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coreymbrasil · 11 months
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Corey Mylchrrest concede entrevista a Numéro Netherlands.
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NUMÈRO NETHERLANDS MAG [Junho/23]
‘Em Conversa com Corey Mylchreest’
Entrevista NNMag pela Jana Letonja
[Tradução de Corey Mylchreest Brasil]
13/06/2023
Corey Mylchreest é um dos atores mais promissores do Reino Unido, que pode ser visto como o jovem Rei George em 'Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton' – a prequela da série de sucesso da Netflix, 'Bridgerton', que foi lançada em maio. Em 2023, também veremos Corey em 'Fantastic Friends', o programa de viagens apresentado por James e Oliver Phelps.
NN: Corey, pudemos te ver como o jovem Rei George em ‘Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton’, a prequela da série de sucesso da Netflix, ‘Bridgerton’. Como foi ser escalado para uma série que segue o sucesso de 'Bridgerton'?
CM: A experiência no total foi uma alegria absoluta. Eu conheci pessoas e continuarei amigo delas, espero que por toda a vida. Em termos de ser de 'Bridgerton', foi ótimo saber que as pessoas provavelmente assistiriam e então veio um estresse imediato que imagino que muitas pessoas têm com seus projetos nos quais colocam seu coração e alma; Não sabíamos o quanto seria assistido, mas sabíamos que iriam assistir. Mas, para ser honesto, eu pessoalmente não senti tanta pressão porque realmente parece que é algo próprio, é um pouco mais sombrio e passa mais tempo com menos personagens, então há mais tempo para estudar o personagem em si, o que como ator é sempre muito emocionante. E George não parece realmente seguir esse tipo de arquétipo de liderança romântica masculina; Então, como ator, é um personagem brilhante de se interpretar. Ao todo, foram alguns dos melhores meses da minha vida na verdade.
NN: A série conta a história da ascensão da Rainha Charlotte e sua história de amor com o Rei George. Como você descreveria a história de amor deles que nós vimos se desenvolver de episódio a episódio?
CM: Eu acho que um dos grandes presentes da série é que tem aquele lindo encontro e então eles se casam instantaneamente. Não há perda de tempo, eles ficam imediatamente juntos, então toda a série é uma exploração desse relacionamento; E ainda assim você também consegue vê-los se conhecendo, o que é uma coisa bem rara. Acho que em geral a história de amor, a história romântica é uma história de nascimento de amor incondicional, é tudo uma questão de aceitação tanto de si mesmo quanto do outro e eu acho que George e Charlotte estão tão desesperados por esse tipo de amor porque não é algo necessariamente que eles tenham experimentado, ambos são vítimas de diferentes tipos de opressão: Charlotte vive na opressão social muito mais sistêmica e George está definitivamente expereciando a opressão de sua família e da Coroa e os dois estão desesperados tentando se livrar de ambas as coisas.
George conhece a Charlotte e ele é esse homem que insiste em não ser a majestade dela, ele é apenas o George e o George conhece a Charlotte como essa pessoa que está tão desesperada em ser livre — tudo o que ela está pensando é "estou com este vestido de noiva, estou em um país ao qual não pertenço e vou pular este muro" e eu sempre acho isso muito engraçado, é indicativo de como ela está desesperada, o que diabos ela vai fazer depois de pular aquele muro?! Ela só vai estar em um campo onde não iria conseguir comida ou não iria conseguir voltar, então há algo muito bonito em como os dois estão tentando se livrar da opressão e de seus deveres. Eles se encontram naquele mesmo momento; Acho que isso é algo que, mesmo inconscientemente, ambos veem um no outro, é a primeira vez que eles são vistos como pessoas e estão vendo alguém que quer fazer o mesmo. Eles não estão jogando nenhum jogo naquele momento e embora eles tenham dificuldades ao longo do caminho, acho que essa é a centelha inicial e essa é a alma dos dois juntos. Eles têm seus obstáculos ao longo do caminho, mas trata-se de aceitar suas próprias falhas ou nem mesmo vê-las como falhas. Nada é perfeito, mas há tanta beleza naquela imperfeição que no final das contas, se você baixar a guarda, e se for a pessoa certa, ela vai te amar por inteiro.
NN: O Rei George está lidando com uma doença mental e podemos vê-lo passar por alguns tratamentos extenuantes. Quão desafiador foi filmar essas cenas?
CM: É mais difícil se você não fizer sua preparação como ator. Não me lembro quem foi, mas acho que um professor de teatro me disse que é como um navio zarpando e se você estiver cinco graus fora, serão 300 quilômetros pelos quais você perderá seu objetivo. Falei com um especialista, li o roteiro e fiz minha própria pesquisa, tive uma ideia do que queria e então me senti livre no momento em que estávamos filmando para me comprometer totalmente. Às vezes você se sente presente como ator e às vezes é uma luta tentar e você tem que dar as boas-vindas a tudo. Foi difícil mas achei que a música muito útil; Eu tenho o livro do personagem inteiro que ainda está lá por algum motivo que mais se parece com rabiscos de um homem louco.
Tom Verica foi fundamental nisso tudo porque eu acho que como ator, se você tem que estar naquele lugar, você está sacrificando um pouco de controle para chegar a esse lugar, pois é muito emocionante, muito frenético e também fisicamente desafiador. Você tem que se jogar e o que isso requer é uma visão objetiva e alguém que possa moldar aquele momento em coisas diferentes. É muito difícil para um ator estar naquele espaço específico, se comprometer 100% e também ter uma visão objetiva de como tudo está e é aí que entra o Tom; Eu simplesmente me entregava e então ele me guiava para fazer algo maior ou menor ou diferente ou menos doloroso ou mais revigorado, mais obsessivo ou elétrico. Esta é a coisa mais brilhante sobre o Tom, e ele é um ator excepcional por si só. Ele me dava conselhos brilhantes e então eu era capaz de mergulhar completamente e confiar que ele me apoiava como ator e por trás da história, ele tinha tudo certinho no lugar.; Eu diria que a doença de George é um amálgama de toda aquela pesquisa e fala com esse especialista e compromisso com seu diploma.
NN: ‘Rainha Charlotte’ se passa no século XVII (17). Pelo o que você filmou no set, o que você diria que é a sua coisa favorita daquela época?
CM: Sendo bem chato, eu diria que é a falta de celular. Ninguém tinha essas coisas e as pessoas podiam ser bem presentes. Embora seja o George, eu diria que ele não queria estar tão presente na maior parte do tempo.
Eu tenho uma irmãzinha e quando as crianças têm cerca de cinco a sete anos, sua compreensão do mundo está se desenvolvendo, mas a magia ainda existe, ainda há um pouco de mistério. Eu sinto que nesse tipo de período, ou talvez voltando até algumas décadas, a ciência começou a se inclinar para frente, mas em alguns lugares a magia ainda existia. Nós não entendemos tudo; Não que entendamos tudo agora, mas estamos mais perto (de entender), há um mistério romântico nesse período de tempo que eu gosto bastante.
NN: Antes de conseguir o papel de Rei George, você desempenhou um papel fundamental em 'The Sandman' da Netflix. A série segue Dream, que escapa da prisão de um mago mortal e parte em uma jornada para recuperar seus pertences perdidos. No conte mais sobre sua experiência neste programa, que foi um de seus primeiros papéis na TV.
CM: Essa foi minha primeira série! Eu não diria que minha função foi integral, mas foi muito útil e sou muito grato a todos que me deram essa oportunidade. Pode não parecer na tela, mas foi um grande dia, foi uma grande filmagem! Fiquei lá apenas um dia, mas estávamos filmando na mansão de Ian Fleming, o cara que escreveu os romances de James Bond. É um lugar enorme, havia cerca de cem figurantes, todos estavam vestidos com trajes de baile e smokings dos anos 20 e tínhamos esses carros antigos que foram restaurados apenas para aquele episódio.
Tinha guindastes enormes que faziam a ação da câmera, tinham luzes enormes que meio que ecoavam a luz do luar e acho que para mim, saindo da escola de teatro onde eu estava acostumado a atuar quase como em uma cela sem nada onde você tem que imaginar tudo, em que o par de fones de ouvido é uma arma e seu celular poderia ser um bebê, de repente tudo era real e você poderia reagir ao mundo de forma brilhante e foi uma sobrecarga incrivelmente desesperadora. Eu estava muito nervoso no meu primeiro dia de 'Rainha Charlotte', mas teria ficado ainda mais nervoso se não tivesse feito o que fiz naquele dia. Foi um verdadeiro batismo de fogo, tanto meu primeiro dia em 'Rainha Charlotte' e aquele dia em 'The Sandman'. Sou muito grato porque me deu uma pequena janela de como é a vida no set, especialmente em um grande dia.
NN: Você se formou como Bacharel em Artes em Atuação pela Royal Academy of Dramatic Art. O que fez você se apaixonar por atuar em primeiro lugar?
CM: Quando eu comecei, eu realmente não sabia. Houve um dia em que havia algo no meu coração que me dizia que precisava fazer isso. Tive um professor brilhante na escola de teatro e ele era uma das pessoas mais apaixonadas por arte que eu já conheci, foi realmente transformador em termos de trabalho, mas também mudou minha vida, ele me ensinou a meditar quando percebeu que eu estava lutando com algumas coisas pessoais.
Me lembro de um dia, havia uns nove de nós na classe e ele disse: “Vou dar uma volta e quero perguntar a cada um de vocês por que você faz isso (curso de atuação)? Por que você quer atuar?” as pessoas, inclusive eu, diziam “eu quero contar histórias, eu quero ver o efeito do que fazemos no rosto de alguém, em uma audiência ao vivo” e ele simplesmente dizia: “Não é por isso que você quer fazer isso. Próximo, próximo, próximo!” e então respondi algo sobre amar (atuação) desde cedo e que era a única vez que me sentia confiante fazendo e ele disse “Não. O que mais?” e eu lembro que (aquela pergunta) ficou na minha cabeça durante toda a aula e eu chorei porque simplesmente não sabia o que me faz querer ser ator, mas (a atuação) é a única coisa que me faz sentir como se estivesse respirando, é a única coisa que me faz querer acordar, é a única coisa que me faz sentir como se meu coração batesse. Eu não consigo explicar o sentimento para você, eu só sinto que é o que eu preciso fazer e ele me disse que estava certo, bastava apenas isso (esse sentimento). Acho que é o brilho de ensinar e revigorar apenas o suficiente dentro de você para que você descubra algo dentro de si. E mesmo naquele momento, tudo o que descobri foi que não precisava saber o por que que queria atuar, só precisava fazer.
NN: Qual foi a experiência mais memorável do seu tempo na RADA?
CM: Eu diria que há esse outro professor brilhante que também é um ator brilhante por mérito próprio [...] No meu primeiro ano na escola de teatro, na RADA, ele estava apenas começando, foi a primeira vez que ele deu uma lição e nós tínhamos essas coisa chamada de exercício de objetos, acho que muitos atores que treinaram saberão o que é isso; Basicamente, você finge que está em uma sala e precisa fazer três coisas (parecerem ações genuínas) seja arrumar sua cama, fazer você parecer que vale um milhão de dólares, limpar o quarto, tanto faz, basta apenas três coisas práticas, e é tudo uma questão de entrar na mentalidade de atuar em ação, não é fingimento, não é sentimento, não é emoção, não é pensamento, é apenas uma ação; E o que eu fiz foi atuar que eu estava voltando de uma noitada, tinha me envolvido em uma briga e estava fazendo feijão para mim; Eu abri a lata de feijão e acho que estava escovando os dentes ao mesmo tempo, desci para pegar o feijão cozido e ouvi todos na sala ofegar e eu pensei “nossa, não pensei que tinha feito isso tão bem” e então eu olhei para baixo, tinha uma poça de sangue enorme no chão e tinha sangue escorrendo pela minha mão... Tinha tanto sangue que eu não sabia o que tinha acontecido, mas não conseguia ver nada; Usei a garrafa de água que eu estava usando para escovar os dentes, para jogar a água (na mão) e vi o osso do meu dedo que imediamente formou outra poça de sangue.
No meu primeiro ano como ator, eu estava tão obcecado que eu queria ser o melhor ator do mundo. Eu queria ser um ator intenso, queria fazer tudo então eu pensei “vou continuar” e o professor dizia “não cara, você tem que parar e ir para o hospital” e então fui e levei alguns pontos, quando voltei encontrei todo mundo no bar e essa foi a minha grande lição; O professor me chamou de lado uma semana depois e disse que eu preciso parar de tentar ser um ator que precisa sentir dor, ‘isso é para ser divertido, você deve amar (o que faz), você deve ser apaixonado pelo o que faz; Não precisa se colocar em agonia todas as vezes.’
NN: Quando você se formou, você foi escalado para produções ao ar livre com as peças de Shakespeare: 'Romeu e Julieta' e 'Sonho de uma noite de verão'; Como foi estar em um palco ao ar livre e experimentar as reações do público ao vivo?
CM: Foi realmente adorável, há algo realmente especial no teatro e isso (a peça) foi no meio do Covid, então estávamos desesperados por qualquer trabalho. Lembro que estávamos fazendo 'Sonho de uma noite de verão' que se passa em uma floresta, é muito raro no teatro você conseguir fazer algo tão envolvente quanto fazer uma peça que se passa em uma floresta, em uma floresta, esso é algo que normalmente aconteceria na tela então foi ótimo de fazer.
Eu estava interpretando Demétrio, que é um dos quatro amantes, todos os quatro amantes foram enfeitiçados por Puck e adormeceram e era assim durante todo o intervalo, o intervalo de meia hora, dormimos no palco. Na primeira vez, eu estava muito nervoso para realmente adormecer, mas quando começamos a correr e estávamos fazendo dois shows por dia, comecei a adormecer de verdade. O segundo ato começou com trombetas, então eu sempre acordava. Nos primeiros dias, me lembro de ouvir algumas crianças na primeira fila discutindo se achavam se eu estava dormindo ou não; Não me lembro exatamente o que elas disseram, mas discutiram por meia hora sobre diferentes movimentos no meu rosto e nos meus dedos; Eu simplesmente amo pensar que elas estejam tão engajados durante o intervalo... Você sabe que elas provavelmente estavam se divertindo durante a peça, pequenos detalhes como esse fazem você perceber o que está realmente fazendo; Existem coisas brilhantes sobre atuar, dar a alguém algum escapismo ou algum entretenimento ou uma visão diferente de algo é sempre muito bom.
NN: O que você mais espera para o futuro da sua carreira de ator?
CM: Tem sido uma das melhores coisas até agora e eu realmente espero que continue, trabalhando e conhecendo pessoas realmente incríveis, brilhantes e lindas. Existem muitos cineastas e atores que eu amo e que não conheço e estou mais perto de trabalhar com eles do que nunca ou talvez do que jamais estarei, é algo realmente empolgante.
NN: Este ano também veremos você em 'Fantastic Friends', que é uma série de viagens de aventura, um show de desafios com infusão de magia e uma celebração da amizade. O que você pode compartilhar conosco sobre isso neste momento?
CM: Sem revelar muito, eu diria que haverá muita competição. Haverá alguns escorregões e deslizamentos e algumas quedas de algumas pessoas que não aconteceram de propósito. Pode haver ou não pinguins; Há algumas limpezas realmente ruins! Também acho que insultamos toda a comunidade do surfe... Foi incrível e divertido de filmar. James e Oliver Phelps são maravilhosos como pessoas, mas toda a equipe foi adorável; Nós nos divertimos muito e eu realmente espero que as pessoas se divirtam assistindo.
CRÉDITOS COMPLETOS DO EDITORIAL
Corey Mylchreest x Numèro Netherlands
talent: COREY MYLCHREEST
fotógrafo: KOSMAS PAVLOS
estilista: LAURENT DOMBROWICZ
cabelo: STEFAN BERTIN
maquiagem: LIZ DAXAUER
digital imaging: ALEXANDRA HENDL
assistente/foto: LUKE JOHNSON
assistente do estilista: REZA ZHIANI
editor: TIMOTEJ LETONJA
designer da capa: ARTHUR ROELOFFZEN
agradecimento especial ao Tapestry London
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coreymbrasil · 11 months
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Corey Mylchreest e India Amarteifio concedem entrevista a Shondaland
India Amarteifio e Corey Mylchreest veem sua história de amor 'Rainha Charlotte' como semelhante a 'Romeu e Julieta'
Amarteifio e Mylchreest vibram com a química na tela, e suas brincadeiras fora da tela são igualmente alegres.
VALENTINA VALENTINI: Então, eu estive no set e vi sua química como amigos. Eu adoraria saber como construir sua amizade fora da tela pode ter ajudado a imitar a química romântica que vocês dois têm na tela.
ÍNDIA AMARTEIFIO: Sinto que digo isso o tempo todo, mas me sinto muito sortuda por Corey ser quem ele é. Este foi um trabalho tão gigantesco de se assumir, mas era uma responsabilidade tão compartilhada entre nós dois. Estou muito ciente da sorte que tenho de estar emparelhado com Corey porque ele não é apenas um ator fantástico, e isso nem sequer quantifica minhas crenças reais sobre seu talento, mas provavelmente ficaria aqui o dia todo apenas afluffing o ego de Corey se eu entrasse nisso. mas sua dedicação ao trabalho me fez querer trabalhar mais.
COREY MYLCHREEST: Uau. Ok. Próxima pergunta [ambos riem]. Acho que a amizade nem sempre é necessária com sua co-estrela, mas se você está interpretando inimigos ou está em guerra ou está interpretando amantes, parceiros ou amigos, acho que qualquer nível de amizade fora da tela sempre ajudará a química na tela. Tem sido um privilégio absoluto não apenas conhecer, mas trabalhar ao lado da Índia por cerca de oito meses.
VV: Aww. Isso é muito doce.
CM: Eu sempre penso no nosso tempo juntos no set como um mosaico, porque cada cena que tivemos que filmar um com o outro está destacando um elemento muito detalhado do relacionamento de nossos personagens. Também trabalhamos de maneira bastante semelhante, pois sempre quisemos fazer perguntas e descobrir mais. vamos chegar à verdade deste momento. Se um deles está se sentindo inseguro ou o outro está se sentindo em conflito, ou vinculado aos seus deveres, seja o que for, sempre falaríamos sobre qual era o nosso relacionamento com esses temas na vida real. E se você fizer isso com cenas suficientes, então você não apenas obtém uma maior compreensão dessas duas pessoas na tela, mas também obtém uma maior compreensão uma da outra como pessoa. E muitas vezes, era uma cena íntima ou vulnerável, ou talvez uma cena em que você tem que tirar seu kit [roupas/trajes], o que nenhum de nós já fez isso realmente, mas passar por essas coisas juntos constrói um vínculo e uma confiança.
VV: Falando em cenas específicas, você se lembra qual foi a primeira cena que vocês dois filmaram juntos?
IA: Não posso esquecer! Era o Palácio de Blenheim, a cena logo após o casamento, onde ele respondeu: "Certo, vou deixá-la nesta casa que comprei para você e vou voltar para Kew".
CM: Foi uma cena enorme. Eu estava tão nervoso.
IA: Lembro-me de enviar mensagens de texto para você: "Certifique-se de trazer lanches", e você ficou tipo, "Índia! Não posso comer. Não é nisso que estou pensando!”
CM: Lembro-me da Índia dizendo que estávamos na última configuração, e acabei de responder: “Oh, ok. Ótimo.” E dentro da minha cabeça, eu fiquei tipo, o que é uma configuração?! O que isso significa? Eu não sabia de nada porque só tinha feito teatro e gostado de um dia em um filme, mas não sabia o que era uma “configuração”. Eu não tinha ideia do que estava fazendo. Lembro-me que a primeira foto que fizemos foi uma foto de drone, então é esse drone enorme no ar, e está fazendo esse barulho alto de zumbido para que você não possa ouvir nada. E nós estávamos na carruagem enquanto ela se vira e puxa até a casa, e nós subimos os degraus, e eu me lembro da Índia fazendo algo engraçado com as mãos dela. O que você estava fazendo?
IA: Eu estava tentando inventar um aperto de mão secreto para nós. Eu estava tentando não me abalar com o que estávamos realmente fazendo. caso contrário, eu teria sido uma bagunça. Eu só estava tentando manter a comédia, mantê-lo leve, fazer algo divertido.
CM: Bem, eu sempre me lembrei disso. Foi muito útil porque minha mente estava enlouquecendo, e ver a Índia ser boba com as mãos parecia ajudar. Oh, Deus! Acabei de me lembrar. então, este drone capturou tanta área que Tom Verica e toda a tripulação tinham que estar a cem metros de distância. Então, terminamos a cena, e o diretor assistente inventa um walkie-talkie e a voz de Tom do outro lado [com sotaque americano]: “Índia. Ótimo trabalho. Apenas o mesmo de novo. E Corey ...” Grande pausa, grande silêncio. “É assim que você vai fazer?” Eu olhei para você e fiquei tipo, “Oh, meu Deus.” E então ele diz: “Não, eu só estou brincando com você, cara! Foi ótimo.” Isso foi muito engraçado. Mas eu me lembro de pensar que tudo isso ia ficar bem porque naquela primeira tomada, eu vi que a Índia seria uma ótimo companheira, e Tom sabe como rir.
VV: Que tal a cena mais difícil que você teve que fazer? O mais desafiador, o que quer que isso signifique para você.
CM: Talvez seja porque assistimos ao episódio seis outro dia, mas há uma cena bastante emocional em que Charlotte entra no observatório para confrontar George. Eu tinha quebrado meu tornozelo, então a razão pela qual George está sentado e no canto o tempo todo é porque eu não conseguia me mexer [risos]. Eu estava com essa grande bota de reabilitação. Há esse ponto em que eu vou te abraçar, e então você me abraça de volta, e eu não aguento o peso, e eu balanço um pouco. Mas é como se ele estivesse realmente no momento.
IA: Você se lembra de como Tom nos fazia cantar “Feliz Aniversário” todas as manhãs para Leo, nosso cinegrafista? Às vezes, era uma pessoa diferente, mas era principalmente Leo, e todos os dias era o aniversário dele, então ele deve ter envelhecido, tipo, 30 anos! Isso aumentou bastante a moral.
CM: Levei, tipo, seis semanas para perceber que era uma piada [ambos rindo]. Eu sempre pensei que era o aniversário real de alguém porque no primeiro bloco de filmagens, eu só estava lá todos os dias por talvez uma semana, e então eu não estaria lá no início do dia ou algo assim.
IA: Você já fez aniversário enquanto estávamos filmando?
CM: Na verdade, foi meu aniversário em algum momento, sim.
IA: Eles cantaram “Feliz Aniversário” para você?
CM: Eles cantaram “Feliz Aniversário” para outra pessoa.
IA: [Risos.]
CM: Eles não sabiam que era meu aniversário, mas estava tudo bem. estou bem.
IA: Você tem certeza? Eu nunca tive um feliz aniversário.
CM: Bem, seu aniversário não foi quando estávamos filmando.
IA: Nem o Leo! [Ambos riem.]
VV: Não para ser uma Debby Downer depois de uma anedota tão engraçada, mas muito do relacionamento de seus personagens está envolvido em trauma. Como você acha que o trauma informou o amor deles um pelo outro?
CM: É difícil separar os dois. Não sei se trauma é a palavra certa, mas digamos que é. acho que o trauma é uma parte tão grande do relacionamento de Charlotte com seu dever, seu papel e a opressão a que ela está sujeita. Para George, há a pressão da coroa e de sua família, e a opressão que ele sente através disso. Em sua primeira reunião, essas duas pessoas se veem por quem são, não por seus papéis, mas por pessoas que estão lutando contra algum tipo de pressão e que estão tentando desesperadamente ser normais. Ela está tentando escalar uma parede, e eu estou tentando dizer que não sou o rei, sou apenas George, e é uma parte integrante da conexão inicial deles.
IA: Ambos entendem que estão em posições de tão grande peso e responsabilidade que, na verdade, apenas os dois podem reconhecer que ambos são duas pessoas tentando se libertar de algo. Ela foi enviada de outro país e plantada em uma das monarquias mais poderosas do mundo. George é a monarquia. Então, é entender essas posições de poder agora-pivotais nas quais ambos realmente não querem estar. Entendendo esse trauma, se quisermos chamá-lo assim, essa é a maneira deles de se relacionar.
VV: Você acha que há um momento específico em que eles se apaixonam um pelo outro?
CM: Muito disso acontece naquela primeira reunião e naquele primeiro dia. Na verdade, e falamos sobre isso, acho que há muitas semelhanças com Romeu e Julieta, pois sabemos onde esses personagens acabam. conhecemos a tragédia do fim de suas histórias. E grande parte dessa tragédia depende da crença do amor deles. A jornada disso é bastante tempestuosa, então você tem que acreditar na primeira reunião para que qualquer uma delas tenha algum peso. E a única maneira que isso pode acontecer é se houver alguma faísca de amor, não mágico, mas verdadeiro e espontâneo que se forma nesse primeiro momento. E se aprofunda, é claro, e se torna mais verdadeiro, e o vínculo é mais forte.
IA: Eu nem tenho nada a acrescentar. Isso foi realmente ótimo.
VV: Bridgerton estabeleceu uma fasquia muito alta para cenas íntimas no Bridgerverse. Como vocês dois abordaram suas próprias cenas de amor fumegantes? Dos quais há muitos, e sabemos que o público está muito aqui para isso.
CM: Não, eles odeiam.
IA: Sim, acho que ouvi dizer que eles querem menos. Não, sério agora. Eles,sendo a equipe criativa de Tom e nossos coordenadores de intimidade, Lucy Fennell, que estava lá durante as filmagens, e Lizzy Talbot, que lidou muito remotamente porque estava nos Estados Unidos, foram incrivelmente confortáveis e muito pacientes conosco. Foi a nossa primeira vez, metaforicamente, e também tendo cenas íntimas para uma série. Eu estava realmente agradecido de como, às vezes, quase se tornou bastante clínico. Era uma rotina coreografada e muito bem trabalhada. Então, isso tirou qualquer intensidade, eu acho, de como pode se sentir às vezes, como a exposição pode ser e vulnerável. Eu me senti muito bem protegida, considerando que estávamos fazendo algo tão vulnerável, para usar essa palavra novamente. Nós basicamente desnudamos tudo, e sentir-se capacitado e confiante nisso é algo pelo qual eu não só agradeço a eles, mas também quero agradecer a você, Corey.
CM: Ah, vice-versa. E essas cenas íntimas, embora eu espere que sejam, para o público, poderosas em termos de história, para filmar, eram como cenas de dublês. Nós realmente vamos um para o outro, e tudo é coreografado. É como uma dança ou uma briga. E Tom foi muito claro sobre isso, e também ficou muito claro na escrita de Shonda que eles se certificaram de que cada momento íntimo nunca fosse gratuito de forma alguma; sempre havia algo que progrediu na história, ou algo que havia mudado com os personagens. Eles nunca ficaram tipo, bata isso lá dentro sem motivo.
VV: Se vocês dois estivessem se entrevistando sobre seus personagens, há algo que vocês gostariam de perguntar?
IA: Ah, essa é uma pergunta tão boa! Nós faríamos isso o tempo todo para nos prepararmos para as cenas. Você tem alguma coisa, Corey?
CM: Sim. Onde você consegue a força? Aquele último episódio meio que me quebrou um pouco. Acho que porque termina com os caras mais velhos interpretando nossos personagens, e havia algo sobre isso ser a única vez que sou capaz de olhar para o enredo objetivamente, mas também tenho as memórias de fazê-lo e todos os sentimentos de fazê-lo. Então, tudo isso meio que me atingiu naquele momento. E eu olhei para Charlotte e pensei: “Que jornada dolorosa para ela.” Quero dizer, é muito doloroso para ele, mas cada vez mais, ele não está lá. Ela está lá, no entanto. Então, minha pergunta para a Índia é onde você consegue essa resistência?
IA: É amor incondicional. Acho que nunca tive amor incondicional no sentido romântico, então, em um sentido platônico, é com meus amigos e minha família. Eu faria qualquer coisa por eles porque só quero que eles fiquem bem. Você faz o máximo que pode em uma situação em que está tão fora de controle. Então, como Rainha Charlotte, eu só tinha que pensar: “Como eu amaria alguém que estava nessa situação?” E como Índia, eu faria qualquer coisa pelas pessoas da minha vida que amo incondicionalmente.
VV: Eu sei que você não teve muito tempo com Shonda Rhimes no set, mas havia algo sobre trabalhar com ela que você pudesse nos contar?
CM: Antes da leitura da mesa, eu estava muito doente. Não tínhamos certeza se era Covid, mas eu estava em quarentena e estava doente há cerca de duas semanas. Eu estava com febre. Eu consegui tudo claro, para ir para a leitura, e descobri que Shonda estaria lá cerca de 40 minutos antes no carro a caminho de lá. Eu nunca estive tão nervoso na minha vida. Primeiro emprego, primeira leitura, produtores em abundância, Shonda em abundância, diretora em abundância, elenco ao seu redor; Michelle Fairley [Princesa Augusta], ícone de atuação interpretando minha mãe. E nesse ponto, eu não conheci ninguém, e estive sozinho em um quarto escuro e sombrio. Eu nunca estive tão nervoso. Quando cheguei lá, Tom me apresentou a Shonda, e eu não sei como, mas sem rastejar, eu rastejei em direção a ela.
IA: Eu era um espectador disso, e ele parecia muito calmo.
CM: Eu parecia muito calmo.
IA: Corey não percebe que em situações em que ele está nervoso por não se deparar com isso. Ele é sempre super legal. Super-frio.
CM: Eu não estava tranquilo. Eu gaguejei. Foi muito ruim. Freddie Dennis realmente veio até mim depois e continuou: “Oh, cara. Eu poderia dizer que você estava muito nervoso.”
IA: Essa é a pior coisa que você pode dizer a qualquer um! Só para constar, acho que ele não se deparou com isso.
CM: Foi como conhecer a rainha [ambos riem].
IA: Eu não sei o que eu esperava que ela fosse. Eu não sei. Como uma pessoa de longe, porque ela é tão etérea em um sentido que, para nós como atores, e especialmente vindo da Grã-Bretanha, Grey's Anatomy e Scandal são programas enormes. A audiência que eles têm e o seguinte, isso é incomparável. Então, para ela ser tão normal e apenas sentada lá com seu jeans e uma camiseta, e tudo sendo tão legal para ela quanto para nós, foi realmente humilhante. Ele estabeleceu a franquia e deu o tom de como seria o resto da filmagem. Eu pensei que viria ao set e ficaria incrivelmente sobrecarregado com tudo isso, mas, na verdade, foi muito frio. E eu acho que isso se deve a Shonda e sua política de "sem idiotas". basicamente, se você é difícil de trabalhar e dificultar o trabalho de outras pessoas. Isso foi uma corrente durante toda a filmagem, mesmo que ela não estivesse lá. Mas quando a conhecemos, ela era muito normal, muito legal e muito talentosa. Que é o que queremos.
Fonte: Shondaland.
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