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O que mais te inspira a escrever?

break news: a dor. por muito tempo, só escrevi sobre coisas ruins porque escrever era essa "fuga", então me sinto num território muito confortável quando escrevo sobre coisas sofridas e sai muito facilmente. mas, quando escrevo sobre amor quem me inspira é sempre minha noiva, as pessoas que eu amo. a beleza dentro das coisas rotineiras

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tem dias que a gente só precisa viver o que já temos no caminho

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me escreva algo bonito, me inunde com as palavras mais bonitas, mas me escreva também sobre o seu dia mais cinza. sobre as suas transformações quentes. sobre tudo o que deseja ser e conquistar na vida. sobre a sua dor mais escondida. me reinvente através de toda a poesia, me deixe caminhar para dentro da sua noite mais fria, mesmo que no silêncio, que escondida. eu quero saber das dores que você não diz, de quem você é no mais íntimo de você, no cansaço mais profundo. quero os espaços sem máscaras e proteções, quero a poesia crua, a fome de mundo, os desejos mais insanos, humanos. os pensamentos mais absurdos.

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vamos falar dessas vitrines dessa gente performando leveza a busca pela saude perfeita apartamentos perfeitos e neutros relações vazias e a nova era do desapego? tenho sentido ânsia ao olhar tudo isso. não sei explicar. não quero me adequar ao desapego. não quero essa calma, tranquilidade ensaiada. às vezes eu corro, mas sabe, eu não tenho o óculos do ano, o sapato do ano, muito menos a performance e minutagem do ano

isso anularia meu exercício físico? se eu não postar que corri 5km ou 10km, anularia isso?

essas coisas definitivamente não foram feitas pra mim. eu sinto demais. carrego despedidas por longos anos porque tenho dores que precisam ser sentidas inteiramente, esgotadas até o talo, pra então partir. me recuso a seguir em frente como quem troca de roupa, como quem não sente nada, com quem é assintomático pra vida. algumas ausências merecem o luto demorado e teimoso. alguns fins merecem o apagamento natural do tempo, da última conversa depois de anos. da percepção de que: "ei, agora somos pessoas diferentes".

não me interesso pela maquiagem que blogueira tal lançou hoje, não me interesso pelo fim de casamento de subcelebridades que causam a falência de milhões de pessoas inocentes com jogos esportivos ou de tigrinho ou coisa assim e tal, ainda que me irrite a burrice das pessoas ao não notarem certas cortinas de fumaça e o abuso por um novo alcance. não me importo com filtros, acho bonito quando o tempo aparece no rosto das pessoas, eu acho lindo quando os olhos contam histórias. por exemplo, quando minha mãe sorrir e eu vejo nela marcas de uma vida, expressões que o seu corpo memorizou com o tempo.

tenho fome das coisas reais das coisas gastas e imperfeitas

também não quero mais relações mornas. o tempo me fez ser mais inteira nas minha relações, então espero o mesmo. quero o tipo de conexão que é certeza. quero presença e você pode me entregar ausência mas que venha tudo com clareza, não esse jogo de esconde-esconde emocional disfarçado de liberdade.

a minha casa vai ter flores cheiro de vida, livros lidos até a última página e rabiscados marcados, relidos e vividos neles outras pessoas vão me conhecer vão saber do meu tempo do meus vestígios e vícios.

quero tudo ao mesmo tempo que quero optar quando não quiser nada. vou escrever poesias sobre olhares breves e sobre conversas que eu coleciono como quem guarda relíquias. eu quero tudo que vive pra fazer sentido. as paredes vão ter artes barulhentas e lembranças espalhadas em cada canto. quero de lorde a djavan. não quero cores mortas porque o que me move não cabe em moldes minimalistas e deve ser tão vivo quanto eu.

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suas escrita é fluida, limpa e linda.

muito obrigadaaa ♥

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prometi pra mim mesma esse ano comprar um diário ou um caderno, sei lá, qualquer coisa pra rabiscar. quero ir além, quero deixar registrado palavras em outros lugares e principalmente, sabe, acho que quero ser mais do que essas palavras digitadas assim. o que isso diz sobre mim? quero coisas manuscritas agora pra que se algum dia alguém me ler, me sentir de alguma forma mais perto, além de uma tela.

é engraçado, porque hoje sem querer eu me deparei com coisas que escrevi há três anos atrás e achei tão estranho. são palavras que escrevi mas que não reconheço mais em mim. aí eu lembro de você me contando sobre sua mudança e gosto de pensar que eu também mudei tanto. é estranho e libertador ter mudado tanto. às vezes, porém, ainda me sinto (ou sentia) presa em um restaurante. still sitting in a corner I haunt. mas sobre as palavras de outros tempos, acho bonito também porque essas palavras elas ganharam vida própria para além de mim e dos meus sentimentos, se transformaram.

das mil coisas que eu queria te dizer ~ mas não vou porque me resta certa decência e respeito ~ é sobre furações. como é que pode alguém me desmontar inteira? me reacender por dentro?

um segredo é que a parte divertida de escrever é que eu adoro misturar fatos, adoro inventar meias verdades, torna tudo tão bonito. não é fantástico nascer assim? com essa visão poética e crua sobre tudo? no escritório em que eu trabalho ninguém sabe que sou uma mulher nos seus 26 anos que passou toda essa vida enxergando o mundo assim, por trás de cálculos e folhas de pagamento ninguém sabe e nem sequer imagina que eu posso soar tão poética. essas pessoas sabem alguma coisa de mim?

e nunca dá pra saber se o que eu escrevo é verdade ou não, porque é claro, eu adoro inventar. mas a poesia é a mais sincera das verdades, ela escorre em algum canto no meio dessas entrelinhas. então um trecho ali e outro aqui são verdades que alguém me disse, ou que eu disse. o resto? vai saber, mas a poesia não inventa, ela acolhe a ordem dos fatos e reinventa.

esse ano eu me prometi um diário e isso colidiu com descobertas e anseios. e me desculpe, mas eu não quero falar sobre italiano, nem da minha vida, embora eu adore saber como vai a sua e não acho nada egocêntrico sentar e te ouvir. me desculpa é que há vulcões por toda parte. há incêndios e furações e eu não quero atrapalhar sua vida. eu me lembrei daquele filme Carol agora, da Therese lendo: "por favor, acredite que eu faria qualquer coisa para vê-la feliz. então, faço a única coisa que posso... eu te deixo ir."

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é tão bonito tudo o que você escreve...

muito obrigada. 🫶🏽

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Nada mais gostoso do que ser amada por uma poeta (você), Atlantis. Obrigada por tornar a vida mais romântica e mais bonita todos os dias.

pois saiba que essas palavras foram tudo pra mim (mas nao sou poeta), obrigada você!!!!! 🥺🥺🥺🥺

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oh to be loved by a poet (to be loved by me)

sinceramente, tenho lutado nos últimos dias para não escrever nada que possa significar algo maior. hoje estou falhando nisso. tenho sido tão inundada pelos poemas da Emily que isso quebrou meu coração um pouco. não quero dizer que, para ser honesta, isso tenha quebrado meu coração dilaceradamente, porque isso também revelaria um segredo maior, e eu não quero isso, não aqui.

tenho pensado em escrever em um diário tenho pensado muito nisso mas a verdade é que não tenho escrito muito. não sei o que dizer, então talvez seja melhor não dizer nada.

mas pensei há alguns dias sobre a honra de ser amada por mim. não que eu me ache tão poeta assim (eu honestamente não me acho digna desse título) mas você sabe — tenho pensado na honra de ser amada por uma poeta.

ser tão eternizada nessas palavras. ganhar vida através da perspectiva de alguém que carrega tanta admiração e um sentimento tão profundo por você. quando penso em você meu coração se enche de vida. e sinto uma sensação semelhante a entrar no céu e isso é tão estúpido.

tenho pensado na vida que você tem levado, nos caminhos que percorre, e quando não posso ver nada disso, eu crio. quando você parece se encher de miséria e medo, eu sinto e gosto de criar uma vida para você que seja tão cheia de significado e sonhos que quase não te cabem, mas você aguenta. você poderia aguentar qualquer coisa? mesmo essas que você esconde de mim? eu não acho isso.

onde estão e para onde vão as partes de você que você esconde até de si mesma?

vejo você em sonhos tão vívidos que não posso suportar acordar de manhã e ver que você se foi mais uma vez. e nos meus sonhos eu digo que não posso ousar sonhar com você de novo, porque eu quero poder alcançar você a todo momento. ainda assim, você vem. por que você vem? existe uma parte sua em mim que você reconhece e tem tanto medo de conhecer a si mesma, isso te assusta? te assombra?

mas não era sobre isso, todos esses pensamentos… essas palavras… é porque tenho me feito perguntas como: como tem sido para você não mergulhar nas melodias mais brilhantes? no futuro, daqui a cinquenta anos, você vai perdoar minha alma e minha atitude infanto-juvenil? quando eu era mais jovem, eu não sabia de nada... mas eu sabia do meu sentimento por você. e eu sempre vou amar você. tão incansavelmente. é como se você estivesse impregnada nos meus ossos, como se fizesse parte da minha alma.

e todas essas palavras.. esses cortes emocionais.. essas memórias.. no futuro, será que alguém encontrará vestígio de você em mim? será que te conhecerão através dos meus olhos e palavras? será que se perguntarão quem foi você? oh, como eu gostaria de atravessar o tempo, o silêncio.. mergulhar nas respostas e alcançar o fim. mas é também nesse silêncio, nas entrelinhas, nos cortes e no invisível que eu encontro você.. minha alma sempre vai reconhecer você.

com esse amor que atravessa o tempo, do seu amor mais distante e inconsolável.

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mas então, fazemos isso: sentamos na sala de espera e esperamos, como se fosse a coisa mais importante a fazer, ao invés de sarar nossas próprias feridas, ainda que estejamos sangrando.

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inclusive escrevi esse hoje :)

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criei esse substack pra postar umas coisas que eu penso diferentes do que escrevo aqui, então quem sente falta de me ler e quiser ver minha mente destrinchando outros assuntos, pode me ler aqui :)

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tudo isso pra dizer que

eu sei que o tumblr não é mais o mesmo espaço de antes

e eu não estou mais aqui como estive antes

mas para as poucas pessoas que me leem carinhosamente (essas que eu sei o nome de cor e nutro um carinho) obrigada por permanecerem aqui me lendo e me apoiando e gostando do que escrevo e sou

e um dia espero que leiam essas partes em um livro todo bonito e foda

não tô mais aqui, mas to vivendo e por isso sempre criando e escrevendo. escrever pra mim é como uma macabea (que sobe nas minhas costas e me convida pra ir caminhando) e eu vou, com ela nos meus ombros vez ou outra parando pra recuperar o folego, mas vou.

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com mais coragem do que seu corpo é capaz de suportar.

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ano passado comecei a escrever esse livro e é o único que eu tenho certeza que vou terminar algum dia rs e eu amo muito essa personagem que narra esse livro que não sou eu stefany, nem o meu alter ego atlantis, embora algumas vezes nossos sentimentos e histórias se cruzem. construí um carinho imenso por ela ao longo desse ano e embora agora eu tenha dado uma pausa no livro, acho que é essa paixão que eu tenho por ela que me faz ter certeza que vou terminar um dia.

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você de costa pra mim com seu vestido preto com flores brancas. nós esperando as horas passarem naquele calor de sei lá quantos graus, você cochilando e nesse tempo eu mapeio os sinais das suas costas que parecem uma constelação de caminhos bons, penso naquela do tim bernardes que diz que ninguém teria sonhado você, eu não teria sonhado você, nem desenhado, nem escrito. acho que é por isso que você é mais do que qualquer coisa que já sonhei um dia, você é bem maior do que todas as minhas expectativas poderiam um dia projetar, tão maior. você me diz que odeia o fato de eu te amar tanto assim pois acha que não merece e eu acho que merece muito mais e por isso o meu amor é um aprendizado. há tanto tempo é, queria escrever sobre como é preciso regar a plantinha todo dia, mas acho que sei lá, em 2019 eu devo ter escrito sobre isso. eu rego e você rega, acho que é assim que funciona. é assim que permanecemos. e você me diz no caminho do supermercado pra casa que eu tenho que continuar sendo boa, sim. mas que eu deveria ser menos ingênua. eu te escuto atentamente, eu sei que você só tá tentando cuidar de mim. e você me diz que a razão de você me deixar escolher sabores de sorvete, restaurantes, qual tipo de comida vamos comer, é porque eu sempre cedo tudo de mim para os outros e alguém tem que fazer isso por mim também, então você faz. você me doa as escolhas. e em quanto me diz isso, eu penso no que é o amor. é alguma dessas coisas que eu já escrevi antes? amor é realmente todo drama que eu depositei erroneamente? o amor se modifica? ele se transforma? ele se expande, se modela, encaixa? o que é o amor hoje além desse sentimento que me deixa sem nenhuma palavra capaz de descrevê-lo? me deixa boba, sã, louca. me revira os olhos, me faz ser boba e tola, e engraçada pra te arrancar um sorriso sincero. mas não quero raciocinar muito, eu não quero escrever textos longos nem curtos, nem contar ao mundo nosso pequeno esconderijo em um chalé de canoa quebrada, lugar que agora está marcado em nossas vidas pra sempre como o local em que nos tornamos noivas. não quero contar ao mundo pois acho que ninguém entende e se entende eu também quero ser tão egoísta com esse amor, com a nossa alegria, com a nossa felicidade. quero guardar isso em um espaço seguro, mas você me diz que eu tenho que mostrar tudo o que eu sou, você me diz que eu tenho uma alma bonita e poética e eu te canto exatamente essa do tim.. é lindo, é tão gigante o que a gente tem.

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atlantis, qual foi a sua musica mais ouvida de 2024?

i wish i hated you da ariana grande e a sua?