Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
with @vaicatalatinha
"I am surrounded by fuck-ups in this building, but you are the gold standard of fuck-ups. By all rights, you shouldn't even be here."
Sua expressão se contorceu numa indignação silenciosa. Augusto sabia que havia sido um babaca ao romper o noivado com Catalina sem mais nem menos, depois de terem acertado tantos detalhes e tudo ter corrido tão... bem. Quanto a isso, não havia o que duvidar. Mas, sua percepção sobre a magnitude de alguns de seus atos parecia falha, quem sabe propositalmente. Parecia que enquanto um lado da sua vida era marcado por atos racionais, pensados sob medida, o outro era um amontoado de decisões ruins e sem explicação ou lógica. Mas ele inspirou, a boca entreaberta e o cenho franzido. “Eu não...” Começou, piscando algumas vezes. “Uau.” Concluiu o pensamento. “Justo, eu acho. Não sei se precisava de tanto ódio, mas aceito.” Ergueu as mãos, palmas viradas para frente, um gesto de rendição. Ofereceu, então, a bochecha direita, os olhos semicerrados como quem aguarda pela colisão. “Vá em frente, nos livre desse fardo.”
1 note
·
View note
Text
with: @berenmequer
Talvez o senso de autopreservação de Augusto não fosse dos melhores, apesar da frieza calculista com quem ele acreditava que sim, que sempre sabia o que estava fazendo. Talvez esse cálculo o levasse a priorizar outras coisas quando sua integridade estava em risco... levando seu rumo mais próximo do caminho da autodestruição. Por conta disso, carregava uma série de cicatrizes que pareciam colocá-lo imaginado dentro de uma cena de guerra, algo que ele, de fato, nunca viveu. Cenas similares e algumas tão perigosas quanto, sim, mas aí estava: todas essas foram necessárias de serem vividas ou ele se arriscava com a desculpa que sim? Dividia com Beren uma dessas cicatrizes, e quanto à essa havia a certeza pura de que não poderia ter sido de outra forma. Podia ter morrido, mas não ter estado lá teria suscitado na morte inequívoca de duas pessoas. Assunto proibido. Ele tirou a camisa e se sentou na maca da enfermaria, o olhar tão vazio quanto sabia ser ao encarar a vermelha. Tinha uma ferida besta no peito graças à um corte de um galho que levará parte do tecido da camisa, mas sabia que ela encararia a pele enrugada que subia pelo lado direito do quadril. “Não foi nada.” Disse, o comentário vago o suficiente para poder se referir ao corte novo no peito ou à cicatriz antiga. As câmeras eram algo a se temer, e as paredes tinham ouvidos. “Valeu a pena.”
1 note
·
View note
Text
with: @agatacomeu Jardim, brunch Não sabia onde estava com a cabeça quando foi adiante com o plano de participar da Althara. Para alguém acostumado a viver nas sombras — e a agir nelas —, Augusto devia saber que sobreviver (e não viver, porque aquilo não era vida) sob o olhar de sabe-se lá quantas câmeras e quantas pessoas interessadas na saga romântica (política, em realidade) alheia, não era para ele. Mas, acostumado, também, a fingir... Fingiria. Se não bastasse o tanto de insuportável que era ter tanta gente azul procurando acordos no mesmo lugar, era necessário, além disso, encarar Ágata. Nessas horas, parecia tudo do avesso e não haver gente o suficiente. A tatuagem no peito parecia queimar. Por que ainda não havia apagado aquilo? Engolindo em seco, sua frieza sumiu. A ideia era pegar um café, ele era capaz de pegar um café. "Bom dia." A educação ainda era considerada uma qualidade a se admirar nas pessoas?
0 notes
Text
Augusto não corria riscos em vão. Se beneficiava de pontos cegos das câmeras e agia antes que elas se virassem para si mas, em geral, evitava fazer uso de seu poder naquela ilha. A tentação perigosa de não haver sala dita inalcançável para ele naquele lugar era demais, no entanto. E ele precisava investigar. Havia aproveitado brechas em trocas de turno das salas de controle para ali esgueirar-se e encarar as telas. Podia denominar aquela missão como um sucesso, havendo corrido tudo bem, até ele precisar sair de supetão, e sua presença na sala onde por fim encontrou-se acabar sendo um tanto suspeita. Não fora descoberto, como não tinha sido todos esses anos. A adrenalina que o invadiu foi facilmente disfarçada em um sorriso sonso, o mesmo que ele oferecia a Alma agora outra vez, momentos depois. "Ah, é mesmo?" Seus olhos faiscaram com um brilho jubiloso. Era um tópico perigoso, mas como Augusto ficaria mais satisfeito do que colocando-se em situações como aquela? Podia-se dizer que possuía certo vício. "Não sei se posso afirmar ter tanto valor assim, mas não nego a lisonja." Arqueou uma das sobrancelhas, o inclinar leve da cabeça acompanhando o movimento. "E adoraria ouvir mais palavras de onde essas vieram. É um prazer, Vossa Alteza, estou familiarizado com sua pessoa." Aceitou a mão estendida da princesa e depositou um beijo. "Augusto." Completou, apresentando o nome que ela, provavelmente, também já conhecia.
𝒘𝒉𝒐: @augustinhocesar
* Com a lembrança ainda recente da aparição enigmática do rapaz na sala onde estivera momentos antes, Alma não conseguia afastar a desconfiança que se instalara em seu peito. A incerteza sobre o que de fato vira — se é que havia mesmo presenciado algo inusual — misturava-se ao ceticismo que insistia em manter. Correndo o risco de levantar suspeitas sobre si mesma, decidiu que não havia valia em apenas observá-lo à distância como uma sombra, aproveitando a coincidência conveniente de estarem próximos para abordá-lo de maneira aparentemente casual. “ ── Estávamos em um grupo conversando sobre nossas habilidades, e alguém mencionou sua suposta capacidade de persuasão.” O discurso amistoso escondia sua verdadeira intenção com o tópico capcioso. Em seus lábios repousava um sorriso cordial, comumente usado em ambientes formais como aquele. “ ── Imagino que seja especialmente valioso por aqui… ” A implicação era clara, de como alguém com tal dom de convencimento certamente teria vantagem em forjar vínculos, inclusive matrimoniais. Embora muitas questões éticas precisassem ser consideradas neste caso. “ ── Não sei se já fomos formalmente apresentados, mas me chamo Alma. ” Acrescentou com polidez, estendendo a mão em sua direção para um cumprimento.
1 note
·
View note
Text
Já era esperado que AUGUSTO CÉSAR FARNESE DE TAVARES E ALBUQUERQUE viesse para a Ilha de Treatan, afinal, ele é um DUQUE vindo do REINO UNIDO DO BRASIL PATRIOTA (Brasil). Não que seja elegante perguntar, mas sei que ele já conta com seus 30 ANOS, e não esconde a fama de CALCULISTA, mas é sabido que seu lado PACIENTE compensa.
HEADCANONS
Filho de uma condessa italiana e o duque de Solarim, do Reino Unido do Brasil Patriota, Augusto era uma figura enigmática. Sonso o suficiente para não deixar ser pego mas ácido demais para deixar passar as oportunidades de cutucar a nobreza em seus pontos fracos, sua sorte era que o rei e seus herdeiros eram burros demais para sequer compreender a maioria de seus insultos, alguns velados, outros nem tanto. Eles desconfiavam que Augusto dizia coisas que não eram lisojeiras, porém como afirmar? Seus modos sedutores e carismáticos, o sorriso que parecia um caramelo, o olhar que emanava um magnetismo inegável... Eles só podiam achar que seu poder era esse. Os boatos oficiais, se é que podia-se dizer tal combinação de palavras (nada tão impossível para o RUBP, já conhecido por suas verdades questionáveis), diziam isso: Augusto tinha o poder do convencimento, da sedução ou indução, por voz ou por toque, os detalhes eles ainda vinham averiguando. A realidade era que Augusto apreciava esse mistério cômico a respeito de seu poder, e não negava nem admitia. Sua famosa indução era na verdade seu charme, não infalível, mas potente o suficiente para levantar esse tipo de hipótese. Já havia dito que seu poder ainda era desconhecido, que talvez só soubessem quando alguém tentasse matá-lo e viesse a descobrir que ele tinha sete vidas, no entanto, pareciam não querer acreditar, então que assim fosse. Até porque não era mesmo verdade. Preferia que não soubessem a respeito da sua capacidade de atravessar paredes. Ou lanças. Ou um punho na direção do seu rosto. A intangibilidade era um segredo útil demais naquele reino, principalmente quando seu pai o havia criado para uma tentativa de golpe de Estado. O velho duque de Solarim queria ver seu filho rei, só não esperava que seu filho fosse é querer ver a monarquia na lama. Esse detalhe era reservado a poucos. Havia crescido no litoral do Rio de Janeiro enquanto seus pais viajavam entre Nova Brasília, Minas Gerais e de volta ao Rio. Havia algum rumor a respeito de supostamente, e digo supostamente, desde a adolescência Augusto escapar nas noites brasileiras para estar entre vermelhos. Nenhum vermelho jamais o delatou. Nenhum Bolsonaro (e ele odiava dizer esse nome) jamais conseguiu provar, também. Além disso, sendo os Tavares e Albuquerque uma família que tinha tanto ouro e a capacidade de multiplicá-lo, não era muito conveniente que fossem perseguidos pelo rei, não o medroso e bajulador-de-rico do rei. Dessa maneira, Augusto se beneficiava de mais do que um pouco de liberdade e ousadia. Fosse na cidade natal ou na capital onde passara os últimos anos, andando por cômodos que jamais deveria ter estado, libertando prisioneiros, sabotando missões, e sorrindo com todos os dentes em banquetes onde dizia uma dúzia de palavras que ninguém além dos criados e seus parentes direto entendiam, esses últimos atordoados com o medo de que ele cavasse a própria cova, eventualmente.
EXTRAS
Dom Henrique de Tavares e Albuquerque, Velho Duque, pai, falecido
Duquesa Viúva de Solarim, Vittoria Farnese, mãe
Donos de minérios de ouro no estado de Minas Gerais, suas terras se chamavam Solarim, seu grande ducado. Os Tavares e Albuquerque tinham muitos segredos. O hábito de mentir sobre os próprios poderes, por exemplo. O desejo de tirar a coroa da cabeça do rei e seus herdeiros. Quem saberia dizer o que mais? Gostavam mais de passar os dias no castelo no litoral, na cidade do Rio de Janeiro, mas a proximidade com a família real os dividia entre esses dois lugares e Nova Brasília. Odiavam Nova Brasília e tudo sobre ela, mas eram influentes. Dom Henrique tinha o toque de Midas como havia tido seu avô, porém falava sobre sua "habilidade mágica de encontrar ouro", como o mesmo havia feito. Sua esposa, Vittoria, nobre italiana cujo casamento trouxe ainda mais prestígio para ambos, era sua confidente e parceira. Seu poder é o de uma espécie de "contrato de atlas": ela consegue sentir o valor verdadeiro de qualquer coisa ou pessoa, em ouro ou em influência, lealdade ou risco. Foi assim que transformou a riqueza do marido em uma rede de alianças intocável, comprando não terras, mas dívidas, segredos e favores. Enquanto Henrique criava ouro, Vittoria garantia que ele nunca perdesse o brilho. Ela sabe, por exemplo, que o rei do RUBP vale menos que seu cavalo de guerra, que a lealdade do general do exército pode ser comprada com um título, e que o próprio filho, Augusto, é a moeda mais valiosa e mais perigosa que já manejou.
PODER
O poder da intangibilidade é seu maior segredo, e sua arma mais poderosa. Augusto nunca o revelou, permitindo que a corte acreditasse em mentiras muito úteis para si mesmo, como "indução por voz" ou "toque hipnótico". Na realidade, ele só precisa de um instante incorpóreo para sumir de uma cela, atravessar uma muralha ou deixar uma adaga passar por seu peito. Augusto já disse não saber qual é seu poder, e que talvez seja que tem sete vidas ao invés de uma, mas as pessoas em geral acreditam mais na versão da sua habilidade de indução mágica, então ele não insiste. Apenas não nega e nem confirma. O que chamam de indução, convencimento ou sedução é, na realidade, apenas um tanto de charme que confunde até quem o odeia, obviamente não imune à falha.
4 notes
·
View notes