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— Essa tranquilidade não combina muito com nossa rotina, querida…
Divagava em uma conversa com Bellatriz, minha Daemon, que passeava com suas cem patinhas em meu antebraço. Nossas conversas eram sempre algo parte de nosso cotidiano, a vida como espião sempre me fez levemente solitário e podia dizer que somente 2 ou 3 pessoas conheciam minha verdadeira personalidade e, até agora, nenhuma delas estava em Avalon.
Existe um mau agouro onde, quando falamos algo em voz alta, as probabilidades de uma versão reversa de nossa recém dita sentença se torne realidade… E céus, eu não poderia dizer que estava menos surpreso por aquilo acontecer. Os alarmes começaram com seu soar ensurdecedor, Bellatriz começou a rir e se recolher para dentro de minhas roupas. “Eu sabia que sua língua era poderosa, mas isso é demais, Vachi...”
Nem ao menos tive tempo de pensar em alguma resposta para a daemon que agora serpenteava para dentro de minha manga. Abri a janela de meu quarto e com minha relíquia em formato de garra já empunhada em mãos, desci por uma das paredes até chegar ao solo, usando a arma cravada contra a parede para diminuir a velocidade da queda. Aquela sensação em meu peito… Aquela aura de destruição, a própria satisfação que Mammon quase deixava transparecer por minha pele… Cada poro, cada pelo de meu braço se arrepiava. Avalon era rodeada por uma série de sensações, cada uma delas fazendo a marca em meu peito pulsar...
Morte. Caos. Sangue. Destruição. Yuna… Yuna?!
Em uma direção oposta de onde eu me localizava, pude sentir a presença dos poderes da garota e como aquilo não me deixaria curioso, afinal pude escutar alguns alunos desesperados correndo em prantos. “Um dragão de água” eles diziam… É, minha dolce Yuna só poderia estar envolvida. Minhas pernas, infelizmente, conseguiram dar poucos passos na direção de onde eu sentia que a garota estava… Pois uma nova presença, cruel e sanguinária, se fez presente próxima de mim. Ao passar por alguns prédios vi um demônio em combate com o que parecia ser a Srta. Hyuna e o infantil Suho. Subitamente, um golpe atinge a donzela e parece deixá-la machucada. Suho parte para o ataque e decido somente assistir o que acontecia de uma distância segura.
— Bater em mulheres, mio caro? Que covardia… Poderia ter sido Suho, iria me fazer um favor…
Acabei por rir sozinho, mas o garoto foi um tanto perspicaz e conseguiu realizar uma série de ações para sair do local com a donzela. Estavam seguros… Mas antes mesmo que pudesse voltar para ver o que acontecia com Yuna, vi uma estranha movimentação e não me surpreendo ao ver que outro ser tentava incitar o caos. Um homem lançava labaredas de fogo, fazia todos próximo a si entrarem em prantos… Interessante, mas senti uma presença familiar naquele homem com vestimentas um tanto… Inadequadas. Mal tive o tempo para raciocinar a situação. Wangji, o chinês intrometido que me flagrou no labirinto dias atrás, e Hyunjae deram um jeito rápido de conter as ações do homem que, após voltar para sua forma original, revelou ser Lune. Quanto poder dentro de uma única pessoa… Não pude fazer nada além de esboçar um sorriso, extremamente satisfeito pelo privilégio de ter presenciado algo como aquilo.
— Affascinante, dolce Lune… Affascinante.
Percebi uma movimentação estranha na direção para onde o demônio que enfrentou Hyuna e Suho havia ido, decidi acompanhar um grupo que ia naquela direção. Kyo, Lauan, Nava e Dara tentaram rastrear para onde aquele monstro havia ido… Infelizmente, não pude fazer nada para colaborar com suas ações mas todos utilizaram suas habilidades para tentar detectar onde o demônio estava.
Kyo de alguma forma sentia que a presença do demônio estava próxima, mas não com a precisão necessária para que soubesse onde ele se localizava. Lauan pareceu conversar com uma árvore que então indicou a distância para onde o demônio poderia ter ido, mas não era o suficiente… Por fim, a doutora Dara levantou voo para ter uma visão privilegiada e finalmente enxergou onde o demônio estava. Todos fizeram sua parte, mas Nava… O fato de eu e ele sermos os únicos a não colaborar para aquela detecção já era algo ruim, mas eu ser colocando no mesmo nível de “inutilidade” que o homem que tentava fazer “piadas naquela situação mais séria… Me deixou com certo desgosto. Não perdi tempo para reclamações ou qualquer tipo de fala, segui com o grupo na direção que deveríamos ir.
Fomos recebidos, como de praxe, de forma bem agressiva pelo demônio. Saint se juntou ao combate, todos ativaram suas relíquias e passaram a usar os poderes tanto de forma ofensiva como defensiva, mas o problema era… Qual era o objetivo ali? Precisávamos bolar um plano. Atacar um demônio já enraivecido não ajudará em nada, e será só questão de tempo até ele começar a pegar um por um. Recuei e passei a analisar a situação, tentando ver como cada um conseguia usar seus poderes e habilidades… Era um quebra-cabeça. Cada peça possuía seu devido lugar e alguém precisava mostrar como encaixá-las… Mas não encaixavam. Algo faltava, e para um italiano espião viciado em quebra-cabeças e estratégias, aquilo começou a se tornar extremamente frustrante… até que Wangji apareceu.
Ele era a peça que faltava. As informações começaram a se encaixar em minha frente quase como uma ordem. Os números começaram a flutuar, as probabilidades e estatísticas estavam bem à minha frente… Teríamos somente uma chance.
— Certo, me escutem!! Não vamos ter tempo para rever esse plano mais de uma vez. Wangji, abra um buraco no chão, o mais fundo que conseguir. Lauan e Nava, vocês precisarão conter os movimentos dele. Usem as raízes do solo e as correntes, não poupem esforços. Doutora… Tente… Acho que… Fazer ele se mover menos também... de alguma forma. Saint, você vem comigo. Precisamos apagar esse desgraçado. Prontos…? AGORA!!
A ação foi precisa, os eventos se encadearam um atrás do outro. A geocinese de Wang fez seu trabalho, as amarras com correntes e raízes de Lauan e Nava pareciam deixar o demônio angustiado pela limitação de seus movimentos. Não sei dizer exatamente o que a doutora Dara fez, mas de certa forma parecia que o monstro estava pesado e se esforçando muito mais para se movimentar. Tínhamos pouco tempo agora. Saínt e eu saltamos dentro do local onde o demônio estava contido, e enquanto Saint acalmava a criatura de alguma forma, aproveitei um pequeno corte feito nas costas do demônio para que, em contato com minha mão, eu pudesse sugar sua vitalidade.
Enquanto sentia sua força vital entrar em meu corpo, conseguia ver o quanto o demônio parecia perder as forças… Até por fim cair. Missão cumprida. Saí do buraco e pude ver Wangji deixando o local, me fazendo rir sozinho enquanto ajeitava minhas mãos nos bolsos e ia para outro lado, tentando buscar informações do que havia acontecido com Yuna. De qualquer forma, todo aquele caos poderia ter causado muitos outros estragos e, certamente eu adoraria ver a quantidade de mortos e feridos… Mas eu ainda precisava de Avalon. Ainda precisava me tornar forte e, principalmente, das informações que estavam lá.
Hoje, contribuí para salvar vidas… Espero que Mammon entenda que estou salvando somente o suficiente para salvar a mim mesmo pois por mim… São todos peões em um grande tabuleiro de peças descartáveis… Até que se tornem úteis. Espero que Avalon continue me mostrando seus segredos… Pois garanto que ainda tenho muito para descobrir.
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— 12/05 —
Por mais que goste de me vangloriar por minha experiência e minha aptidão estratégica precoce, eu seria um tolo em afirmar que minhas habilidades de combate estavam tão afiadas quanto antigamente. Já faz alguns meses, quase um ano, desde que estive em um combate direto e isso certamente iria me trazer problemas caso a necessidade de entrar em ação surgisse. De fato, é algo preocupante. Porém, após uma breve conversa com o Sr. Yuhan decidimos realizar um pequeno duelo, um treino em conjunto para quebrar o tédio e também medirmos como estavam nossas habilidades.
...14h25...
Já o aguardava dentro da sala de treinos que tive poucas chances de conhecer com mais cuidado. Enviei uma mensagem para confirmar sua presença e assim que Yuhan apareceu no local, trocamos breves palavras durante o alongamento e logo que ambos pareciam preparados, iniciamos o duelo. Yuhan em um primeiro momento apresentou sua belíssima relíquia que de uma corrente se transformou em uma adaga e após alguns passos avançou em minha direção. Perfeito.
Era de praxe que eu deixasse que ele tomasse a iniciativa dos ataques sem sequer bloquear qualquer um deles. Era um momento em que eu deveria observar meu adversário, então me limitei a somente desviar de seus golpes, sem deixar que sua adaga me tocasse. Yuhan possuía um ritmo único e assim que analisei melhor o conjunto que suas pernas e braços faziam em cada movimento, parti para minha primeira ação ofensiva. Ativando a tatuagem de Mammon em meu peito, aquele líquido simbionte desceu por meu braço até chegar em minha destra, se enrolando em cada um de meus dedos até formar gigantes garras que aumentavam consideravelmente o alcance de qualquer um de meus ataques.
Os ataques com a adaga de Yuhan eram rápidos e precisos, quase cirúrgicos. Mas as investidas com minhas garras rapidamente o colocaram em uma posição defensiva onde sempre que um golpe chegava perto de lhe atingir era impedido por uma camada grossa de metal que cobria sua pele. A batalha se tornou mais frenética, ambos estávamos conseguindo trocar golpes em um ritmo extremamente acelerado e agora estratégia nenhuma seria útil pois o tempo que levaria para pensar em algo já era o mesmo tempo em que um novo golpe surgia. O que Yuhan não esperava era o segredo por trás de minhas garras.
Cada golpe que atingia sua pele (sendo de metal ou não) retirava um pouco de sua vitalidade e o deixava claramente cansado. Era visível o quanto ele estava ficando ofegante após defender uma série de investidas que foram defendidas com sucesso. Era uma questão de tempo até que ele mostrasse uma abertura e, no instante em que um passo para trás fez com que ele perdesse o equilíbrio, coloquei toda a força que ainda possuía em meus pés em uma vestida rápida para tentar acabar com o combate naquele instante… Porém Yuhan ainda tinha uma carta na manga.
Devo admitir, fiquei surpreso ao ficar praticamente imobilizado com as espadas de metal ao meu redor, me impedindo de executar qualquer ação sem que me machucasse. Ainda que claramente o duelo estivesse perdido para mim, não pude evitar de esboçar um largo sorriso logo após recolher minha relíquia. “Affascinante, mio caro”, disse antes de lhe oferecer a mão que antes continha as garras para um cumprimento. Quando ambas as mãos se apertaram, as armas flutuaram em direção ao arsenal de onde foram retiradas. Assim que o treino se encerrou, Yuhan me convidou para beber algo e… Ora, após um treino como este, seria falta de cordialidade de minha parte recusar, não é? Bebemos e relaxamos entre conversas e risadas. Esse treino sem sombra de dúvidas respondeu muitas perguntas que pairavam em minha mente.
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Unfriendly meeting
TW: esse pov contém cenas de tortura, psicopatia, menção a insetos (centopeia)
Duas semanas. Esse era o tempo que esta maldita sensação de estar sendo observado me seguia... E pelo visto não só a sensação. Eu tinha certeza que alguém estava acompanhando meus movimentos e, sendo sincero, não saberia dizer o que me fazia rir mais: O azar daquele que me observava em tentar seguir justo eu, o comandante das forças de espionagem italianas, ou a oportunidade de “brincar” um pouco com minha presa.
Tentar espionar outro espião sem ter certeza e confiança em suas capacidades é, no mínimo, uma burrice sem tamanho. Só precisava pensar na oportunidade perfeita para abordar aquele “vulto” nada discreto… Era até fofo, não posso negar.
O plano já estava em ação. Tirei a noite daquele dia para entrar no submundo, mais especificamente no Labirinto. Um espião de fora certamente iria acabar se perdendo entre uma entrada e outra, o que me deixaria com muitas oportunidades para o ataque. A ação toda levou meros 10 minutos. Encontrei uma parte mais isolada do grande complexo de paredes e túneis e assim que escutei passos escondi tanto minha presença quanto minha intenção assassina, mas não conseguia esconder uma única coisa… Minha vontade de acabar com aquela vida que se aproximava.
Logo que o espião se aproximou o suficiente, um homem que talvez fosse um pouco mais velho que eu, ativei minha relíquia que em seu formato quase simbiótico se estendeu pelo comprimento de cada um de meus dedos, se transformando em grandes garras negras e afiadas. Estava pronto. Fiz questão de realizar um único ataque furtivo em suas costas, deixando três marcas de corte, limpos e precisos, quase cirúrgicos. Pronto. As condições e preparativos para a ativação de meus poderes estavam todos prontos.
No instante em que minhas mãos tocam alguém, essa pessoa recebe a Marca de Mammon, um pentagrama que fica marcado em sua pele. Essa marca conecta o corpo do alvo ao meu e me permite utilizar alguns de meus poderes… E aí a diversão começa.
Em um primeiro momento, usei o Aspecto da Possessão e ao apontar minha destra na direção do homem, seu corpo foi repelido em alta velocidade em direção a uma parede, como se um forte tufão lhe jogasse longe. O impacto do corpo contra a estrutura rochosa só não foi mais satisfatório do que o som de suas costelas se quebrando… Ah, música para meus ouvidos.
Ainda usando o Aspecto da Possessão, minha canhota realizou o trabalho reverso: Ao invés de repelir, atraiu o corpo que estava a 4 metros de distância. Seu pescoço veio voando em direção a minha mão como se fosse atraído por um imã e, ao sentir sua pele tocar meus dedos, passei a apertar o pescoço com toda a força que minha relíquia me concedia. Nada poderia ser mais deliciosamente satisfatório do que a visão do homem implorando pelo ar que não chegava ao seu pulmão... sua respiração cada vez mais comprometida.
— Não se preocupe, mio caro… Vamos ter uma conversa logo logo, mas antes preciso garantir que você se arrependa de ter me seguido.
Repeli seu corpo novamente utilizando os poderes, dessa vez arremessando-o contra uma parede mais frágil que se quebrou com o impacto, fazendo o corpo atravessar para dentro de um pequeno espaço mais “reservado”, mas ainda rodeado por paredes. Acompanhei o homem e andei em sua direção, vendo seu corpo no chão e voltando minha mão até seu pescoço e erguendo-o para então deixá-lo pressionado contra a parede. Agora, era o momento de ver a vida se esvaindo de seu corpo… Então me permiti utilizar o Aspecto da Vida, mais conhecido por algumas vítimas que sobreviveram aos meus ataques (infelizmente) como “falso vampirismo”.
Era engraçado como os vampiros eram capazes de executar algo parecido com aquilo, mas utilizando suas presas e sugando sangue através de seus lábios. Para mim, um mero contato com o sangue de meu alvo pela ponta de meus dedos e pronto, nada além do toque de minhas mãos nuas no corpo era necessário. Um toque que suga a vida. Era possível ver a pele do homem ficando mais fina, quase como se ele estivesse definhando, seu corpo emagrecendo lentamente, os nutrientes de seu corpo sendo convertidos em força vital que me preenchiam… Eu parecia estar com o vigor de um atleta... Ah, que visão satisfatória. Um sorriso de orelha a orelha entregava o quanto eu me divertia com aquilo.
— Certo, que tal termos uma conversinha agora? Ah, mas antes disso…
Céus, quase me esqueço do detalhe mais importante. Perdoem minha falta de delicadeza em explicar os processos de um espião, queridos leitores. Sabem, eu possuo um procedimento padrão durante interrogatórios “furtivos” como esse. Se alguém aparecer para me atrapalhar, é sempre bom ter uma boa explicação para o que eu estava fazendo, não é? Não é qualquer tolo que acredita nas palavras de alguém que está sugando a vida de alguém contra a parede, quase mumificando uma vítima.
Dito isso, peguei o celular do desgraçado em minhas mãos, abri seus registros de áudio e usando meus poderes de ilusão concedidos por Loki, pude reproduzir a voz do homem em todos os seus detalhes, como se cada palavra saísse de seus próprios lábios. Então, forjei um áudio em seu celular que supostamente entregava que o homem estava me seguindo, falando seus planos, seus relatórios… Todas mentiras forjadas naquele momento, mas seriam o suficiente para dar conta do problema.
— Prontinho… Agora, onde estávamos? Ah sim… O que você sabe? Me conte tudo enquanto ainda tem vida no seu corpo.
Apertei seu pescoço com força novamente e cada vez que ele resistia em falar voltava a sugar sua vitalidade, rindo da expressão de pavor que assumia cada detalhe das rugas que surgiam em seu rosto que agora parecia de um homem de 60 anos. Infelizmente, escutei um som vindo próximo de um dos corredores que levavam até onde eu interrogava aquele péssimo espião. Droga… A diversão mal havia começado...
— Parece que temos companhia…
Nosso visitante intrometido, que se revelou já empunhando um bastão e pronto para algum tipo de combate, parecia bem irritado para alguém que somente pegou alguém de surpresa. Mesmo assim, mantive um sorriso em meu rosto enquanto tentava prever qual seria seu próximo movimento (sem muito sucesso). “Que porra você tá fazendo?” o suposto visitante disse... Ótimo, parece que ele não viu o suficiente para que eu precisasse ter trabalho com mais um corpo naquela noite. Mesmo assim, eu possivelmente estaria em grande desvantagem se entrasse em combate naquele local, fechado e sem o elemento surpresa ao meu lado. Dito isso, soltei o corpo do homem, que então caiu em meus pés e analisei que minha melhor opção era partir para a prova forjada que havia feito: o áudio falso no celular.
— É normal que pestes e pragas sejam eliminadas quando são encontradas, não é? Nesse caso, mio caro, esse homem vem me seguindo a dias e tive o prazer de pegá-lo antes que algo acontecesse. Estava tentando tirar algumas informações, nada além disso. Mas tudo o que consegui foi um áudio no celular dele relatando que estava me seguindo. Pode conferir se quiser.
Eu já estava irritado o suficiente por não poder terminar meu trabalho e não poderia descontar no garoto que atrapalhava minha “brincadeira”... Um infeliz empecilho. Mas por que não descontar em quem já estava claramente ferido, não é? Um chute com toda minha força foi o suficiente para jogar o corpo do homem aos pés do chinês. “Tirando informações, hm? A forma como você tira informações é um tanto questionável. Ele está vivo?”
Assim que ele tirou todas as suas conclusões e caiu em minha prova forjada, suas perguntas estúpidas só me deixavam com mais vontade de saciar a sede de sangue que ainda estava presente em meu ser… Sede essa interrompida por esse maldito intrometido. Mas já tive problemas o suficientes para hoje… Melhor deixar tudo de lado.
— Não questione meus métodos e eu não questiono o quão suspeito é você ter me seguido também, mio caro.
Quando fui questionado sobre a vida presente no corpo do homem, deixei um grande pisão em seu rosto, e o resmungo saindo por seus lábios indicava que ele ainda tinha vida o suficiente para falar. Uma decepção e tanto. Se todo o meu trabalho tivesse sido concluído, seu corpo agora estaria semelhante ao de uma múmia, sua pele contornaria perfeitamente cada osso ainda presente dentro de seu corpo… Que lástima não ter aquela visão.
— Pelo visto, sim. Eu pretendo levar ele até os seguranças e garantir que sofra o resto das consequências que eu não tive tempo de aplicar. Quanto a você, melhor não ir junto. Imagine o quão suspeito seria ver dois alunos saindo do labirinto com um corpo.
Em minha cabeça, passei a bolar mil e uma maneiras de sair daquela situação sem qualquer trabalho extra, e parecia que o destino estava ao meu favor. Não demorou muito para que, para nossa sorte (ou não), novos passos pudessem ser escutados vindo até nossa direção. Claramente, eu poderia utilizar esse chinês intrometido para livrar minha pele… Ou poderia incriminar ele… Não, não havia tempo. O corpo ainda apresentava muitos sinais que consequentemente levariam até mim… Não existe outro jeito de escapar disso. Lamentavelmente, precisarei que ele coopere comigo.
— Isso vai terminar muito mal para os dois se não agirmos rápido, então espero que siga minha estratégia. Você vai distrair seja lá quem estiver vindo enquanto eu tiro esse verme daqui.
Ele não parecia ser burro, mas claramente demonstrou ainda ter perguntas e questionamentos sobre toda a situação… Não iria dar oportunidade para que ele continuasse com qualquer questionamento. Não ia perder tempo com detalhes, as instruções eram claras e o perigo de sermos descobertos se agravava cada vez mais. Ele sabia o que deveria fazer e eu também. Pouco me importei com o que ele faria para livrar nossas peles, me ative em arrastar o corpo labirinto adentro o mais rápido que pude até ter certeza que ninguém iria nos encontrar… Nem mesmo o chinês intrometido
“Você… Vai mesmo me entregar para Avalon…?”
Foi o que escutei do homem ofegante ainda com consciência. Ah, queria poder emoldurar meu sorriso naquele momento. Eternizar o quanto aquela súplica pela vida colocou nos olhos do homem um brilho de esperança… Como se ele preferisse ser entregue para Avalon do que estar em minhas mãos. Meus amigos… Meu sorriso nunca poderia ser mais sincero do que naquele momento.
— Ah, mio caro… Queria poder dizer para você que sim. Mas não possuo o desejo de lhe trazer conforto algum que não seja o da morte.
Ele teve suas últimas palavras e ouviu as minhas… Antes que minhas garras aparecessem novamente para perfurar seu crânio. Então houve silêncio… Ou quase isso. O som do osso sendo perfurado por algo afiado, o sangue se espalhando pelas paredes próximas de seu corpo. Nada além disso. Ainda sim, foi triste precisar acabar com ele daquela forma… Nem estava perto do quanto ainda poderia ter me divertido com aquele desgraçado, mas aquilo teria que bastar.
Provavelmente levariam semanas para achar aquele corpo dentro do labirinto e até lá haveriam poucas ou nenhuma evidência que pudessem me conectar a ele. Fiz os preparativos para dificultar mais ainda a detecção do corpo e, em minha experiência como espião, eu era ótimo nisso, modéstia à parte. Deixei o Labirinto por outra entrada da Loraj e voltei até meus aposentos. Já em minha cama, Bellatriz me criticava com coisas como “Deus deve ter repulsa de você” mas falando quase como um elogio. Minha daemon agora passeava em meus braços, de forma muito mais “amigável” do que uma centopeia geralmente andaria. Ela gostava de fazer aqueles comentários ácidos e sempre me arrancava boas risadas. Minha resposta foi, além de uma grande afirmação… Uma certeza.
— Deus pode acumular quanto desgosto ele quiser… Não é a ele que devo causar orgulho. Eu só estou começando, dolce Bella… Só estou começando.
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O TESTE
- 06 de Maio, 21h46 — Labirinto -
O ar gelado que corria por cada travessa daquele gigante complexo de corredores em uma perdição simétrica quase satisfatória combinava completamente com todos os boatos que eu havia escutado sobre o lugar. Aguardava Yuna que, inocentemente, havia caído em minha chantagem e era agora uma marionete perfeita em minhas mãos, mais uma vítima de meus planos repletos de ganância. Os passos ecoaram pelos corredores próximos à parede onde me recostava, aguardando. A silhueta feminina de Yuna pôde ser vista em seguida entrando no local e ela não parecia com medo ou sequer nervosa, mas era claro o quanto não estava com sua guarda baixa. A percepção desta não-demonstração de fraqueza por parte de Yuna fez com que eu sorrisse de canto para ela.
— Ora, dolce Yuna… É assim que vai me cumprimentar toda vez que nos encontrarmos? Assim vai acabar partindo meu coração… Se houvesse algum aqui dentro.
Ri soprado e em seguida me afastei da parede, caminhando em direção à garota vendo que rapidamente sua postura havia se normalizado e, por fim, recebi o tratamento que havia imposto para a bibliotecária. Escutar o “Senhor Gianni” era como música para meus ouvidos e sempre me lembrava da autoridade que a dádiva de Lord Mammon havia me concedido. Era como dar açúcar para alguém viciado em doces: o alimento perfeito para a minha ganância.
— Melhor assim... Agora, vamos relembrar o que viemos fazer aqui. Eu preciso que me mostre, sem esconder nada, a extensão de seus poderes. Preciso saber o que consegue fazer, e o quão bem consegue.
Yuna parecia desconfortável, mas ao mesmo tempo aceitou cumprir com o combinado. Porém, eu possuía planos muito mais cruéis do que ela poderia prever. Quando ela ergueu o braço para realizar algo, rapidamente a segurei pelo pulso e esbocei uma expressão mais séria.
— Espere… Acha mesmo que é assim que poderei ver o que consegue fazer? Ingenuidade sua, uma vez mais, dolce Yuna. Eu trouxe algo que irá facilitar a minha… “análise”.
Foi somente quando parei de falar que Yuna viu atrás de mim o corpo amarrado, se debatendo, com cordas em volta impedindo qualquer movimento e uma fita cobrindo sua boca. A expressão no rosto da garota era algo que, definitivamente, me entreteu mais do que gosto de admitir.
— Você vai testar suas habilidades nele. Sem reclamações, sem perguntas. Só faça o que combinamos.
Yuna claramente demonstrou resistência e se recusou a realizar meu pedido naquele momento. Ela parecia pronta para dar as costas e ir embora. Tive que apelar um pouco e relembrar a situação em que se encontrava, utilizando meus poderes para imitar a própria voz da bibliotecária.
— “Eu admito… O corpo que foi encontrado no centro de Avalon junto com aquele diário… Ambos pertencem a mim. Aceito qualquer punição”... Será que alguém escutar isso pelos corredores não lhe traria problemas, dolce Yuna? E além disso… Virei de costas para a garota e me aproximei do corpo no chão. A expressão apavorada do homem amarrado só não foi melhor do que os olhos arregalados quando abri um corte fino e preciso, quase cirúrgico na lateral de seu pescoço. Quase que instantaneamente, me virei para Yuna e seu semblante e toda a postura anterior haviam mudado.
— Sei que você tem um problema com sangue… Então, pretende cooperar agora? Ou precisarei deixar o sangue ainda mais perto de você? Ao terminar aquela frase, ergui a ponta de meu dedo contendo o sangue do homem em minhas mãos. Ele ainda estava vivo e bem consciente, afinal o corte era somente superficial. Ainda precisava dele vivo para avaliar os estragos dos poderes de Yuna em uma pessoa. Sua súbita mudança de personalidade na presença do sangue era o que mais me fascinava… Ela seria muito mais útil do que eu havia previsto.
Yuna parecia um animal e devo admitir que, com aquele olhar, eu mesmo me senti uma presa. Por mais que fosse extremamente divertido testar os limites dela eu tinha plena noção que em um local fechado como aquele eu estava em completa desvantagem, então deixei que ela sentisse o quanto estava no controle naquele momento. Aquele lado de Yuna era mais fascinante do que eu poderia ter prevista, os poderes de gelo junto com a voracidade da garota em relação ao sangue, sua intenção assassina à flor da pele me deixando com todos os meus 5 sentidos em alerta… Aquilo era poderoso… E uma arma perfeita em minhas mãos.
Após o fim da exibição de seus poderes me aproximei e como sempre, rindo de forma quase sádica, observei cada detalhe da expressão de Yuna, por mais irritada que ela parecesse. Quantas coisas aqueles poderes não poderiam conseguir para mim dentro das paredes de Avalon? As possibilidades eram quase infinitas. Por fim, dispensei Yuna e pedi que ela não se preocupasse com o corpo quase sem vida do homem. Ele era um informante que estava prestes a entregar a localização de um grupo de reféns a uma organização criminosa. Ele deveria agradecer por ainda estar vivo e tenho certeza que depois de hoje ele vai prezar muito mais pela própria vida e deixar de se meter em assuntos tão complicados.
O acordo foi cumprido e tanto eu quanto Yuna voltamos aos nossos afazeres. Ela deveria aguardar novas ordens e eu… Bem, agora precisaria pensar muito no que fazer. Cautelosamente, pensar cada movimento que faria… Tais como as pequenas patinhas de Bellatriz. Minha ganância era insaciável, sim… Mas nunca maior do que minha paciência para conseguir aquilo que almejava. Lord Mammon… Nunca serei grato o suficiente por ter me concedido tais poderes.
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O Nascimento da Besta Italiana. (1/3)
TW: Esse texto contém menções a acontecimentos envolvendo “desprezo familiar”, caso isso seja um trigger para alguém.
— Capítulo 1 — Luzes e decepções —
A chuva em Avalon sempre me deixava nostálgico. O cheiro da grama molhada atingia meus sentidos e trazia em minha memória um passado que, por escolha própria, eu decidi enterrar. Enterrar tão fundo que nem mesmo piratas escondendo seus tesouros poderiam encontrar… Ou poderiam, mas iriam sobrepor com suas próprias fortunas e apenas iriam esconder mais ainda aquilo que eu tanto tentava ocultar. Afinal, que valor poderia existir no passado enterrado de alguém cuja vida inteira sempre foi repleta de mentiras e desilusões?
Somente quando abri a gaveta da escrivaninha próxima de minha cama que dei de cara com aquele maldito item, que nem ao menos me recordava do porque insistia tanto em guardar e não queimá-lo… Principalmente por conta de todas as memórias que vinham até minha mente somente ao tocar nos detalhes esculpidos daquela pequena joia.
- 14 de Maio de 2004 — Basílica de São Pedro, Cidade do Vaticano
Eu corria, corria, corria… Era o que fazia quase diariamente desde que havia completado meus sete anos. A ansiedade sempre preenchia meu peito, junto com uma sensação de euforia que se misturava com felicidade e medo. Um medo do desconhecido que, por incrível que pareça, era deliciosamente divertido. Minha curiosidade por não saber o que me aguardava após tudo aquilo somente aguçava tudo o que se passava em meu coração. Toda minha criação dentro das paredes da Basílica de São Pedro se deu para esse momento em particular: A visita de meu “patrono”. Tanto o Papa quanto qualquer um dos servos de Deus presentes no Vaticano não faziam ideia de qual ser iluminado viria para me abençoar, mas a mesma euforia e curiosidade que me acometiam também tomava o coração de cada um deles. Todos diziam que eu era um menino promissor e eu me esforçava muito para atingir essas expectativas.
Bellatriz, minha daemon, passava boa parte de seu tempo na forma de uma belíssima coruja branca, e todos já tinham a certeza de que aquela seria sua forma final. Salvo algumas situações onde ela se transformava em um pequeno hamster para dormir em meu travesseiro, a forma alada era sua favorita. Ela também gostava de ressaltar o quanto eu tinha um futuro belíssimo pela frente, e o Papa sempre fazia questão de relembrar o quanto eu fui abençoado por ter sido acolhido naquele local e desde sempre eu tentava compensar essa dádiva que Deus havia me concedido.
Sempre que conseguia cumprir uma tarefa, o Papa tinha esse jeito caridoso de acariciar os fios no topo de minha cabeça… “Você é um bom menino, Mirio”. Aquilo significava o mundo para mim. Tudo o que fazia tinha o intuito de tentar trazer orgulho para aquele homem que arranjava tempo dentro de todos os seus afazeres para me ensinar tudo o que podia sobre o mundo, sobre Deus, sobre a humanidade. Ele parecia um homem tão… Puro, tão bom. Eu queria ser como ele… Eu precisava ser como ele. E sei que ele também queria isso, afinal escutei a Srta. Bianca falar que eu daria um ótimo Papa se continuasse assim, então eu faria tudo dentro dos meus limites para isso acontecer! Desistir era algo que não estava dentro dos meus planos… Mas aparentemente estava nos planos de Deus.
Eram 9h da manhã. Eu escutava passos, correndo tanto quanto eu corria pelos corredores naquele mesmo horário, mas não eram meus… Não era um correr feliz, um correr de um garoto brincando pelos labirintos da Basílica. Não, era um correr apressado, quase desesperado. Rapidamente saí da cama e fui para os corredores, indo até o salão principal da Basílica, onde o Papa recebia seus visitantes e eu só lembro de ver algo que eu sabia que iria marcar minha visão para sempre: O Papa, de joelhos. Ele se ajoelhava em total submissão a um ponto de luz luminoso no meio daquele salão. “Um anjo”, “Deus está aqui”, “louvado seja o Senhor”, eram muitas as afirmações, e todas estavam certas. De alguma forma, aquilo era um sinal do divino. Eu ainda me mantinha paralisado perante aquela visão, mas foi somente quando o ponto de luz flutuou em minha direção que eu percebi o que iria acontecer. Meu patrono estava ali, eu tinha certeza. Apesar de ser um tanto fora dos padrões que o Papa havia descrito onde eu “teria um sonho ou visão”, eu estava pronto. Eu passei todos os anos de minha criação me preparando para aquele momento… Mas as palavras do suposto anjo não atingiram nenhuma expectativa.
“Você possui uma escuridão oculta em sua alma...Uma ganância terrível, que trará sofrimento àqueles ao seu redor. A luz nunca tocará seu coração, assim como os Deuses da luz nunca lhe darão sua benção.”
::TW: desprezo familiar::
Aquelas foram as únicas palavras do ponto luminoso. Ele desapareceu tão rápido quanto o baque que atingiu meu peito. Então quer dizer que… Eu não terei um patrono? Todo o meu preparo foi para nada?! Isso não pode ser possível, deve ter algo errado. “Sr. Francesco, o que o ser da luz quis dizer com aqu-”... O som estalado seguido da ardência em meu rosto foram a resposta para algo que nem ao menos pude terminar de perguntar. A mesma mão que antes me elogiava por cada tarefa cumprida com perfeição agora desferiu um tapa que, junto com o gosto ferroso em minha boca, trazia também um gosto repleto de amargura e decepção. O olhar que o Papa direcionava até mim era quase palpável: Nojo, desprezo. “Tirem esse impuro da minha frente”. Enquanto a Srta. Bianca segurava meu braço e me levava até meu quarto sem que eu sequer demonstrasse resistência, eu simplesmente pensava: Por que?
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Eu não fui um bom servo de Deus? Não demonstrei toda minha dedicação? Meu potencial? Eu não entendo… EU NUNCA VOU ENTENDER!! Isso não faz sentido… Eu estava destinado a coisas grandiosas e agora praticamente sei que Deus não me quer e, aparentemente, o Papa também não. Não mais. Minhas chances de ser alguém parecem ter acabado.
Mas na ausência da luz as trevas sempre prevalecem… E foi nessa escuridão que encontrei novamente uma razão para viver.
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“Dixit ei Iesus ego sum resurrectio et vita qui credit in me et si mortuus fuerit vivet, et omnis qui vivit et credit in me non morietur in aeternum credis hoc?” — João 11:25-26
— 24 de abril, 15:35
Um velório? Não, grazie, mas por mais triste que seja a situação e eu reconheça a necessidade de prestar as condolências aos familiares e presentes (mesmo que por puro capricho, afinal, não guardo tais sentimentos comigo) ainda preciso me estabelecer adequadamente e definir rigidamente meus objetivos em Avalon.
Mesmo não sendo o único a permanecer aqui e não ir até São Tomé e Príncipe, me agrada e muito ver os corredores vazios de Avalon. Aproveitei o tempo para explorar o local, anotar pontos de observação notáveis e acima de tudo decorar cada detalhe, corredor, entradas e saídas. Precisarei conhecer esse local como a palma de minha mão se quiser realmente usufruir de todo o meu potencial (e claro, manipular quem se colocar em meu caminho).
Ah, o quão divertido é pensar em todas as possibilidades estratégicas que ainda presenciarei? Lord Mammon, agora sei que os poderes que me concedeu e a chance de uma nova vida não serão desperdiçados. Avalon nada mais é do que um artifício, uma peça no tabuleiro que preciso fazer bom uso para atingir vossas expectativas. Non ti deluderò, mio signore.
— 25 de abril, 17:00
Anotações nunca foram necessárias em minha vida. Tendo uma ganância insaciável como a minha, consequentemente acabei me tornando um banco de dados após absorver informações com o poder do Pecado. Mas até mesmo uma mente como a minha levaria um tempo para compreender o que estava acontecendo naquele velório transmitido pela televisão. O cadáver da rainha... Não lhe pertencia. Revelou-se ser, aparentemente, uma ilusão. Logo me peguei pensando no quanto Loki não estava rindo naquele momento, afinal se havia algo que o patrono das mentiras adorava, eram ilusões bem feitas.
Pouca coisa ficou clara, mas quando subitamente o portal retangular revelou a rainha Rosário viva, não precisei compreender muito mais. Era fácil de entender o que se passava: uma morte forjada por alguém. Talvez uma tentativa de golpe? Pouco me importava. Ao presenciar a cena pela tela, mal consegui conter meus risos. “AFFASCINANTE, MIO CARO!! BRAVO!!” era o que falava em alto e bom tom, sem nem ao menos me importar com o que poderiam pensar. Esse tipo de trama é o que mais deixa pessoas vulneráveis, com a mente fraca e propensas a serem manipuladas. Ah, rainha Rosário Bom Jesus... Grazie mille. Você acaba de tornar meu trabalho muito mais fácil. Dezenas de mentes frágeis e inseguras em Avalon... Quantas informações poderei conseguir com isso? Que prato cheio, mio caro... Que prato cheio.
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