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Foi com surpresa que recebeu o reconhecimento da vitoriosa. Ele havia acabado de chegar e ela já conhecia sua fama? "Fama", se muito. Era algo controlado e particular do Distrito 7: o louco que fez de tudo para ser um tributo. Fez uma nota mental à respeito: se ela sabia, provavelmente os outros também sabiam, e as suas interpretações não eram algo que Conrad pudesse controlar. Encheu o peito de ar, pensando na resposta que daria à pergunta de Scylla. ' Só se conhecer você contar como nobre. Sempre quis saber se a lenda batia com a realidade ' a mediu com o olhar. Ela não tinha pose nenhuma de sanguinária. Era perturbador, mas atraente também. Alguma coisa na bebida daquele lugar já o deixava com as ideias estranhas. ' Tédio ' respondeu, por fim, sem grandes cerimônias para expor o óbvio. ' Você tinha alguma teoria mais interessante? '
a sensibilidade que cultivou do trauma é um quão apurada . manifesta pela percepção voraz de quando é observada ; ora , vivencie a sanguinolenta experiência de sobreviver à caça de vinte e uma pessoas . adquirir a percepção é um bônus justificável e , às vezes , um quão paranoico . que exige o mínimo de coesão e coerência ; afinal , é previsível que será observada e julgada tal qual os demais . a diferença é que agora detém de uma pequena vantagem : uma coleção inestimável de mortes e culpa . ❝ e você é o cara que se voluntariou . quanta coragem . ❞ burrice , gostaria de acrescentar . ❝ algum motivo nobre ? ou só estava ... entediado ? ❞ não contém o ímpeto de questionar em suave confidência , a projeção frágil de um sorriso sociável tangível a feição .
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Conrad retraiu a destra, olhando para o lado oposto de Autumn para liberar um suspiro contrariado. Quantas vezes já não havia escutado os motivos para ela não gostar do objetivo dele? E ele os entendia, entendia mesmo, só que não eram suficientes para barrá-lo. E durante todo esse tempo nunca tentou forçar a esposa a compreendê-lo. Se ela não quisesse apoiá-lo, era uma decisão dela, mas ele ainda era a própria pessoa e possuía esse foco mesmo antes de conhecê-la. ' Então torça por mim. Torça por Bex. Você conhece essas pessoas, sabe do que elas gostam. Nos ensine a fazer o que você fez na sua vez ' gesticulou, tentando conter os ânimos só de pensar em como as coisas se desenrolariam até que a hora da arena chegasse. Olhou sua mulher de volta quando ela confessou que precisava dele, e os olhos dele escancaravam que o sentimento era mútuo. Não resistiu em segurar a mão feminina que o tocava. ' E eu preciso de você aqui e agora. Comigo ' falou sério, isentando seu tom de emoção, para tentar transmitir o recado. ' Eu não quero voltar para ser o mesmo, Autumn. Nós já conversamos sobre isso '
se autumn fechasse os olhos por alguns segundos, os gritos voltavam a ecoar, violentos e desesperados como seus dias na arena, não importava quantos anos passassem, ela permanecia presa. " connie.... " a voz da vitoriosa parecia um sussurro, perdida num mundo próprio no qual apenas conrad parecia capaz de adentrar. " não é isso " autumn acreditava que o moreno poderia ganhar e ela daria seu máximo para ajudá-lo, mas, no fundo, ambos haviam perdido no instante que ele decidiu colocar o próprio nome no sorteio. " eu quero que você volte, preciso que volte " os olhos azuis observavam o rapaz, gentil, a mão de autumn parava sob o braço de conrad, dedos inquietos pressionando o tecido da camiseta deste. " mesmo que você volte, nunca vai ser o mesmo... " ela murmurou, consciente de que conrad não enxergava os olhos da mesma forma. " por quê? " por que você fez isso?
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Provavelmente, se estivesse no Distrito 7 e assistindo àquela cena em particular - a irmã de Scylla parecendo tão frágil, diminuta e ansiosa -, apostaria que ela seria a próxima vitoriosa. Era a mesma estratégia usada pela irmã mais velha, por que não replicar o que já funcionou antes? Mas ali, sentindo o que ela estava sentindo, Conrad não teve opção a não ser frear o pré-julgamento. Até porque seu cérebro nem estava em condições de formar um pensamento completo sem se perder. ' Não faço a mínima ideia ' se deu a liberdade para sentar no braço do sofá, mantendo alguma distância dela, mas perto o suficiente para engatar uma conversa. ' Achei curioso o que você disse. Só se deu conta do relógio agora? ' despontou um sorriso espontâneo. ' Sem deboche. É que eu já senti ele algumas vezes, quando me meti em algumas loucuras na vida '
starter aberto — no saguão principal.
durante o trajeto do distrito dez até a capital ela teve tempo o suficiente para aceitar que seu destino era aquele, que não poderia dizer nada para mudar o que já estava decidido e que, principalmente, não havia como voltar atrás — não sem prejudicar sua irmã. quando pisou no saguão não pode deixar de olhar ao redor. esperava algo mais… extravagante vindo da capital. mas, de certa forma, fazia sentido. por que gastariam recursos com vermes dos distritos? não se sentiu à vontade o suficiente para se sentar, mas não percebeu que talvez parecesse estranha estando de pé como um poste ao lado de um dos sofás. as mãos estavam unidas na frente do corpo, os dedos brincando entre si. “ parece que tem um relógio na minha cabeça contando os segundos pra minha morte. ” murmurou ao sentir a primeira presença. “ o que estamos esperando aqui? ”
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dearest @auctumns ,
' Amor, por favor... ' Conrad inspirou fundo ao finalmente sentar no sofá preto, usando o aperto no joelho de Autumn como âncora emocional para não fazer grandes demonstrações de consternação. Ele estava onde queria estar, isso era fato. Sua cara estampava sua vontade de dissecar tudo aquilo que estava vivendo. Da mesma maneira, era veemente que a esposa sentia o completo oposto. ' Da forma que você reage, parece que é o meu funeral. Você não acredita que eu posso ter uma chance de ganhar esses Jogos? ' beliscou o início da coxa dela, na tentativa de dobrá-la pelo menos momentâneamente. Desmontou o breve teatro para dizer, num tom ligeiramente mais baixo: ' Eu preciso acreditar que vou voltar, senão eu não consigo ir '
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dearest @scyllancaster ,
Estava ficando estranho. Encarar tanto aquela garota poderia ser mal interpretado, embora o semblante de Conrad expressasse mais algo como uma tentativa de realizar um cálculo matemático do que qualquer outra coisa que fosse, de fato, perturbadora. Foi apenas, porém, quando se tocou que estava sendo invasivo que se permitiu se aproximar da vitoriosa. ' Eu me lembro da sua edição... ' soprou, de cenho franzido. ' Scylla, não é? Panem's sweetheart '
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Por favor, aplausos para CONRAD SAWYER nosso representante do DISTRITO 7! Se não me falha a memória, essa graciosidade tem apenas 28 ANOS e vem se destacando desde que foi SORTEADO na Colheita, especialmente por sua habilidade com MACHADO e por ser AUDAZ e EGÓICO. A verdade é que toda Capital não vê a hora de descobrir o que esse rostinho angelical é capaz de fazer!
HABILIDADE: Machado - como lenhador do Distrito 7, Conrad aprendeu o ofício desde muito novo (até a sua primeira Colheita), então desenvolveu habilidade com o instrumento, tanto para trabalhar como para se defender.
HEADCANONS
As histórias de cada tributo variam. Uns são voluntários por glória, outros tomam o lugar de quem amam, e tem aqueles que parecem amaldiçoados. Entre eles, Conrad. Ele tinha 18 anos e estava envernizando o novo guarda-roupa do prefeito na oficina de carpintaria onde fazia bico para ganhar uma grana extra, somado ao trabalho de lenhador, quando seu grupo de amigos, uns seis rapazes tão grandes quanto ele, com idades entre dezoito a vinte anos, passaram na porta da oficina dizendo que pegariam quantos tesseraes fossem necessários para serem sorteados.
Conrad emitiu um sonoro “vão se foder”, mas, após a insistência, pensou um pouco, considerou, e concluiu “por que não?”. Ele não achava que seria sorteado mesmo, mas quando se coloca o próprio nome 89 vezes em um globo de vidro, as chances não ficam exatamente a seu favor. Acabou que Conrad não foi sorteado. E isso, embora fosse um milagre para sua mãe, foi motivo de uma estranha consternação no rapaz. Decepção.
Embora não precisassem da ajuda, sua família tirou proveito dos suprimentos que a impulsividade de Conrad lhe rendeu (e os demais oitenta e cinco habitantes do distrito também agradeceram). E em todos os anos ele fazia a mesma coisa: colocava seu nome cem, duzentas, trezentas vezes na Colheita, esperando ser anunciado como o tributo do Distrito 7. À essa altura, até o distrito torcia por ele, sabe? Ano após ano, o louco que queria pisar na arena não tinha seu nome tirado do famoso globo de vidro. Ele se recusava a se voluntariar. Parecia menos nobre, menos merecido. Além disso, estava fazendo um bem maior: cada tesserae equivale a um ano de alimentos para uma pessoa. A cada ano sua legião de alimentados aumentava.
Ele estava com vinte e oito anos, sua última chance de ir para a arena. Seu plano seria infalível: ele teria seu nome mil vezes na Colheita. E se ainda não fosse sorteado, seria voluntário. Que se foda. Não era pela glória, não era para ver a cara chapada do presidente ou as mulheres plastificadas da Capital. Ele precisava da arena como um viciado precisa da próxima dose. Para ver até onde aguentava antes de cair. Aí, quando finalmente teve seu nome emitido pela voz da Capital (sem precisar se voluntariar), anunciando-o como o tributo da centésima edição, alguma coisa rugiu dentro de si, pronto para se soltar.
TRIVIA
Conrad é casado com Autumn.
Tem a mania de carpinteiro de ficar checando móveis de madeira. Testa sua resistência, verifica de que tipo são, como foram feitos, quais materiais usam.
Dorme melhor em superfícies duras.
Tem algumas cicatrizes nas mãos da época que não usava luvas de trabalho.
O pulso esquerdo é frágil por ter quebrado uma vez aos 16 anos, quando caiu de uma árvore quando estava fugindo da surra do pai. Não aguenta muito peso com essa mão. No entanto, esse episódio deu a ele a oportunidade de aprender sobre como o hospital do distrito funcionava, e ele mesmo aprendeu várias coisas sobre saúde e primeiros socorros enquanto ficou se recuperando.
Não bebe álcool por conta própria, só o faz para acompanhar a companhia.
Conhece umas dez maneiras de fazer fogo.
Tem um bom repertório de sobrevivência, tanto por praticar táticas de sobrevivência sozinho nas florestas do distrito, quanto por assistir a várias edições dos Jogos.
Adora crianças, é super jeitoso com elas.
Tem uma maneira chula e direta de se expressar, o que pode dar a impressão que tudo é muito intenso para ele, mas é só o jeito que ele aprendeu a se comunicar dentro de casa e no Distrito 7.
VITORIOSO: Ewan Sawyer II, bisavô materno, 49ª Edição.
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