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Aula com o tema de “Arte Urbana” encanta os alunos do CIEP Nova Brasília
Na quinta-feira do dia 10 de maio, o projeto Autoestima Cidadã foi ao CIEP do bairro de Nova Brasília dar uma aula sobre “arte urbana”, em Campos dos Goytacazes. Lecionada por Isabela Castilho, Júlia Riter, Mariana Henriques e com participação especial de Pablo Malafaia, um grafiteiro residente neste mesmo bairro. Ao adentrar a escola, Pablo recordou-se de suas memórias de menino, quando costumava frequentar o espaço diariamente para a prática de esportes. 
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Acanhados de início, os alunos mostraram-se cada vez mais engajados ao perceberem que estavam refletindo e ampliando sua visão sobre espaços corriqueiros, do seu dia a dia, e compreendendo melhor os bastidores e significados por trás das imagens da rua. 
Iniciamos um debate perguntando se ”Campos tem arte?”, e “onde?”. As respostas das crianças foram “Beira Rio”, “pracinha da Nova Brasília” e “ponte/viaduto”. Por último perguntamos o que era arte urbana para eles, e todos, inclusive a professora, responderam grafite.
A expressão “Arte urbana” engloba qualquer manifestação artística no espaço público. Inicialmente citamos diversos exemplos além do grafite, como dança, grafite, stencil, lambe lambe, entre outros. Em seguida, entregamos folders com o nome do projeto contendo os conceitos principais da aula. 
Perguntamos a turma se havia diferença entre pichação e grafite. Os alunos responderam que grafite é arte e pichação é vandalismo. O picho é feito em locais não autorizados e com intenção de vandalismo, ao contrário do grafite, que busca um conteúdo artístico mesmo que contemple questões de protesto. Antes de 2009, quando o governo brasileiro descriminalizou a arte de rua, qualquer uma das manifestações era considerada transgressão.
Pablo explica que quanto maior a desigualdade social e a segregação socioespacial, maior a necessidade de expressão. Durante o período conhecido por “ditadura militar”, os movimentos emergiram com força no Brasil. Os alunos ficaram bem interessados pela aula e participativos, sempre fazendo perguntas. 
Na sequência, Pablo inicia sua apresentação por meio de mídias pessoais como fotos e vídeos, mostrando a evolução do seu trabalho desde seu primeiro estêncil em um muro na cidade - durante o mutirão “Luz na Rua” na Portelinha - até outros estados do Brasil. Conforme explicou a técnica do estêncil, alguns alunos perguntaram detalhes sobre o processo criativo. A professora perguntou se quando ele era criança, na idade dos alunos, ele gostava de desenhar. -Pablo respondeu animado: “muita coisa!”
Após o término da apresentação, propomos uma oficina experimental de estêncil para os alunos terem contato com a técnica. Saímos da sala e fomos para a biblioteca da escola para começar. Nesse momento, todos estavam bem empolgados. As crianças cortaram as figuras trazidas pelo grafiteiro e pintaram uma parede externa da biblioteca. Surgiram muitas crianças de outras turmas que não tiveram a oportunidade de participar da aula também querendo pintar. Os alunos ficaram até depois do horário de saída envolvidos com a atividade, não querendo que terminasse.
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Pablo Malafaia e as professoras ficaram interessados no projeto, e pediram uma aula sobre patrimônios da cidade.
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Bibliografia
PEIXOTO, Nelson Brissac. Intervenções Urbanas: arte/cidade. Sesc, 2012.
PALLAMIN, Vera Maria. Arte, Cultura e Cidade: Aspectos Estético-Políticos Contemporâneos. Annablume, 2015.
RINK, Anita. Graffiti: intervenção urbana e arte. Appris, 2014.
SZPIGEL, Marisa. O grafite na sala de aula e fora dela. In: Nova Escola, 02 set. 2017. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/6631/o-grafite-na-sala-de-aula-e-fora-dela>. Acesso em 10 abr. 2018.
TODAMATERIA. Arte urbana. In: Toda Matéria. Disponivel em: <https://www.todamateria.com.br/arte-urbana/>. Acesso em 10 abr. 2018.
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Campanha #VesteACamisa
Segundo o dicionário informal¹, a expressão “vestir a camisa” significa “se dedicar a algo (principalmente em relação a trabalho); colocar seu coração e todo seu esforço em algo ou alguém.” Também pode ser encontrada a definição² “assumir o compromisso com algo e se dedicar a isso”
A campanha #EuVistoACamisa #VesteACamisa #Cidadania é um chamamento à responsabilidade social que devemos que ter, o posicionamento e a postura proativa de um cidadão engajado. A campanha é um trocadilho dessa responsabilidade com as peças patriotas de outros países, como camisas I❤NY e peças de roupas com as cores da bandeira, mas no Brasil esse orgulho é mais capitalista e só atinge a cidades turísticas $$$.
Você já usou alguma versão brasileira das roupas patriotas com estampas do Rio de Janeiro? Porto Seguro? São Paulo? Guarapari? Afinal... Qual cidade ao redor do mundo merece sua estima? Qual cidade ganhou sua admiração?
Quando nos autorrotulamos alguma coisa, fazemos do nosso corpo um canvas para expressar valores, sentimentos, crenças. Em alguns países é comum vermos patriotismo estampado dos pés a cabeça. Em Cidades turísticas... Porque se trata quase somente de “valores” $$, não de valores.
E por amor a pátria, por orgulho de ser cidadão, por gratidão à terra que te abriga, você #VesteACamisa?
Referências
¹ Dicionário Informal: ”vestir a camisa”. Disponível em:<https://www.dicionarioinformal.com.br/vestir+a+camisa/>. Acesso em: 7 mai. 2018.
² Qual é a gíria: “vestir a camisa”. Disponível em:<http://www.qualeagiria.com.br/giria/vestir-a-camisa/>. Acesso em: 7 mai. 2018.
Autores: Isabela Castilho, Júlia Ritter, Mariana Henriques 
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Memórias: Songs I’m Writing For You
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you've been sending me your stories, I've been turning them in to songs. ⚜ Life In Colour - 10.10.16 ⚜ pic.twitter.com/vEWrXpV74D
“vocês tem me mandado suas histórias, eu as tenho transformado em canções.” (tradução nossa)
“Songs I’m Writing For You” [Canções que escrevi para vocês] foi um projeto de verão da cantora e compositora escocesa-sueca Nina Nesbitt. A ideia da cantora foi permitir que seus fãns a enviassem histórias pessoais para que ela as transformasse em canções. 
O aspecto que conecta este projeto ao Autoestima Cidadã, no entanto, é a forma como ela abstrai estas histórias: todas são georreferenciadas aonde aconteceram. O EP resultante não soa como como um diário de uma pessoa, mas exatamente como um apanhado singular do que ocorreu em cada uma das cidades dos títulos: Ontario, Brisbane, Los Angeles, Manchester e Estocolmo. Como disse Santos¹ (1994, p. 36 apud ABREU, 2016), “o lugar é a extensão do acontecer solidário”.
Nina ainda pediu que os fans enviassem detalhes que pudessem ajudá-la a transformar a história em música: lembranças de cheiros particulares, sensações, cores, visuais que se relacionassem a experiência deles.
A memória coletiva das cidades é um somatório de memórias individuais, e esta, por sua vez, pode contribuir para a recuperação da memória das cidades. A partir dos seus registros subjetivos pode-se enveredar pelas lembranças das pessoas e atingir momentos urbanos que já passaram e formas espaciais que já desapareceram. A importância desse resgate para a identidade de um lugar é inquestionável, e é por isso que as “histórias orais” e as “memórias de velhos” vêm hoje se difundindo bastante no Brasil.¹
Fazemos da nossa memória o que bem queremos, tornando o espaço da memória individual “não-euclidiano”. Nele, as localizações podem ser fluidas ou deformadas, as escalas podem ser multidimensionais e a referenciação, mais topológica do que geográfica.
De volta ao EP da Nina, o destaque está na segunda faixa lançada, “Brisbane”. A letra conta a história de uma jovem de apenas 15 anos preocupada com a perda iminente do pai. A garota tem medo de que a memória dele se esvaneça com sua partida, e se pergunta se ela perderá um pedaço de si mesma ao perdê-lo um dia. A foto abaixo foi postada por Nina em um tweet com versos da música:
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The fear of forgetting pic.twitter.com/GRKsSmbAZ4
A caption diz “O medo do esquecimento”, e os versos dizem “Estou apavorada [com a ideia de] que as rugas em seus olhos se tornarão linhas borradas dentro de alguns anos, quando estou pensando em seu rosto e de repente ele desaparece [da minha mente]” (tradução nossa). A jovem tem medo de que, após a morte do pai, ela não mais seja capaz de se lembrar de certos aspectos dele. 
A perda de entes queridos, além de ser uma perda emocional é também uma perda material. Nossos corpos são devolvidos a natureza e apenas registros fotográficos e lembranças individuais mantém nossa história. Quando se trata das cidades, porém, a perda material não necessariamente precisa ser completa. Quando preservamos nosso patrimônio, preservamos um registro da história coletiva. Se destruirmos tudo que resta do passado, corremos o risco do esquecimento.
A cantora também postou a letra completa da música:
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Track #2 - Brisbane 💜 https://t.co/QycJVdxUQn pic.twitter.com/r09PZjOgIn
“Mas se você se foi E eu estou aqui Eu sou só a ‘filha de alguém’ agora?” (tradução nossa)
Em inglês, a palavra “somebody” (algúem) é usada quando não se sabe com certeza quem a pessoa é ou simplesmente não se consegue lembrar o nome dela. Nesse contexto, mostra que a moça teme que seu pai não seja mais lembrado pela sociedade, e ela será referida vagamente como “a filha de alguém”.
“Você me deu a vida Creio que achei que você seria imortal Aquelas luzes de Brisbane Elas estão brilhando para você Seus pulmões estão negros Seu corpo está ficando cinza Mas tudo está me cegando agora” (tradução nossa)
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Referências
¹ ABREU, Maurício. Sobre a memória das cidades. In: A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. Org.: Ana Fani Alessandri Carlos, Marcelo Lopes de Souza, Maria Encarnação Beltrão Sposito (Organizadores). - 1.ed., 4ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2016.
CETTINA, Sophie. Nina Nesbitt’s “Songs I’m Writing For You” Project. In: APerfectPlaylist.wordpress.com, 14 jun. 2016. Disponível em:<https://aperfectplaylist.wordpress.com/2016/06/14/nina-nesbitts-songs-im-writing-for-you/>. Acesso em 01 mai. 2018.
NESBITT, Nina. (@NinaNesbitt). “⚜ Life In Colour - 10.10.16 ⚜ pic.twitter.com/vEWrXpV74D ”. 14 set. 2016, 01:45 am. Tweet. Disponível em:<https://twitter.com/ninanesbitt/status/775978681202270208/photo/1>. Acesso em 03 mai. 2018.
NESBITT, Nina. (@NIIGHTWATCH). “The fear of forgetting pic.twitter.com/GRKsSmbAZ4”. 10 mai. 2016, 14:01 pm. Tweet. Disponível em:<https://twitter.com/NIIGHTWATCH/status/730140674323009537/photo/1>. Acesso em 03 mai. 2018.
NESBITT, Nina. (@NinaNesbitt). “Track #2 - Brisbane 💜 https://t.co/QycJVdxUQn pic.twitter.com/r09PZjOgIn”. 07 jun. 2016, 14:55 pm. Tweet. Disponível em:<https://twitter.com/ninanesbitt/status/740301291692429312/photo/1>. Acesso em 03 mai. 2018.
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Ensine pertencimento com Adele
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Pertencimento é um assunto quente. Não é um conceito a ser memorizado, não é conteúdo para ser escrito em um teste, é algo que se aprende de dentro, que se sente antes de se definir. Pode-se dizer que, de fato, quem não sente, não compreende. Há alguns anos Adele lançou a música "Hometown Glory" como seu primeiro single do seu primeiro álbum, "19". 
Esta também foi a primeira escrita pela cantora, quando ela tinha apenas 16 anos, e captura com elegância e muita sensibilidade essa emoção de comunidade e os laços emocionais que criamos com o espaço onde crescemos. A revista Rolling Stones¹ diz que a música é uma variedade diferente de 'carta de amor', dedicada a vizinhança da cantora em Londres. Escrita com um perfeito equilíbrio entre sabedoria e jovialidade, ela descreve o verão na cidade, as pessoas que lá encontrou, e deixa transbordar um imenso sentimento de gratidão com pitadas de nostalgia.
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Música na sala de aula é cultura, descontração, atualidade e realidade; é um relato subjetivo da história, é a verdadeira memória. Todo ponto de vista, todo registro “não oficial” da história nos liberta da Wirkliche Historie².
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Referências 
¹ SPANOS, Brittany. Readers' Poll: The 10 Best Adele Songs. In: RollingStones.com, 12 nov. 2015. Disponível em:<https://www.rollingstone.com/music/lists/readers-poll-the-10-best-adele-songs-20151112/hometown-glory-20151112>. Acesso em: 29 abr. 2018.
² FOUCAULT, Michel. Nietzche, la généalogie, l’historie. In: Hommage à Jean Hyppolite. Paris: P.U.F, 1971. Tradução de Marcelo Catan. In: Microfísica do poder. Organização, introdução e revisão técnica de Roberto Machado. – 3.ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. 431p.
Bibliografia
ABREU, Maurício. Sobre a memória das cidades. In: A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. Org.: Ana Fani Alessandri Carlos, Marcelo Lopes de Souza, Maria Encarnação Beltrão Sposito (Organizadores). - 1.ed., 4ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2016.
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Vocês pediram: nós ouvimos
Vocês pediram: nós ouvimos. Dos quase 200 entrevistados ano passado no início desse projeto, quase 75% julgou o próprio conhecimento sobre a história campista como insuficiente. E nós vamos contá-la para você, que quer conhecer mais das origens e da memória da terra que habita, assim como elaborar material didático e planos de aula para os professores campistas abordarem esse rico conteúdo com seus alunos.
Para inaugurar esse trabalho nas mídias sociais, deixamos um breve trecho da obra 'Campista. Nem fiado, nem a vista: a saga dessa gente que não se vende'¹.
O céu de safira sem rival no mundo, declamado hoje, seria risível não fosse o respeito que a lira de Azevedo Cruz merece. Nem a magia do Paraíba foi suficiente para impedir os desvios que amenizaram a caudalosa corrente de outrora. Acabou perdendo a “soberania dos prados e vergéis”, minado pelos poluentes que lhe arremessam no leito. A própria energia elétrica, afinal implantada, depois da hibernação que seguiu à euforia do pioneirismo (a primeira cidade da América do Sul a industrializá-la), desfez o mito da predileta do luar como Verona. Luar bonito mesmo agora só no interior, longe da zona urbanizada.
A terra é grande, soberana, predileta, por causa dos seus filhos. Por causa dos homens que a construíram. Por causa das lutas por sua edificação. Por causa dos campistas que de lá saíram para engrandecê-la cá fora e, principalmente, dos paladinos que lá permanecem, no trabalho incansável, constante e humilde, de perpetuar a grandeza de Campos.
A terra é soberana porque compõe o conjunto do Brasil. Nas suas vantagens e deficiências, nas suas aspirações e desilusões, é bem um pedaço do todo e, como este, sofrendo os efeitos do combate entre os que fazem o progresso e os que não suportam seu advento. O povo de lá é bom porque é bem uma amostragem do povo brasileiro: resoluto, trabalhador, empreendedor. Os desprovidos desses atributos, uma parasitária minoria, que, no entanto, detém largas faixas do poder, não só não são povo, como sequer são brasileiros. Constituem os apátridas de todas as latitudes, em cuja bandeira só há lugar para o cifrão e a caveira. (grifo nosso)
A terra é predileta porque reúne às comodidades da cidade pequena as conveniências da cidade grande. [...]
Não tem capacidade para dizer-se patriota quem despreza o amor pela terra natal. É preciso até gostar da rua, do bairro, da cidade em que se nasceu, da Igreja onde se batizou, do colégio que se frequentou. [...]
Referências
¹PESSANHA, Yvan Senra. Campista. Nem fiado nem à vista. - A saga dessa gente que não se vende. Niterói: Imprensa Oficial, 1999. 280p. p. 13-14.
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