Text
GANHEI
Recebi um pedaço dele no primeiro encontro. Sensação de que a pele foi feita para outra pele, a boca foi projetada senão para outra boca e que os olhos durante o gozo expressa tamanha cumplicidade que só adquire níveis superiores se visto por outros olhos. "- Aceita um mamão? Comprei ontem estavam bem baratos." - Comi o mamão - Dois hambúrgueres - E bacon. Deixei um pedaço de mim no segundo contato. Liszt Mania foi a atração principal e depois dormimos como se nossos corpos tivessem sido preparados para aquela noite. "- hoje eu não tinha planejado dormir contigo, vim só pra fumar um." No terceiro encontro nos demos como velhos conhecidos. Cozinhamos de madrugada, fiz carinho com a pontinha dos dedos em sua pele e sua cabeça ja sabia que entre meu ante braço e meu peito era o local perfeito. - Acordei desajeitado. - Saí atrasado. - Mal nos beijamos.
0 notes
Text
algumas pessoas são grosseiras na sutilidade, sem perceber provocam uma explosão grosseira com um gesto mínimo mas ficam sem a fama
1 note
·
View note
Text
nasci estrangeiro em qualquer lugar como algo sem raiz que solta poros por onde cai sem gravidade
1 note
·
View note
Text
Amor em tempos virtuais "Oi, eu sei que taquei fogo na cortina, sambei no lustre, te fiz ver o mar amarrado em um poste... mas podemos voltar a tê-cê(r)?"
It tastes like Christimas *₹*
0 notes
Text
Acabei de ser abordado na rua por um estranho. Pediu que eu me apaixonasse
1 note
·
View note
Text
A paixão é feita de pouca luz com claridade o amor mata até a flor precisa de escuro em dias assim pela metade
com paixão
transformo versinhos
em música
Me é muito pós-moderno, disse o Clássico
0 notes
Text
foda morar na américa do sul, da europa do sudoeste, na áfrica do oeste, da ásia do leste
Em todo lugar estamos de passagem a direção é um sentido abandonado um momento
Foda morar na américa do sul, da europa do sudoeste, na áfrica do oeste, da ásia do leste
A droga perfeita é a estrada perdida afoga as listras amarelas descontínuas de um cimento feito de piche e mentira.
Foda morar na américa do sul, da europa do sudoeste, na áfrica do oeste, da ásia do leste
0 notes
Text
Durante boa parte de minha adolescência imaginei no voltar da escola que chegaria ao portão de casa e lá estariam mil paparazzi. Ainda na calçada me sussurrariam que era adotado e que minha mãe, para o meu pasmar, era a própria Madonna: ela te aguarda ali dentro, diziam. Depois de colocar um capuz na cabeça ia de encontro à gorda conta bancária com a qual passaria por uma boa dose de cirurgias plásticas. Com ela também destituiria o poder político da cidade, criaria totens com poemas-cutucões por todas as avenidas e construiria escolas de crianças-respondonas por todos os lugares. Ah, também faria uma grande festa onde contrataria grandes amigos para darem oficinas de contato-improvisação e customização de abadás. Hoje pensei que alguns outros poderia botar numa jaula na entrada enquanto o ambiente, um castelo rococó em terras cariocas, seria dividido entre divindades hindus e aristocracias extra-terrestres.
Ah, depois faria um filme sobre isso tudo com um letreiro inicial: isso não vai acontecer contigo.
0 notes
Text
Com todas as pessoas é necessário transar e transar é toque e toque é sensação.
Quando a imagem do outro me chega através do olho, órgão sensível: transamos: com toda e qualquer pessoas transamos. Com algumas basta o tocar de mindinhos do pé. A outras é necessário tatuar, o toque através de uma máquina, quando subjetividade e energia elétrica transam em forma e cor numa mistura de tinta e sangue. Três me encaram com uma mão dentro das calças, um falo que se mistura a arma enquanto o segurança do prédio se esconde atrás da pilastra a segurar um tablet. Não sei o que faço, se vou a casa com seus cômodos ocupados ou se preencho o vazio com substância que farão o mesmo que já fizeram. Vou à praça. Enquanto atravesso o centro da cidade regado a cheiros marginais vejouvi garotos tatuados. A diferença entre eles e eu é que possuo um gravador e não tenho medo de usá-lo.
Inteligência é você não seguiu as pistas que ceguei
0 notes
Text
Fiz esse teste do deus grego. Deu beijo grego. Não entendi muito bem
Acho que meu hd externo sofreu um Alzheimer forte
*aquele emoticon com bracinhos pros lados eim <<<<fuen>>>>*
Como diz Ed Coheh (apud Morton, 2002, p. 118), o slogan dos teóricos queer deveria ser: “fodemos com categorias”.
quem é o sujeito queremos ainda ser sujeitosquemprecisadosujeitoquemtemnostalgia do sujeito quem vem depois do sujeito?
Vou começar a gritar na cara de quem continuar falando de futebol na minha frente
Foda morar na américa do sul, da europa do sudoeste, na áfrica do oeste, da ásia do leste
último poema concreto: COM SEI TA
Entrego como trabalho final para duas disciplinas um caderninho feito a mão com "tudo o que não aprendi em sala de aula".
yay
Gente a univrrrrsidade ta tao babaca que prof afirma categoricamente que porta dos fundos n é uma serie sem nem conhecer porta dos fundos. Desenvolva uma dis serta açao sobre o que é série e o sério (vale poema)
FORMAtado forMATADO foi e matou com suas formas formatadas A FORMA MATOU
aos construtivos
Rafael Romão da Selva
1 de junho ·
PRESTIGI A DOR: ATÉ QUANDO POESIA COM CRETA???????
— com Camila Paola.
CurtirCurtir · · Compartilhar
Beatriz da Matta, Zelma Romão, Luciana Marth e outras 3 pessoas curtiram isso.
Camila Paola até se parar...
1 de junho às 12:29 · Descurtir · 2
1 note
·
View note
Text
A eterna luta entre quem lê Carta Capital quem lê as manchetes da Veja e quem não lê porra nenhuma
Pequeno poema político e contemporâneo
A justiça eleitoral existe há 70 anos, Más, Só houve redemocratização há 25.
Parece gente trepando mas é só colchão enchendo de ar pisar no lugar errado esvazia
Em todo lugar estamos de passagem a direção é um sentido que deve ser abandonado em determinado momomemento.
A criação da licenciatura em cinema é a oficialização da entrada do cinema nas escolas; constatação de que filmes educam. O que acontecerá com os Antoine Doinel hodiernos, Incompreendidos que buscavam a sala de cinema enquanto um espaço privado de baixo custo de entrada, em fuga da disciplina massificadora e vigilância das escolas? Doinel encontrava no cinema um espaço de fuga a si mesmo, espelho enquanto única educação possível em liberdade. Mas se o cinema desistiu de fugir da escola, algo eles devem ter em comum. Penso nos corpos, estáticos, em atenção ao monólogo da tela/mestre, grande sonho dos que educam as dores através do banco. A escola e o cinema educam o corpo a ficar sentado; algo bem diferente da infância de minha avó, obrigada a tocar um instrumento, debaixo de sol, por horas, para espantar pardais que atacavam o arrozal.
Da Mya
eu sou um dente de leão que segura a primavera nos dentes, feito uma felicidade de vela acesa pra não apagar é uhum
Além de Xerek Satânica, Valeska Popozuda e sei lá o q mais, a nova da UFF é que um grupo de jovens comunistas bateu em uma estudante de turismo. @s dit@s ficam na entrada da universidade e abordam a todos com um convite para um debate marxista. Também vendem um jornal a 5 filmas, que até já saiu no blog n veja. Aí por algum motivo bateram na pobre e tadinha e judiação passante.
Piores são os comentários do "spotted uff", onde pessoas garantem que tod@s os militante de esquerda são violentos "porque minha tia já apanhou de uma militante do PT em uma clínica".
Pra finalizar uma citação sem as normas da ABNT: "Se os de esquerda mataram, imagine os de direita e os do centro e os de cima e os de baixo". Ghandi
Contra-propaganda eleitoral Dois amigos descansam em um apartamento. A garota com quem moram irrompe pela porta: “ESSA É MINHA FAMÍLHA”: e em termos canavalescos adentram pelo espaço celebrando o Rio de Janeiro (mas aqui é Niterói!!!). Saem e encontram prostitutas, um casal vestindo uma camiseta “lo” e outra “ve”, um psicopata, uma folha de roteiro sobre o musical do cazuza. Duas mulheres batem em um gay: balé de pessoas que passam. Param em meio à rodovia e conversam do lado de fora do Caminho do Niemayer.
Penso nas formas contemporâneas do assistir: filme no tablet no busão, download de filme com projeção na tela de plasma, tem videoclipe, lyricvideo e propaganda no youtube, tem chatroulet, grindr e conversa de caixa eletrônica via whatsapp
Não lera o horóscopo naquele dia: ganhou uma revista sobre maconha enquanto lia pornografia em movimento: caiu no vão das barcas (tira o pé!): chegou ao supermecado, atrasada, cansada de contar dinheiro que não é seu: a tudo repetia em voz alta, o que lembrava e o que fazia dona juliana em seu dia-a-d-a. Ouvia ou previa? Des envolvida de sua própria vida.
Hippies em uma canoa são capturados por executivos e postos em um reality-show onde um será devorado e o outro abandonado. É a alteridade antropofágica. Nas provas, devem lidar com as percepções e sensações, experimentarem-se criadores de mundo-imagem, consultores e consumidores, fornecedores de layout humano. É a guerra estética planetária fundada numa nova espécime de subjetividade: a de eu também sei falar bunito.
Ontem uma cena do filme "Sonneallee" muito me tocou: Alex, lá pro fim do filme, desiste de se alistar no exército da RDA mas encontra Marco, seu amigo existencialista, na fila do alistamento. Segue a isto um longuinho trecho onde eles brigam fisicamente entre si: Alex não consegue acreditar na escolha do amigo. Em mim refletiu a ânsia da juventude pelas decisões. O enxergar imediatista das opressões e a ânsia para que escolhas sejam feitas geram insegurança, raiva e conflitos. A própria juventude guerreia entre si, posicionada em seus lugares de conforto e expectativas de vida. Pra onde devo ir? Onde devo juntar meus esforços para que o impulso de vida vença o de morte? Será que é em português, em uma universidade pública? Que difícil e sofrível a vida dentro de instituições, onde não se passa fome e se esquece de quem passa.
Falta um estudo sobre as percepções e sentimentos dos niteroienses sobre a UFF. Semana de "Calourada" é sempre um ótimo momento para ouvir comentários dos mais reveladores. Esses dias, em uma rede de relacionamento qualquer, fui acusado de ser "mais um garoto maluco da uff": que vem de outra cidade, fuma maconha, vota no psol etc. - de acordo com ele, a minha escolha pela UFF dizia muito sobre mim; outro dia, ouvi, da garota que recolhe tickets no bandeijão, conselhos sobre buscar trabalho - segundo ela, ficar em casa "enlouquece": aí é fácil ficar revoltadinho com o mundo e querer ir pra rua "causar"; ainda no bandeijão, a garota que nos serve cinco almôndegas (pois é necessário que alguém nos limite a quantidade de bolinhas de carne que podemos ~pegar~) disse que tinha cara de flamenguista e que estava cansada de nos servir: convidou-me a trocar de lugar com ela; nas barcas, ouvi senhoras discutindo sobre jovens de corpos pintados que pedem dinheiro em meio a mendigos. Após mais um semestre se iniciar muitas dúvidas permanecem em minha cabeça - mas para não ofender a ninguém (olha que beleza eu começar a ser um político de sorriso nos dentes), fico com uma só: por quê a universidade pública não serve a quem me serve almôndegas?
Hoje uma criança de 12 anos, moradora do Complexo da Maré, arrancou meu caderno de minhas mãos: elogiou um desenho, achou "maneira" a colagem da capa e se surpreendeu quando disse que o tinha costurado eu mesmo. Chamou-me criativo diversas vezes e sentou em um canto onde se esforçou em ler trechos sobre filosofia poética, Marcuse e poesia concreta. Que felicidade
0 notes