Tumgik
beatrizpayara · 1 year
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Hoje acordei
E sei que não quero ser mais
Os passos que eu já dei
Hesitei a cada segundo
Na minha cabeça
Disseco cada pensamento
Os meus lábios não se mexem
Mas eu estou perto da loucura
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beatrizpayara · 2 years
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Nos dias de poucas certezas,
Sei que me olharás mais de perto
Para eu saber que tu existes
E que tudo vai dar certo
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beatrizpayara · 2 years
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Não faz sentido toda esta imensidão de espaço
Contra a finitude do nosso tempo
E se metade da vida passamos a sonhar,
Sonhamos tanto quanto vivemos?
Talvez no sonho esteja o verdadeiro acordar
E um dia haveremos de sonhar eternamente
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beatrizpayara · 2 years
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Talvez a morte seja um recomeço. Talvez a morte seja apenas uma espécie de processo químico de transformação da matéria que é a nossa alma na forma de um corpo para um estado espiritual, em que a nossa consciência transcende o espaço.
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beatrizpayara · 3 years
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Tentei descrever-te
Como se fosses o pôr do sol
Mas nunca consegui contar
Todas as cores do teu céu.
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beatrizpayara · 3 years
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Parti ainda de madrugada, sem intenção de voltar. Metade das minhas coisas ficaram para trás. A pequena mala que levo cabe no meu pequeno carro. Sei que achaste que nunca partiria, mas aqui estou eu de malas na mão. Também me surpreendi.
Estou cansada. E estar tão cansada assim é perigoso. Estou tão cansada que penso em razões para aguentar mais um dia e nem sempre as encontro. Vai ficando cada vez mais difícil.
Ao partir nada mudou. E eu vejo-te aí, e prefiro quem eu sou nesse lugar perto de ti. Parece sempre melhor aquilo que não temos.
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beatrizpayara · 3 years
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beatrizpayara · 3 years
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Ele olhou para o céu estrelado e viu uma estrela cadente.
- Vou pedir um desejo. - disse.
Eu olhei-o enquanto fechava os olhos a pensar no seu desejo, com meio sorriso. Quando acabou, abriu os olhos e olhou-me.
- Não vais pedir nenhum? - perguntou.
- Não vi a estrela. -respondi.
Ele olhou o céu de novo, à procura de uma estrela para mim. Segui o olhar dele, sabendo que não ia ver nenhuma estrela cadente. Mas, de repente, lá estava uma.
- Já vi uma! - gritei.
Fechei os olhos e tentei concentrar-me num único desejo. Pensei na minha vida, no que poderia melhorar. Não consegui pensar em nenhum. Abri os olhos e olhei para o céu estrelado. Fiquei hipnotizada por breves momentos.
- Já desejaste? - perguntou.
- Sim. - menti.
E naquele momento soube o que desejava afinal. Mas talvez a minha estrela já não estivesse ali para me ouvir.
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beatrizpayara · 3 years
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beatrizpayara · 3 years
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beatrizpayara · 3 years
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Não sei quando se tornou tão serena
Ela que era uma tempestade
Não sei quando se deixou ser tão infeliz
Pensando que era da idade
Já não a conheço
Eu que a via todos os dias. 
Um dia,
Enquanto retocava o batom vermelho
Disse-me que queria mil aventuras
Mas agora olho-a no espelho
E não sei onde foram essas loucuras. 
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beatrizpayara · 3 years
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Seis tábuas
Não tenho pensado com clareza. Queria ter a leveza da incerteza Queria olhar mais vezes para cima E não tanto para o chão Mas esta emoção consome-me Mais pelos outros do que por mim E poucos são os intervalos desta angustia Onde consigo respirar um pouco de esperança Não posso amar mais do que isto. Amar não mata mas moi, E pensar que sou tão fraca Para aqui perdida dentro de um microclima Onde nuvens negras se acumulam. Preciso de uma poção. Daquelas que faz esquecer. Preciso da minha inocência e apagar todo este saber. Dizem que o saber não ocupa lugar, mas o pouco que sei já se apoderou do meu espaço e já não sei mais o que fazer.
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beatrizpayara · 3 years
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beatrizpayara · 3 years
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beatrizpayara · 3 years
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Vi-te no meu sonho.
Nessa dimensão paralela
Uma madrugada chuvosa de abril
Abrigava uma tarde de junho amarela
Nesse dia vi que eras tu,
Conheci-te pelo teu casaco
Se tivesse chegado a tempo
Não terias caído no buraco
Voltei para te avisar
Mas entretanto o verão passou
Dei por mim outra vez em Abril
E a chuva ainda não parou.
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beatrizpayara · 4 years
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beatrizpayara · 4 years
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A única parte do corpo que ainda sinto que me pertence são os meus olhos, que me deixam ver o exterior da alma. Conforme o meu corpo arrasta quem eu sou como um mero recipiente, os meus olhos centram-se apenas na mácula. Parece que acordei de um sonho, mas tudo ainda parece demasiado irreal. A chuva silenciou tudo o resto e as ruas ficaram vazias. Não sei onde estou, mas sinto-me mais lúcida do que nunca. “Este corpo sou eu?” pergunto-me. Percebo então que sou só mais um corpo vivo, perdido numa pequena cidade sobrelotada de outros tantos iguais a mim. O intervalo de lucidez acaba e logo volto à loucura de sempre. 
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