cindysabag-blog1
cindysabag-blog1
Cindy,
59 posts
Extrovertida porém dramática🙃 Espalhe o Amor 🌻 Seja luz☀️
Don't wanna be here? Send us removal request.
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Text
Tumblr media
14K notes · View notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
O Rouxinol e a Rosa Oscar Wilde _ Ela disse que dançaria comigo se eu lhe levasse rosas vermelhas – exclamou o Estudante – mas não vejo nenhuma rosa vermelha no jardim. Por entre as folhas, do seu ninho, no carvalho, o Rouxinol o ouviu e, vendo-o ficou admirado... _ Não há nenhuma rosa vermelha no jardim! – repetiu o Estudante, com os lindos olhos cheios de lágrimas. – Ah! Como depende a felicidade de pequeninas coisas! Já li tudo quanto os sábios escreveram. A filosofia não tem segredos para mim e, contudo, a falta de uma rosa vermelha é a desgraça da minha vida. E eis, afinal, um verdadeiro apaixonado! – disse o Rouxinol. Gorjeei-o noite após noite, sem conhecê-lo no entanto; noite após noite falei dele às estrelas, e agora o vejo... O cabelo é negro como a flor do jacinto e os lábios vermelhos como a rosa que deseja; mas o amor pôs-lhe na face a palidez do marfim e o sofrimento marcou-lhe a fronte. _ Amanhã à noite o Príncipe dá um baile, murmurou o Estudante, e a minha amada se encontrará entre os convidados. Se levar uma rosa vermelha, dançará comigo até a madrugada. Se levar-lhe uma rosa vermelha, hei de tê-la nos braços, sentir-lhe a cabeça no meu ombro e a sua mão presa a minha. Não há rosa vermelha em meu jardim... e ficarei só; ela apenas passará por mim... Passará por mim... e meu coração se despedaçará. _ Eis, na verdade, um apaixonado... – pensou o Rouxinol. – Do que eu canto, ele sofre. Aflige-o o que me alegra. Grande maravilha, na verdade, o Amar! Mais precioso que esmeraldas e mais caro que opalas finas. Pérolas e granada não podem comprá-lo, nem se oferece nos mercados. Mercadores não o vendem, nem o conferem em balanças a peso de ouro. _ Os músicos da galeria – prosseguiu o Estudante – tocarão nos seus instrumentos de corda e, ao som de harpas e violinos, minha amada dançará. Dançará tão leve, tão ágil, que seus pés mal tocarão o assoalho e os cortesãos, com suas roupas de cores vivas, reunir-se-ão em torno dela. Mas comigo não bailará, porque não tenho uma rosa vermelha para dar-lhe... – e atirando-se à relva, ocultou nas mãos o rosto e chorou. _ Por que está chorando? – perguntou um pequeno lagarto ao passar por ele, correndo, de rabinho levantado. _ É mesmo! Por que será? – Indagou uma borboleta que perseguia um raio de sol. _ Por quê? – sussurrou uma linda margarida à sua vizinha. _ Chora por causa de uma rosa vermelha, - informou o Rouxinol. _ Por causa de uma rosa vermelha? – exclamaram – Que coisa ridícula! E o lagarto, que era um tanto irônico, riu à vontade. Mas o Rouxinol compreendeu a angústia do Estudante e, silencioso, no carvalho, pôs-se a meditar sobre o mistério do Amor. Subitamente, abriu as asas pardas e voou. Cortou, como uma sombra, a alameda, e como uma sombra, atravessou o jardim. Ao centro do relvado, erguia-se uma roseira. Ele a viu. Voou para ela e posou num galho. _ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu cantarei para ti a minha mais bela canção! _ Minhas rosas são brancas; tão brancas quanto a espuma do mar, mais brancas que a neve das montanhas. Procura minha irmã, a que enlaça o velho relógio-de-sol. Talvez te ceda o que desejas. Então o Rouxinol voou para a roseira, que enlaçava o velho relógio-de-sol. _ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu te cantarei minha canção mais linda. A roseira sacudiu-se levemente. _ Minhas rosas são amarelas como a cabeleira dourada das sereias que repousam em tronos de âmbar, e mais amarelas que o trigo que cobre os campos antes da chegada de quem o vai ceifar. Procura a minha irmã, a que vive sob a janela do Estudante. Talvez te possa ajudar. O Rouxinol então, dirigiu o vôo para a roseira que crescia sob a janela do Estudante. _ Dá-me uma rosa vermelha – pediu - e eu te cantarei minha canção mais linda. A roseira sacudiu-se levemente. _ Minhas rosas são vermelhas, tão vermelhas quanto os pés das pombas, mais vermelhas que os grandes leques de coral que oscilam nos abismos profundos do oceano. Contudo, o inverno regelou-me até as veias, a geada queimou-me os botões e a tempestade quebrou-me os galhos. Não darei rosas este ano. _ Eu só quero uma rosa vermelha, repetiu o Rouxinol, - uma só rosa vermelha. Não haverá meio de obtê-la? _ Há, respondeu a Roseira, mas é meio tão terrível que não ouso revelar-te. _ Dize. Não tenho medo. _ Se queres uma rosa vermelha, explicou a roseira, hás de fazê-la de música, ao luar, tingi-la com o sangue de teu coração. Tens de cantar para mim com o peito junto a um espinho. Cantarás toda a noite para mim e o espinho deve ferir teu coração e teu sangue de vida deve infiltrar-se em minhas veias e tornar-se meu. _ A morte é um preço exagerado para uma rosa vermelha – exclamou o Rouxinol – e a Vida é preciosa... É tão bom voar, através da mata verde e contemplar o sol em seu esplendor dourado e a lua em seu carro de pérola...O aroma do espinheiro é suave, e suaves são as campânulas ocultas no vale, e as urzes tremulantes na colina. Mas o Amor é melhor que a Vida. E que vale o coração de um pássaro comparado ao coração de um homem? Abriu as asas pardas para o vôo e ergueu-se no ar. Passou pelo jardim como uma sombra e, como uma sombra, atravessou a alameda. O Estudante estava deitado na relva, no mesmo ponto em que o deixara, com os lindos olhos inundados de lágrimas. _ Rejubila-te – gritou-lhe o Rouxinol – Rejubila-te; terás a tua rosa vermelha. Vou fazê-la de música, ao luar. O sangue de meu coração a tingirá. Em conseqüência só te peço que sejas sempre verdadeiro amante, porque o Amor é mais sábio do que a Filosofia, embora sábia; mais poderoso que o poder, embora poderosa. Tens as asas da cor da chama e da cor da chama tem o corpo. Há doçura de mel em teus braços e seu hálito lembra o incenso. O Estudante ergueu a cabeça e escutou. Nada pode entender, porém, do que dizia o Rouxinol, pois sabia apenas o que está escrito nos livros. Mas o Carvalho entendeu e ficou melancólico, porque amava muito o pássaro que construíra ninho em seus ramos. _ Canta-me um derradeiro canto – segredou-lhe – sentir-me-ei tão só depois da tua partida. Então o Rouxinol cantou para o Carvalho, e sua voz fazia lembrar a água a borbulhar de uma jarra de prata. Quando o canto finalizou, o Estudante levantou-se, tirando do bolso um caderninho de notas e um lápis. _ Tem classe, não se pode negar – disse consigo – atravessando a alameda. Mas terá sentimento? Não creio. É igual a maioria dos artistas. Só estilo, sinceridade nenhuma. Incapaz de sacrificar-se por outrem. Só pensa e cantar e bem sabemos quanto a Arte é egoísta. No entanto, é forçoso confessar, possui maravilhosas notas na voz. Que pena não terem significação alguma, nem realizarem nada realmente bom! Foi para o quarto, deitou-se e, pensando na amada, adormeceu. Quando a lua refulgia no céu, o Rouxinol voou para a Roseira e apoiou o peito contra o espinho. Cantou a noite inteira e o espinho mais e mais enterrou-selhe no peito, e o sangue de sua vida lentamente se escoou... Primeiro descreveu o nascimento do amor no coração de um menino e uma menina; e, no mais alto galho da Roseira, uma flor desabrochou, extraordinária, pétala por pétala, acompanhando um canto e outro canto. Era pálida, a princípio, qual a névoa que esconde o rio, pálida qual os pés da manhã e as asas da alvorada. Como sombra de rosa num espelho de prata, como sombra de rosa em água de lagoa era a rosa que apareceu no mais alto galho da Roseira. Mas a Roseira pediu ao Rouxinol que se unisse mais ao espinho. – Mais ainda, Rouxinol, - exigiu a Roseira, - senão o dia raia antes que eu acabe a rosa. O Rouxinol então apertou ainda mais o espinho junto ao peito, e cada vez mais profundo lhe saía o canto porque ele cantava o nascer da paixão na alma do homem e da mulher. E tênue nuance rosa nacarou as pétalas, igual ao rubor que invade a face do noivo quando beija a noiva nos lábios. Mas o espinho não lhe alcançava ainda o coração e o coração da flor continuava branco – pois somente o coração de um Rouxinol pode avermelhar o coração de rosa. _ Mais ainda, Rouxinol, - clamou a Roseira – raiar o dia antes que eu finalize a rosa. E o Rouxinol, desesperado, calcou-se mais forte no espinho, e o espinho lhe feriu o coração, e uma punhalada de dor o traspassou. Amarga, amarga lhe foi a angústia e cada vez mais fremente foi o canto, porque ele cantava o amor que a morte aperfeiçoa, o amor que não morre nem no túmulo. E a rosa maravilhosa tornou-se purpurina como a rosa do céu oriental. Suas pétalas ficaram rubras e, vermelho como um rubi, seu coração. Mas a voz do Rouxinol se foi enfraquecendo, as pequeninas asas começaram a estremecer e uma névoa cobriu-lhe o olhar, o canto tornou-se débil e ele sentiu qualquer coisa apertar-lhe a garganta. Então, arrancou do peito o derradeiro grito musical. Ouviu-o a lua branca, esqueceu-se da Aurora e permaneceu no céu. A rosa vermelha o ouviu, e trêmula de emoção, abriu-se à aragem fria da manhã. Transportou-o o Eco, à sua caverna purpurina, nos montes, despertando os pastores de seus sonhos. E ele levou-os através dos caniços dos rios e eles transmitiram sua mensagem ao mar. _ Olha! Olha! Exclamou a Roseira. – A rosa está pronta, agora. Ao meio dia o Estudante abriu a janela e olhou. _ Que sorte! – disse – Uma rosa vermelha! Nunca vi rosa igual em toda a minha vida. É tão linda que tem certamente um nome complicado em latim. E curvou-se para colhê-la. Depois, pondo o chapéu, correu à casa do professor. _ Disseste que dançarias comigo se eu te trouxesse uma rosa vermelha, - lembrou-se o Estudante. – Aqui tens a rosa mais vermelha de todo o mundo. Hás de usá-la, hoje a noite, sobre ao coração, e quando dançarmos juntos ela te dirá quanto te amo. Mas a moça franziu a testa. _ Talvez não combine bem com o meu vestido, disse. Ademais, o sobrinho do Camareiro mandou-me jóias verdadeiras, e jóias, todos sabem, custam muito mais do que flores... _ És muito ingrata! – exclamou o Estudante, zangado. E atirou a rosa a sarjeta, onde a roda de um carro a esmagou. _ Sou ingrata? E o senhor não passa de um grosseirão. E, afinal de contas, quem és? Um simples estudante... não acredito que tenhas fivelas de prata, nos sapatos, como as tem o sobrinho do camareiro... – e a moça levantou-se e entrou em casa. _ Que coisa imbecil, o Amor! – Resmungou o estudante, afastando-se. – Nem vale a utilidade da Lógica, porque não prova nada, está sempre prometendo o que não cumpre e fazendo acreditar em mentiras. Nada tem de prático e como neste século o que vale é a prática, volto à Filosofia e vou estudar metafísica. Retornou ao quarto, tirou da estante um livro empoeirado e pôs-se a ler...
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
A moça tecelã – Conto de Marina Colassanti “Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. — Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. — Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. — É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu. Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.”
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
A volta dos hippies – Crônica de Fernando Sabino “Três coisas me são difíceis de entender e uma quarta eu ignoro: o caminho da águia no ar, da serpente sobre a pedra, da nau no meio do mar e o caminho do homem na mocidade.” (Provérbios, 30-19) SÃO namorados. Companheiros, como preferem dizer. Ele tem 22 anos e veio do Ceará. Família tradicional no Nordeste, pai proprietário rural, cinco irmãos. Ela tem 21 anos, do Rio mesmo, pais desquitados, três irmãos, morando todos com a mãe. Dois anos atrás, cada um por si, resolveram largar tudo e se mandar. Ele trabalhava numa agência de publicidade, ordenado razoável, mas não tinha jeito para a coisa. Ela estudava Comunicação, achava o ensino péssimo, os professores incapazes: ficar quatro anos na escola por um diploma? Bem, não era propriamente isso o que ela queria da vida. Então o que você queria? Sei lá, diz ela: viver. E ele também: eu queria curtir a vida, saca? Resolveram trocar uma situação segura por um salto no escuro. E ganharam o mundo. “O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar-se a si próprio.” (Hélio Pellegrino) A fase de contestação política tinha sido rápida: manifestos, passeatas, comícios, tudo isso de súbito também já era. Preferiram ficar na deles. A princípio a gente só estava a fim de curtir um som, entende? Respondem sempre assim, um falando em nome de ambos, nunca na primeira do singular, mas numa forma vagamente coletiva que dá a impressão de estarem falando em nome de uma comunidade a que pertencem chamada gente. Pois a gente passava o dia inteiro tirando um som, era legal; sempre tinha um que curtia um violão, uma flauta doce… E os discos: Areta Franklin, Jane Joplin, Jimmy Hendrix, o pessoal todo da pesada, Pink Floyd. Como ouvir música sem puxar um fumo? Foi a fase em que todo aquele que não fumava maconha era careta. Ou, pior ainda, se, como eu, preferia um uísque: biriteiro. Desprezo? Sem esta, bicho: a gente não despreza ninguém, pelo contrário: o barato é justamente estar ligado, saca? a gente se sentindo bem com todo mundo, sem grilo, cada um na sua. Tão legal que até fica sendo pouco e alguns vão mais longe, muito pirados: bolinha, ácido, cheiro, pico. Viagem sem volta: dependência, tráfico, chantagem, prostituição, loucura, morte. “Oisive jeunesse A tout asservie” Arthur Rimbaud Eles dois não foram’ apanhados na escalada infernal. Tiravam um sarro de vez em quando, mas sem aquela da dimensão mística, de fundo religioso ou coisa parecida. Para eles, “toda experiência, mesmo negativa, é sempre positiva”. Então saíram por aí: Parati, Búzios, carnaval na Bahia. Ela já de vestido longo e cabeleira frisada à moda de Gal ou Bethânia; ele de túnica branca, calças boca-de-sino, cabelos pelos ombros. Não sabiam o que queriam: justamente para ficar sabendo é que saíram de casa. Pois agora os hippies estão voltando. Estes dois, pelo menos, estão de tornaviagem: passaram pela fase da vida primitiva em meio a pescadores; pela defesa da natureza contra a poluição do mundo civilizado, a fase ecológica; pela macrobiótica, a meditação transcendental, Herman Hesse, filosofias orientais, zen-budismo. Estão de volta, e, coisa espantosa: pensando em se casar. “Oh juventude louca, amor insaciável!” Mário de Andrade Acreditam que o casamento até que tem lá a sua graça, principalmente para alguém como eles: pretendem montar casa, morar juntos e, quem sabe? até mesmo ter filho. Casando direitinho a família ajuda. Estão dispostos a trabalhar, se for preciso: trabalho humilde, não precisarão de muito para viver felizes: artesanato, para vender na Praça General Osório. Já sabem o que querem: fazer alguma coisa de útil e viver em paz. Sem perceber, eles correm o risco de acabar descobrindo que hoje em dia o legal é ser legal.
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Tem características de uma flor, talvez das mais raras, com cheiros que agradam a muitos, (a outros não) mas que esse perfume poucos podem sentir, (também tem seus espinhos mas não necessita deles). Sua textura não são todos que podem sentir, porém o certo aprecia mais que o permitido. Ela é como o céu, infinito, todos veem, mas cheia de mistérios, a poucos as histórias são reveladas, a muitos são apenas contadas. 🌻 🌻 🌻 🌻 🌻 href="https://www.instagram.com/p/Bs6DOejHbox/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1bja8g4h4o478">https://www.instagram.com/p/Bs6DOejHbox/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1bja8g4h4o478
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Text
Tumblr media
7K notes · View notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Ela é assim, intensa de mais, complexa além do limite, romântica da maneira mais natural e fria do seu jeito, ama rir e chorar aliás são essas características que a faz cômica, não mede seus limites, o novo sempre deve ser descoberto. Enfim... Ela é assim, tem muito mais a ser descoberto mas somente quem for capaz descobrirá, então atreva-se. Ela é assim e muito mais. https://www.instagram.com/p/Bs0rFn4Hjmm/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1l5n8oorf2osd
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Text
Tumblr media
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Ela sabe ser ousada e também sabe se arriscar. Desistir não encontra em seu vocabulário, e mais do que tudo sabe valorizar quem a ama e quem realmente merece seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. 😊 (em Praia do refúgio Aracajú -SE) https://www.instagram.com/p/BslCnxDnkS4/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1igsiep1qny1e
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Text
Tumblr media
681 notes · View notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Video
Não é preciso mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Basta não mentir pra quem te escuta, nem decepcionar os olhos de quem te vê! As palavras nos conquistam temporariamente, mas as atitudes nos ganham ou nos perde para sempre… (Fernando Gonzales) https://www.instagram.com/p/BsqTxipH5co/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=k5sas02jldkv
0 notes
cindysabag-blog1 · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Dreams are made of sun and sand ☀️ A cada pôr do sol um novo horizonte A cada amanhecer uma nova inspiração A cada sorriso uma nova alegria A todo instante uma nova emoção. Wilton Lazarotto https://www.instagram.com/p/BsnrIn6nCU3/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=w4cya2zwkfgh
0 notes
cindysabag-blog1 · 8 years ago
Photo
Tumblr media
800 notes · View notes
cindysabag-blog1 · 8 years ago
Photo
Tumblr media
410K notes · View notes
cindysabag-blog1 · 8 years ago
Photo
Tumblr media
1M notes · View notes
cindysabag-blog1 · 8 years ago
Photo
#heartbreak
Tumblr media
212 notes · View notes
cindysabag-blog1 · 8 years ago
Photo
Tumblr media
76 notes · View notes