billyblu3
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- ̗̀son of Taranis ̖́-
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◆ "Everybody has a chapter they don't read out loud.." — Someone say that, maybe it was me. Maybe I read it in a book, after all there were so many. But what matters here is that this sentence makes total sense. If it doesn't work for you, maybe it's because you didn't live as you should.
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billyblu3 · 3 years ago
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sekbless​:
Uma das piores partes de ser quem era e, portanto, estar em sua própria mente vinte e quatro horas por dia, era o fato de que Zaya vivia constantemente esperando pelo pior: esperando por novos ataques, esperando por novos episódios cheios de horror e que cada vez mais permeavam os legados e, principalmente, esperando por novas rupturas em seus relacionamentos. Alguns eram realmente estáveis, vinham de longa data, mas sempre havia a sensação de que chegariam ao final mais rápido do que ela era capaz de prever e era por isso que tendia a sabotar tanto aquele tipo de coisa; a exemplo do que vivia com William agora, o que a colocava em tantas situações que ela sequer tinha forças para pensar muito em como sair daquilo tudo sem expor e arruinar seu orgulho e, ainda por cima, sem a garantia de que tudo teria se resolvido.
Felizmente, William tomou a frente como a parte mais velha entre eles e também a parte responsável por instruir, demonstrando como estava habituado a gerenciar mais crises do que o previsto, ainda que certamente não tivesse de se enrolar com uma coisa tão específica quanto uma jovem movida por tanta raiva e mágoa que acabava se tornando quase tão letal e agressiva quanto um dos monstros que haviam invadido o Acampamento recentemente. De qualquer forma, por mais que seu plano fosse evitá-lo em termos gerais, uma parte de Zaya agradecia a proximidade, o contato, a forma como a mão dele tocava-lhe o ombro por cima do roupão; até porque, por mais que não aparentasse, a Haernzah era uma pessoa que realmente apreciava contatos daquele tipo, sobretudo os que vinham com uma intenção de afeto. Até porque raramente recebia qualquer coisa do tipo, bem como compreensão; então isso ajudava a apaziguá-la minimamente, se não fosse o caso de irromper em uma de suas crises de raiva tradicionais como a que quase os havia levado à morte.
Então, agora que havia se virado e estava de frente para ele, até pôde guardar silêncio e não dizer mais nada pelos próximos segundos, mas seus olhos não conseguiam mentir. Tão explícitos, num verde que se tornava ainda mais evidente conforme as lágrimas vinham à tona, na pior das formas: silenciosamente, descendo copiosamente por suas bochechas arredondadas e naturalmente coradas agora que ela estava sendo consumida por um misto de sensações. Alívio por ter conseguido colocar parte de seus sentimentos para fora, uma sensação agradável por ouvir o apelido em sua forma encurtada após tanto tempo, culpa por estar se expondo tanto e provavelmente não chegar a lugar algum com aquilo, e também um calor que lhe era consideravelmente familiar, incitado pela forma como estavam próximos, mas que Sazaya preferia ignorar no momento. Optando, no máximo, por tentar secar as lágrimas com as pontas dos dedos, mas desistindo no meio do trajeto quando notou que elas apenas estavam vindo com mais intensidade conforme voltava a falar.
“Pedir a alguém como eu para dar a palavra final e mandar alguém embora é a coisa mais cruel que você pode fazer, William.” Disse. O tom levemente rouco, embargado, com um quê de desespero no timbre. Quanto àquilo, era realmente verdade: Zaya era incapaz de fazer aquilo. Nem mesmo relacionamentos péssimos, caóticos como um todo, ela fora capaz de pôr um fim. No máximo, levá-lo ao caos severo, porque a ideia de dizer adeus e se arrepender disso posteriormente era uma das coisas que mais a tirava de tento. Deste modo, nunca, nunca mesmo, seria a primeira a pedir que alguém se afastasse; e dificilmente deixaria que a pessoa o fizesse.
E esse era, provavelmente, o traço mais tóxico dela, julgando por cima: incapaz de deixar coisas e pessoas irem, o que não significava que isso impedia que elas simplesmente fossem, sobretudo porque havia pouquíssima gente no círculo social da Haernzah, com o mesmo ideal de lealdade e fidelidade que ela.
“Porque eu não faria isso nem que eu quisesse.” Novamente, os olhos se desviaram, ao que ela olhava para o lado; as lágrimas ainda vindo, a raiva de si mesma por ser tão emotiva. Ainda que parte daquelas emoções todas adviessem de uma exaustão tanto física quanto mental dos últimos dias, onde estivera completamente sozinha na resolução de questões que a perturbavam até então. E ainda havia a situação toda com William, que também a assombrara e a deixara impossibilitada, como já havia relatado. Estava, de fato, vivendo seu inferno pessoal. “Eu realmente só acho que você aguentou até onde deu e não tem mais a obrigação de me treinar depois do que eu fiz com você. Realmente acho que qualquer outra pessoa no meu lugar seria melhor e mais seguro pra você agora.” Concluiu. O que a doía imensamente, considerando como mesmo com a única pessoa que havia aceitado bem seu estilo de luta e que não a tratava como a maioria do acampamento, em uma situação totalmente desmedida acionada por um gatilho que lhe competia somente e que não necessariamente deveria reverberar em William, a fizera se sentir completamente desesperada ao tê-lo desacordado em seu colo mesmo depois de tê-lo socorrido com um dos elixires de Sekhmet. “Não consigo mais ficar perto de você sem enxergar o reflexo da minha mãe. E eu nunca quis ser como ela.” Foram suas palavras finais, atropeladas, com um esganiçado ao final, indicando como a revelação a desesperava. Era uma ótima guerreira, gostava da sensação de ter o sangue correndo mais rápido enquanto atacava e defendia quem avançava sobre ela, e sentia-se poderosa com as pragas e as curas que era capaz de promover, mas tudo isso só porque passara tempo demais se culpando por ter nascido daquele jeito. Por ser quem era mesmo que não tivesse poder nenhum sobre isso, restando-lhe apenas conviver dentro da própria pele e sem esperar mais a consideração de quem estivesse ao redor para tentar compreender os motivos pelos quais ela aparentemente preferia causar confusão e chamar a atenção negativamente do que permitir que alguém minimamente se aproximasse com o intuito de saber mais sobre ela e o que a levara a ser daquela forma. Simplesmente porque não aguentava mais o fardo de ser a filha da Grande Leoa Escarlate e Senhora do Deserto.
Por fim, depois de dizer aquilo, seu rosto acabou indo parar na curva do pescoço alheio, decidindo escondê-lo enfim. Respirando o mais fundo que podia para controlar a vontade de chorar de soluçar, acreditando já ter sido o suficiente por ora que William a estivesse vendo daquela forma. O tom de voz embargado, o rosto quente, os ombros encolhidos e um suor leve escorrendo pela pele limpa de seu rosto por conta da tensão e dos esforços que ela concentrava em não se deixar levar ainda mais. Focada apenas na pele do pescoço alheio contra seu rosto, as lágrimas agora molhando a região, por mais que não fosse sua intenção. E suas palavras contradizendo sua racionalidade, o seu senso e seu orgulho de não se arrepender por tê-lo atacado principalmente após ter sido atacada de volta.
“Me desculpe.” Foi a traição que saiu de seus lábios ainda contra a tez alheia.
William que geralmente tinha um perfil reservado e fechado, que causava medo e até arrepio em alguns campistas, ao mesmo tempo que incitava uma curiosidade por sua personalidade misteriosa, não passava de um homem sensível. Ele sentia, se importava, colocava os outros em primeiro plano, demonstrava carinho quando achava que deveria e cobrava quando achava que não recebia uma porção justa. Este homem, que quando Zaya virou-se de frente para ele, teve que segurar a expressão triste e manter-se firme, suspendendo qualquer sinal de que poderia chorar junto com ela. E não por alguma questão machista, de não querer se mostrar vulnerável, pois mais uma vez, ele não tinha problema com isso. Mas porque ele entendia que naquele momento, um deles precisava estar firme e forte, para apoiar o outro. E ele seria o pilar de Sazaya, se assim ela quisesse. 
Um suspiro rompeu seus lábios ao ouvir as primeiras palavras, e por dentro ele se sentiu mais pesado. As orbes negras fixas nas verdes dela, não buscavam por respostas, apenas tentavam passar compreensão. Um dos braços continuava envolto em sua cintura, não se rompeu com o momento que ela fez ao virar. E a mão livre subia em direção a face, o rosto pequeno se perdia em sua palma. Dedos no alcance da nuca, polegar em sua bochecha, tentando secar as lágrimas remanescentes. Mas assim como ela, Billy percebeu que era um movimento em vão. Não tirou a mão, não parou o polegar quieto, escolheu continuar o movimento como uma caricia. “Não quis ser cruel, quis respeitar você e sua escolha, pois você tem o direito de romper nossa relação quando quiser.”. O tom suave, doce até, tão distinto do que comumente usava com ela nos seus momentos de conversas amenas, onde era sempre divertido, provocativo algumas vezes. 
Fechava o círculo do braço envolta da cintura alheia, mantendo-a perto, demonstrando que estava ali e que não sairia. Suas palavras podiam conter maturidade, sinceridade e compreensão. Mas a verdade é que William não entenderia caso Zaya quisesse se afastar. Respeitaria sempre, mas entender? Seria impossível. Impulsivamente, inclinou o rosto a frente, encostando a testa na da menor. Os olhos fecharam instintivamente, para que pudesse pensar, para que pudesse focar e principalmente sentir. Sentia a diferença no ar, a tensão que se instalava pelas palavras e possibilidades não ditas, sentia a respiração descompassada de Sazaya, assim como o calor que emanava dela. Sentia sempre o cheiro das flores e amêndoas. Despertou quando ela tornou a falar, afastando-se novamente para que pudesse fitá-la, mas seus olhos corriam dos de Blue. 
“Então não faça.”. Buscou novamente o contato visual, inclinando o rosto para onde julgava que os olhos haviam se fixado, mas sem sucesso. Decidiu então ser breve e se silenciar para não atrapalhar os argumentos da mais nova. E por mais que ele entendesse, por mais que não quisesse diminuir a forma como ela estava se sentindo, pois quem era ele para invalidar o sentimento de alguém? Ele ainda assim não concordava. “Você acha, mas você não chegou a me perguntar, nem considerou algo diferente. Realmente eu não tenho a obrigação de treinar você, eu nunca tive.”. Ok, o senhor M. pediu especificamente que ele fizesse um esforço, mas depois da primeira aula, e de reconhecer o potencial nela, nada mais era um esforço, era prazer. Gostava de dividir o coliseu com Zaya. “Eu fiz porque eu me identifiquei com você. O Coliseu é o meu lugar, assim como é o seu. Lutar é onde eu sou bom, é onde você é boa.”. E realmente era, não media palavras para dizer o quando Zaya era sua favorita no ringue. Falava para quem perguntasse, sem preocupações. “Já disse que não quero isso. Quero você.”. Repetiu parte das palavras, sem se preocupar com o que ela entenderia a partir dali, pois ele sabia bem o que queria dizer. Não desistiria do que eles tinham, não tão fácil assim. 
A última sentença foi como o golpe final, o banho de água fria. Todo o esforço que fizera para não demonstrar que estava internamente abalado, para servir de apoio e rocha para ela, caiu por terra. O olhar abaixou e os lábios se curvaram igualmente para baixo. Expirou demorado e pesado, os ombros fazendo a movimentação de descer. Mas o braço e a mão continuavam onde estavam. Dedilhou a nuca da mais nova, como uma massagem, no instante em que repousou o rosto na curva do seu pescoço. Sentia a região ficar úmida pelas lágrimas, a respiração abafada e quente contra sua pele, provocando arrepios involuntários nos pelos da nuca e braços. “Talvez sejamos eles.”. Disse com pesar. Pois reconhecia as similaridades entre os deuses das oferendas de sangue, assim como reconhecia as similaridades entre Sazaya e ele. “E mesmo assim, ainda somos melhores do que eles.”. o riso saiu soprado, como se nem ele acreditasse naquilo, mas acreditava. “Pois você conseguiu se abrir comigo, não só hoje. E eu vou conseguir te pedir o que eu tanto quero, o que realmente me trouxe aqui.”. Suspirou, tomando a liberdade de desaninhá-la, puxando o rosto de volta para a sua frente, pouco depois do pedido de desculpas. Seus olhos buscando pelos dela, tão verdes ainda, tão perto. “Me deixe ficar.”. completou, sempre colocando o poder nas mãos de Zaya, por mais que ela não quisesse tê-lo. 
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billyblu3 · 3 years ago
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aoztcrk​:
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por mais que não gostasse de soar como alguém arrogante, aquele caso era específico. aylin não odiava william, mas desde que se lembrava, eles eram polos opostos que atraiam gritos e xingamentos, por vezes desnecessários, e ela estava farta de sempre acabar irritada por algo que a própria havia instigado. a decisão de não ser a típica filha de atena que ele já conhecia surgiu da vergonha que sentira na noite, quando ela percebeu que ele conhecia outro lado dela qual não se lembrava e não queria dar mais motivos para ter seus momentos ébrios jogados em sua cara. deu de ombros levemente, esticando o pescoço para o lado esquerdo e voltando a ficar séria.   “   eu não sabia que em combate os ataques são planejados.   ”   sua voz saiu quase como um murmúrio. ela não queria conversar, era evidente, mas aylin não conseguia ficar quieta, nem mesmo por um segundo que fosse. enquanto ele parecia planejar o próximo ataque, puxou a adaga da mão direita para dentro, a transformando em posição de ataque enquanto a canhota ainda permanecia na defesa. ela não era ambidestra mas sabia muito bem como fazer as duas coisas, atena facilitava naquele quesito. assim que viu a figura mais alta do que estava acostumada, rolou para o lado e ficou apoiada em um dos joelhos, fitando a figura dele, como se o instigasse a segui-la pelo tapete de treino, com um sorriso no canto dos lábios.
Estava sendo um trabalho difícil resiste as provocações de Aylin, ou melhor colocando, a ausência delas. Aquela era claramente uma dinâmica a qual Blue não estava habituado, e que acabava de entrar para sua lista de coisas que não gostava. ‘Odeio o silêncio de Aylin’, anotava como uma nota mental. Lembraria daquilo por algum tempo, pensaria em como atingi-la por conta do desconforto, mas agora, ele só conseguia pensar em retrucar. "Plano de aula, já ouviu falar?” Claro que já, mas ele não teve como evitar o deboche. Pela primeira vez estava vendo traços da Aylin que conhecia, pequenos, mas ainda estavam lá, atiçando e fazendo William experimentar o balanço entre extremos. A raiva por ela estar agindo tão indiferente, e a alegria por ela simplesmente se mostrar como era. Bufou diante da tentativa de ataque frustrada, vendo-se ainda mais aborrecido quando o deboche que ele tanto conhecia e sentia falta, veio de modo silencioso, mas bastante expressivo. O olhar e o sorriso de canto, fizeram a expressão de William fechar, e junto com ela, o tempo. Temperamental como era, deixava que as emoções ficassem a flor da pele. As nuvens começavam a se agrupar sob eles, os ventos ficavam constantes, mais fortes. Era seu território. “Bem, se vamos fazer ao estilo livre, acho que posso quebrar algumas regras.”. Deu de ombros, o sorriso cínico finalmente adornando os lábios. Esticou uma das mãos à frente do corpo, chamando-a com o indicador. “Mostre-me o que você tem, filha de Atena.”. provocou mais uma vez, desarmando a postura, aparentando vulnerabilidade. 
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billyblu3 · 3 years ago
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incorrect dair quotes
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billyblu3 · 3 years ago
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Andrew Garfield and Ben Barnes ❤️
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billyblu3 · 3 years ago
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svziegarcia​:
— Está tudo bem. Espero que não faça de novo… mas já falamos sobre isso, não é?  — Um sorriso tingiu o rosto de Suzie quando ela lembrou da conversa anterior.  — Não vou ficar falando do que você fez, não se preocupe.  — Não achava que era legal ficar jogando o acontecido na cara dele. Não desejava ser mesquinha.  — Sempre tem alguma coisa me preocupando.  — Dessa vez o sorriso não chegou aos olhos e Suzie se retraiu um pouco.  — Principalmente depois daquela noite. Lauren é minha amiga. Enfim.   — Um suspiro baixo saiu dos lábios que se curvavam para baixo de forma triste, mas Suzie não queria se sentir melancólica. Já havia feito isso o suficiente em noites anteriores.  — Quando eu estiver com insônia e você também, podemos ficar acordados juntos. Acho que a noite deve ser mais legal quando se está em boa companhia. Eu tenho um amigo e as vezes a noite nós apenas nos deitamos e observamos o céu, sem pensar demais. É divertido olhar as constelações e lembrar dos mitos por trás. Eu adoro fazer isso, o céu me distraí.   — Talvez não fosse exatamente o conceito de diversão de William, mas Suzie conseguia se imaginar fazendo aquilo com ele. Ora, conseguia ver a si mesma fazendo muitas coisas com o homem, mas não deixaria que sua mente a levasse para longe demais. Não reclamou quando ele entrelaçou os dedos nos seus, o corpo se recordando dos toques anteriores e novamente desejando por aquele tipo de contato. Não, Suzie se manteria firme. Estava até orgulhosa de como estava se saindo bem em controlar seus impulsos. Caminhou com ele até o local indicado, atrás de uma rocha grande o suficiente para proteger. Animada com a possibilidade de terminar logo o treinamento, Suzanna assentiu para o instrutor.  — Está bem.  — Dizia enquanto retirava um pino de sua bomba (como uma granada, na verdade). Jogou o pino para o lado e a bomba em direção ao boneco, agachando-se afim de esperar uma explosão… mas nada aconteceu. Nada. Alguns segundos se passaram e mais nada. Nenhum barulho, nenhuma mudança no cenário.  — Não funcionou.  — Afirmou, desapontada. Deixando a mão de William, Suzie se levantou e de forma rápida, alcançou sua bomba, tomando-a nas mãos com um pequeno gemido de dor por ter que se curvar novamente.  — Ops, acho que está quente.  — Suzanna deixou o objeto cair no chão logo após pegá-lo,  caindo próximo aos seus pés enquanto observava as palmas das mãos vermelhas. Não sentia nada, mas o a cor indicava uma queimadura.  — Está saindo fumaça. Está quente, não está?  — A voz era repleta de incerteza.  — Como filha de Hefesto, sou resistente ao calor e a dor causada, mas não a ele. Ainda posso me queimar, embora não sinta nada. Isso é péssimo quando estou na forja.  — Explicou e apontou para um adesivo da Hello Kitty no braço, sua ferida mais recente.  — Vivo me machucando sem querer. A parte boa é que as queimaduras sempre saram bem rápido.  — Deu de ombros com um pequeno sorriso, os olhos fixos na bomba aos seus pés, resistindo a vontade de pegá-la de novo.   — Não sei porque não deu certo. Deveria funcionar. Eu fiz tudo certo.  
Ele concordou com um aceno de cabeça. Realmente não tinha motivos para ficar remoendo a história, pois se bem lembrava, havia se afastado na tentativa de compreender as coisas que sentia perto de Suzanna, para que não tomasse numa atitude precipitada. E agora tudo isso já não importava, bastava que estivesse a sua frente, para que quisesse simplesmente mergulhar no desconhecido. Suzanna segurava uma bomba, que ela mesma fizera, sem teste algum. E ele considerava que era uma ótima ideia testá-la. Esse era o nível que chegava perto dela. Deixava de ser tão metódico, de considerar todas as possibilidades e apenas ia, para onde quer que apontasse. Suspirou diante das palavras desanimadoras, o olhar preocupado que recaia sobre a mais nova, com certo zelo. “Imagino que tenha sido difícil vê-la naquele estado.”. A mão se agitava, querendo afagar a face da menor, mas William resistia aos impulsos. Não parecia ser algo que ela queria aquele dia. “Consigo pensar em uma ou duas coisas que poderíamos fazer juntos.” sorriu, sendo atravessado pelos flashs da conversa que tiveram no evento. A voz embargada de Suzanna, lhe pedindo coisas que achou que jamais ouviria dela, e simplesmente suspirou, pois fora inevitável não fazer o comentário de duplo sentido, assim como fora inevitável lembrar. “Mas sim, seria algo que eu faria com você. E nem preciso estar com insônia para isso.”. suavizou, referindo-se à possibilidade de admirarem as estrelas juntos. Um tanto clichê, ele sabia. Mas se era algo que Suz gostava, por que não tentar? Ele observou as ações da menor, a retirada do pino, o lançamento sobre o boneco de madeira e até a atitude de se agachar. William por outro lado, não confiante na rocha, usou o corpo como escudo por via das dúvidas. Abaixou-se a frente dela, curvando o corpo sobre o seu por alguns minutos. Dois no máximo. Não ouviram nada, e ambos ergueram as cabeças para olhar na direção da bomba. “Suz, não é seg...” não tivera tempo de comentar, pois ela já andava em direção a bomba, pegando-a nas mãos. Os passos adiantados do Blue, pensando em evitar qualquer coisa que pudesse ainda acontecer ali, mas a verdade era que ele não conseguiria. O gemido de dor o deixou preocupado, assim como as mãos que agora se encontravam vermelhas. O olhar preocupado tomou conta de sua expressão, as mãos rapidamente segurando as dela para analisar a queimadura. “Não deveria ter pego nisso, Suzanna. Foi imprudente, vir até aqui também foi imprudente. E se isso ainda explodisse, uhn?” Estava preocupado, e por isso seu tom acabava saindo bravo. Bufou, respirando profundamente na sequência. “Sim, está saindo fumaça. E você é uma semideusa, não uma deusa. Não é imortal. Todos nós temos limitações, apesar das habilidades, eu ainda posso virar churrasco se um raio me acertar.”. permanecia o tom irritadiço, os olhos finalmente mudando de direção, das mãos para a feição dela. “Não funcionou, graças aos deuses. Será que algum treino nosso vai acabar sem que eu cogite te levar na enfermaria? Está sendo um tanto comum, Garcia.”. 
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billyblu3 · 3 years ago
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sekbless​:
Zaya respirou fundo diante dos questionamentos subsequentes dele. Os olhos esquadrinhando as feições alheias, sendo impossível não ler alguns dos pensamentos dele em meio àquele mundaréu de sentimentos e a tensão palpável entre eles. O sangue dela tornando a correr mais rápido por suas veias, demonstrando como estava pronta para se armar em um novo estado de combate, ainda que suas adagas não estivessem junto a seu corpo agora; seus sentidos a alertando para continuar evitando o assunto, continuar agindo como estava, mas sem obter tanto sucesso assim quando deixou de tentar hidratar a parte de seu colo e ombros, para se ajeitar na cama, sentada sobre uma das pernas, voltando a fitá-lo.
“Já parou pra pensar que eu detesto que falem de mim porque sempre sou eu me defendendo? Raramente tive alguém por mim, nunca precisei de advogados. Por que de repente todo o resto do mundo precisa?” O cenho se franziu, crispando os lábios igualmente hidratados, diante da reflexão. William queria tanto que ela entendesse o lado dele e não parecia compreender o dela de jeito, maneira. “Sem contar que você ‘tá advogando por uma pessoa que foi extremamente desnecessária comigo quando eu não dei motivo a ela. Simplesmente decidiu agir como todos os outros e 'tá obtendo o tratamento que todos os outros têm de mim nesses casos. Não faço distinção.” Deu de ombros. Queria evitar o nome alheio porque não achava que valia mais à pena; ela era só mais um julgamento repetitivo em meio a tantos outros naquele Acampamento. “E de repente você vem até o meu chalé para querer me falar de uma pessoa que nem me interessa mais, que eu não vejo desde a Noite dos Espíritos. Mais um ponto pro aspecto doentio da coisa.” Seus olhos se estreitaram mais, enquanto se mantinham fixos na figura de William. Acreditava que aquele era o cúmulo do desrespeito e que em tempos normais, teria gritado, feito uma cena e tanto por aquilo. Mas não agora. Não com tantas outras coisas na cabeça, com tantas novas cicatrizes e dores pelo corpo.
Por fim, o questionamento em relação a sua ausência nos treinamentos fez com que ela engolisse em seco. Detestava falar sobre os próprios sentimentos, detestava demonstrar alguma fraqueza emocional, e até por isso era tão desequilibrada: gritar, ameaçar, atacar, eram movimentos que distraíam as outras pessoas. Quando ela chorava, pelo contrário, toda a atenção ia pra ela e para sua vulnerabilidade, o que a colocava numa situação complicada. Sobretudo porque raramente era acolhida da forma que gostaria, quando aquele tipo de coisa acontecia. De qualquer forma, cruzou os braços rente ao busto e se colocou em pé, os passos a esmo pelo cômodo enquanto ela só não queria mesmo olhar para William. Ele provavelmente não a entenderia como não estava entendendo até agora, mas Zaya não sabia mesmo continuar guardando as coisas por muito tempo para si mesma.
“Viu, só?” Uma risada baixa, a cabeça balançando em negação, incrédula com a situação como um todo. “Quando eu estava te evitando e não te queria por perto, não te interessou se manter longe. Mas agora você quer, porque a última palavra seria a sua e é o que importa, não é? Ser a parte que dá as costas. Sair por cima.” Um sorriso de lado, sem humor algum, enquanto finalmente parava onde estava, ainda de costas para William. As bochechas corando por um misto de sentimentos enquanto ela apertava mais os braços contra o próprio corpo.
Era realmente um martírio para a Haernzah estar processando aquelas informações todas, tendo de lidar com um instinto que a dizia para se opôr aquilo, se opôr a forma como seus sentimentos estavam sendo forçados a virem à tona. Contudo, havia também uma parte de si que apreciava sua relação com William como um todo, tanto como aluna, quanto como instrutor e, mais do que aquilo, um amigo até então. Ou o que quer que fosse.
“Não fui mais aos treinos porque 'tô travada.” Explicou enfim, sem se mexer de onde estava. Os olhos se fechando enquanto ela se concentrava em não ter um colapso por admitir aquele tipo de coisa. Sentindo-se fraca, patética, por ter chegado àquele nível. Não gostava de soar como alguém arrependido, ainda mais quando William não mostrara isso também e sequer pedira desculpas; por que deveria ser ela a fazer isso, então? Se fora a parte mais ofendida de tudo, principalmente. “As cenas da minha adaga em você, a vontade com que eu quis te atacar… Eu não me importaria se fosse com qualquer outra pessoa.” Continuou. O tom de voz baixo, demonstrando como o assunto era espinhoso para a filha de Sekhmet. “Mas aquilo me assustou porque eu me importo pra caralho com você e eu não 'tô mais conseguindo nem treinar direito, nem minhas mãos, nem minhas pernas me obedecem mais. 'Tá tudo uma merda.” O que a deixava ansiosa para saber o que sua mãe acharia daquilo. Nada de bom, certamente, mas até aí, não era nada que Zaya pudesse controlar, infelizmente. “Quantas outras pessoas no mundo podem dizer que baixaram as armas de Sazaya Haernzah?”
E até por isso estava tão abatida daquela forma. Com todas aquelas cicatrizes físicas e emocionais: poderia ser inteligente e bonita, mas seu maior ponto era a força, a gana e a habilidade em batalhar. Sua motriz era a forma como poderia atacar qualquer oponente e fazê-lo sucumbir a sua vontade, demonstrando suas habilidades de conquista em guerrear. Agora que isso estava prejudicado, o que seria dela?
“O que é ótimo pra você, afinal.” Um tom levemente risonho, ainda que sem graça alguma, antes de finalmente se virar nos calcanhares para fitá-lo. As bochechas cada vez mais coradas, mas agora porque ela estava tentando controlar a vontade de chorar; era sempre assim, tão intensa que acabava transbordando, literalmente, pelos olhos. A exemplo das lágrimas teimosas que começavam a descer e do tom de voz cada vez mais embargado. “Porque aí você não me tem mais como aluna, pode colocar qualquer outra pessoa menos difícil no meu lugar e de brinde ganha a chance de só me ver de longe no Acampamento.” Um novo sorriso vacilou nos lábios avantajados da Haernzah, achando engraçado como aquele provavelmente era o sonho de muitas pessoas que haviam topado com ela em sua vida. Pessoas que chegaram a ver o furacão que ela era capaz de ser, mas que não haviam ficado por tempo o suficiente para reconhecer o quão doce, leal e amorosa ela poderia ser também. E não podia culpar ninguém por isso. “Posso até apostar que isso soa como A Casa dos Sonhos da Barbie. Deve ser libertador.”
“Nem sempre.”. ele contradisse em baixo tom, não esperava e não tinha intenção de que ela ouvisse. Mas seguia a discordar, pois como dito, William já havia a defendido, ela só desconhecia essa ocasião, e sua vontade era que ela continuasse a desconhecer. Billy jamais quis ser o herói de alguém, nunca lhe coube aquela fantasia de defensor dos injustiçados, combatente dos fracos, e tudo mais que tentavam colocar nele, que Taranis tentava vender como peixe. Chega a ser engraçado como ambos ali eram muito além do que os outros pensavam, e de como os julgamentos alheios doíam de formas e níveis diferentes. Pois sim, William era visto como algo bom, não deveria achar isso ruim, não deveria se incomodar. Mas incomodava, estava longe de ser o senhor perfeição. Não se julgou perfeito quando Aylin o fez entrar no chuveiro, e sua mente começou a traí-lo, seu corpo começou a traí-lo, pois ele desejava alguém que dizia odiar. Não se sentiu perfeito quando o mesmo tipo de pensamento sujo lhe acometeu no instante em que Suzanna estava em seus braços, e ele só conseguia pensar em ir além. E certamente não se sentia agora com Zaya.
 Revirou os olhos e expirou pesado com a continuação do que parecia fazer sentido para ela. “É, talvez eu esteja fazendo errado mesmo. Claramente tem muita coisa entre vocês duas, que eu desconheço completamente e vou continuar desconhecendo, pois nenhuma das duas tenta me esclarecer. É sempre sobre alguém ter tratado alguém mal, sem detalhes.”. Suspirou frustrado, copiando o movimento de cruzar os braços a frente do peito. Era em momentos como aquele que William se sentia completamente cansado. O que era isso? Algum drama adolescente, onde ele tinha se enfiado sem perceber? Pelos deuses, só poderia estar realmente perdendo o juízo, pois ele voltou ao acampamento com um proposito muito diferente daquele que não envolvia duas mulheres adultas se alfinetando e ele quase morrendo no meio disso. “E o que mesmo vocês conversaram essa noite, Zaya? Porque, ao que me parece, não foi nada bom para você estar me escanteando ainda mais.”. questionou, inclinando um pouco o corpo para a frente, na direção da mais nova. “Seria doentio, verdade, se eu tivesse vindo até aqui falar da Garcia. Mas eu vim falar de você e eu. Não coloque coisas na minha boca.”. o tom sério demonstrava o quanto aquilo era real. Queria saber o que realmente ela conversou com Suzanna? Sim! Mas também queria saber o que acontecia entre eles, pois aquele não era o habitual dos dois. 
Os olhos atentos e presos aos movimentos da menor, seguiram o seu levantar e os passos pelo cômodo, mapeando as expressões e a linguagem corporal, até que ela parasse de costas, deixando-o completamente alheio daquilo que ela não dizia. Estava refém do tom da voz, das pausas que fazia, até da pequena risada que soltava. “Não. Não é sobre sair por cima ou ter a última palavra. É sobre estar cansado de esperar você, de contar que vai estar lá, ou aqui, ou em qualquer outro lugar em que eu espere que esteja.”. tinha bem mais ali do que o que as palavras diziam. Sazaya era alguém com quem ele tinha se habituado, fazia parte de sua rotina. Sabia exatamente onde encontrá-la, o que estaria fazendo ao entardecer de uma quinta-feira, ou coisa assim. Perdê-la de vista, perder a intimidade e a relação que tinham, era o que o deixava descontente. William não queria esperar por alguém, como ele já fez outras pessoas esperarem por ele. Estava pronto para dizer mais algumas coisas, os lábios entreabertos, mas nada saiu, foi interrompido pela confissão de Zaya, que coincidentemente, se ele já não estivesse com os lábios abertos, teria ficado. Só que em surpresa e espanto, pois jamais pensou que ela fosse falar tudo aquilo.
O Blue se levantou, calmo, não queria despertar a atenção e interromper o que ela dizia. Os braços se desataram do peito, caindo ao lado do corpo. Ele se lembrava de tudo também, mas lembrava principalmente da sua parcela, assim como ela. Lembrava de sentir Zaya tentando puxar o ar, enquanto apertava seu pescoço. Os olhos fechando mais e mais diante dele. Lembrava do tom ríspido, do deboche, de praticamente tudo. Passou a língua entre os lábios, e mordeu o inferior para se silenciar. Não era hora de retrucar a menor. Alguns passos sutis a frente, tinha a cautela de não querer invadir o espaço dela, e ao mesmo tempo sentia a necessidade de fazê-lo. Ele entendia a sensação de não conseguir mais fazer algo que gostava, e lamentava por Zaya se sentir assim. Se importava com ela, tanto quanto ela parecia e dizia se importar com ele. Tomou sua aproximação, tão perto de Zaya que mais um passo, lhe varia encostar o corpo no dela. A destra subiu a frente, tocando-lhe o braço coberto pelo roupão, era firme, mas tinha carinho também. “Zay.” a voz saindo quase como num sussurro, antes que ele rompesse de vez a distância. 
O peito encostando nas costas da menor, a mão achou caminho entre o braço e a cintura dela e deslizou dando-lhe a volta, abraçando-a. “Eu não quero qualquer outra pessoa, eu quero que continue sendo você.”. manteve o tom, e a frase tinha tantos sentidos que nem William conseguiria entendê-la. Era sobre o treino? Sobre a amizade? Sobre ela? Difícil, seguia sendo difícil. Os olhos fechados e o rosto que encostava na lateral da cabeça dela, repousando-se ali enquanto respirava fundo, e a única coisa que conseguia sentir era o cheio de amêndoas. Expirou pesado, tornando a abrir os olhos. “Não é libertador, é desolador pensar que de todas as pessoas, eu estaria justamente tendo que me despedir de você. Nunca planejei sair da sua vida, Sazaya. Mas se é o que você quer, e o que vai te deixar bem. Eu faço.”. 
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billyblu3 · 3 years ago
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aoztcrk​:
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ele tinha razão, aylin poderia falar pelos cotovelos e cuspir todos os costumeiros xingamentos que faziam questão de trocar, as farpas e qualquer provocação, mas não hoje. ela havia prometido a si mesma, na noite dos espíritos, que aquele comportamento estava acabado. aquilo estava a colocando em mais enrolação que ela queria e não seria a própria que puxaria a corda para se enforcar em uma situação fada a uma briga ainda maior - e se quisesse ver assim, havia desistido.   “   hoje eu não tenho muitas coisas a serem ditas.   ”   talvez tivesse, mas não para william. ela poderia ser cordial, dar bom dia, despender do tempo programado para o treinando e depois seguir seus afazeres diários, sendo cordial com o mais velho. quando ele a atacou, deu dois passos ligeiros para trás, desviando do ataque. ela não iria ceder, por qualquer que fosse o motivo que o filho de taranis não parecia estar fazendo o seu habitual. aquilo a irritou, de uma forma boba, mas ainda sim a irritou. ela não precisava que ele pegasse leve, por isso moveu-se rapidamente para frente, abaixando e acertando um corte perto da costela dele, com precisão o suficiente para apenas fazer um rasgo no tecido. voltou a posição de defesa, esperando o próximo ataque dele. 
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E como ele preferia que ela tivesse. Irônico, não? William que em todas as oportunidades que tivera, implicou com a filha de Atena, sempre resmungando que ela nunca ficava calada, que tinha sempre uma resposta pronta para tudo. Agora se pegava desejando que ela tivesse algo a dizer, que nem fosse para xingá-lo ainda mais, ser ácida, ou coisa assim. Ao que parecia, Aylin finalmente descobrira a única coisa que deixava o Blue realmente incomodado. A indiferença. Ele sabia lidar com todas as situações, das mais agradáveis, as mais desconfortáveis. Mas não sabia lidar com a indiferença das pessoas. Foi assim em relação a Zaya, mas achava que era por ela ser alguém importante, por quem nutria algum carinho, ou sentimento que fosse positivo. Lutava para entender por qual motivo também ficara desconfortável com isso vindo de Lis, mas não insistiu no diálogo, não por hora. Apenas disferiu o golpe, nenhum pouco surpreso por ela ter conseguido esquivar, pois ele havia pegado leve. A surpresa veio no momento do ataque não programado, os olhos arregalados denunciavam o espanto. Olhar desviando dela, para a camisa rasgada. “Mas que... Não era esse o planejado, Lis.”. Agora sim, ela estava mais perto da Lis que ele conhecia, mas ainda existia dificuldade em reconhecê-la. Bufou, tomando novamente a postura de ataque, calculando e planejando o que faria. Em um pensamento, moveu-se na direção dela, mais rápido dessa vez, usando de uma corrente de ar para uma aproximação por cima.
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billyblu3 · 3 years ago
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haneul-ko​:
haneul não evitou a risada com o comentário de william sobre sua fala específica. sim, tinha sido específica e nem ela sabia de onde tinha tirado aquilo, mas era engraçado. “não faço ideia porque fui tão específica, mas acho que deu pra entender né?”, sorriu sentindo o leve toque e deu de ombros. logo voltou a ficar séria enquanto o semideus falava, o escutando em silêncio enquanto encarava o fogo. de certa forma, como alguém que trabalhava na enfermaria era grata por ele e mais alguns terem noção e não tentarem ver lauren, em primeiro lugar porque ela precisava descansar e em segundo porque nada mudaria. todo esse tempo que a semideusa ficara lá, nada aconteceu. claro que depois do inesperado acontecimento, estavam todos os curandeiros de olho nela, assim como a proteção foi aumentada, mas de nada adiantaria as pessoas irem visitá-la, chorar um pouco e pedir que ela acordasse logo. não era como se ela controlasse. haneul estava prestes a concordar com o semideus sobre estarem sempre buscando resposta quando franziu a testa, confusa. “voltar? ela falou algo sobre o traidor voltar ao acampamento?”, mordeu o lábio, tentando lembrar as exatas palavras de lauren. até onde lembrava, a semideusa alertava sobre um traidor estar entre eles, não voltar. estava se confundindo?
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“Sim, tive uma visão bem clara.”. Disse, acompanhando o riso leve, ousaria até dizer divertido. A princípio, William apenas tinha pensado em ficar sozinho na fogueira aquela noite, pensar sobre a vida e tudo que vinha acontecendo desde a tal noite. Mas a companhia de Haneul veio muito a calhar. De repente sua expressão já não estava mais tá séria, pesada e preocupada, como costumava ser. Existia algum conforto e leveza na ingenuidade e comentários soltos da mais nova, que fazia William lembrar de momentos mais amenos, mesmo que a conversa entre eles não tivesse nada disso. “Acho que foi sobre ele estar entre nós. Ela só não conseguiu dizer quem.”. deu de ombros outra vez. Parecia um tanto inútil dar um alerta daquele, e não concluir. Será que Lauren sabia que a fofoca contada pela metade, quase mataria os fofoqueiros dali? De qualquer forma, William fazia parte do grupo que lamentava as condições da mais nova. Nem viva para contar o que realmente aconteceu, e nem morta para que os filhos do submundo conseguissem conversar com ela. “Frustrante, não é mesmo? Uma informação dessas, e não estar completa. De quem você acha que ela poderia estar falando?” Indagou com certa curiosidade, queria saber o que os outros pensavam, a reunião com os outros centuriões e o senhor M. havia sido justamente para incitar o contrário, fazê-los esquecer o ocorrido. Mas William não conseguia, e ao julgar pela mulher ao seu lado, nem ela.
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billyblu3 · 3 years ago
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sekbless​:
Algumas pessoas poderiam acabar cedendo quando pressionadas, mas não Zaya. Na verdade, ela se tornava cada vez mais agitada, necessitando escapar de todas as formas e por isso acabava atacando pessoas sem real intenção, como fora o caso do que ela vivera com William há alguns dias atrás. Sentir-se minada, encurralada, a tornava, de fato, uma gata selvagem, arisca, inclinada a usar suas garras e sua selvageria para sair de uma situação onde não se sentisse confortável. E o assunto sobre abandono era realmente a parte mais sensível dela: pessoas iam e vinham de sua vida com tanta frequência que aquele tipo de coisa havia a traumatizado na mesma proporção que se traumatizara com eventuais comparações que a colocavam em um padrão de feminilidade associado com submissão ou uma natureza calma que realmente não a competia. Não sendo a filha de quem era, sobretudo.
E só não havia retrucado as palavras alheias porque ele mesmo havia dado uma resposta às perguntas que fazia. Se ela não comprava briga com outros alunos, havia um elemento chave e William já sabia qual era, então não sabia o motivo pelo qual ele ainda queria conversar sobre aquele maldito assunto. De qualquer forma, continuou focada na forma como a água estava esquentando e a forma como ela não se importou muito com a temperatura elevada da mesma ao adentrar. A sensação queimava, incomodava, mas era o que Zaya precisava no momento; uma tortura que a distraía do fel que corria por suas veias. Respirando fundo e se concentrando na súplica de seu corpo, só até a pira apagar aos poucos e finalmente parar de aquecer. Todos os nervos da Haernzah clamando, as novas cicatrizes se agitando também, até que a água retornasse à temperatura normal. Por onde ela permaneceu por um bom tempo.
Quarenta minutos. Uma hora. Uma hora e meia. Quase duas. Zaya só saindo de lá porque a água já havia esfriado e ela havia percebido que o filho de Taranis realmente não arredaria o pé dali. Ela havia, inclusive, começado a cantar melodias em árabe, quase recuperando seu humor, só até que os pensamentos de William cruzassem os seus momentaneamente e a lembrassem de que ele continuava plantado em seu quarto. Coisa que a fez pensar seriamente em sair de seu chalé, mas para onde iria encharcada daquela forma, enrolada num roupão? Principalmente porque ele estava no sentido da porta e a menos que ela sumisse pela janela, não conseguiria fugir de fininho. Merda.
No final das contas, deixou o banho, novamente enrolada em seu roupão. Enrolando propositalmente nos cuidados faciais, demorando-se cada vez mais naqueles últimos detalhes como nos dentes sendo escovados, as limpezas de seus piercings, o pentear de suas sobrancelhas. Até finalmente retornar para seu quarto, tornando a revirar sua mala, agora começando a desfazê-la de uma vez por todas. Ainda sem olhar para William, desejando veementemente que ele não estivesse ali.
“Isso é quase doentio, sabia? Ficar plantado aí mesmo quando eu disse que não queria você aqui.” Disse simplesmente, a voz rouca pela falta de uso nos últimos trinta minutos. Finalmente separando o seu monte de roupas para dormir e tirando mais alguns outros produtos que ela levara naquela viagem, com alguns novos em uma embalagem da Sephora. Ela estivera em problemas sérios, mas isso não significava que não gastaria dinheiro, certo? Era uma das 20 milionárias mais jovens do mundo, afinal. “Poderia pelo menos ser útil e ter esfregado minhas costas.” Alfinetou. Coisa que não aconteceria, a bem da verdade: ela não confiaria em William daquela forma, tão perto de si, quando estava tão vulnerável, outra vez, tão cedo. “E eu já te disse que não tenho nada pra conversar com você. Então vai ficar fincado aí até nossos pais sabem quando.” Deu de ombros, com um novo suspiro cansado. Sentando-se sobre sua cama, separando um pote do creme de geleia corporal frutado que ela costumeiramente usava antes de dormir. Dobrando uma das pernas sobre sua cama, passando a hidratar a região, num gesto automático, como se, de fato, fingisse que ele não estava ali.
Passando daquela perna para a outra, fazendo com que suas tatuagens reluzissem um pouco mais, tornando-se mais vividas no processo de revitalização; a borda curta do roupão subindo a cada novo movimento, o que também não a incomodava. Nudez não era um problema e se aquela era a única coisa que minimamente fizera com que William pensasse melhor se deveria ter entrado em seu chalé daquela forma, então, que fosse. Ela continuaria hidratando o próprio corpo, agora continuando com o processo na altura dos ombros, por dentro do que conseguia alcançar, do roupão. Arranhando-se levemente com aquilo porque, por haver um tecido no meio, ela não conseguia distribuir o produto da forma correta e isso a deixava um pouco desconfortável, já que o momento do banho era uma das coisas sagradas para Zaya e não poder finalizá-lo em paz a tirava um pouco de tento.
“E pensar que você nem viu a outra tatuagem que fiz pra cobrir a merda da cicatriz que você deixou em mim.” Riu baixo, sem humor. Os olhos baixos para o que fazia agora na altura de seu colo, com o creme. No final das contas, não conseguia ficar sem falar com William, em geral. Não quando haviam se passado bons minutos e horas desde que ele havia chegado, ao contrário do treinamento deles, que no máximo se excedia por duas aulas de cinquenta minutos. “Decidiu me diminuir e me desafiar antes que eu sequer pudesse mostrar.”
O tempo de espera fora o suficiente para que William consegui reparar nos pequenos detalhes do chalé de Sekhmet, e se indaga o porquê de não ter coisas assim no dele. Claro que eram deuses e culturas completamente diferentes, mas ainda assim, ele queria ter uma cama com detalhes de ouro em sua estrutura, lençóis de só os deuses sabem quantos fios, uma piscina bem no meio da sala principal. Tantas oferendas para Taranis, e seu chalé era tão básico quanto o alojamento de um soldado. Alguém teria uma séria conversa com o pai e com o senhor M. depois. Um longo e pesado suspiro lhe correu dos lábios, a cabeça apoiada no encosto da cadeira, fitava o teto enquanto mergulhava William em seus pensamentos mais profundos. Se questionando constantemente se deveria mesmo ter ido atrás de Zaya aquela noite, se deveria estar ali mesmo depois de tantas horas, se não era mais fácil para os dois que simplesmente se afastassem. 
Pensamentos que constantemente eram atravessados por lembranças. Lembrava-se de noites atrás, quando se levaram ao momento mais intenso entre os dois. A cabeça de William no colo de Zaya, e mesmo que ela tivesse causado sua agonia, ela ainda seguia sendo uma das pessoas em quem ele mais confiava. Lembrava da sensação do veneno correndo em suas veias, e do cuidado que recebeu da menor. Um nível de intimidade surgiu ali, junto com tantas outras sensações que Billy mal tivera tempo de processar. E para além dos pensamentos atrelados a Sazaya, ainda tinham aqueles que se relacionavam a Suzanna, o evento, tudo que conversaram e que aconteceu entre eles. Por que ele estava ali? Essa era a pergunta constante. Suspirava, pois era só o que restava, suspiros e esperas. Tornava a olhar o relógio na parede, agradecendo dessa vez por sua posição não mostrar o reflexo de Zaya na banheira. 
O pé começava a batucar no chão, as mãos nos apoios da cadeira. Claramente entediado, não impaciente, pois paciência era uma virtude sim, e William a tinha. Taranis fez questão de lhe ensinar a ser paciente, e esperar o momento apropriado para o ataque. Assim como o momento de recuar, pois todas as coisas tinham seu tempo. Os músculos começavam a ficar tensos e o assento, por mais chique que fosse, agora estava incomodo. William se remexia na cadeira, procurando uma posição que não lhe doesse as nádegas e quando não a encontrou, decidiu ficar um pouco de pé, caminhando de um lado para o outro do cômodo. Voltou a sentar depois de uns vinte ou trinta minutos. Felizmente foi um pouco antes do retorno de Zaya. “Devo começar a repensar minha postura, pois você não foi a primeira a me chamar de doentio esses dias.”. deu de ombros, Aylin era a última que queria passeando em sua mente, então não ia focar nisso. Seguiu observando a postura e comportamento da mais nova, e fora involuntário não engasgar quando ela falou sobre sua serventia. “Não acho que seria prudente, e nem do meu interesse.”. manteria essa postura, a de quem não estava em conflito sobre se sentir atraído ou não pela egípcia. 
“Eu acho que temos, Zaya. Talvez falar sobre a última vez em que estive aqui, e que nós dois quase fomos descobrir de perto como é o submundo?” Sim, pois William sabia bem que ele não iria para o lugar reservado aos heróis. Taranis amava o filho, mas ele não era nenhum exemplo. “Ou sobre seus sumiços dos nossos treinos? Ou quem sabe até, sobre o que foi aquilo no evento?” listava a série de coisas que considerava problemas na relação entre os dois. Do dia em que William acolheu Zaya, até a noite em que eles quase se mataram, os dois viviam em perfeita harmonia, um instrutor e sua aluna. Tinha orgulho, consideração e respeito por ela. Mas agora as coisas pareciam bagunçadas, borradas e espalhadas, como o creme que ela passava no corpo. Não sabia se por provocação, ou não, mas o ato roubara alguns minutos da atenção do Blue. Estava quente, ou ele que estava suando demais? Sacudiu a cabeça suavemente para os lados, focando na cortina perto da janela, os detalhes na costura, qualquer outra coisa. 
“Eu não decidi nada, Zaya.” bufou, ainda focado na estrutura e não nela. “Me espanta que você odeie que falem qualquer coisa de você, mas que ache que tem o direito de falar qualquer coisa de outra pessoa.”. Sim, ele seria baixo a esse nível, esperando que ela visse e entendesse seus motivos. William defenderia qualquer pessoa com quem se importasse. Fez isso por Suzanna, e pretendia continuar fazendo, mesmo com ela pedindo o contrário. E fez por Zaya, por mais que ela não soubesse. Todas as vezes em que ouvia cochichos sobre ela, como no dia que ele foi atrás da mais nova na floresta, foi o mesmo dia em que comprou uma briga por ela. Suspirou outra vez, voltando o olhar para a mais nova. “Por que tem me evitado? É só isso que eu quero saber, e prometo que saiu por aquela porta e não precisa mais se preocupar em esbarrar comigo. Respeitarei sua vontade.”. 
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billyblu3 · 3 years ago
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svziegarcia​:
— Sim, é o nosso horário, mas não é como se você já não tivesse fugido de mim antes.  — Provocou ela com um sorrisinho, sem se arrepender de trazer de volta um assunto passado. Não pretendia permanecer muito neste mesmo. Pretendia agir de forma normal, natural, sem desejar que William se afastasse ou se fechasse. Não era sua intenção.  — Eu não dormi bem, mas é normal.  —  Tinha dormido o suficiente apenas para sonhar com ele e então ter pesadelos, o que a fez desistir do sono. —  Tenho insônia, por isso tenho bastante tempo para planejar e fazer coisas como essa. As vezes meu irmão sofre desse mal também, então passamos a noite toda criando.  — O detalhe sobre o irmão não era necessário, mas sempre acabava por falar demais e Mason era parte constante de sua vida.  — Eu não testei.  — Ela disse, um pouco sem graça, desviando o olhar, mas retornando imediatamente ao ouvir sobre destruição. Não deveria gostar tanto da palavra, já que era responsável por consertar armas e fazer novas. O contrário da destruição, seu ofício era a construção e restauração… mas bem, as bombas serviam apenas para uma coisa.  — Eu adoraria causar destruição.  — Suzanna se aproximou involuntariamente, um sorriso imenso no rosto. O cheiro de William fazia com que ela se lembrasse da outra noite, portanto deu um passo para trás. Não pretendia ficar daquela forma de novo com ele em público. Até gostaria, mas que fosse longe dos olhares de terceiros. Um sutil balançar de cabeça fora o responsável por levar tais ideias para longe e voltar a focar no presente. Foco. Era o que precisava. A atração por William não era tão importante naquele momento, considerava ela, mas sim a precisão de seu protótipo. Depois da Noite dos Espíritos, estava com a atenção mais voltada ao quesito sobrevivência. Isso porque também sempre que fechava os olhos, tinha pesadelos. Os sonhos com o instrutor eram muito mais doces, mas duravam pouco em comparação aos pesadelos.  — Eu tive uma ideia.  — Ela apontou para um boneco próximo, usado para que os semideuses pudessem testar o lançamento de facas.  — Posso usar aquilo? E explodir? Seria perfeito para testar o potencial destrutivo.  — Achava que seria muito mais interessante explodir alguma coisa ao invés de apenas jogar.  — Isso pode contar como treinamento de hoje? Eu não estou no meu estado 100% .   — Não queria falar sobre como o combate corpo e corpo tinha ido mal naquela manhã e como um hematoma se formava em suas costelas. Estava até mesmo tentando andar normal, como se parte nenhuma doesse.
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Seguia estranhando a postura de Suzanna, mas não diria nada de imediato, William sempre preferiu observar, antes de concluir qualquer coisa e assim continuaria fazendo. “E lamento por ter feito isso.”. Era uma verdade. Lamentava antes mesmo da noite do evento, do reencontro e tudo mais que ocorreu entre eles. Lamentava, pois gostava da companhia de Suzanna, era divertido estar na presença dela, era leve, era como não ter uma pulga atrás da orelha a respeito do próprio pai. Se tratava apenas dele, e da mulher a sua frente, mais nada. “Mas está bem? Algo lhe preocupando, ou coisa assim?” Questionou genuinamente preocupado, chegou até a dar um passo na direção dela, mas não queria ousar invadir seu espaço, ao menos não antes de entender em que pé eles estavam. Mas seria mentira dizer que ele não havia se preocupado, e que respirou aliviado quando ela comentou sobre a insônia ser algo comum. Disso William entendia bem, ele também tinha suas noites em claro. “Bom que consiga fazer algo produtivo em meio a isso, eu só consigo pensar na vida, e as vezes isso não é muito bom.”. comentou com um breve sorriso de lado, meio sem graça. Tornou a olhar o objeto que ela tinha em mãos, e o preocupava que não tivesse feito um teste antes. Como eles poderiam medir o nível do estrago daquela bomba? Resposta que Suzanna dera instantes depois, brilhante como costumava ser. Os olhos de William desviaram para o boneco que costumavam usar, e voltaram para a bomba. Fez isso um par de vezes, pensando e analisando a situação em que se meteriam. Qualquer problema ali, ele iria se responsabilizar, era o instrutor afinal. Mas temia colocar Suzanna em qualquer situação de risco, ela era... importante demais para que ele corresse esse risco. Suspirou, fitando os olhinhos pidões da Garcia, que simplesmente lhe amoleceram por dentro. Como se ele já não o estivesse. “Certo, podemos, para todas as questões.”. Havia anotado que ela falava não estar bem, argumentaria isso depois. “Mas vamos fazer isso com segurança, sim?” Olhou envolta, avistando uma boa rocha onde poderiam se proteger no caso de destroços voando, ou uma explosão maior do que o esperado. Tomou a liberdade de segurar a mão livre de Suzanna, entrelaçando seus dedos de modo automático, puxando-a para o local que considerou seguro. Não a soltou. “Pronto. Acho que pode jogar daqui e vemos o que acontece, tudo bem?” 
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billyblu3 · 3 years ago
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haneul-ko​:
“um pouquinho”, haneul o respondeu, sorrindo fraco. “mas não é como se muita gente conseguisse dormir esses dias”. a filha de nemesis sentou-se ao lado do semideus e encarou a fogueira, se encolhendo um pouco por causa do frio daquela noite. haneul o observou alimentar a fogueira com um pouco mais de lenha e o crepitar do fogo lhe trouxe uma boa sensação, pois gostava de noites como aquela. “é, estou na mesma. as coisas da noite dos espíritos estão morando na minha mente como parasitas em um porão sujo”, franziu a testa com a própria analogia, mas deu de ombros, prosseguindo: “você viu a enfermaria durante o dia? as pessoas não param de querer ver o corpo de lauren, é assustador. parece que todos estão procurando por respostas, não os julgo. mas e você? têm procurado por respostas também?”, perguntou de forma educada, curiosa para saber se ele fazia parte daqueles que, desesperados, se seguravam na primeira teoria que montavam ou apenas observavam os arredores.
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Ele assentiu, por mais que aquela não fosse bem a sua realidade. Os outros talvez tivessem um sono melhor três meses atrás, antes de tudo acontecer. Lauren, os ataques, espíritos. Mas William não conseguia dormir desde que voltou para aquele lugar, cerca de cinco anos atrás. Já estava acostumado a burlar o toque de recolher algumas coisas, ver o dia clarear de algum lugar e seguir como se tivesse dormido aquele dia. Julgava que era mais confortável assim, quando as pessoas achavam que a vida do outro era perfeita. “Nossa, bem específico.”. Comentou com um breve sorriso, dando um pequeno toque com o ombro no da menor, para balançá-la. Viu a necessidade de ser ameno, considerando o que ela acabava de relatar. Não era dia para ser o Billy ranzinza. “Não exatamente. Tive reunião com os centuriões, senadores, conselheiros e o senhor M. claro que falamos sobre tudo, mas não tive vontade de ir lá.”. Mesmo que Lauren fosse uma pessoa querida, ele não queria tumultuar ainda mais a enfermaria. E julgava que ela precisava de repouso, e não de um alvoroço envolta de seu corpo. “Estamos sempre procurando respostas, não? Do instante que chegamos aqui, ao instante que vamos embora.”. Soou filosófico, mesmo sabendo que não era isso que ela queria saber. “estou brincando. É, tentei pensar em um nome ou dois, que poderiam ser o tal traidor. Mas não consigo definir nada, parece inútil. Seja lá quem deixou Lauren nessa situação, não esperava que ela fosse voltar.”. E de fato ela não tinha, então o plano estava funcionando, seja lá qual fosse. 
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billyblu3 · 3 years ago
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sekbless​:
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Zaya estava exausta demais para minimamente pensar em expulsá-lo dali do modo tradicional: incitando-lhe alguma úlcera no estômago, alguma enxaqueca tão cheia de pressão que poderia desmaiá-lo em breve ou qualquer coisa do tipo. Sem contar que, a bem da verdade, desde o último encontro deles, andava com tanto receio de sequer desejar amaldiçoar alguém, que evitava pensar naquilo também. Havia conversado com Sekhmet, feito algumas oferendas e clamado por alguma resposta em relação ao que fazer naqueles casos de descontrole em relação a pessoas próximas de si; já havia acontecido antes, mas com seres que Sazaya detestava e por quem nutria asco, nunca tendo chegado àquele nível com alguém por quem tinha tanta consideração. Um acidente aqui e ali, era claro, mas nada além disso; e agora as memórias de sua situação com William iam e viam, atormentando-a de uma forma que nem mesmo diante de alguns de seus dias mais traumáticos, costumava acontecer.
“Claro. Você quem deveria me evitar. Pobre William, Zaya má.” Disse simplesmente, com um suspiro cansado. Desde muito nova ouvia constantemente aquele tipo de coisa, a ponto de frequentemente acreditar que deveria ser uma das vilãs das histórias do Acampamento; só até entender que não era nada disso, e que ela tinha lá seu lado bom também. O que acontecia é que as pessoas presumiam o seu pior e isso acabava por tirá-la ainda mais dos eixos, decidindo dar alguma razão a quem a tivesse julgado mal. Era menos cansativo ser o que esperavam que ela fosse, afinal, já que, mesmo diante de uma postura mais amena e simpática, provavelmente continuariam tendo medo dela. “Toda essa perseguição é por causa da sua protegida? Qual é, cara, ela deu com a língua nos dentes e foi isso. Nem ‘tô mais olhando pra cara dela, se é o que queria. Resolvido.” Garantiu. Provavelmente a Garcia havia dito também que Zaya lhe tomara um dos brincos, e ninguém precisava ser um gênio para saber qual era a intenção por trás disso: Zaya apenas aguardava um novo momento de indisposição com a filha de Hefesto para causar-lhe praticamente a mesma coisa que causara a William, dessa vez sem temer o que poderia acontecer com sua relação com Mason. Simplesmente porque estava cansada de ser posta como a bruxa má quando, na verdade, no início de tudo, nunca havia dado motivo para o pivô da discussão dela e de William, tratá-la como tratou na outra noite, na floresta. Mas essa parte ela provavelmente não havia contado a Blue, certo? O pensamento fez Zaya rir baixo consigo mesma, balançando a cabeça por alguns instantes em negação. Patético. “E você ainda tem a cara de pau de dizer que faria o mesmo por mim, que me defenderia da mesma forma. Parecendo até um cão de guarda.” Concluiu instantes antes de vê-lo se sentar em uma das cadeiras dispostas por ali.
A cena a irritou profundamente, chegando a apartar a exaustão que ela sentia por noites e mais noites viradas. Estava a um passo de arruinar todo seu autocontrole, todo o jeito com que estava tentando não ser mais tão irritadiça e estourada nos últimos dias. Não queria mesmo ouvir mais sermões, ou mais broncas, porque estava realmente cansada de tudo aquilo. E por mais que sentisse falta dos treinos com William, dele por si só, havia uma parte dela que a alertava para se retirar do círculo dele e deixá-lo só com as amenidades de outras mulheres no Acampamento, considerando como a grande maioria ali certamente lhe seria uma aluna mais calma e fácil de lidar do que ela.
Acabou então por não dizer mais nada. Rumando em direção à casa de banho, que distinguia-se do cômodo básico do banheiro, onde havia uma banheira enorme em detalhes dourados, bem como o resto do cômodo. Abaixando-se para acender a pira que aqueceria a água que foi prontamente despejada lá dentro, iniciando então o processo de derramar seus óleos essenciais e seus sais de banho, a ponto do cheiro de rosas e amêndoas invadir o espaço, dando a certeza de que se impregnaria na pele de Sazaya assim que ela entrasse. O processo todo servindo como alguma distração para a mente da filha de Sekhmet, que ainda sentia seu sangue fervilhar e a vontade de retornar para William para, provavelmente, terminarem como haviam terminado da outra vez em seu chalé.
Arrastou mais a cadeira para perto da mesa, apoiando os pés confortavelmente sobre o móvel. As mãos apoiadas no colo, com seus dedos entrelaçados e um olhar pomposo na direção de Sazaya, essa era a postura de William enquanto ouvia as ironias da menor. “Zaya explosiva, não má. Não vista um personagem que não lhe cabe, pois eu nunca o coloquei em você.”. O tom ameno, quase como se nada estivesse ocorrendo entre os dois, como se a amizade ainda estivesse inabalável. Se é que um dia eles foram amigos, pois William se pegava muito pensando nisso. Em como a relação surgiu e no que se transformava. Ele acolheu Zaya, quando nenhum outro instrutor a quis. Entendeu seu estilo de treino, lhe entregou isso, e no coliseu os dois pareciam falar uma linguagem só deles. Além disto, também se importava com ela, tinha aquele instinto um tanto protetor que não sabia explicar muito bem. E também tinham as brigas, onde a tensão que pairava no ar poderia ser cortada com uma colher. Em todos esses cenários e situações, ele nunca colocou em Zaya o caos que ouvia da boca dos outros. Sempre a julgou por seus atos com ele, como agora, não mentia ao dizer que não deveria ter entrado ali de bom grado, pois ela quase o matou por... ciúmes? Era curioso pensar que ela sentia ciúmes dele, independente de qual forma fosse. 
“Ela deu? Não me recordo de ter falado nada sobre ela com você. Nem citei o nome dela, apenas disse que precisávamos conversar.”. E nem precisava se fazer de desentendido, pois William realmente não havia tocado no nome de Suzanna, mas gostava que Zaya imaginasse que tinha algo relacionado a filha de Hefesto, pois de alguma forma tinha. Ela pediu para que Billy não falasse com Zaya, que não comprasse suas brigas, e ele disse que iria tentar, e tentaria, claro. “Você me associa muito a Garcia, ainda mais depois do que aconteceu aqui.”. Desatou as mãos para girar o indicador a frente dele, remetendo-se ao espaço e ao embate que tiveram semanas atrás. “Realmente te irrita que eu tenha algum tipo de carinho por ela, não é? O que é isso Zaya, ciúmes do seu instrutor? Se for, vai comprar briga com o resto dos meus alunos?” as perguntas eram reais, tinha um tom sério e firme. Billy estava cansado de brincar de gato e rato com Sazaya, e pretendia acertar tudo aquela noite. Seguiriam como sempre foram, ou mudariam de vez. “Mas eu faria.”. os pés voltaram ao chão, e o corpo se inclinou para frente, na direção de Zaya, mesmo que não estivesse perto dela. “Eu prometi que não seria mais um na sua lista de abandonos, Sazaya. E eu cumpro com as minhas promessas, mas além disso, eu gosto e me importo com você, acredite ou não.”. E ele nem sabia o porquê, mas sabia que até Suzanna aparecer na sua vida, Sazaya e ele nunca tiveram problemas. Então algo ali tinha, era com ele, ou com a filha de Hefesto, mas tinha.
O silêncio voltou a imperar entre eles, e William entendeu que era necessário, ao menos naquele momento. Voltou a se recostar na cadeira, pés novamente sobre a mesa e os olhos seguiram os movimentos da filha de Sekhmet até perdê-la de vista. Ou era o que ele pensava. Suspirou, encarando o último ponto em que conseguira vê-la. Ele ouvia o barulho da água e o cheiro das rosas e amêndoas, era tão forte que conseguia passar de um cômodo ao outro. Esperava que ela não lhe desse um chá de cadeira, e para constatar isso, decidiu marcar o horário. Voltou os olhos ao relógio que tinha na parede, mas não se prendeu as horas, nem conseguiu vê-la na verdade. Pois abaixo dele havia um espelho, refletindo exatamente a pequena brecha da banheira no espaço ao lado. Podia ver as costas de Zaya, as marcas novas que ganhara e a ponta dos cabelos úmidos. Sentia o sangue correr um pouco mais rápido e uma onda de calor estranha passar pelo seu corpo. Pigarreou e sacudiu a cabeça, tentando parar de olhar seu reflexo, mas isso só se tornou possível quando o Blue se levantou e escolheu outro lugar para se sentar. A cadeira do outro lado, bem longe do maldito espelho. 
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billyblu3 · 3 years ago
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aoztcrk​:
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esperou que ele ficasse pronto em silencio, sem trocarem muitas palavras como de costume - mesmo que quase sempre fosse alguma implicância sem motivo. naquela manhã, ela não tinha porque faze-las e percebeu que tampouco o mais velho e preferia que fosse daquele jeito. ele sequer tinha lançado qualquer olhar em sua direção ou a encarado diretamente e sabia porque. ou ao menos, já imaginava. não fazia questão que fossem nada além de colegas de treino e se aquilo resumisse suas manhãs em singelos bom dia, que assim fosse. até mesmo preferia. sua expressão era o mais neutra possível quando seus olhos finalmente se encontraram - a boca relaxada, os olhos e têmporas sem nenhuma ruga de expressão tão costumeiros e os ombros elevados apenas por estar com a arma em mãos, com um pré-ataque pronto. assim que ele informou qual o tipo de treino, trocou o peso da perna esquerda para a direita, assim escaparia de qualquer ataque que poderia vir dele. manteve a guarda alta, com as adagas voltadas para fora e os punhos na altura do peito. viu que ele não tomou nenhum passo a frente, mas manteve na mesma posição. quando vacilou, permaneceu sem expressar reações, apenas assentindo.   “   desculpas aceitas.   ”   ela não havia muito mais a dizer que aquilo. não havia aceitado de fato, afinal tinha sua parcela de culpa, mas aquele era um assunto enterrado para ela. novamente tomou as adagas em mãos, armando posição de defesa.
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O silêncio sempre foi algo agradável aos ouvidos do Blue, mas era tão incomum entre ele e Aylin, que o estranhamento chegava como forma de arrepio no pé da nuca. Alguns poucos fios de cabeço se ouriçavam, como acontecia sempre que ele saía em missão, e tinha de estar alerta aos monstros. Não que fosse o caso da turca, mas ainda assim, algo ali parecia não se encaixar e por isso, William ficava apreensivo. “Só isso?” Questionou de imediato, observando-a retomar a postura, enquanto ele continuava com os punhos baixos, segurando as armas sem a menor vontade. “Digo, não entenda como uma provocação, mas você sempre tem algo além para dizer.”. Fosse uma resposta engraçadinha, capaz de tirá-lo do sério, um revirar de olhos, ou até mesmo um sorriso debochado. Tinha uma lista de coisas que aconteciam durante suas interações, e a ausência delas era incomoda. Por um instante se viu perplexo, pois sempre imaginou que quando Aylin se silenciasse diante dele, seria motivo de festa. Mas não era assim que ele se sentia. Suspirou, dando-se por vencido no momento. Assumiu sua postura de ataque, e anunciou que faria a aproximação, apenas para que ela realmente se preparasse para o momento. As lâminas em sua direção, não tinham a força habitual do filho de Taranis, eram mais fracas, como se lamentassem, não o treino em si, mas a situação em que se encontravam. 
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billyblu3 · 3 years ago
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acima de tudo, aylin sentia-se envergonhada pelo jeito qual havia se apresentado. ela não era alguém que perdia o controle fácil, tampouco na presença de outras pessoas, mas o filho de taranis tinha alguma coisa que a fazia despertar aquele lado irracional e que ela detestava dentro de si. em seu amago, reconhecia que não era fácil de lidar mas ainda sim sabia que o modo que havia sido tratada não condizia com que de fato era o correto. até poderiam, ambos,  culpar as emoções da noite e o álcool que haviam ingerido, mas a morena tinha a filosofia de que estar entorpecido só lhe trazia à tona aquilo que tinha vontade de dizer e fazer sóbrio. ela ainda se lembrava - mesmo que não quisesse - do olhar dele sobre si, as palavras que haviam sido proferidas e de todo o resto. era tão vivo em sua memória, como se fosse uma fita em constante repetição, demonstrando a vergonha que havia passado. quando ele se afastou, na noite dos espíritos, ela prometeu a si mesma que jamais cederia para aquele jogo novamente. seriam apenas colegas de treino e campistas, nada além daquilo. saberia manter uma boa convivência, fazia assim com os demais, e com o motivo de sua mudança não seria o oposto. até mesmo seu apelido na voz de william parecia retumbar em sua mente de forma constante para lembrá-la de que eles não eram amigos, que ele a detestava assim como ela. a figura dele chegando no coliseu a fez retesar o corpo antes relaxado, enquanto passava as faixas na ão machucada. assentiu com a cabeça ao bom-dia dele, sua voz saindo audível porém baixa.   “   bom dia, senhor fitzgerald.   ”   sucinta, a resposta para a pergunta dele fora sacar as adagas do bracelete, uma em cada mão.
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Aquele foi sem dúvidas o bom dia mais seco que William já recebeu, e tinha uma razão para ser, por isso não disse nada, apenas o sentiu. Repousou a caneca de café em uma das rochas achatadas ali perto, era interessante como conseguiram manter o coliseu como sempre, sem modernizar o lugar. Abriu a mochila que trazia consigo, tirando as bandagens e começou a envolver nas mãos, tomando seu tempo, não tinha ansiedade para encarar Aylin outra vez. Assim que ajustadas e firmes nos punhos, ele caminhou até o painel de armas. Costumava preferir o corpo a corpo, mas abria algumas exceções para alguns campistas mais disciplinados, como a que estava presente, e uma outra que tinha como favorita de treinos. Pegou suas adagas e voltou-se para Aylin finalmente. Podia sentir o rubor nas maçãs no momento em que o olhar encontrou o dela. Era estranho que estivessem em pleno silêncio, costumavam ser tão implicantes, falantes e provocativos um com o outro. “Certo, vamos treinar sua defensiva.”. foi breve, esperando que ela assumisse a postura para que fizesse o primeiro ataque. Ou era o que ele pretendia, já que cada vez que o olhar recaia sobre Aylin, lhe vinha um flash da noite anterior, do quão péssimo e invasivo ele foi. Sacudiu a cabeça algumas vezes para se livrar das memórias, mas cada vez que fazia, elas pareciam grudar mais. “Eu não consigo fazer isso, Lis. Não hoje.”. Afirmou, baixando a guarda e a cabeça. “Te devo um pedido de desculpas, mesmo que não queira aceitar, fui um completo idiota ontem com você.”. 
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billyblu3 · 3 years ago
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closed starter to @aoztcrk​
Dizem que pior do que a ressaca física, é a ressaca moral. William não conseguia opinar sobre isso, pois nunca foi do tipo que passava dos limites na bebida. Ao menos não depois que retomou seu cargo como vice-centurião, coisa que lhe cobrava bastante disciplina e postura. Mas depois da noite dos espíritos, ele começava a ter alguma propriedade no assunto. Tomando seu café rumo ao coliseu, ele tinha flashs da conversa com Aylin. O jeito ousado e um tanto abusivo, que não encaixavam no perfil de William, lhe davam embrulho no estomago. Como pode ser tão baixo? Se perguntava internamente. Lembrava do soco, do sorriso sádico, que só costumava dar na companhia de Zaya, pois ela entendia esse lado dele. Não entendia? Suspirou. Tinha tantas coisas na cabeça, e ainda tinha que treinar. Apontou em uma das saídas da arena, quando avistou Aylin de costas. ‘santo Zeus!’, pensou ironicamente. Havia esquecido que o treino do dia era com ela, e ainda não conseguia encarar a filha de Atena depois de tudo. “Bom dia, senhorita Öztürk.” disse, virando a cabeça na direção completamente contrária. “Vamos começar?”
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billyblu3 · 3 years ago
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Flashback - part I. noite dos espíritos 
aoztcrk​:
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o que william havia dito não era nenhuma mentira, o senhor m. realmente havia coisas mais pertinentes a serem ouvidas, mas ela acreditava que uma reclamação bem feita contra ele poderia lhe dar alguma dor de cabeça, ao menos. mas o mesmo tempo, não queria correr o risco de perder o seu treinador e sabia que seria uma das primeiras coisas que seria mudada, caso levantasse qualquer reclamação contra o filho de taranis. ela precisava aprender a ficar quieta, aceitar que estava errada mas aquele não era um momento. algumas pessoas começavam a olhar na direção deles e e sentia intimidada, pois não era de brigar, não diretamente. todas suas desavenças eram resolvidas dentro do coliseu ou coisa do tipo, pois sabia que podia se garantir e ao menos sair empatada - era um pouco covarde da sua parte, mas discussão estava longe de ser seu forte e ela preferia não a fazer. sua mão estava vermelha, mas não cortada, e ficou olhando a pele mudar de cor de acordo com o tempo que passava. aquilo ia lhe causar bom um hematoma e talvez algumas dores. enquanto ainda fitava o punho, percebeu ele diminuir de tamanho e assim, o cabelo tocar suas costas. presumiu que estava de volta a sua versão original, por assim dizer.   “   você é o ser humano, semideus, o que for, mais repulsivo que eu tive o desprazer de conhecer, william.   ”   constatou que havia voltado ao normal quando ouviu a sua voz. fervilhava de ódio e aquilo era uma bomba relógio para uma confusão ainda maior. a aproximação dele a fez cerrar a mandíbula, demonstrando o claro desagrado que havia entre eles. não deveria haver nenhuma outra pessoa no mundo que a fizesse se sentir tão desgostosa na presença alheia quando ele.   “   você até que flerta bastante com quem não faz o seu tipo. isso tudo é fetiche em ser rejeitado?   ”   sua voz saiu áspera, rude, coisa que nem sempre aylin era. odiava assumir aquela posição grosseira, mesmo quando necessário. as pessoas tinham a mania de subestimar mulheres quando elas se posicionavam, as chamando de loucas e quase sempre desmerecendo os motivos de uma briga qual haviam explodido. no caso da turca, era a arrogância de william que batia de frente com a sua. ela não entendia o que acontecia para agir daquele jeito na presença dele, mas cada célula, musculo e pedaço de pele seu reagia em repulsa a ele, quase como se fossem tão parecidos que a própria situação os fazia se repelir.   “   e sai de perto de mim, eu tenho nojo de você.   ”   cuspiu as palavras, dando alguns passos para trás, dando de costas na árvore.
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um traço de surpresa se encaixou a feição do Blue quando a mais nova voltava a sua fisionomia normal. Não tinha acompanhado o começo da transformação, nem dela, nem de outros. E precisava dizer que fora uma experiência um tanto interessante vê-la voltar ao normal. Como se bastasse um piscar de olhos e pronto, sem barba, cabelos logos, lábios desenhados em tom vermelho, ombros a amostra e ainda tinha o decote. Se permitiu apreciar a visão por alguns segundos, e julgou que aquilo a deixaria mais incomodada, e os deuses sabiam o quanto gostava de incomodar e implicar com a filha de Athena. Expirou pesado, movendo os lábios imitando-a com algum desdém, como se fosse uma matraca ou um disco arranhado. “você é isso, e aquilo, e não sei o que mais... Aah, dá um tempo Lis.”. sacudiu a mão no ar, dando o sinal de chega para aquela conversa. Ela vivia dizendo o quanto ele era desagradável, e ainda assim, a primeira coisa que fez ao ficar bêbada foi procurá-lo. Isso demonstrava que no mínimo, ela confiava que ele não faria nada contra ela, e ele não fez. “Você acha que isso é flertar?” O indicador fez um círculo entre eles, indicando realmente a situação em que estavam, a proximidade, a conversa e a postura do Blue. “Não, isso não é flertar. É implicar com você, mas vou admitir que você até fica atraente como homem. Uma pena que não esteja mais, aí sim eu poderia tentar flertar com você.”. respondeu, torcendo os lábios em um falso descontentamento. Aylin conseguia ser atraente em qualquer versão sua, e isso era o que mais deixava William irritado. Virou o rosto minimamente ao lado, alcançando um dos copos cheios em sua bandeja. O trouxe para perto dos lábios, e virou o conteúdo alcoólico. Como se ele precisasse de mais álcool naquele momento. Voltou-se a tempo de vê-la se afastar e dessa vez deixou, apenas até que seu corpo se chocasse contra a árvore, colocando-a na condição perfeita. Repousou o copo novamente na bandeja, e estalou a língua contra os dentes algumas vezes “tsc, tsc, tsc”, o som emitido acompanhava os passos de William novamente em direção a ela. Uma das mãos era levada ao o tronco, posta ao lado do rosto de Aylin, e ele se inclinava na direção dela, tão perto outra vez, que adora podia perceber a diferença de altura que estava acostumado. “Espero que lembre bem dessas palavras, pois eu lembrarei delas na próxima vez que puxar para uma ducha, pendurada no meu pescoço.”. Respondeu em tom baixo e provocativo, dando-lhe uma última olhada antes de decidir retomar a distância. “Tenha uma boa noite, Lis. Espero que aproveite o resto do festival.”. Despediu-se, imaginando que ela estaria fumaçando atrás dele, mas não se deu o trabalho de conferir, apenas seguiu os passos em direção ao palco. Kurt Cobain ia se apresentar. 
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ENCERRADO
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billyblu3 · 3 years ago
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sekbless​:
Zaya se enfiava em mais problemas do que era capaz de admitir. Quando isso acontecia, sentia-se frustrada não por ter se colocado em situações estressantes, mas por se lembrar de todos que gostavam de dizer que ela era difícil; problemática, assustadora, dentre outras coisas. Odiava dar razão a eles e temia que continuassem certos por muito mais tempo. Ainda assim, aquilo não a impedia de de afastar do acampamento esporadicamente para resolver algumas outras pendências, a ponto de agora se encontrar retornando para seu chalé depois de ter chegado por um outro portal na calada da noite.
Estava exausta, parcialmente machucada, só queria tomar um banho rápido e dormir. Contudo, seus planos foram interrompidos pela voz de William, que não lhe era mais tão familiar assim agora que estava fugindo dele em geral; e não que sua seminudez a incomodasse, mas o gesto a surpreendera tanto que ela chegou a encolher a camisa que havia acabado de retirar, contra seu tronco, até perceber que se tratava do filho de Taranis. O coração errando algumas outras batidas além do susto, agora que ouvia aquelas palavras que lhe eram tão características, que também faziam com que a pele dela se arrepiasse por inteiro.
“A seção de atendimento ao William ‘tá fechada tem um tempo.” Disse simplesmente, deixando a camisa voltar a cair sobre sua cama, enquanto ela procurava desfazer uma das malas, atrás de um dos roupões que havia levado. Suas costas estavam cheias de ferimentos que já haviam sido piores, e era algo possível de se avistar à meia luz do ambiente em contraste com a pele bronzeada da filha de Sekhmet. “Sem contar que eu passei os últimos dias fora, então não aprontei nada e não tem motivo pra você querer me dar bronca, se for o caso.” Suspirou pesadamente, sentindo as pálpebras pesarem um pouco. Finalmente encontrando o roupão, ela o colocou e o amarrou na cintura, finalmente se livrando da calça que usava. Camadas e mais camadas de roupa, considerando que estava voltando de um tempo bastante ameno na Espanha. “Então… Se me der licença…” Meneou levemente a cabeça, deixando implícito que não queria conversa alguma. Já lhe bastava o encontro na Noite dos Espíritos, do qual sequer se lembrava muito já que, felizmente, estava bastante alterada. “Eu só quero relaxar e isso não inclui você invadindo meu chalé.”
Os olhos avistaram Sazaya, mas não da forma que William esperava encontrá-la. Talvez devesse ter considerado essa possibilidade quando adentrou ao chalé sem cerimonias. Mas estava tão habituado a fazê-lo no passado, que não a cogitou, e agora se via em um mix de sensações confusas. Sentia-se constrangido pela situação, tanto que chegou a virar o rosto na direção contrária. Mas também sentia que queria olhá-la, ver além do tecido que segurava contra o corpo. Agitou a cabeça, tentando retomar um pouco da noção e da compostura. Era Zaya que estava ali, e o carinho que tinha por ela viria sempre em primeiro. “Você é engraçada, sabia? Me faz morrer de rir.”. Disse, ainda de costas para ela, não sabia exatamente o momento seguro de virar, então preferiu dar mais alguns minutos, principalmente por ainda se sentir provocado pelo impulso de olhá-la. 
“Deduzi que esteve fora, sozinho é claro, não graças a algum aviso ou coisa assim. Segui esperando você para os nossos treinos, mas...” Interrompeu-se ao notar que estava justamente fazendo o que ela havia pedido para que não fizesse, estava prestes a lhe dar uma bronca. Suspirou pesado, levando uma das mãos ao rosto, roçando a barba. Um toque que ele tinha quando precisava se controlar. “Não vim dar bronca em você, só quero entender o que está acontecendo. Se alguém deveria evitar alguém aqui era eu, mas cá estou no seu chalé, apesar do que aconteceu da última vez. Desconsiderando todos os avisos e sinais. Então me diga, Zaya.”. virou-se finalmente, considerando que agora estava mais seguro, e constatou que sim quando a viu no roupão. “O que diabos está acontecendo?” indagou, olhos fixos aos dela, não conseguia se lembrar do quão verdes eram. 
“Aah não, sinto muito, mas não vou deixar que se esquive como fez na outra noite. Então, se precisa vá tomar seu banho relaxante. Leve horas se quiser, estarei exatamente aqui para conversarmos.”. retrucou, tomando a liberdade de dar alguns passos na direção da cadeira que tinha perto. Coincidentemente, a mesma cadeira que ele se sentou da outra vez, antes de Zaya ter seu acesso de raiva e gerar o conflito entre eles. 
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