Tumgik
bioevolutiva · 7 years
Note
Olá, queria saber como o Período Cambriano pode ter desenvolvido em um curto espaço de tempo geológico uma rica Biodiversidade. Isso continua a ser até Hoje um Paradigma não solucionado para a Biologia Evolutiva?
Já discuti sobre a explosão cambriana váriasvezes, inclusive me detive bastante e tentei esclarecer certos mitos eequívocos que envolvem esse evento e a expressão que seconvencionou utilizar para designá-lo, que você pode ver aqui,aquie aqui. O mais importante é que sabemos muito mais do que sabíamos sobre seu curso e sobre o quepode tê-la deflagrado; e, apesar de ainda não sabermos muita coisasobre seus detalhes e sobre muita das criaturas que apareceram noregistro fóssil neste período, ela é bem menos misteriosa do quemuitos tentam propagandear e não apresenta um desafio intransponível para abiologia evolutiva, se é o que você quer dizer como “Paradigmanão solucionado para a Biologia Evolutiva”.
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Que evidências mostram que os australopitecos não são macacos?
Sua pergunta parte de um equívoco bem básico.Seres humanos (e seus parentes e ancestrais mais diretos e jáextintos) são primatas simiiformes, portanto, seriam também um tipode ‘macaco’, já que é a isso que a palavra ‘macaco’normalmente se refere - isto é, primatas excluindo-se tarsos,lêmures etc.
O problema é que o termo ‘macaco’ não é umtermo técnico-científico, mas apenas uma palavra da nossa linguagemcomum (e pré-Darwiniana), que exclui de seu ‘escopo designificado’ um subgrupo de primatas simiiformes, os hominines,arbitrariamente, mesmo que seus parentes mais próximos vivos sejamas espécies do gênero Pan (ou seja, os chimpanzésbonobos), que são mais próximos de nós, seres humanos, do que dequalquer outro macaco moderno.
Portanto, as evidências que realmente importamsão as que mostram que os australopitecos existiram em um períodoanterior ao de nossos ancestrais e parentes mais próximos esemelhantes a nós e exibem características morfológicastransicionais, isto é, intermediárias as de formas mais antigas eas mais novas e derivadas, como nós mesmos. Para saber um poucomais sobre isso veja aquie aqui.
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Quais as desvantagens do evolucionismo?
Não entendi a sua pergunta. A evolução biológica é um fenômeno natural e não algo que possa ter vantagens ou desvantagens. 
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Existe efeito sem que haja uma causa?
Essanão é uma pergunta de biologia evolutiva, mas de filosofia - maisespecificamente de metafísica ou ontologia. Infelizmente, ela fogedo escopo deste blog. O que posso dizer, entretanto, é que o termo‘efeito’ normalmente é empregado como algo que precisa ter uma‘causa’. Portanto, nesta acepção teríamos uma vinculaçãosemântica entre as palavras e o que elas representariam. Porém,podemos dizer que ‘efeitos’ são um tipo de ‘evento’ e esses,sim, poderiam ou não ter ‘causas’. Eventos espontâneos (nãocausados) são discutidos na mecânica quântica, por exemplo, mas aíjá estamos saindo demais do escopo deste tumblr.
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LiteraturaRecomendada:
Mahner,M. & Bunge, Mario Augusto Foundations of Biophilosophy.Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 1997. XVIII, 42. DOI:10.1007/978-3-662-03368-5
Grande abraço,
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Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Amor
Desculpe, mas isso não é uma pergunta. Todavia,caso você esteja interessado(a) em saber como a biologia evolutivaexplica o amor, indico essa resposta aqui.
Grande abraço,
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Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Se fossemos olhar uma árvore filogenetica das espécies pan (chimpanzé e bonobo) podemos dizer que os humanos e os gorilas estão localizados onde aproximadamente? Entre os dois, antes ou depois?
OsChimpanzés e Bonobos estariam obviamente mais próximos um do outro,enquanto o ancestral comum de ambos estaria mais perto de nós, sereshumanos modernos (e de nossos parentes extintos, claro), Por fim, o de nós três -humanos atuais (e extintos), chimpanzés e bonobos - estaria maispróximo dos gorilas. Veja aqui,por exemplo.
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LiteraturaRecomenda:
Mitchell, M. W. & Gonder, M. K. (2013) Primate speciation: A case study of African apes. Nature Education Knowledge 4(2):1
MacLatchy, L. M., Sanders, W. J. & Wuthrich, C. L. (2015) Hominoid Origins. Nature Education Knowledge 6(7):4
GrandeAbraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Houve um momento na história q o homem se separou do macaco e evoluiu até o q somos hj. No outro lado dessa separação, os macacos tbm passaram por grandes processos evolutivos até se tornarem o q são hj, ou não houve grandes mudanças assim?
Éimportante que compreendamos que os seres humanos modernos (Homosapiens sapiens) são apenas um subtipo de primata e, como todosos demais seres vivos, são resultado da evolução biológica. Issoquer dizer que nós, bem como quaisquer outros primatas atuais (ouseres vivos, de modo mais geral), somos todos igualmente evoluídos, já que descendemosde ancestrais comuns e nossas linhagens têm existido e mudado desdeque divergimos desses ancestrais, sofrendo mutações, passando porseleção natural, deriva genética etc. Alguns de nós nosmodificamos mais em certos aspectos enquanto outros mantiveram essesaspectos mais semelhantes aos dos ancestrais, ao mesmo tempo que modificaram-semais em ainda outros aspectos. Todas as espécies, portanto, são mosaicos decaracterísticas ancestrais e derivadas e para estabelecermoscomparações mais objetivas devemos nos restringir a certascaracterísticas e contextos filogenéticos.
Oproblema com a expressão ‘grandes mudanças’ é que ela pode sertremendamente enganosa, já que depende de juízos subjetivos. Porexemplo, a postura bípede e nossa grande capacidade cognitiva podemser consideradas ‘grandes mudanças’, mas não existe um critérioabsoluto e objetivo que nos permita afirmar isso sem fazer todo otipo de pressuposição arbitrária. De fato, deveríamos sempredesconfiar de critérios que ‘beneficiam’ os próprios autores docritério, colocando-os acima dos outros, não é?
Porfim, se pensarmos nas diversas espécies de hominines extintas,inclusive de nosso próprio gênero, Homo, (H. erectus, H.habilis, H. floriensis. H. naledi, H. heidelbergensis etc),muitos dos quais dominavam o uso de ferramentas, exibiam culturasintrincadas e, talvez, até linguagem, nossa suposta ‘singularidade’parece muito mais algo contingente do que realmente profundo.
Grandeabraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Os fósseis não são datados por carbono 14 pq são muito antigos ou pq no processo de fossilização todo carbono é substituído por minerais? Quais minerais são esses? Se de fato a terra tem 6500 anos como dizem os criacionistas, os fósseis apresentariam carbono ou só minerais mesmo?
Ocarbono 14 não é normalmente utilizado para datação de fósseis,mas apenas de artefatos arqueológicos e restos biológicos com menosde 50000 ou 60000 anos de idade, porque a meia-vida desde isótopo(de cerca de 5000 anos) é muito pequena e não permite que identifique-se com confiançanada mais velho do que 50000 ou 60000 anos. Qualquer artefato ou resto biológicomais antigo do que isso não conteria mais do que traços ínfimos decarbono 14 e, desta forma, não teríamos como diferenciá-los de restosou artefatos mais antigos por este método.
Paradatar fósseis de animais, plantas e microrganismos mais antigos épreciso tirar amostras dos sedimentos dos estratos onde taisespécimens fossilizados foram encontrados (e não dos espécimens emsi) e procurar por minerais, como os cristais de zircônio (vejaaqui,por exemplo), que contenham pares de isótopos aprisionados em seuinterior desde a solidificação e formação do cristal, commeias-vidas significativamente maiores do que as do Carbono 14 e que, assim, permitam que datemos osestratos em milhões e até bilhões de anos.  Veja essas outrasrespostas aqui,aquie aqui.
Grandeabraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Vi esse texto no facebook, infelizmente nao deu pra reproduzi-lo na integra. E aí? FALSAS DESCOBERTAS NA TEORIA DA EVOLUÇÃO. Os elos perdidos a seguir não são o que eles pensavam:O Homo ErectusA descoberta - A descoberta feita por Dr Eugene Dubois, nos anos 1891 e 1892 consistia de um crânio, um fragmento de fêmur e três dentes molares. Foi rebatizado como Homo Erectus.O erro - Constatou-se que o crânio era de uma mulher pequena, e o fêmur como sendo humano, e os dentes molares de macacos.
Issosimplesmente não é verdade. Infelizmente, não podemosconfiarem sites criacionistas. A mistura de ignorância ativa edesonestidade intelectual ideologicamente motivadas tornainviável tomá-lascomo fontes sérias.
Oponto principal que deve ficar bem claro é que existemmuitosfósseis de Homoerectus ede outroshominines extintos,que nos ajudam a compreender nossa evolução.Alémdisso, existemvárias evidências adicionais que sereforçam equelevadas em conjunto tornama realidade da ancestralidade comum por descendência com modificação- isto é, daevolução dosseres vivos -uma conclusão científica sólida eo consenso na comunidade científica.
Alémdo mais, a própria ideia de ‘elo perdido’ não faz muitosentido. Primeiro, porque existem vários fósseis dehomininese não apenas um únicofóssil,comoa expressão ‘elo perdido’ sugeriria.Segundo, como o processo de evolução não é linear enem tem metas ou objetivos,mas éum processo ramificadoecontingente queocorrem em populações,o que se pretende, aobuscar e analisar fósseis, entre outras coisas,é identificar ‘formas detransição’- isto espécimens cujas características fenotípicas semostrem emestados intermediários,isto é, entreformas maisancestraiseasmaisderivadas,além de seremencontradasem camadas geológicasapropriadas. Issoimplica que os fósseisdeformas de transição nãoprecisam seremde‘ancestraisdiretos’ - algoque dificilmente poderíamosestabelecer com certeza.Elesdevem nos permitir reconstruiras relações de parentesco entreas diversas espécies extintas e atuais, além de identificara ordem de aparecimento dos grupos e desuas características,bemcomo inferir de que forma tais características foramse modificando ede quais outras características ancestrais elas se originaram, aolongo da evolução.
Parasaber mais sobre as falácias e distorções propagadas peloscriacionistas sobre a evolução humana e mais especificamente sobreos fósseis de Homo erectus veja aqui.
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LiteraturaRecomendada:
Wood, B. Human Evolution: A Very Short Introduction. Oxford University Press, New York, 2005. 144 p.
Lewin, R. Evolução humana. São Paulo: Atheneu, 1999. 526 p.
GrandeAbraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Olá, gostaria de saber como coisas tão específicas surgem ao acaso (por exemplo, organismos que se especializam em se alimentar só de um tipo vegetal - trade off -, borboleta-coruja, etc).
A questão é que elas não surgem simplesmente ‘ao acaso’, masa partir de um processo evolutivo que inclui, sim, elementos aleatórios (portanto, ‘acaso’),como as mutações genéticas e a deriva genética, e outros que, apesar decontingentes - e, portanto, dependentes do contexto ecológico-demográfico e do históricopregresso de evolução da linhagem -, não são aleatórios em sentidoestrito do termo porque são altamente cerceados e restringidos pelas relaçõesentre organismo e meio ambiente e, portanto, podem exibir direcionalidade, mesmo que local e não intencional.
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Boa noite, porque o grupo reptilia é considerado parafiletico e porque essa condição muda quando consideramos a aves um grupo de irmão de crocodilia formando o grupo archosauria ?
Porque, em sua acepção tradicional, os répteisnão incluem todas as espécies descendentes do ancestral comum detodos eles, ou seja, não incluem as aves e, portanto, não são parafiléticos. Porém, quando, consideramos as aves (que sãoarcossauros e cujos vertebrados mais próximos vivos são oscrocodilos) parte de reptilia, estamos tornando grupo monofilético e,basicamente, equiparando-o a sauropsida.
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Literatura Recomendada:
KARDONG, K.V. Vertebrados - Anatomia Comparada,Função e Evolução 7a. edição, São Paulo: Roca Editora, 2016.824p
POUGH, F. H., JANIS, C. M. e HEISER, J. B. 2003. AVida dos Vertebrados. 3a.ed. São Paulo: Atheneu Editora Ltda. 699 p.
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Como as mutações estão atreladas ao processo de seleção natural?
Basicamente,pelos seus efeitos fenotípicos e como eles alteram ou não ascapacidades de sobrevivência e reprodução do seres vivos - isto é,através de seus efeitos sobre a aptidão (esperada) dos seres vivos. A partirdaí, grosso modo, podemos dividir as mutações em três grupos:
1) As desvantajosas ou deletérias, cujas alterações fenotípicastêm impacto negativo no sucesso reprodutivo dos indivíduos que asportam;
2) As neutras ou efetivamente neutras, que são aquelas que ou nãocausam alterações fenotípicas  ou cujas alteraçõesfenotípicas não alteram (ou alteram muito pouco) o sucessoreprodutivo dos indivíduos que as carregam.
3) As vantajosas, que são aquelas cujos efeitos fenotípicostendem a aumentar o sucesso reprodutivo dos indivíduos relativamenteaqueles que não carregam tais mutações.
Oprimeiro e o terceiro grupo de mutações são ‘alvo’ da seleçãonatural, já que os indivíduos que carregam tais tipos de mutações(em um dado contexto ambiental) tendem a, respectivamente, ter menor oumaior sucesso reprodutivo que os que não carregam as mesmasalterações genéticas. O segundo, em contraste, tem seu destinodefinido pelo ‘acaso’, através da deriva genética aleatória (que estáligada ao simples fato de que a viabilidade e fecundidade dosindivíduos, mesmo idênticos, flutua a despeito de seusfenótipos e genótipos) ou pelo ‘efeito carona’, que é quandouma mutação que situa-se fisicamente próxima a outra, em um mesmo cromossomo,‘pega carona‘ nesta outra mutação, cujas alterações fenotípicas, conferem vantagens ao seu portador,que, ao sobreviver e ter mais descendentes, acaba também passando a outramutação (neutra ou até ligeiramente desvantajosa) a próxima geração.
Dêuma olhada nessa outra resposta aqui.
Grandeabraço,
Rodrigo 
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bioevolutiva · 7 years
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Aonde se localiza a célula matriz do corpo humano, eu sei que estar em algum lugar você já descobriu, responda-me por favor.
Desculpe, essa pergunta não tem relação com os temas que abordamos neste tumblr.
Grande abraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Olá, estou procurando, em português, algo sobre qual seria a primeira espécie a desenvolver o ovo, porém não tive sucesso, já que nos resultados sempre aparece algo relacionado a "quem veio primeiro o ovo ou a galinha". Sei que já respondeu a esta pergunta e o "nerdologia" também, mas na resposta de ambos, vocês indicam que uma espécie ancestral de peixe ja botava ovos (sem casca) mas que peixe era este? pode indicar, seja em português ou outra língua, um material quanto a isto(?)
Nãosei se compreendi bem sua dúvida, mas, pelo que pude assimilar, vocêquer saber o nome da espécie do animal ancestral que primeiro botouovos, é isso?
Oproblema é que não há como saber disso, pois, mesmo que os restosfossilizados de espécimens desta espécie ancestral em particulartivessem sido formados, sobrevivido depois de centenas de milhões deanos e sido descobertos pelos paleontólogos, nós não teríamoscomo saber que esta teria sido a espécie que ‘primeiro botou’ovos. Os paleontólogos (e biólogos evolutivos), de maneira geral,não usam os fósseis para isso, ou seja, ele não os utilizam paradeterminar a espécie ancestral particular de qualquer grupo ou comoera exatamente a estrutura ancestral presente nesse organismo. Osfósseis e os estudos comparativos pretendem reconstruir os estadosdas características do ancestrais comuns e, a partir daí,compreender como elas devem ter evoluído através do tempo,modificando-se de uma versão para outra.
Outroproblema é que, provavelmente, esse processo foi gradual e pararesponder a sua pergunta teríamos que, arbitrariamente, definir umconjunto de características que julgaríamos suficientes paraafirmar que aquele ser reproduzia-se através de uma estrutura quepoderíamos chamar de ‘ovos’. Mas esse é exatamente a principalcaracterística interessante das ‘formas de transição’, elasnão têm todas as características que consideramos nas estruturasdos seres que estamos tentando compreender a evolução, mas simestágio intermediários de derivação.
Se não era isso que você queria saber, por favor, me desculpe e poste outra pergunta.
Grandeabraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Dentro do conceito evolucionista, COMO UM SER-VIVO DE UMA ESPÉCIE, PODE "GERAR" OUTRO DE OUTRA ESPÉCIE? Não vale alterar DNA no laboratório, feito pelo homem.
Járespondi várias perguntas deste tipo, como aqui,aqui,aquieaquieo problema que muitas pessoas têm com essa questão pareceoriginar-se em um equívoco sobre o que é a evolução biológica e,principalmente, no que consiste a especiação, que é a formaçãode novas espécies.
Oprimeiro fator que precisa ser compreendido é que a evolução é umfenômeno populacional e não individual. São as populações (queformam as linhagens) é que modificam-se em suas característicasherdáveis e não meramente um indivíduo ao longo de seu ciclo devida. O segundo fator que precisa ser bem entendido é que, como a evolução é fenômeno populacionalque transcende os ciclo de vidas individuais, ela é, portanto, umafenômeno transgeracional.
Oque, normalmente,  acontece durante um processo de especiação é queduas populações de uma mesma espécia, ao se isolarem uma da outra, passam a acumular mutações de maneira independente uma da outra epassam também por alterações ecológicas e demográficasdistintas, que resultam em pressões seletivas diferentes e eventosdemográficos distintos, como efeito fundador e gargalos de garrafa, que estão por trás da deriva genética aleatória.Assim, ao longo do tempo, a composição genética e fenotípica de cada população vai setornando cada vez mais distinta das da população ancestral comum, da qual ambas se originaram, eda população outra população ‘irmã’ da qual diverge.
Éisso que faz com que, ao longo de várias gerações, duas populaçõesde uma mesma espécie divirjam tanto que podem passar a serconsideradas de espécies diferentes (tendo em vista o conceitobiológico de espécie, claro), uma vez que indivíduos de umapopulação agora já não conseguem cruzar com os indivíduos daoutra população mesmo todos descendendo da mesma espécie (epopulação ancestral). Desta maneira, a partir de mutaçõesaleatórias, seleção natural, seleção sexual, deriva genética eisolamento reprodutivo (e outros fatores evolutivos) - o que, normalmente, ocorre ao longo de várias gerações -,uma espécie ancestral pode gerar uma (ou duas) espécies novas. Esse processo pode ocorrer reiteradas vezes e espécies vão dando origem a novas espécies em um padrão de ramificação arborescente. Isso leva a linhagens cada vez mais diferentes das espécies ancestrais e das espécies contemporâneas mais distantes - ou seja, daquelas com as quais compartilham ancestrais comuns mais remotos no tempo e separados por mais eventos de especiação. 
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LiteraturaRecomendada:
FREEMAN,S; HERRON, J. C. Análise Evolutiva 4ª Ed. Porto Alegre: Artmed,2009. 848p.
FUTUYMA,D.J. Biologia Evolutiva. 3ª Ed. Ribeirão Preto: Funpec, 2009. 830pg
RIDLEY,M. Evolução. 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 752p
Grandeabraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
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Toda mutação tem que obrigatoriamente dar alguma vantagem na sobrevivência do indivíduo para se proliferar pela espécie? Ou características novas podem surgir e se espalhar pela espécie sem dar vantagem alguma?
Não,mutações são apenas erros do processo de replicação do DNA queescapam dos sistemas de controle e reparo e, desta maneira, podem serpassadas às células derivadas e, no caso de mutações naslinhagens gaméticas, às gerações subsequentes. Muitas dessasmutações, no entanto, podem ser simplesmente desvantajosas,portanto diminuindo a aptidão dos indivíduos que as carregam etendo seu destino definido pela seleção purificadora; muitas, poroutro lado, são neutras ou efetivamente neutras, afetando muitopouco a aptidão dos indivíduos, tendo seu destino definido peladerivagenética aleatória ou pelo ‘efeitocarona’ (isto é, por estarem fisicamente próximas de mutações vantajosas, nos mesmos cromossomos, tendem a ser ‘levadas com elas’, já que os indivíduos que carregam essas outras mutações têm vantagens reprodutivas); enquanto uma fração dasmutações pode ser vantajosa, aumentando a aptidão potencial dosindivíduos que as carregam (isto é, seu sucesso reprodutivo emvirtude de possuírem alguma característica fenotípica varianteespecífica) em um dado contexto ecológico-demográfico.
Portanto,a evolução, em seu cerne, é um processo de duas etapas:
1)A origem da variação (mutações)
2)O destino dessa variação (deriva genética, seleção natural, etc)
Então,respondendo a sua última pergunta. Sim, é possível que mutaçõessejam fixadas (atinjam 100% de frequência em uma população) semtrazer vantagem alguma aos indivíduos que as carregam e até, emalguns casos, quando traz algumas desvantagens (bem pequenas, claro),graças a fatores evolutivos estocásticos, como a deriva genéticaaleatória e o efeito carona.
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LiteraturaRecomendada:
Hartl, D. Princípios de Genética de Populações 3ª ed. Ribeirão Preto:Funpec, 2008. 217 p.
Hartl D.L. and Clark A.G. Princípios de Genética de Populações 4ª ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2010.
Grandeabraço,
Rodrigo
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bioevolutiva · 7 years
Note
Na sua opinião o que surgiu primeiro nos primeiros organismos que originaram todas as formas de vida, a replicação ou o metabolismo? E a molécula de DNA surgiu no reino dominado pelo RNA? Ou foi independente?
Evitamos dar nossa opinião por aqui, mas, sobre o assunto, eu aconselho a você dar uma olhada nessa resposta aqui. Outra dica é o livro de Nick Lane, já traduzido para o Português.
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Literatura Recomendada:
LANE, Nick Questão Vital: Por que a vida é como é? Rio de janeiro: Rocco, 2017. 448 p.
Grande abraço,
Rodrigo
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