arktoib
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𝐩𝐚𝐫𝐚𝒏𝒐𝒊𝒅
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𝗂⠀𝗐𝗈𝗇𝖽𝖾𝗋⠀𝗐𝗁𝗈⠀𝗒𝗈𝗎'𝗋𝖾⠀𝐝𝐫𝐞𝐚𝐦𝐢𝐧𝐠⠀𝐨𝐟⠀𝐭𝐨𝐧𝐢𝐠𝐡
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arktoib · 10 months ago
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Lembrar dos mais novos era motivo suficiente para deixá-la estressada. Depois de dez anos de sofrimento e experiências que a fizeram desejar um basta, o que sentia pelos que estavam apenas começando era puro medo. Apesar de querer manter-se a quilômetros de distância do lugar que havia considerado um lar — agora repleto de memórias dolorosas que ela lutava para esquecer —, Natalia e seu coração sensível poderiam impedi-la de ir mais longe. Sabia que Hécate não pararia e que, um dia, surgiriam outros filhos, comportamento típico dos deuses que se apaixonavam e depois dispensavam seus parceiros humanos. Isso era parte do ciclo imposto pelo deus dos deuses, que cortava qualquer possibilidade de uma ligação mais profunda com os mortais antes mesmo de começar. Natalia gostaria de ter uma resposta mais clara e concisa. "Infelizmente, o destino tem sua própria vontade. Somos velhas, Tony. Nosso tempo aqui está acabando, de uma forma ou de outra." A risada sem graça escapuliu, mas não durou muito. Na história, não havia um semideus que tivesse sobrevivido tanto para contar histórias fora desses domínios. E se houvesse, Natalia adoraria conhecê-lo. Talvez pudesse obter algumas dicas valiosas sobre como sobreviver com menos dificuldades. Era natural querer se aprofundar nesse assunto, mas, diante de uma situação que desgastava mais do que ajudava, Natalia optou por ficar em silêncio, preferindo deixar o assunto em aberto para quando estivesse mais equilibrada emocionalmente. As palavras da amiga, sem dúvida, seriam analisadas com cuidado. Ela sentiu uma vontade de chorar, mas as lágrimas seriam de felicidade. "Estaremos sempre unidas de alguma forma, mesmo quando separadas, se é que isso faz sentido. Estou aqui para qualquer coisa. Insisto, como sempre faço, para que desabafe. Não se iniba. Posso parecer ser feita de açúcar, mas falar ajuda e eu sou uma ótima ouvinte. Quero ser seu ponto seguro. Pelos dez anos que já vivemos juntas... e pelos próximos dez que farei questão de tornar realidade." O futuro era incerto, mas não impossível. Natalia estava evoluindo de uma maneira que nunca havia imaginado, e talvez, apenas talvez, pudesse realizar um de seus maiores desejos: proteger a todos, sem deixar ninguém para trás. Talvez tivesse sido a escolhida para receber um poder recém-desperto. Finalmente, atingira um propósito. "Antes de explorarmos o mundo, poderíamos tentar visitar Nova Roma. Ouvi muito sobre os romanos. Não acredito que os deuses de lá permitiriam que seus filhos vivessem tanto tempo, então ver um semideus idoso seria uma realização para mim. Depois, podemos reunir nossas coisas e, bem armadas, explorar o mundo. Há tantos lugares lindos que adoraria visitar com você..." disse baixinho, deixando os pensamentos vagarem por paisagens que conhecia apenas através de imagens. "Você, eu e qualquer um que queira se juntar a nós... será perfeito." Era um plano hipotético, mas que poderia ser realizado em algum momento. Enquanto isso, poderiam sonhar acordadas um pouco. Talvez fosse disso que precisavam no momento. Ao menos, esse aspecto parecia escapar à atenção dos outros deuses e alimentava não apenas seu propósito, mas poderia servir para a amiga também.
FINALIZADO.
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arktoib · 10 months ago
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maya tinha plena consciência do que estava fazendo. e se antonia fosse ser honesta, ela não estava se importando nenhum pouco. não porque não era importante, mas porque ela estava tão absorta em seus desejos naquele momento que não ligava nenhum pouco para o que sua razão diria na manhã seguinte. maya era sortuda, talvez uma das poucas que não importava como, sempre teria acesso a ela no momento que ela bem entendesse. ela quase agradecia para seu corpo ainda reconhecer o dela, como era fácil fazê-la ceder com um simples toque, mesmo que quisesse manter a postura que carregou durante toda a conversa, fora díficil quando seus corpos se tocaram, mesmo que por cima do tecido. os fios ondulados caíram para trás quando antonia elevou o rosto e abriu um sorriso. os pensamentos sórdidos diante do pedido dela era quase uma apelação e passe livre para que antonia também pudesse proceder como ela sabia que a filha de anteros gostava. sua mão oposta da onde ela segurava deslizou para a cintura alheia, com ela focada nos olhos da morena. ⠀⠀"⠀⠀your wish is my command... babe.⠀⠀"⠀⠀a resposta a provocação dela fora um beijo, mas diferente do que elas estavam acostumadas, tomou os lábios macios dela com desejo.
** a leitura a seguir contém linguagem sexual. caso seja sensível a esse tópico, a leitura é desencorajada e, até mesmo, não indicada.
não havia nenhuma gentileza no jeito que antonia pedia passagem para aprofundar o beijo entre elas. havia uma certa urgência em suas ações, requisitadas pelas lembranças de todas às vezes que teve maya bem onde ela desejou. seu corpo se inclinou sobre o dela e a outra mão foi em direção à nuca, prendendo-se aos cabelos da região. era como um roteiro a ser reescrito, poderia até continuar naquela posição, mas queria mais. assim, deslizou a mão que estava na cintura para a região interna das coxas dela, as afastando um pouco, para se posicionar entre elas, até que cada parte sua estivesse contra as dela. já havia abandonado suas considerações sobre o que estava prestes a fazer há tempos, ouvindo apenas a sua pulsação e o silêncio ali. afastou-se brevemente, mas sua atenção foi para o pescoço, subindo em direção ao ouvido dela. ⠀⠀"⠀⠀i like it better when you’re not dressed up like this.⠀⠀"
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talvez tivesse sido o conforto o principal motivador daquele encontro noturno, ou saudade. Na verdade, as duas coisas andavam muito próximas, principalmente quando Maya pensava em Antonia. Sentia sua falta sim, muito mais do que gostava de admitir, tanto que a situação do jantar soava como uma desculpa esfarrapada para encontrar-se outra vez no quarto dela. A escolha do oráculo tinha mexido com a Martínez, não o suficiente para tirar sua noite de sono, ou qualquer coisa do tipo, mas tinha tocado num ponto sensível, impossível de ignorar, que ecoava em sua mente desde então, silenciando-se apenas na presença de outrem. E se aquela fosse sua última noite no acampamento? Com quem ela gostaria de passar? Era incrível como tudo sempre apontava para Antonia e para o maldito sorriso convencido que agora curvava os lábios dos quais Maya não conseguia desviar o olhar. Ela sabia exatamente o que fazia e qual era seu efeito não só na Martínez, mas em todos que caíssem naquele bater de cílios. Num suspirou, Maya mordeu o próprio lábio inferior na falha tentativa de reprimir qualquer coisa que pudesse entregar seus pontos ali. Mas já não o tinha feito? No momento em que escalou aquela janela, já estava entregue. "Você vai me fazer dizer, não vai?", o sussurro saiu acompanhado de um riso soprado e um revirar de olhos. Agora era fácil lembrar quando tudo começou a desandar, quase não tinha espaço naquele quarto para o ego de Antonia e ficava ainda mais apertado quando juntava ao de Maya. E mesmo assim, a Martínez sempre se via cedendo. Permaneceu imóvel, observando a aproximação alheia, o olhar dividindo-se entre as íris de outrem e seus lábios, até que sentiu o hálito quente contra pele, provocando arrepios aos poucos pelos da face. Instintivamente, a mão repousou na cintura de Antonia, puxando-a com firmeza até que a tivesse encostada na sua. "babe.. I want to fuck you...hard.", concluiu num murmúrio, os lábios roçando nos de Antonia de forma a provocá-la.
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @sonofthelightning ;
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sabia que usar o álcool como uma desculpa para aliviar seus sentimentos não eram a solução mais aceitável para o momento, mas não era a parte racional que ela queria usar no momento. depois de alguns copos e algumas tragadas com santiago, antonia estava longe de ser considerada sóbria, ainda mais pelos passos trôpegos que dava na areia, arrastando os pés. alguns semideuses passaram correndo em direção a água e ela se desequilibrou, trocando os pés e dando uns tropeções a frente. chamou a sua atenção como eles pareciam convictos que a temperatura para entrar era aceitável e ficou olhando a situação, ainda caminhando. apenas se deu por conta que deveria olhar para a frente tarde demais, quando já estava em cima da pessoa. seu corpo se chocou contra o dela, ou melhor, dele e ela balançou a cabeça. ⠀⠀"⠀⠀opa, foi mal! eu não...⠀⠀"⠀⠀parou assim que seus olhos reconheceram quem era. a vontade de abrir um sorriso era alta, mas desde a briga que tiveram no pavilhão, nenhum dos dois tivera a coragem de dirigir a palavra um ao outro. antonia estava ativamente o evitando e se fosse apostar, diria que ele também.⠀⠀"⠀⠀ian. ⠀⠀"⠀⠀chamou o nome do rapaz, ali entregando o seu estado de embriaguez. desviou o olhar de volta a praia e novamente para ele, dando tempo de pensar no que deveria dizer. nada de diferente além do normal em uma situação como aquela vinha a sua cabeça.⠀⠀"⠀⠀foi mal. os meus pés estão um pouco pesados. ⠀⠀"⠀⠀admitiu, olhando para baixo. assim que ergueu os olhos novamente, encontrou os dele, focando nas íris verdes do rapaz.
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arktoib · 10 months ago
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Ele a observava, completamente atônito perante a insinuação. "De tudo o que eu falei, depois de quase desenhar que ninguém é perfeito do jeito que você busca ser, você entende que eu estou jogando coisas na sua cara? Puta merda, Antônia, você realmente ouviu alguma coisa do que eu disse?" A incredulidade em sua voz se elevava sobre a faísca de irritação. Em momento algum sua intenção havia sido feri-la com palavras, mas sim tentar fazer com que ela percebesse que o que ela buscava era inalcanssável, não apenas para ela, mas para qualquer um dos semideuses presentes, incluindo os tão inteligentes filhos de Atena. A fala seguinte, no entanto, o fez recuar. Soltou a mão dela recolheu os braços para mais perto do corpo, de modo a esconder os punhos cerrados. "Glória e protagonismo, né?" O riso soprado não continha nenhum resquício de humor, apenas de escárnio. "Engraçado que eu não senti nenhuma dessas duas coisas quando fui atrás daquela porcaria de elmo do Ares. Mesmo tendo recebido uma benção, tudo o que eu senti e sinto até hoje é o peso de toda aquela gente que eu matei seguindo um plano. Me diz, se os filhos de Atena são assim tão perfeitos como você quer ser, eu devo assumir que todas aquelas vidas faziam parte do grande plano, não é? Já que eles não cometeriam erros." Ian engoliu seco e soltou devagar a respiração. "E você acha que eu não me culpo? Você acha que eu não passo cada segundo do meu dia pensando que uma das minhas melhores amigas tá na merda do submundo com sabe-se lá quantos monstros atrás dela? Sobre o que você acha que eu estava indo falar com você quando te encontrei quase morta, porra?" Naquele momento ele agradeceu mentalmente por não ter nenhum objeto de metal próximo, pois muito provavelmente teria sido reduzido a pó naquele momento. "Ser filho de Zeus não me trouxe nada de bom até hoje, muito pelo contrário. Mas ainda assim você nunca me veria mover um dedo pra buscar pela aprovação dele." As palavras dela novamente o atingiram, como um soco diretamente no estômago. A raiva simplesmente se esvaiu e cedeu espaço a sensação dolorosa do vazio. Gostar? Quem dera seus sentimentos em relação a ela se resumissem a isso. Quem dera ele tivesse forças o suficiente para se desvincular daqueles sentimentos que ainda martelavam em sua mente sempre que se tratava dela. Quem dera o que ele sentia se resumisse a saudade do que viveram no passado. Talvez um dia ela viesse saber, mas diferente do que ela havia acabado de dizer, ela era na verdade uma lembrança de como ele havia fracassado em manter por perto a única coisa boa que o acampamento havia trazido ao longo de todos aqueles anos, e de como continuava fracassando. "Muito pelo contrário." Toda a irritação havia sumido de sua voz. "Você é a prova viva de que é sim possível ter tudo o que quer bem na frente no nariz e ainda assim não ser capaz de alcançar." Devagar, ele se levantou do assento, dirigindo-se a ela pela última vez. "Eu sinto muito por ter acabado me envolvendo nos seus assunto novamente, prometo dar o meu melhor pra que não torne a acontecer." Forçou um sorriso. "Porquê eu tô cansado de ficar repetindo as mesmas brigas com você, e eu sei que você também está." Soltou a respiração de forma audível. "Se achar que eu posso ser útil pra ajuda-la com alguma coisa novamente, você sabe onde me achar." Dito isso, não esperou por quaisquer outras palavras dela e deu as costas, caminhando na direção do chalé 1.
ENCERRADO.
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arktoib · 10 months ago
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Fyodor Dostoevsky, Crime and Punishment
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @maximeloi ;
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assim que desligou a projeção, foi até o centro da arena onde maxime parecia um pouco extasiado pelo que ela havia acabado de mostrar. desde que começou a aperfeiçoar a técnica de reconhecimento de monstros, para ocupar a cabeça e não pensar nos caídos, havia melhorado muito do que apenas se eram verdadeiros ou não. deu uma risada com a fala dele, assentindo com a cabeça. era um dos poucos trabalhos que se sentiu orgulhosa de ter feito, mesmo que ainda tivesse muito para melhorar. ⠀⠀"⠀⠀bem maneiro, não é?⠀⠀"⠀⠀parou ao lado dele, assentindo positivamente.⠀⠀"⠀⠀depois do fechamento da fenda, eu falei com o pessoal que cuida das projeções para tentar aplicar esse efeito nos monstros. sei que quase ninguém repara nessas coisas, mas é mais fácil quando precisa ⠀⠀"
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕����𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @misshcrror ;
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talvez ela realmente estivesse diferente. como não estaria? depois de tudo que todos haviam passado, era possível permanecer os mesmos? aquela era uma questão que pareceu ficar pertinente somente após yasemin lhe questionar, que até então, ela sequer cogitou. poderia ter sido a culpa que sentia pelos campistas caídos, ou como queria ter ajudado de outra forma os amigos que ficaram. antonia sucumbira a dor cedo demais e precisou ir com calma, mas ela havia mudado sim. estava farta dos deuses, estava farta de como eles eram feitos de fantoches. porém, se sentia ainda a mesma com relação à diversos outros assuntos. como poderia? deu um sorriso curto na direção da ruiva, apenas utilizando a cabeça para concordar. ⠀⠀"⠀⠀por que você acha isso? o que você acha que eu mudei?⠀⠀"⠀⠀será que era alguma cisa tão visível que não somente ela era capaz, mas todos os outros também. será que era tão perceptível que antonia precisaria começar a camuflar melhor aquele seu lado?
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @kittybt ;
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puxou a mão de kiraz de longe do fogo quando ela enfiou o graveto recheado com marshmallow perto do fogo. considerava que ela estivesse já um pouco afetada pelo álcool, pois pela proximidade que ela tentava tostar o doce era até perigoso. com a pergunta que pareceu mais uma reclamação, antonia soltou uma risada, negando com a cabeça. ⠀⠀"⠀⠀você parece os semideuses que eu ensino segunda pela manhã.⠀⠀"⠀⠀eram a turma mais nova que antonia tinha. precisou desenvolver um modo lúdico de explicar a eles sobre o quão monstros eram perigosos. e assim estava fazendo com kiraz ali. se ela chegasse perto demais, perderiam um palito inteiro e aquele não era o seu objetivo.⠀⠀"⠀⠀olha o tamanho dessa fogueira. se colocar perto demais o marshmallow, ele vai derreter e não tostar.⠀⠀"
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @melisezgin ;
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a chegada fora o momento mais aguardado para a filha de atena, desde que não teve mais nenhum episódio da tv hefesto e a dupla fora enviada ao resgate. era como se nada mais importasse em sua rotina, nem seus treinos, nem suas aulas. sua cabeça não obedecia a nada, a não ser guiar seus pensamentos para os amigos. deu o tempo que achou considerável para que eles pudessem se acostuma estar de volta e foi em direção ao chalé de hermes, as pressas, mesmo que as casquinhas de seus ferimentos ainda doessem um pouco. estava ofegante quando passou ela porta, praticamente gritando com um campista um pouco mais novo que ela. ⠀⠀"⠀⠀cadê ela?⠀⠀"⠀⠀exigiu, mas sequer deu tempo para ele falar. assim que encontrou melis na sua cama de costume, ela correu na direção da água. fora quase impossível conter as lágrimas, em um misto de alegria e alivio, por ela estar ali, de volta. seus dedos seguraram o rosto dela e a puxou para um abraço. tardou-se nele tempo o suficiente para afastar as lágrimas e fixou-se novamente na feição da mais nova. esquadrinhou todos os centímetros de pele exposta dela em busca de qualquer ferimento.⠀⠀"⠀⠀pelos deuses, é você!⠀⠀"⠀⠀foi a única coisa que conseguiu soltar em meio a respiração exacerbada. estava tão atônita de tê-la de volta que mal conseguia organizar seus pensamentos para manter uma conversa ao menos compreensível. antonia havia esquecido a racionalidade por um momento, enquanto a mantinha perto.⠀⠀"⠀⠀você está aqui, viva! só eu sei o quanto fiz oferendas e pedi por sua proteção.⠀⠀"⠀⠀havia sido longas manhãs pedindo ao deus que estivesse disposta a ouvi-la em suas preces. a culpa a arrebatou assim que a soltou, respirando fundo.⠀⠀"⠀⠀eu devia ter previsto a magia perto da fenda. me desculpe, se eu pudesse ter evitado... eu nunca conseguirei me perdoar.⠀⠀"
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arktoib · 10 months ago
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˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @aguillar ;
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aquele momento era o que todos precisavam no acampamento. uma calmaria desejada há tempos, mesmo que soubessem que seria momentânea. hécate havia deixado claro que era apenas o começo, mas quem julgaria os campistas, depois do que passaram? as semanas após o fechamento da fenda foram tão caóticas que antonia não se recordava de grande parte, pois os sentimentos mais confusos haviam a engolido por completo quando padecia a eles. entretanto, houve momentos que precisou recobrar a sua postura, como no anúncio dos escolhidos. em anos de amizade com santiago, ver aquela reação era quase rara, ainda mais quando o alvo fora ela. sabia que não tinha sido por mal, haviam conversado e treinado depois daquilo, mas era como se mesmo resolvidos, eles ainda tivessem incertos se estava tudo bem - não com a amizade, mas um com o outro. sentada em um tronco mais afastado da fogueira, ela puxou um cigarro, que estava guardado um tempo, antes mesmo da palhaçada toda de terem que ficar presos ali. acendeu, tragou e passou para o amigo ao seu lado. seus olhos estavam fixos nas silhuetas que os demais campistas faziam na areia quando passavam pelo fogo. ⠀⠀"⠀⠀sabe a sensação que devia estar feliz, mas que parece que falta alguma coisa?⠀⠀"⠀⠀ela não estava soando saudosista, mas era como se tudo aquilo ainda fosse uma grande piada. soltou uma risada sem humor, antes de virar seu rosto na direção dele.⠀⠀"⠀⠀você acha que teria feito diferente se tivesse ido? pergunto porque naquela noite... ah, você sabe.⠀⠀"
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arktoib · 10 months ago
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toda a confusão que serpenteou a escolha dos enviados ao submundo para buscar os campistas havia consumido antonia ao máximo nos dias subsequentes. foram noites em claro, entre pensar nos que queriam ter ido e não foram chamados e dos escolhidos, que por uma grande ironia do destino, ela tinha algum apreço. quando os sete retornaram, ela mal pode conter o alívio de vê-los todos ali. a comemoração para o retorno deles era algo que ela não pensou que precisava tanto, mas percebeu que todos ali deveriam ter um momento mais leve. sentiu uma mão ao redor de seu pulso e não demorou para reconhecer o perfume de remzi. era único e ela era ótima em lembrar-se, afinal, já estivera envolvida nele outras vezes. o que desejou não foi bem como havia planejado e o tiro saiu pela culatra quando ele pareceu mais ofendido do que concordância. qualquer pessoa que remzi fosse ter alguma coisa, teria sorte. mas antonia... ela não queria nem pensar nessa possibilidade sem ficar incomodada com o cenário. ⠀⠀"⠀⠀não é questão de vergonha. ainda mais de você. foi ao submundo e voltou, vivo, mantendo outros seis também. isso não é para qualquer um e eu te respeito por isso.⠀⠀"⠀⠀desviou o olhar sobre o ombro dele, para ver se alguém olhava na direção do dois. ela não tinha vergonha dele, seria até mesmo irracional, mas gostava do que o segredo era favorável a ela, em algumas situações. ⠀⠀"⠀⠀apenas não compreendo porque parece relevante que outras pessoas saibam.⠀⠀"⠀
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𝐰𝐢𝐭𝐡: @arktoib
𝐰𝐡𝐞𝐫𝐞: luau
this is our little secret. if you tell anyone ... i'll do the same to you.
Embora Remzi não fosse do tipo que buscava validação óbvia, ansiava, secretamente, por algum reconhecimento por ter partido em missão e voltado com vida. Mais que isso: por auxiliar no resgate de semideuses que eram caros a muitos campistas. Talvez estivesse justamente com isso em mente quando procurou por Antonia naquela noite, afinal, valorizava a inteligência estratégica e a opinião da mulher o suficiente para que desejasse ser visto por ela como algo próximo de um herói. Sair em missão justamente com Maya fez com que se lembrasse que um dos motivos para que não suportasse a Martínez fosse a filha de Atena e por estar se sentindo mais confiante, a puxou assim que se viu sozinho com ela, próximo à rochas situadas numa das extremidades da praia, encurralando-a contra a parede. ' Por que faz tanta questão de continuar mantendo segredo sobre isso? Eu te causo tanta vergonha assim? ' pediu, massageando o lábio inferior da morena com o polegar.
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arktoib · 10 months ago
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ⸻ verão de 2022 ]
se alguém lhe dissesse há 3 meses que estaria experimentando aqueles sentimentos novamente, antonia teria rido na cara da pessoa. mas anastasia tinha um dom, que tornava qualquer momento ao lado dela mais divertido e até mesmo único. não era a primeira vez que tomava banho de chuva, mas era a primeira vez que parava sob o toldo antes de seguir seu caminho e acabava tão próxima de alguém. o céu, agora escuro, contrastava com um brilho que parecia naturalmente produzido pela filha de afrodite. era assim que eles se pareciam e só ela nunca havia tido a oportunidade de reparar? o som da chuva era como uma melodia para o que acontecia ali e antonia deixava-se facilmente se levar pelo momento, algo quase que raramente acontecia. sua cabeça pendeu para o lado, com alguns fios do cabelo descolando do rosto e não conteve o sorriso. ⠀⠀"⠀⠀você está me dizendo que pareço com a chuva? e qual sou, essa de verão ou aquelas tempestades?⠀⠀"⠀⠀seu tom era divertido, beirando a zombaria. mas não estava tirando sarro do que ela acabara de dizer, pelo contrário, era divertida a ideia de ser comparada a um fenômeno natural. tudo o que poderia bagunçar sua mente, como ministrar as instruções ou os treinos que havia perdido aquela semana porque achou que passar tempo com anastasia seria melhor, simplesmente havia desaparecido de sua mente no instante em que ela se aproximou. permitiu que seus olhos deslizassem por toda feição dela e, pelos deuses, fazia jus a sua mãe. ali era outra antonia, totalmente irreconhecível até mesmo para a figura de mais convivência consigo. tinha se permitido criar essa persona mais leve durante o tempo que compartilhavam juntas.⠀⠀"⠀⠀eu não gostaria de estar em nenhum outro lugar, para ser honesta.⠀⠀"⠀⠀deu uma risada, assentindo. sua mente pareceu compreender onde ela queria chegar, mas queria também lhe dar a oportunidade para que a fizesse, sem que tomasse a frente e tomasse as rédeas daquela brincadeira.⠀⠀"⠀⠀e qual é a sua ideia de diversão para esse momento?⠀⠀"
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FLASHBACK : verão de 2022 . Sorriu com a visão alheia. A chuva caía ao redor delas, pingando suavemente do toldo acima, mas o mundo parecia ter se contraído a esse pequeno espaço onde apenas as duas existiam. Os olhos dela, profundos e intensos, refletiam as gotas de chuva que caíam, e você podia sentir o ar mudar, como se a temperatura ao seu redor aumentasse apenas por causa da proximidade de Antonia. "É engraçado..." Começou, a voz baixa semelhante a um sussurro, como se fosse uma confidência apenas para ela. "A chuva tem um jeito de nos fazer parar e prestar atenção nas pequenas coisas." Ela deslizou o olhar lentamente pelo seu rosto, uma análise cuidadosa que parecia tocar cada ponto que ela observava. "Como o som que ela faz ao cair, ou… Como alguém parece." Um sorriso brincou nos lábios dela, um toque de diversão se misturando ao tom sério. Anastasia estava perto o suficiente para que pudesse sentir o calor de pele alheia, apesar da umidade que as cercava. Inclinou a cabeça de leve, deixando os fios molhados caírem para o lado. O tempo parecia desacelerar ainda mais. A forma como ela olhava para Antonia — uma mistura de curiosidade, brincadeira e algo mais profundo — fazia com que a chuva ao redor fosse apenas um detalhe. Aproximou-se um pouco mais da semideusa, os olhos brilhando com a visão que tinha. Permitiu que os olhos passeassem pelo corpo alheio sem nenhuma vergonha, demorando-se em cada detalhe como se quisesse capturar com precisão. “Eu não me importaria de esperar… se você também não se importar.” Anastasia desviou o olhar por um momento, como se estivesse ponderando, antes de retornar com um brilho no olhar, uma espécie de desafio silencioso que só ela poderia oferecer. "Afinal, o que é um pouco de chuva quando podemos nos divertir mesmo assim?" Havia algo naquele momento que parecia sagrado, como se fosse uma pequena bolha de tempo roubada de tudo o mais — e Anastasia, com todo o charme e mistério que ela carregava, parecia perfeitamente ciente disso. Ela deixou o silêncio pairar, os pingos de chuva a única trilha sonora.
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arktoib · 10 months ago
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ]
por mais que fosse da vontade dos semideuses respostas ou qualquer coisa de seus pais divinos, o que eles conseguiam era apenas o silêncio. o amargo e difícil de engolir, já que os imortais se davam ao luxo de tratar seus filhos como apenas peças de um tabuleiro muito sanguinário. antonia havia aprendendo há alguns anos não esperar nada deles. mas como era hipócrita, já que sempre esperava que atena lhe desse qualquer retorno, ou ao menos algum sinal, de que a ouvia. os anos foram se passando e a relação, se assim podia chamar, delas não passava de apenas um monólogo unilateral. por mais que ambas afirmassem a si mesmas que era apenas pesadelos, ainda seria complicado não deixar-se afetar por algo que as envolvia completamente.⠀⠀"⠀⠀mas ainda sim te afeta porque você sente. e é completamente normal. mas vai por mim, isso não pode paralisar você.⠀⠀"⠀⠀a filha de atena já estivera naquele lugar antes e sabia melhor do que ninguém como era ser consumida pela irracionalidade e medo de algo não existente. por mas que fosse apenas uma criação do subconsciente, dominada e guiada pelo pavor de que algo ruim ocorresse. negou com a cabeça, não queria falar de melis porque sabia que acabaria chorando. as imagens que hefesto fazia questão de transmitir eram cruéis demais para que não fosse afetada pela empatia e carinho que nutria pela mais nova. ⠀⠀"⠀⠀não, nem se preocupe sobre isso. para ser honesta, tenho evitado pensar e falar no assunto porque sei que vai me doer.⠀⠀"⠀⠀ela entendia, em partes, mas ainda sim uma parte sua clamava pela culpa para justificar a dor que sentia, como se fosse necessário. queria poder ter mudado, ou feito algo para que ao menos fossem poucos que tivessem caído e não seis. era complicado demais sintetizar em um único sentimento tudo que o episódio da fenda lhe causava. ⠀⠀"⠀⠀os deuses. seus caprichos. nosso destino traçado pelas parcas. acho que não existe apenas um motivo. sabe, somos a lembrança de nossos pais em terra e precisamos pagar por isso, de alguma forma.⠀⠀"
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FLASHBACK. -                                                                  MUITOS DIZEM QUE APENAS A CULPA PODE NOS SALVAR - a expiação por nossos pecados, e a dor conjunta de amar algo que não existia, muito mais do que amamos a nós mesmos. seria parecido com o que sentiam por seus pais divinos ? sabia que a maioria deles que os rejeitavam, ressentiam - mas alguns faziam isto com qualquer deus, não ? maeve percebeu que era devota quando sua primeira ação de volta ao acampamento foi queimar mirtilos ao pai, e imaginar que ele gostava das pequenas frutas. porque, ela queria gritar, espernear até ser ouvida , seguia acreditando no faz de conta ? se realmente há um poder maior, eles deviam lhe ajudar a segurar o álcool e fazer com que se sentisse menos sozinha. mas ave maria não funcionava. nem as oferendas. ainda sim, ela fazia tudo por hipnos - ao sentir que o fim estava próximo , ela lembrava do senhor do sono , e imaginava quão terrível era , por não aceitar morrer em seu nome . por querer uma vida mais longa , por desejar morrer - apenas por amor. existia essa possibilidade, no entanto, adentrando a guerra ? e quão injusto seria , esperar que seus filhos fiquem a frente de seus conflitos - mas ainda sim, eles esperavam. ainda sim, ela iria . talvez culpa - só sirva para nos condenar.
                                                                 ❛   eu sei,  ❜ e com a razão ela sabia - a mãe não estava ali, mas como explicar isto para a garota que nunca superou seus piores traumas ? aquela que ainda temia. aquela que não sabia o quão longe estava pronta para ir por aqueles que amava ?  ❛   eu sei que é horrível, e não pode ser real.  ❜ afinal, onde a mãe estaria nas manhãs ? como passaria pela barreira ? a ideia era cheia de falhas , e ela entendia. mas quando aquele pesadelo batia em sua porta, se misturando a realidade - ela deixava de saber.
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                                                                 ❛   é claro, melis.  ❜ se afastou apenas ligeiramente do abraço da amiga, para lhe fitar os olhos. ❛   eu nem perguntei como você está.  ❜ tola e egoísta - ' certas coisas não mudam ' , podia ouvir a voz sibilante da mãe. ❛   deve estar sendo doloroso.  ❜ saberia uma coisa ou duas sobre isto. deixou a xícara de chá aos seus pés para tomar as mãos da outra nas suas, o cabeça inclinando levemente para o lado enquanto a oferecia seu mais sincero pesar, e a mais pura empatia. ❛   não foi sua culpa. não poderia ter mudado o que aconteceu.  ❜ apertava suas palmas nas dela, esperando lhe transmitir honestidade. assim como ela não pode alterar o destino do amigo, tony nada podia ter feito para que as coisas fossem diferentes. ❛   eu sei.  ❜ se permitiu ser abraçada, enganchando seus próprios braços na cintura alheia enquanto as bochechas estavam coladas. ❛   porque temos que viver desse jeito ? já não sofremos o suficiente ?  ❜
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arktoib · 10 months ago
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as pessoas pareciam de fato interessadas em ajudar antonia com aquele projeto e quase não conteve o sorriso ao perceber que havia alguém disposto em ingressar naquilo. como explicaria que era um trabalho sem nenhum tipo de retorno, a princípio? que seria completamente voluntário. em um primeiro momento, ela precisava apenas conversar sobre, sem pressão. se inclinou para frente para ver as ilustrações. eram ótimas, detalhadas até demais, coisa que só se via quando alguém entrava em transe fazendo aquilo. sentiu-se um pouco pesada com aquele sentimento, mas apenas passou a mão sobre a folha, tomando permissão para virar a mesma e ver os desenhos. ⠀⠀"⠀⠀isso é... incrível! você é muito talentosa e eu adorei seu traço.⠀⠀"⠀⠀pontuou, antes de fechar o caderno de desenho alheio. não precisavam ficar encarando um monstro que ambas conheciam bem.⠀⠀"⠀⠀eu tenho algumas anotações já, nada digno dos seus desenhos. mas adoraria que pudéssemos trabalhar juntas. o que me diz?⠀⠀"
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Muita coisa mudou depois do fechamento da fenda e, pior, muita coisa mudou dentro da cabeça de Eunha após ter sido atacada por Campe — ou pela ilusão de um dos monstros que agora ela mais temia. A ideia de que poderia ter morrido se o veneno fosse real trouxe duas coisas para a filha de Morfeu: um medo visceral do que estava por acontecer no mundo deles e uma vontade de treinar, para assim ser considerada útil.
Por isso, ao ver o anúncio, ela pegou seu caderno de desenhos, onde havia entrado em transe repetindo os detalhes daquele ataque com seu fiel lápis de carvão, e foi atrás de Antonia.
— Com licença — começou hesitante, abraçando seus cadernos cheios junto ao peito — eu vi o anúncio na Casa Grande e queria saber como faço para me candidatar, digo, ajudar.
Ela abriu um dos cadernos e mostrou um desenho do rosto do monstro que a atacou. Seus dedos ficaram trêmulos ao tocar a folha, evitando-o.
— Eu tenho um pouco de experiência.
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arktoib · 10 months ago
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adria arjona via instagram
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arktoib · 10 months ago
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ]
o sentimento de maeve não era único e, para seu azar, ela não era uma das poucas que sofriam daquele mal. talvez fosse aquela culpa, que cresceu enraizada com elas, que também as facilitou serem tão próximas e terem uma amizade tão única. via, pela pouca luz do chalé de atena acessas, uma imagem conhecida e aquilo a dilacerava por dentro. como poderia permitir que maeve continuasse sofrendo daquele modo? que amiga seria, mesmo que ainda não tivesse descoberto como, permitir que uma culpa mais antiga que elas próprias permeasse-as tão facilmente? seu agarre ficou ainda mais preciso, queria que ela soubesse que estava ali e que se concentrasse naquilo. outrora fora antonia também num momento de vulnerabilidade que natalia cuidou, agora era a filha de hipnos que precisava desse cuidado.⠀⠀"⠀⠀é exatamente por isso que se chama pesadelo, mae. ele vai fazer de tudo para que você acredite e acabe perdendo-se dentro de sua própria cabeça.⠀⠀"⠀⠀ela sabia o que estava dizendo, enfrentava aquele medo constante quase todas as noites, incerta se na manhã seguinte não haveria um presente para ela. ouvia com muita atenção cada fala dela, compreendia cada sentimento que ali estava e não sabia como agir. também era uma das felizardas a lidar com uma dor que reprimia em frente aos outros, porque era necessário que fosse forte. mas queria que maeve soubesse que entre elas não tinha porque. a culpa era cruel, antonia sabia muito bem como aquilo seria a ruína de maeve se deixasse continuar. ⠀⠀"⠀⠀ei, ei! isso está completamente longe de ser culpa sua ou associada a sua fidelidade aos deuses, ou coisa do tipo. digo isso porque sinto o mesmo com melis.⠀⠀"⠀⠀admitiu, em voz alta. ela se lembrava claramente da sensação ao perceber que a risonha filha de hermes havia caído e como reagiu. sua mão fora em direção a cabeça dela, a segurando como se fosse frágil e precisasse de um apoio. recostou seu rosto ao dela, bochecha com bochecha. ela assentiu, silenciosa. ⠀⠀"⠀⠀eu me sinto a culpada da queda deles. como pude perceber que os monstros eram falsos mas não que havia uma armadilha ali?⠀⠀"⠀⠀pela primeira vez, admitia em voz alta. mas não de modo rude, e sim, para que maeve pudesse compreender aquele sentimento. ⠀⠀"⠀⠀daria qualquer coisa para ter trocado de lugar. mas não é assim que funciona.⠀⠀"
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                                                                 ' JESUS , SE VOCÊ ESTÁ AQUI, PORQUE ME SINTO SOZINHA ' - era a pergunta que há muito tempo se fazia. ela entendia agora - havia apenas os deuses e seu poder magnânimo , mas ainda sim - ela se perguntava. se tinham mesmo existências maiores , porque ainda se sentia sozinha ? o divino e seus caprichos eram o mesmo em qualquer crença - seja bom, seja de valor, morra por uma causa real , mas ela tinha perdido o trem que levava a glória e ao heroísmo. era apenas uma garota, que sonhava com finais tristes , que não tinha sorte , que via a mãe , a mesma que lhe infligiu suas piores feridas , no final da cama. amor era engraçado - como podia , alguém que amava ou talvez amou , muito tempo atrás, a machucar tanto ? ela tinha visto uma vez no sonhar, aquela mulher lhe arrancar as entranhas em uma mórbida autópsia . ' como pode fazer isso, mamãe ? ' , ela lembra de perguntar com o medo lhe engasgando . era um pesadelo, é claro - ou quem sabe, fosse uma premonição. a mãe seria quem lhe entregaria sua morte, violenta e sem sentido ; solitária. amor - era engraçado, e talvez ela não o merecesse. 
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                                                                 ❛ parece tão ,❜  engoliu em seco, o nó na garganta crescendo, a sufocando. ❛ tão real. ❜  concluiu, e apenas conseguiu derramar mais lágrimas. jamais faria isto perante um irmão, alguém por quem tivesse que ser forte. mas com tony, não havia pretensos a manter, ou fachadas a cobrir. ❛ tadeu caiu. ❜ ela sussurrou enquanto a amiga lhe apertava as mãos, agachada frente a si. ❛ tadeu caiu e eu não percebi antes o quanto significa tê-lo por perto, ❜ um riso fraco passou por seus lábios molhados, enquanto acrescentava : ❛ me chamando de encosto e bebendo comigo. ❜ ela fitou a outra com olhos vitrais, marcados por angústia. ❛ as vezes acho que tudo isso aconteceu porque não fui fiel o suficiente. ❜ balançou a cabeça ligeiramente, respirando profundo. ❛ a deus, os deuses, a algo. ❜ quando a filha de atena lhe abraçou, ela rapidamente escondeu seu rosto no pescoço alheio, os dedos ainda apertados ao redor da caneca. ❛ você consegue me entender ? pode sentir essa culpa ? ❜ inquiriu, levemente abafada pela pele dela.
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arktoib · 10 months ago
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ]
não deveria estar fazendo graça em momentos como aquele, mas antonia transitava entre os mistos de sentimentos que a consumiam naquele momento.⠀⠀"⠀⠀então não espere que eu diga isso novamente.⠀⠀"⠀⠀lançou antonia, brincando. ele parecia estar bem intencionando em ajudar antonia e ela queria ser ajudada sem ser julgada, porque já teria que arcar com mais tarde. era muito para uma noite mas manter o bom humor com ele era quase automático. não o conhecia tão bem, mas já haviam conversado poucas vezes. largou sua gaze quando ele parecia estar melhor avaliando as feridas nos joelhos. eram fundas mas não o suficiente que a fizessem precisar de pontos, ao menos era o que ela esperava. assentiu quando ele a respondeu, mas também agradeceu silenciosamente. ⠀⠀"⠀⠀é voluntário há muito tempo?⠀⠀"⠀⠀indagou, pensando em mudar um pouco de assunto. ela era péssima em fazer aquilo, mas estava se esforçando. manou a cabeça.⠀⠀"⠀⠀na verdade, sim. mas acho que acostumei com a queimação dos cortes que só sinto se tento me mexer.⠀⠀"⠀⠀entregou um frasco de soro que estava ao seu lado e estendeu na direção dele. ⠀⠀"⠀⠀você acha que eu já vou poder voltar para meu chalé hoje mesmo?⠀⠀"
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FLASHBACK
Achlys riu ao ouvir as palavras dela, achando estranho estar certo, já que, por conta de suas tendências e ações, raramente ouvia algo assim. "Acho que você é a primeira pessoa do mundo a dizer isso," disse com leveza, sem mágoa, pois sabia que muitas de suas ações estavam longe de serem corretas. Mas agora, mesmo com suas boas intenções, ele não podia consertar o passado, mas talvez pudesse mudar o futuro, e por ora, isso era o suficiente.
Abaixou-se, ficando de joelhos, para visualizar melhor a ferida. Estaria mentindo se dissesse que não estava curioso sobre como ela havia se cortado daquele jeito, mas respeitou o espaço dela. "Não é da minha conta," deixou claro, não julgando e sem necessidade de saber os motivos, apenas queria ajudar. Focar toda sua atenção no curativo parecia mais gratificante do que continuar preso em sua mente, oferecendo uma distração necessária.
"Está doendo muito?" perguntou, limpando o ferimento com delicadeza, tentando não causar mais dor. "Soro? Álcool? Tem alguma coisa pra gente lavar?" Sabia que não seria indolor, mas era necessário para evitar complicações.
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