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Está chovendo oceanos lá fora E meu peito parece estar mais do que alagado agora. O céu está em tons de cinzas como minha alma Então, que tal dançarmos na chuva? Dizem que depois da tempestade, há calma E você é o vendaval que me acalma. Se um dia, tu resolver me soprar da tua palma... Me deixe acreditar que, da tua enchente, terei cura. Meu olhos são diluvio e minha boca, metáfora. Quem sabe meu corpo te conheça de outras pancadas d'água? Se tiver que ir embora, acho que meu peito naufraga E se o céu continuar a chorar... Podemos sair sem guarda-chuva?
O choro de um poeta
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O amor é um precipício... Quando acreditei voar, me vi caindo. E, talvez, seja ótimo cair em conjunto, mas tens condições de levantar-se sozinho? O amor é um precipício Que meu peito clamou como amigo. Sento-me na beirada e converso sobre meu destino Como se fizesse sentido esperar por um momento propício. O amor é um precipício... E jogar-me parece o único caminho Não vive-lo, aí sim, é para alma suicídio.
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Se nosso amor é meteoro, então devo aceitar que como estrela cadente se encerra. E eu gostaria de não me arrepender, mas... Não deveria ter-me deixado tocar tua atmosfera.. Temo em dizer que repararei os danos, uma queda dessas para sempre nos altera. São sonhos que não pesavam nas nuvens, mas agora se aceleram contra a terra. Se nosso amor é meteoro, então meu peito é a cratera de nossa queda.
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Eu nunca fui tua e tu nunca foi meu. Plantamos milhares de coisas que nosso coração nunca acolheu. Metade de mim se desgarrou junto à tua alma, Mas tu nunca quis conhecer meu verdadeiro eu. E eu sou só uma flor... Que tu nunca colheu.
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Floreio sobre romances diversos... Como se não fossem sobre ti os últimos mil textos. Derramando entre uma linha e outra o amor, claramente, incontroverso. Questiono-me se em outra vida seria poeta ou se melhor amaria em outro universo. Já que nesta linha, amar e rimar, são verbos que não deram certo. Estou destinado a te incrustar em cada um dos meus versos? Ou há sucesso para um poeta de peito deserto?
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Será que um dia Iara pensou em se afogar? Porque amara um homem e sua cauda a impediu de o acompanhar? Teria o desespero a calado ou o sofrimento invadido-lhe o cantar? As notas tornaram-se eloquentes, canta atrás daquele homem delinquente, que o coração soubera roubar. Grita por causa de uma memória inconsequente, pouco se importando com as dezenas que venha a afogar. Será que canta para que aquele homem volte ao mar? Ou agora naufraga a todos antes que possa se entregar?
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Me amarrem no mastro, para que eu deleite do som A curiosidade que matou os marinheiros retumba em meu coração Mas não me jogo no mar, me entregar nunca foi um dom E se seu canto for me marcar? Se não for mais que distração? Tapem os ouvidos, continuem a remar. A voz que me encanta, está prestes a me afogar. Um naufrágio em meu peito, um barco a navegar. Talvez junto a ti fosse mais fácil de respirar. Pulei da proa! Homem ao mar! Nos teus braços talvez eu saiba amar.
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Sou o verão da tua primavera. A consequência dos teus floreios e o calor que se menos espera. Sou o exagero dos teus raios tímidos, a andorinha cantando estação... Sou o excesso de emoção que, às vezes, erra. És tímido e humilde; lentamente descongelando a beleza que nos cerca. Contando, pacientemente, que os piores dias e as longas noites se releva. Que a primavera persevera, assim como o verão em chuva se encerra. Que o fim trágico é só o início de uma estação que recomeça. Só sou verão porque, primeiro vieste, inteiro, primavera.
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Por favor, me destrua com teus beijos cósmicos e teus momentos de estrela cadente. Talvez, nos colidamos em pleno céu aberto. Quem sabe, meu peito dessa vez arrebente. E se o fizer, poeira cósmica. E se o fizer, super nova. Início do mesmo carnaval e um surpreendente toque de Bossa Nova.
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"Fui o anjo pousado em teus ombros. És o demônio que tomou meus nervos. Jurei que depois de tantos anos, teríamos aprendido com nossos erros. Me encontrei mais perto do céu Do que me lembro em ofício e apelo Confundindo as nuvens com caos, redenção com desespero. Destitui-me das penas e presenteei minha auréola Mas de ti quase nunca recebo Além de queimaduras infernais e talvez a memória do teu cheiro. Fui o anjo das tuas memórias. És o demônio em meu travesseiro. Se eu soubesse o quanto doeria, nunca teria te amado por inteiro."
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Céus, não me tirem a liberdade! Porque meu peito é todo saudade e minhas mãos destruíram-se moldando um destino impossível. Minhas penas já queimam; meu peito, de cera, fundiu-se aos pensamentos. Quis mirar mais alto, és inacessível. Cada fôlego, um esforço e nem pude gritar teu nome ao cair. O chão quer me aninhar e me agarro ao paraíso proibido. Opostos não funcionam como sintonia; somos dicotomias lutando por prazeres. Teria percebido antes, se em tuas pintas e falhas não tivesse me perdido. Céus, não deixem que o chão me segure! Porque me acostumei com o calor que irradia até meus ossos e com os ressentimentos incompreensíveis. Podei minhas asas para lhe ser alento; sobrou-me marcas, queimaduras e sorrisos imprevisíveis. O labirinto que me cercava deixei para trás com sua chegada. A temeridade me soca o estômago, o desejo era nunca ter partido. Prometi escrúpulos, então achei-me grudada ao Sol. Erros desaprendidos e mais uma vez cometidos. Céus, como pude me esquecer do destino de Ícaro?
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Eu acordei com minha cama em chamas e meu corpo congelado. Batimentos em ritmo de guerra; gritavam problemas que já poderiam ter me contado. Quebrei-me em fragmentos que não se encaixavam. Antes não serviam, depois não eram de meu agrado. E sei que se meus dedos tateassem, não encontrariam qualquer apoio dormindo do meu lado. Minha cama acordou-se fria, nem lembro ter deitado. Meu corpo crepita, veias em brasa. Meu coração é bossa nova ou samba; minha boca, palavras em forma de asas. Construí um castelo de memórias. Não é tão sólido, mas faz-se todo dia morada. Meus dedos sempre encontram ao meu lado... tua essência, minha estrada.
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Meu coração anseia por algo que não sei nomear e deseja o que não sei se alguma vez senti. Pula contra meu peito, incoerente, buscando uma esquina para se abrigar. Temo dizer-lhe que não são os termos que escolhi. Me desespero ao vê-lo abrir-se, todo primavera, quando raízes me são feras e desconexas de minhas asas de bem-te-vi. Talvez, não tão longe, entremos em trégua. Nós transformando em ave cativa, guardando nas memórias das penas um lugar pra qual devemos regredir.
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Uma torrente rompendo um dique de continência. Minha alma vazou na tua e, então, duas estrelas no céu. Pena que efêmeras! Quando me achei supernova, fui estrela cadente. Inconsciente demais para captar os sinais com antecedência. Reduzida ao pó do universo, despenquei dos teus braços. A realidade fora transformada por aquele véu. O fim da primavera! O silêncio na festa! Acabou o carnaval...
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Somos dois poetas de um tema só, Nos estrangulando para nos esquecermos. Transformando o amor em palavras bonitas... Com poemas de mesmos termos. Nos negando a verbalizar a única verdade que interessa: Encontramos por quem aguentaríamos até o fim dos tempos.
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Sinto como se minhas engrenagens não se encaixassem E o mundo gira tão rápido que não pareço acompanhar. Os arames enrolam-se em minha garganta, como se tecessem Impedindo-me de, no universo de sensações, me derramar. O caos descasca minha sanidade, minhas graças saem temerosas Contenho-me em cantos, enquanto meu âmago quer gritar: 'Alguém me traga laços, me dêem algumas rosas! Porque desconcertada assim, talvez a solução seja alguém para chamar de lar.'
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Meu coração anseia por algo que não sei nomear e deseja o que não sei se alguma vez senti. Pula contra meu peito, incoerente, buscando uma esquina para se abrigar. Temo dizer-lhe que não são os termos que escolhi. Me desespero ao vê-lo abrir-se, todo primavera, quando raízes me são feras e desconexas de minhas asas de bem-te-vi. Talvez, não tão longe, entremos em trégua. Nós transformando em ave cativa, guardando nas memórias das penas um lugar pra qual devemos regredir.
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