Um cantinho para se falar de arte, poesia, pesquisas e caminhos pela ciência... Sou estudioso de linguística aplicada e consultor acadêmico. Seja bem-vindo(a)!
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"Nas cordilheiras de um tal desamor, sem relógios talvez, seremos o refúgio eterno das idas e vindas de tantos beijos, de tantos suspiros, de tantas e tantas carícias perdidas na infinita sede de nossos carinhos que, quem sabe, seremos amantes das nuvens entre nossas alucinações."
(Do amor que foi... )
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"Para a vida que passa, embalsamada, recalcada em amores vãos, o que nos resta é descosturar pouco a pouco as ilusões tecidas pelas anos e nos entregarmos ao passo dorido de não esperar. Assim, numa tarde cinza empoeirada, poderemos quem sabe nos deixar caídos num beijo despretencioso de uma surpresa qualquer, para onde a vida não se conta no esquecimento, mas no escorrer de nossas paixões mais pueris."
(from a love that's gone!)
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"As mãos que fazem também parecem ter o ofício de ver, de sentir, parecem transportar muito mais do que apenas matéria. As mãos, como ponto primeiro da chegada de um corpo ao outro, são a mais harmoniosa das complexidades, e abrem-se como flores tanto quanto se fecham como pedras ou meninos a dormir. O trabalho das mãos é tão preciso quanto despreocupado, tão suave quanto agressivo, são para o bem e para o mal, completam e libertam. Pelas mãos se fez a humanidade. Se fechadas parecem conter a escuridão, abertas servem luz, transparecem nas palmas apenas o gesto, são apenas o gesto. E o gesto manifesta o código mais absoluto, o código desmascarado. Expor as mãos é como expor quem se é. Partilhar quem se é. Ser-se com os outros. Antes das palavras, antes do pensamento. Apenas o corpo e o primeiro lugar tangível de chegada ao outro. A exposição do Esgar Acelerado explica isso mesmo. A amplitude das mãos, ainda que por definição pareçam tão breves, tão definidas." (v.h.m)
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"Que é o macaco para o homem? Uma risada, ou dolorosa vergonha. Exatamente isso deve o homem ser para o super-homem: um risada, ou dolorosa vergonha. Fizestes o caminho do verme ao homem, e muito, em vós, ainda é verme. Outrora fostes macacos, e ainda agora o homem é mais macaco do que qualquer macaco" (NIETZSCHE, in Assim falou Zaratustra, af.3. Prólogo)
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O mar dos meus olhos
Há pessoas que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há pessoas que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e a existência humana
Há pessoas que são maré em noites de tardes...
e calma
(Adaptado de Sophia de Mello Breyner Andresen)
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"Um homem é mais homem pelas coisas que silencia do que pelas que diz. Vou silenciar muitas. Sabendo que não há causas vitoriosas, gosto das causas perdidas: elas exigem uma alma inteira, tanto na derrota quanto nas vitórias passageiras. Criar é viver duas vezes... Todos tentam imitar, repetir e recriar sua própria realidade. Sempre acabamos adquirindo o rosto das nossas verdades."
(Albert Camus)
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"há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém ver-te.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o
meu trabalho?
queres arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.
digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?"
(Charles Bukowski)
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"Talvez todos os dragões nas nossas vidas são princesas que estão apenas à espera de nos ver agir, apenas uma vez, com beleza e coragem. Talvez tudo aquilo que nos assusta é, na sua essência mais profunda, algo desamparado que quer o nosso amor."
Rainer Rilke
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"Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados. Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, mudam."
(Texto de Campanha da Apple, 1997)
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"Vivemos num tempo que se sente fabulosamente capaz de realizar, porém não sabe o que realizar. Domina todas as coisas, mas não é dono de si mesmo. Sente-se perdido na sua própria abundância. Com mais meios, mais saber, mais técnica do que nunca, afinal de contas o mundo actual vai como o mais infeliz que tenha havido: puramente à deriva." (Ortega y Gasset, in "A Rebelião das Massas")
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Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
Gibran Khalil Gibran
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"Amar é coragem. É lançar-se no abismo do Outro, aos incalculáveis enigmas da vida e da morte. Amar é também reconhecer o próprio desamparo. PrecisAR. Amar é acreditar que a vida, sob o prisma da diferença, pode ser mais bela e colorida. Mas não sem desafios e desilusões, pois amar é sim, lutar pelo que se ama."
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“Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos ‘sem querer’.”
Sigmund Freud
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“…quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder a intelectual.”
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"Amar é mudar a alma de casa",
é ter no outro, nosso pensamento.
Amar é ter coração que abrasa,
amar, é ter na vida um acalento.
Amar é ter alegria que extravasa,
amar é sentir-se no firmamento.
"Amar é mudar a alma de casa",
é ter no outro, nosso pensamento.
Amar, é aquilo que embasa,
é ter comprometimento.
Amar é, voar sem asa,
e porque amar é acolhimento,
"amar é mudar a alma de casa."
(Mario Quintana)
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romance
há que haver algum frisson
susto arrepio
pois ficar só por costume
igual o poste da esquina
é muito triste
vai amor
melhor assim
procura um olho d'água
uma fagulha um rastilho
algo que te arrebate
devolve-te à vertigem
* líria porto
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