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Introversão
A vivacidade está em estado de latência, Regozijo-me, com o pouco de mim que posso ver dentro do infinito. Contemplo o pouco que pude agraciar, o pouco que se revelou; Vejo o fogo, o fogo em sua primeira queima de oxigênio, dentro há: intensidade e poesia. Vísceras, tripas, coração, mente, movem-se conforme danço e dou cor, versando e metrificando perfeitamente a minha alma. Um não tão nobre coração, Cuja cadência evidencia o vácuo moral, Cuja ausência de equilíbrio, nomeia a angústia. Emoções contraditórias, vejo, eu. Ponho-me em digressões sequenciadas, experimentação inevitável e de caráter nobre. a ruptura do estágio de letargia é, o que vem a seguir. Fora muros das acomodações, Inquietude infinita, hiperatividade, Vejo, com olhos meus, os versos Que transbordam-me mundo a fora.
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Epifanias - Aquém
Desvendera os versos soltos? esses desvarios teus.. Madrugada a dentro e caminhando por aí. Não tens empatia para com a minha preocupação? Transeuntes transitam por ruas desertas corações disparam; amedontrados., Você não.. Mulheres da vida á espreita, talvez; um ou dois Marginais ao lado oposto. expectativas rebobinam fitas passadas, a tua outra vida dentro da única. Homem. Caminhante solitário; fitara firmemente as mulheres da vida, o olhar sem vacilo, alguns segundos. Malícia latente. Impróprio? O que difere do nosso amor pagão? é inadmissível que vá paganizar em vão; mas.. qual é a diferença, entre mim e essas outras tantas e tantas que talvez dariam belas amantes?
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Instintos
A paixão e o sexo são parentes próximos, O sexo é o ato que diminui a intensidade da chama. Alívio pós-coito, alívio que queima a pele. A paixão que absorve, paixão que consome. O desejo traz a vontade, A vontade traz a união, Uni-vos corpos! Uni-vos! O pensamento queima, O desejo revela o instinto, O amor torna-se ferocidade, O sexo é o apaziguador. Trágica esperança, Há no sexo a resposta? Elementos que apaziguem a dor? Elementos que diminuam A força da chama.. Amor é a dor que queima, Dor que queima e revela o teu instinto, Dor que queima e revela o pior do teu egoísmo, A violência e o fogo e as emoções; Tal qual instinto humano, vício dopaminérgico. O sexo dos apaixonados é o melhor, É voraz, intempestuoso, Consome e torna UNO o que Antes era dois. Paixão: vontade de se misturar.
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Be like the water
A necessidade da minha vida é conseguir olhar para o mundo em várias óticas distintas; eu não consigo fazer muito bem com as minhas emoções a regrinha do simplesmente: Deixe-se viver. Embora queira muito desenvolvê-las a este nível desapegado, a força com que as coisas me tocam, precisam ter uma base que as sustente; se não a casa caí. O grande quê é o seguinte, mentalmente, desconsiderar que há uma espécie de caminho existencial, acaba sendo muito difícil para mim; eu quero dar nome aos Bois, organizar a minha mente a um nível profundo e ordenado; quero dar vazão e cor a tudo que consigo ver, quero atravessar caminhos e a cada dia adquirir uma percepção ampla. Religião? Não me dá este efeito. Eu preciso enxergar; por mais que doa, por mais que seja difícil, há uma necessidade de adquirir essa amplitude, amplificar, encontrar respostas e dar um quê de seriedade para algumas coisas, mas, eu também sei brincar, sei muito bem. Só que quanto aos meus descontroles, nunca antes consegui encontrar outra forma de lidar com as minhas piores dores e demônios; não sei, não sei se é um estado passageiro, ou quem sabe, outra grande ilusão da vida; mas funciona.
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Continuidade
O nosso amor continua meu bem, continua.. As minhas vísceras estão expostas. Sou um ser vísceral, Ser que sente demais, Ser que recaí ao Impulso. 8 ou 80, Juro que já tentei ser recatada, “ do lar “, calma e paciente. Mas não, não deu, Vísceras imensas preenchem o meu estômago. Estômago cheio de poesia, Oh, meu bem, desculpe-me. Perdão por tamanha intensidade. O teu amor é alimento, para a minha criatividade. Afastai-vos. O sentimento beira o instinto, Oh, perdoe-me não responderei por mim.
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PARTE 2 - O eremita
Querido, chegou o dia de falar baixinho, falará em sussuros, falará para a vida ouvir, que o amor é ilusão, que paixão é convenção. Luto. A esposa faleceu. Ordem a esse bando de putos, Um bando de gente iludida e burra, Um bando de zumbis obssecados. O tempo passa, chegara o dia que dirá aos teus filhos: a vida arranca o melhor de você. Teu filho estás prestes a casar. A solidão voltará a bater quando eles partirem, amargurados. O abismo retorna, dessa vez, não é uma conjectura, ou um passo em falso, o abismo a espreita estará impaciente. Preparou a mesa? Não? Prepare! Uns minutos a mais, será permitido. Quando a solidão entrar por aquela porta, Ela não olhará as suas unhas quebradas, Ela não será complacente com dores das suas desilusões, O sabor amargo molhará teus lábios, Cerrará teus olhos e sussurará nos ouvidos coisas obscuras sobre a vida, O homem na velhice Descobre o que a juventude escondeu, amargos segredos, sombrios segredos relevados. Finalmente, você saberá que o fim nunca será, igual ao começo.
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Parte 1 - O eremita
A solidão é autoritária, ela manda o homem viver, Manda-o, ordena-o, ordenha-o. *primeiro toque* - o abismo bate na porta. - Homem não vá! - diz a vida. - Não atenda a porta; não agora, - a intuição clama. *segundo toque* O abismo bate outra vez. pacientemente. O homem craveja a porta, unhas cravejadas, unhas quebradas, deixadas no chão. Só, só o pó, As batidas silenciam.. Pergunte ao pó o que sobrou. O abismo parou de bater, Talvez só aguarde, ou quem sabe Ele se fora? Não dá para ter certeza. Agora tudo está em silêncio, Ele retira as unhas da porta, e fecha a tranca. Nesse ato, a vida diz: “- Jovem naúfrago, Vá se conhecer. “ O homem escolhe viver, Ele vive. Apaixona, casa, e tem filhos. Tu que és, tu que fostes, tu, que escolhe o prato principal. Nessa tua carnificina emocional, É o único a escolher, Ó, homem que tudo vê.. Tua cegueira desordena os átomos. Esmaga os sonhos dos plebeus.. Separa o joio do trigo, O abstrato do literal.
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Natural + mente
Temo a intensidade, Sentir demais... Apressar demais... Sofrer demais... O que é que aconteceu? Tudo tão natural, Tudo tão ameno, Tranquilo e sincero. Conversas bestas jogadas fora. Certa vez, fitei-o e algo mudara, Borboletas farfalham ao peito, uma verdadeira explosão de cores e asas. Hormônios ou FERÔ? ThEmônio! Roubara a minha atenção. Com um show de sinapses e humor. Química pura! Será uma Ligação de carbono ou uma outra química qualquer? Eis a grande questão.. Como já dizia Vinicius: “ Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.” Ma ia Ali Ne
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Linhagem
“ Respiração entrecortada, sulcos ralos decoram a pele, fendas enrrugadas temporárias. Dentre outros dilemas, uma cruel reserva. Oxigênio escasso, escassez distoante, próxima e distante, descontente. Eu, pobre fidalgo, respiro do jeito que vim ao mundo, apavoradinho! O medo reinando em meu ser. Puxo o ar para dentro, ar excasso, pobre, chulo. O ar tem cor salpicada de amarelo. Assim como: O silêncio é o começo do papo, E o ar é escasso, pobre cor de poeira! .. Escasso tal qual a falta de dinheiro é, nem um tostão para um café. ÓÓÓ pobreza desgraçada, acabei de lembrar: nem pó tem em lugarzinho nenhum! Água? Porra nenhuma! Estou aos farrapos. Por onde o navio passa não tem asfalto; Ninguém vem, Nem uma alma viva sequer! Uma alma morta? Muito menos. Ohhhhh delírio.. Ohhhhh martírio! Deus está aí? Que desgraçamento do caralho!!! O bonde passa, falta-lhe as pernas. Cadê? Onde foi parar todas aquelas pessoas? - Bato no pé da mesa. - CARCAMANOOOS DESGRAÇADOS! - Oh, isto é tudo culpa deles, ITALIANOS! Fazer festinha na mulher do fidalgo; péssima idéia! - OHHHH CARCAMANO DESGRAMADO! - *Grito frente ao espelho.* - MALDITA LINHAGEM DE MEU PAI. "
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Odisséia
Vivi até os 115 anos, ó tempo! Não sei definir se és crueldade tua, Ou mera bondade cínica profetizada. Vi pessoas morrerem, pessoas nascerem, Amores se acabarem por aí, ruelas remodeladas como Avenidas, Outrora, avenidas que, ruiram ao abismo. Fragmentada. Estive várias vezes, Cuja alma quebrável poetizou os cacos, Versos serenos e rasgados, mediados por um martelo. Certa vez catei todos os cacos, A cola que estava a minha fronte, estava vazia. Engano meu, meu bem, Engano meu. Não há uma certeza para a cura.
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Tempos modernos
O automatismo marcou a carne, e consumiu os ossos. Ferveu o sangue e consumiu os ossos, deixou cicatrizes e marcou a carne. Consumiu os ossos.
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About: O Macário
“ É difícil marcar o local, onde pára o homem e começa o animal, onde cessa a alma e começa o instinto, onde paixão se torna ferocidade. “ P. 1 “Macário” é uma peça escrita por Álvares de Azevedo, e fala sobre o encontro de um homem vadio, o Macário, e Satã, o pai de todo o mal. Este “notório” encontro entre o homem e a mão esquerda de Deus , na primeira parte, este encontro ocorre em um hotelzinho de beira da estrada em que; o Macário se hospeda e pede a recepcionista um pouco de vinho, Satã chega logo após, para conversar. Eles dialogam sobre amor impossível, trágico e violento que é o único tipo de amor que Álvares de Azevedo conhece em suas obras. O mal leva-o para passear, os dois vão para uma cidade corrompida, morada de prostitutas e paraíso dos fornicadores, após este passeio, eles seguem a um cemitério, lugar cuja dor e o desespero é de causar calafrios nos vivos. Um cenário horripilante, e que Satã mesmo diz ser comparável ao inferno.
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Músculo cardíaco
Músculo cardíaco reanimado. Gênios melancólicos, exatamente o tipo que fazia questão de cativa-la. A fascinação provocada pela ânsia do amor, revelação do desejo por estar ao lado de quem talvez caminhe em conjunto na beirada do abismo. A voz de quem também ambiciona uma vida em que, o domínio e aprimoramente de si, torne-se contínuo. Sonhar e vivenciar toda a capacidade de exercício de si e da expressão pessoal. Atribulado é este sentimento que rega agora um jardim antes quase morto, posso visualizar lindas flores a brotar, e um relógio a pronunciar a mudança de tempo que toca sempre quando meio dia chega. Vontade de potência e vontade de compartilhar. Conflitando com a razão, a verdade ressoa aos ímpios, desola os apaixonados, mas, sentimentos como esses são de absoluta insensatez para a minha razão, não é fácil lidar com algo tão primitivo, sentimentos tão antes obscurecidos pelas minha tragédias. Sinto-me lisongeada e ao mesmo tempo, escrava de um sentimento, pois, ainda assim, continuo a não ter domínio sobre o amor e as paixões. Constatações difíceis foram essas, já que, nunca é fácil assumir para si este fato. Ainda mais nas condições anteriormente vivenciadas. Agora, em completo prelúdio, a onda chega, e os sons que ocupam o ambiente fazem-me conceber essa imensa necessidade de estar com, e simultaneamente, um receio grande das consequências ruins que, seguir uma necessidade primitiva acarrete ao meu ser.
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A respeito do amor
O que é recuperar-se da dor do amor? Já passei por isto antes? Necessariamente, não importa. Ter experenciado ou não, o resumo da ópera é um só, o passado traz ao presente a maturidade que outrora faltara, a cada amor, há uma espécie de poesia natural, alterada em ritmo, tom e métrica diferenciando dos anteriores em tamanho de impacto. É como um meteoro prestes a atingir a terra, o teu tamanho e dimensão é o que define o quão ruim essa queda será. O pior dos amores é o não correspondido, acho que todos nós já enfrentamos uma parada dessas, a tal de uma sentelha inereciproca que se apodera do coração de um homem e leva-o a experimentação de uma dor elegante. Ouvi dizer que o tempo traz a morte, ela acompanhada por todos os subterfúgios, suspeito eu que alguns amores não faleçam, pode ser que ocorra a transformação em algo diferente, algo um pouco mais leve substituindo a dor elegente por uma brisa tênue. Neste universo emocional talvez exista uma vocação para ser redentor, o homem com habilidades natas de se render ao inesperado, conflitante, incerto, onde mora os medos e as incertezas gritantes, bom, se há um homem se quer que nasça assim, eis que devemos apresenta-lo a Corte, mas por hora, deixe como está, talvez um dia o ser humano encontre uma saída, quem sabe a espécime se desmanche na cina de um anti-herói inadequado, egoíco e romântico, o homem que brinca com o próprio destino. O amor é um anti-herói. E eu sou a vilã.
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Garota estúpida
Relances e névoas momentâneas. Uma contiguidade e a falta de nexo entre as partes. E estou prestes a me afundar em um mar já conhecido, o qual o ímpetuoso auxílio racional se faz co-criador em decoro com as vislumbrações. Fecha-se em conchas, e tardará a não falhar mediante o ato final. E é claro, sou uma garota estúpida. Estupidez perpétua essa, a qual nenhuma hipérbole conseguiria ressaltar. Deparo-me com outras nuances e uma dor antiga que advém da minha necessidade de controle se faz presente. Oh!! Marcas gloriosas de uma insensatez aterradora. Ouço com o paladar, e experimento com os olhos. As minhas mãos não mais funcionam, elas vêem. E como um fauno morto e adulterado, vejo ao longe a amargura crescente vir como uma tempestade obscura. Que mal é esse o do ser? Eu não sei lidar.
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