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Borboletas Mortas — Poesia.

Há borboletas no meu estômago. Todas mortas.

Asas quebradas, cores desbotadas, sonhos que abortas.

Você foi a primavera que nunca chegou,

Deixando apenas o inverno, onde tudo congelou.

Eu te amei com uma intensidade que me consumia,

Eram borboletas que dançavam, uma festa que me envolvia.

Mas o tempo passou, e você mudou de estação,

Levando consigo meu coração, sem explicação.

Agora, as borboletas estão lá, mas não se movem,

São fantasmas de um amor que não se renovem.

Você escolheu outro jardim para florescer,

E me deixou aqui, sem nada mais a oferecer.

O que sobrou em mim é um campo devastado,

Onde a vida murchou, onde o amor foi arrancado.

Eu olho para dentro, e só vejo o vazio,

Borboletas mortas, um sentimento frio.

Foi cruel o modo como você se foi,

Sem olhar para trás, sem sentir o que dói.

Troquei meu sorriso por lágrimas contidas,

Enquanto você trocava de mãos, de vidas.

Agora, carrego em mim essas asas quebradas,

Memórias de um amor que virou nada.

Há borboletas no meu estômago, todas mortas,

Sufocadas pelo peso das promessas que abortas.

Você me deixou com esse fardo, com essa dor,

Borboletas que um dia foram símbolo de amor,

Mas hoje são apenas lembranças de um fracasso,

De um amor que se foi, deixando um espaço escasso.

E no fundo, tudo o que resta é o luto,

Por um amor não correspondido, um sonho bruto.

Há borboletas no meu estômago. Todas mortas.

E o que era belo, agora são apenas portas fechadas,

Para um coração que não encontra mais respostas.

— Brenda.