar nisso agora...

a professora lúcia sempre contou sobre o sol interno, sobre a busca do nome interno, sobre todas as questões inerentes a filosofia clássica, que em sua maioria das vezes me movimentavam, me dissociavam completamente (ju e princya sabem bem) e me remontavam de maneira completamente nova, viva e intensa... esse sol.

e hoje depois de um simples girassol enviado numa mensagem eu parei pra pensar sobre o sentido da flor e me desceu tudo (ou quase nada) de aperceber sobre os sóis e os giros da vida, voltar atrás no tempo e associar aqueles vasos, toda semana ali a encher os olhos, como que pra me sugerirem de algo que estava o tempo todo na minha frente: pra que sol eu me movimentava?

e fato é que me permiti a olhar e reverenciar todo o dia, semana, mês e ano um sol, sóis, sistemas solares inteiros e distantes a me iluminar, mas que pouco estavam dentro de mim. esqueci um pouco sobre o sol interno e esse calor que me conecta comigo mesmo, que traz as voltas e os giros que de mim pra mim mesmo merecem (seria como sair pra dançar consigo mesmo, entendem?)

tudo parece tão novo e ao mesmo tempo uma velha descoberta, e logo agora aos trinta esse emaranhado de conexões e desconexões? eu queria muito que esse texto fosse sobre girassóis, mas parece que eu ainda não sei, talvez seja sobre vagalumes que encontramos no meio do caminho quando as noites estão escuras no meio do mato.

mas vai ver tudo se resume aos girassóis mesmo.

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TOUGH DUDES

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Hay jardines que huelen en la noche

Existen ángeles que se acunan al sol

Se observan ya campos en arco iris

¿Es primavera?

Para estar contigo el tiempo que tú elijas

Buenas noches amor

[alessandroerr]

Algo ali me tocou.

Alguém ali me tocou e disse que sim, que era pra eu escrever. Há muito tempo que não me sinto assim, um pouco fora de órbita, me sentindo um pouco perdido e também como se estivesse no fundo do poço. É isso, me sinto um pouco derrotado e sem ao menos saber o por quê.

Tem acontecido muita coisa desde a última vez que deixei de escrever, parece um pouco como ter engolido meus sentimentos, meus sentidos. Me sinto fechado, bloqueado, com uma pedra tampando tudo por dentro. Confesso que dói um pouco, mas não sei por onde começar a mover se não pelos dedos, que aos poucos dedilham o teclado e tentam encontrar o sentido de todas emoções e o tempo acertado.

Só pensei em mim, e mais nada. Foi quando no chuveiro a água corria e o sentido de escrever me dominava... senti um êxtase do que poderia confessar ou retirar lá do fundo do meu coração, trazer um pouco de luz para o que aos poucos parece me parar, e que me faz esperar eu sei lá o quê.

E muita coisa aconteceu e voltou a acontecer... espero que esse seja o início (mais uma vez) do meu próprio entendimento. De onde parti, pra onde cheguei, de onde reparti e encontrei novo sentido pra me olhar (enxergar).

Eu sei, parece tudo um pouco desconexo e perdido. Minha mente sempre parece um emaranhado de situações reais/irreais. Talvez esse seja o meu refúgio? Espero que sim.

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Peter Churcher

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Iridescent Pyrite - Volga River, Russia

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Pra quem não sabe viver, pra quem não sabe amar

Não me diga que

[alessandroerr]

Eu tinha tantas coisas pra escrever, e hoje não me lembro de nenhuma delas, Já não sei se valem a pena serem re-escritas e re-vividas. 

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ser de sagitário.

A mim foi confiado o dom de fazer os homens rirem, pois rindo estariam elevando seus olhos a Deus. Ainda a mim foi confiado a faceta de ter muitas vidas, e em cada delas conhecer a inquietação. 

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