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What’s on your Christmas List?

If you’re a naughty boy who has me PINNED on his page, please DM me. 😉 I’m making a list…
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The name “Amaryllis” comes from Greek mythology, where a shepherdess named Amaryllis pierced her heart with a golden arrow to win the love of a shepherd. Her blood gave birth to the first amaryllis flowers
Amaryllis Symbolism: Amaryllis flowers symbolize strength, beauty, pride, and love
🌹١٥٧٤♡
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O Vizinho
A cerca entre nossas casas era baixa. Um limite simbólico, mais do que real. Dava para ver tudo: o quintal dele, a cadeira onde sempre se sentava à noite, o copo na mão, os olhos no escuro.
No início, achei que era coincidência. Depois, costume. Mas logo percebi: ele estava ali por mim. Observava-me sem pressa, sem vergonha. E aquilo, que deveria ter me incomodado, me acendeu.
Eu tinha 38 anos e um casamento adormecido. Meu marido não era mau, nem frio — só cansado. Cansado do trabalho, da vida, de mim. Nossos toques tinham virado gestos. Nossos beijos, cumprimentos. Ainda havia carinho, mas não havia mais fogo.
Então veio ele — o vizinho. Chegou há poucos meses, sozinho, com móveis modernos e silêncios longos. Era mais novo, talvez uns trinta e poucos. Moreno, olhar denso, daqueles que não se desviam quando você os encara.
Nos cruzamos algumas vezes. No portão, na calçada, no mercado. Sempre educado. Sempre contido. Mas havia algo nos olhares que se prolongavam. Algo que, em mim, reacendia o que eu achava morto.
Comecei a sair mais ao quintal à noite. Às vezes só para regar plantas que não precisavam de água. Às vezes apenas para sentar, vinho em mãos, esperando que ele aparecesse. E ele aparecia. Sempre.
Nunca trocamos mais do que um “boa noite”. Mas os olhos… conversavam. E no silêncio entre nós dois, crescia algo que me tirava o sono.
Uma noite, senti o calor escorrendo por dentro mesmo antes de abrir a porta dos fundos. Estava inquieta, como se um segredo batesse dentro do meu peito, pedindo para ser revelado. Meu marido dormia no andar de cima. A casa estava escura. Me vesti como quem não quer ser notada, mas escolhi aquele vestido leve demais para o frio da noite.
Saí.
E lá estava ele, como se me esperasse. Encostado na cerca, camisa aberta no peito, os olhos fixos nos meus.
— Não está frio? — arrisquei.
— Só um pouco... — ele respondeu, e sua voz era baixa, morna.
Silêncio.
Me aproximei. Um passo. Dois. Parei diante da cerca. O coração batia nas costelas. Podia ouvir.
— Você sempre vem aqui à noite? — perguntei.
Ele sorriu, sem desviar o olhar.
— Só quando vale a pena ver.
A pele da minha nuca arrepiou. O ar parecia mais denso entre nós. E foi então que sua mão se estendeu, tocando de leve a cerca. Só aquilo — um gesto mínimo, mas que me desmontou por dentro.
Estiquei minha mão também. Nossos dedos se encontraram sobre a madeira fria. E naquele toque, senti o mundo girar num silêncio cúmplice.
Ficamos assim. Mudos. Unidos apenas pelo calor entre as mãos. E então ele se inclinou um pouco, os lábios perto demais, os olhos como lâminas.
— Você quer isso? — ele sussurrou, com a voz embargada.
Minha respiração era uma confissão.
— Eu não deveria…
— Mas quer?
Fechei os olhos. E, pela primeira vez em muito tempo, disse o que o corpo gritava:
— Sim.
E então, como se o universo estivesse à espera dessa palavra, ele passou os dedos pela cerca, subindo pelo meu braço, até meu ombro… e me puxou para mais perto.
Seu beijo não veio com violência. Veio como chuva quente depois de uma seca longa. Meus lábios cederam como terra molhada, e minhas mãos se fecharam em sua nuca com a sede de quem encontra água pela primeira vez.
Ele me puxou para o lado de lá…
[…]
A madeira da cerca contra minhas costas. As mãos dele sob meu vestido. A respiração entrecortada nos meus ouvidos. E o mundo inteiro desaparecendo enquanto seu corpo colava no meu com um desejo que não pedia licença, mas que também não machucava — apenas invadia…
[…]
Mais tarde, deitada sozinha na minha cama, escutando o silêncio da casa, senti as marcas dele ainda vivas na minha pele. Não visíveis. Mas profundas.
E ali, sem arrependimento, mas com um peso doce no peito, entendi: não era sobre traição. Era sobre não negar o que grita dentro de nós quando tudo o que nos resta é silêncio.
E naquela noite, eu deixei de ser só esposa, só mãe, só vizinha.
Naquela noite, eu fui só desejo.
E me senti viva.
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