eu só to aqui para ver as coisas bonitinhas mesmo (até o pessoal do tt aparecer), xxvii.
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Nunca achei que, de todas as relações que já vivi neste mundo, a mais próxima me mataria mais rápido e mais cedo.
Fecho meus olhos com força e me encolho contra o canto da parede, mas ninguém vê. Ninguém verá, na verdade. Assim como ninguém sentirá — e talvez, no fundo, eu até prefira que qualquer outro alguém não sinta.
Posso ver suas pernas se agitando por aqui e ali. Eu sei que seu coração está tão pesado e degradado quanto o meu. Mas eu não tinha culpa… Será que eu merecia? Eu merecia ser violentada para entender sua dor e você abandonar sua suposta solidão?
Sempre me coloquei para fora de tudo que quis entrar. Bastava um olhar seu, um suspiro, e eu me encolhia como uma flor que não resiste à temperatura do dia. Desistia sem sequer me olhar, porque o seu olhar importava mais.
Me entorpecia todas as vezes que suas cordas vocais vibravam — porque delas, eu nunca sabia o que sairia. Mas, assim que começavam a sair, meu coração já era imposto a um sintoma patológico que me tornava insuportável.
Não posso dizer que sinto apenas raiva disso. A raiva cresceu pelos cantos do meu corpo. Bombeou meu coração até as veias das minhas mãos, que agiram agressivas. Meu corpo se movimentou entorpecido por socorro. Mas nunca tive socorro.
Então aprendi a abrir potes sozinha, carreguei sacolas mesmo pesando menos de 40 quilos, andei sozinha pela rua tarde da noite. Meu pai estava ocupado demais com o próprio sorriso para perceber que eu já não conseguia formar o meu.
Claro que me detestaram pelo modo como eu agia, mas ninguém nunca perguntou por que eu reagia.
Entretanto, busquei entender a razão de as pessoas serem como são. Por isso, não conseguia mentir. E, ao mesmo tempo, achei que podia salvar em meus braços qualquer um. No final, era eu quem acabava nos braços do outro — sufocada ou dominada.
Tornei-me uma chata, pelo menos com consciência. E a dor veio de presente.
Foi assim que aprendi o amor: tentando compreender a todos. E doía quando eles mesmos não enxergavam em si o que eu via em potência, mas nunca conseguia dizer. Pensei que todos podiam ser uma metamorfose enraizada, como eu — sempre mudando, mas nunca mudando-se.
Quando conversava com alguém, nunca conseguia falar tudo. Tinha medo.
Porém, ouvi cada coisa que nem consegui deglutir. Então pensei: quem ama de verdade — ou de alguma forma ama —, quem é o agente, jamais condiciona sua fala a qualquer preconceito.
Já quem é amado, tem a liberdade de ser aceito até por qualquer asneira que diga.
E talvez seja por isso que os mais adoentados se tornem os mais sensíveis.
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Casa no Arpoador ou em Petrópolis
Concurso público e diploma de nível superior
Subir a serra de moto em dia nublado
Viagem ou passeio nos fins de semana
Marido de valores antigos, mas com ideias e cultura nova
Consumo consciente
Móveis de madeira com vidro
Participação de prestígio em eventos acadêmicos
Visitar lojas de antiguidades e sebos
Ler livros de edição do século XX
Objetos com história e memória afetiva
Patrimônio histórico e cultural
Filhos com seus próprios gostos e essência individual
Viagem pela América do Sul
Ir na praia em dias vazios
Temporadas em Airbnb
Dormir encostada no amor
Paradas na estrada com neblina ou vista bonita
Trabalho voluntário com aprendizado pelo mundo
Estudo da consciência, antropologia e esoterismo, hermetismo…
Relembrar correntes filosóficas
Escrever e cultivar hobbies próprios
Fazer a unha, o cabelo e ir às compras
Ter estética aquitetônica e na moda com significados
Lugares históricos do período colonial
Desenhos coloridos e infantis das crianças
Segurar na mão do pequeno
Desejada pelo marido e hipnose de seu olhar
Ascender socialmente mas não se esquecer da origem
Produzir arte culturalmente e com repertório
Cultivar experiências
Vivenciar diferentes espaços geográficos
Ir em cachoeiras
Auto reflexão e reprogramação mental
Sensação de segurança e pertencimento
Misticismo
Profissional de prestígio
Carro de família
Histórias e memórias de família
Visitação de fábricas de cristal nacional
Perdoar e viver sem o medo de sentir o próprio medo, pois tem tudo que poderia lhe proporcionar um medo menos amendrontador
Comidas nortistas
Penteados de cabelo com trança
Acessórios
Cama de casal confortável e ortopédica
Terapia em família
Participação em projetos psicopedagogos
Incentivar as crianças a seguirem livres e sem medo os seus próprios gostos antes de serem sufocados pelo condicionamento da sociedade
Pedir ao marido para fazer as contas matemáticas
Compras no supermercado
Ajudar na escrita de artigos
Fazer parte da edição, pesquisa ou até fonte de um artigo
Revolucionar um campo acadêmico de humanas
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Any idiot can like something thats good. It takes a real genius to like things that suck ass
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Margaret Atwood, from “Spring Poem.” [ID in alt text]
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Illustrations from The Tale of Lohengrin, Knight of the Swan by Willy Pogany (1913)
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Photography Bettina Komenda, fashion Sabina Schreder
Taken from the April 1997 issue of Dazed and Confused
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