Uso o círculo de aqui para transpirar o que transborda. Não trato de novidades: só o velho me mostra o novo.
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Nara Leão - Fotografia (1971)
With Tuca on guitar, this version of Jobim’s bossa nova Fotografia is intimate and magical.
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Originally released in 1983 in former Yugoslavia, this album is a truly undiscovered gem of ethereal folk music. Pesmi combines the old traditional melodies of Eastern Europe and the Balkan States area with the lush and enchanting instrumentation of late ‘60s and early '70s folk with elements of progressive folk and singer/songwriter music from England and the USA. This results in a highly-mystifying and still easily folksy piece of exclusively acoustically instrumented music with haunting female vocals that seduce you with lyrics in their native tongue. Pesmi reminds of well-known artists like Pentangle and Fairport Convention, just with this very unique Eastern flavor and bigger emotional gestures in the melodies. An utterly picturesque musical experience. +
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Viajo para outros cantos com essa música. Arranjo misterioso, letra cujo sentido estende. É uma fusão doida. Nela me perco, nela me acho. Penso, às vezes, que encontro algumas ordens - todas sem sentido, ao final. Questiono vivências, sobretudo Esse Filme Que Passou, efêmero e pulsante, mórbido e alegre. Sexta-feira, um ano. Qual a minha moral?
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Novembro de 1973 — construção do acesso à Ponte Rio-Niterói, Niterói - RJ.
Início de uma história de revolta não reconhecida? Nela busco uma verdade que nunca terei nas mãos. Quem tem a dizer nunca dirá, quem talvez dissesse nunca esteve aqui. Me perco na versão que criei, sempre e sempre. Ainda que em mim respingue, essa revolta não é minha; esse passado nunca foi meu. Conjecturas que cada dia mais relego ao tempo.
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Dezembro de 2015 – Vitral da porta de entrada da Catedral de São João Batista, Caratinga - MG.
– – – – – – estrou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi – na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro.
Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser – se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele.
Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil! da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.
Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma ideia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A ideia que eu fazia de pessoa vinha da minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?
Não. Sei que ainda não estou sentindo livremente, que de novo penso porque tenho por objetivo achar – e que por segurança chamarei de achar o momento em que encontrar um meio de saída. Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de entrada? Oh, sei que entrei, sim. Mas assustei-me porque não sei para onde dá essa entrada. E nunca antes eu me havia deixado levar, a menos que soubesse para o quê.
Ontem no entanto perdi durante horas e horas a minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação a: ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que se for sendo? como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra – como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?
É uma desilusão. Mas desilusão de quê? se, sem ao menos sentir, eu mal devia estar tolerando minha organização apenas construída? Talvez desilusão seja o modo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque está desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça mais sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.
No entanto na infância as descobertas terão sido como num laboratório onde se acha o que se achar? Foi como adulto então que eu tive medo e criei a terceira perna? Mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando. As duas pernas que andam, sem mais a terceira que prende. E eu quero ser presa. Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Mas enquanto eu estava presa, estava contente? ou havia, e havia, aquela coisa sonsa e inquieta em minha feliz rotina prisioneira? ou havia, e havia, aquela coisa latejando, a que eu estava tão habituada que pensava que latejar era ser uma pessoa. É? também, também.
Fico tão assustada quando percebo que durante horas perdi minha formação humana. Não sei se terei uma outra para substituir a perdida. Sei que precisarei tomar cuidado para não usar sub-repticamente uma nova terceira perna que em mim renasce fácil como capim, e a essa perna protetora chamar de “uma verdade”.
A paixão segundo G.H.: Clarice Lispector
E me volto à Clarice porquanto sei que só ela pôde por em palavras esse meu fim.
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Encontrei Lucio Battisti enquanto passeava por um lugar antigo. Eu estava ali pela mera conveniência, que me fez, então, revisitá-lo. Desse reencontro, os mistérios binários se encarregaram do resto, me levando à Anima Latina, 1974, onde encontrei “Gli Uomini Celest”.
O pouco que me cabe em palavras talvez reflita o muito que sinto quando escuto: precisar não entender.
Eu dedicaria essa música a três pessoas.
Sinto a ligação de vários pedaços de vida que me fazem eu. Sempre passado e futuro, inseparáveis com suas lembranças, sonhos, angústias e inarticulações que se pouco vivi, ou nada, os revivo, e vivo, no agora.
Qualquer esforço que eu faça na intenção de encontrar uma razão é perdido. Vai no mesmo sentido de querer atribuir um rótulo para um som tão livre – e que me faz de maneira igual – sendo que me faltam todas as tecnicidades do mundo para isso. É o meu famoso reiterado esforço que descampa para ordens laterais; secundárias. E só cheguei aqui depois de tanto tentar: para perceber.
Ma se tu rifiuterai, di giocare all’attore, forse un libro scriverai, come libero autore. E tu forse parlerai, di orizzonti più vasti, dove uomini celesti portandoti dei figli, ti dirano: Scegli! Ben sapendo che ridendo tu, tu a loro ti unirai.
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