coffeebycoffee
coffeebycoffee
E não me acontece nada
1K posts
Mateus, 30 anos. Um adepto do café, das boas conversas, das emoções intensas e da falta do que fazer. Isso aqui não é um canto, e sim um pranto. Feel free to stick around and soothe your soul. Or not. =)
Don't wanna be here? Send us removal request.
coffeebycoffee · 3 years ago
Photo
Tumblr media
41K notes · View notes
coffeebycoffee · 3 years ago
Text
Poema (Poeira)
Passo os dedos na escrivaninha 
Sopro: agita-se a poeira pelo ar 
Cada ponto que dança uma linha
Livres, sem eira nem beira
O esplendor da luz os alcança 
Então minguam, adormecem
Vejo como um poema-sujeira 
Ainda que fosse no quintal - erva-daninha 
Desse poema não se extrai nada 
Brilhantismo ou paisagem
Apenas espirro e fuligem 
Olha para estas linhas 
E vês a imagem: 
Poeira, poeira, poeira 
Poesia assim é besteira dizes 
Reclamas: rimas melhores, tinha! 
Posso até às vezes concordar 
Ainda assim lhe digo: é minha! 
1 note · View note
coffeebycoffee · 3 years ago
Photo
Tumblr media
Dreamer
25K notes · View notes
coffeebycoffee · 3 years ago
Text
Poema (Se eu sou nada...)
Se eu sou nada
Como posso me embiragar e escrever torto?
E rir depois de ler na manhã seguinte 
Que escrevi assim mesmo tonto
Como posso ser nada?
Se eu sou nada eu não rasgaria minhas entranhas
à procura de palavras sanguinolentas
que doem a cada vez que as pronuncio 
ou mesmo esses rasos pensamentos 
que vêm aos soluços 
Como posso ser nada se me levanto 
trabalho canso e deito e me levanto 
e vivo num ciclo viciado não sabendo 
se existo porque dele ou dele porque existo
Posso ser nada?
Se quando olho para o céu e vejo brilhos 
distantes, mas mortos e do passado
mas eles nunca me veem, nunca me verão
Existo mesmo ou posso ser nada?
Se eu sou nada 
Como poderia pensar que sou nada 
E enquanto tomo café escrever estas linhas 
Tomando cafeína e consciência de que 
sou alguma coisa mais que nada?
0 notes
coffeebycoffee · 3 years ago
Photo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Moon (May 10, 2021)
4K notes · View notes
coffeebycoffee · 3 years ago
Text
Poema
O amanhecer é visto
Por trabalhadores árduos e amantes apaixonados
Ambos suspiram cansados
Uns de amor, outros de fardo 
0 notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Text
Tumblr media
324 notes · View notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Text
Brinde
Somente as criaturas 
Que atravessam a metamorfose
Entendem as ranhuras 
Do tênue casulo da neurose 
Rasgam-se as estruturas
Levanto o copo: mais uma dose!
0 notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Photo
Tumblr media
The Smoker   -    Steven J. Levin, 1998.
American,b.1964-
Oil on canvas, 26 x 22 in.
9K notes · View notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Text
Poema (Lua, estrelas, sonhos e cantigas...)
Lua, estrelas, sonhos e cantigas 
A escuridão que me rodeia as horas preferidas
O poste que falha e a silhueta na rua 
Nas janelas apenas olhos enfadonhos 
E sem perceber o silêncio se aprofunda 
Passam carros, passam gatos, passam passos
Nem a lua me intimida com seus gestos 
Canto, sonho e durmo 
0 notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Photo
Tumblr media
743 notes · View notes
coffeebycoffee · 4 years ago
Text
Poema (Mentiras)
Grita aos quatro ventos
Eu não sou! Eu não sou! Eu não sou!
Vozes ressoam dos quatro cantos 
Não é! Não é! Não é!
São quatro lamentos 
Ele é,ele é, ele é 
Seu coração bate aos prantos 
Eu sou! Eu sou! Eu sou! 
1 note · View note
coffeebycoffee · 5 years ago
Photo
Tumblr media
Olafur Eliasson, Riverbed, 2014, installation view, Louisiana Museum of Modern Art
323 notes · View notes
coffeebycoffee · 5 years ago
Text
Poema (Apenas)
Exija de mim apenas o começo 
E nada além do leito seco do rio
Que apenas restem as pedras 
Normalize que depois que rio, emudeço 
Saiba de mim apenas o meio
Enquanto o agora é um cascalho da beira 
Traga-me apenas a areia fina
Quando eu for poeira e devaneio  
Extraia de mim apenas o final
Para que fins é a pedra no peito
Que apenas siga a correnteza seca
Que o leito é tudo que devia ter sido feito
0 notes
coffeebycoffee · 5 years ago
Photo
Tumblr media
35 notes · View notes
coffeebycoffee · 5 years ago
Text
Pequenos poemas devassos (Polote)
Pô-lo-te todo na boca
A garrafa de vinho, um porre
O suor em frenesi que escorre
Tu mesmo um porra louca
A língua safada que tenta
A meia-luz da sala, um toque
A unha que crava no soque 
Gozo bom é em câmera-lenta
0 notes
coffeebycoffee · 5 years ago
Photo
Tumblr media
bahia, claudia andujar
57 notes · View notes