darlingmica

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onde: festival da renovação.

quando: competição de fogos de artifício.

michael sabia que aquele seria um dia inesquecível. adorava festividades desde que se entende por gente, mas foi impossibilitado de comemorá-las durante os anos de viagem no navio do hook. agora, só queria aproveitar o que estava sendo oferecido, admirar as luzes da mesma forma que admirou o desfile anterior e comer com seus amigos. porém, com uma discussão acalorada se formando, pareceu algo distante de sua realidade. "cuidado!" exclamou para muse, retirando-o da linha de fogo. nunca imaginaria que as pessoas usariam o som dos fogos de artifício para encobrir brigas e estapeamento.

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❛ oh, don't be cute. ❜

"não tô tentando ser, eu juro." a risada que escapava era sem jeito, as mãos ainda seguravam o presente que disse ser para john. não tinha lá muitas moedas de ouro para comprar coisas, mas agora que trabalhava na biblioteca, pelo menos um presente de natal poderia dar. "não vai abrir?" ofereceu a caixa para o irmão, ansioso pela reação. dentro dela, uma pulseira com coordenadas gravadas: a casa da família darling, em londres. parecia uma realidade muito distante da que eles estavam vivendo, mas michael gostaria que john se lembrasse que ainda existia uma casa para onde deveriam voltar.

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okay, just don't talk with your mouth full. (wendy)

há uns dias, michael se percebia tendo que se segurar para não rolar os olhos quando wendy falava consigo. não conseguia entender como tudo virava uma reclamação na boca da irmã, fazendo com que sentisse que qualquer coisa que fazia era errado. nenhum afeto, nenhum elogio, nenhum reconhecimento, apenas reclamação. estava falando de boca cheia, sim, porque estava animado com o que vinha sendo compartilhado, mas bastou a frase da outra para que michael suspirasse e ficasse quieto. era em momentos como aquele que sentia falta de casa, onde wendy provavelmente teria coisas mais importantes para se preocupar do que com a etiqueta que sequer era requerida em tão tão distante. viviam no meio de piratas! o que deveriam esperar?

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“Now, I’m not gonna lie, if I saw this in real life, it would freak me the fuck out.” @marietemtudoquequer

chegar em tão tão distante fez com que michael descobrisse seu gosto por leitura. durante os anos que passou trancafiado no navio, em alto-mar, não tinha tempo pra nada além das ordens do capitão, mas bastou atracarem o navio no cais da cidade para que novas experiências acontecessem com o darling — como ler ao lado de marie, dividindo o livro. "eu até pagaria de corajoso se já não tivesse visto um desse, uma vez." encarando a página ilustrada, era como se michael revivesse a memória. um animal sob o navio, grande o suficiente pra ser visto de todos os cantos da embarcação. "então concordo com você, meu coração não aguenta mais um desses não. achei que ia morrer ali mesmo."

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“ damnit, michael! i TOLD you not to play the hero! “ @reidasaboboras

michael deu um passo para trás apenas pelo tom usado por jack. não sabia lutar, pelo menos não de verdade já que todo o seu conhecimento se dava por livros, observar piratas e brincar com john. "eu tava tentando ajudar." não era bem uma justificativa, era mais uma forma de pedir desculpas — sem saber que palavras deveria usar pra isso. o que poderia ter feito de diferente? como poderia ter ajudado, afinal? sempre fora informado sobre o caminho errado de suas ações, mas ninguém nunca lhe dizia qual o caminho certo. "e tem algo que dá pra eu fazer? não posso só ficar parado aqui enquanto você faz tudo. tem que ter alguma coisa, eu consigo ajudar!"

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fechou os olhos ao ter o cabelo bagunçado e então riu, sem retrucar quanto ao título de estrategista porque havia sim aprendido várias de suas técnicas com john. apesar da experiência ruim que estavam tendo como prisioneiros, era bom poder contar com o irmão. "não é chato," a risada foi morrendo aos poucos, a espada de madeira sendo largada e as duas mãos indo parar na própria barriga. os olhos azulados encontravam o céu e não desviavam dele. "mas eu nunca pensei, sabe? não sei o que faria e nem se… bom, se eu poderia ir. não quero arrumar problemas com o capitão, nem pra mim e nem pra vocês." aquele era o tipo de conversa que wendy tentaria ter com michael, mas os últimos meses haviam sido tão estranhos entre o mais novo e a mais velha que preferiu apenas expor suas dúvidas ao do meio. "como é? na universidade. precisamos chegar já sendo bons em algo? eu... eu não sei no que sou bom ainda."

O único momento em que John conseguia esquecer completamente quem era, sua idade, e suas responsabilidades era quando estava com Michael. Seu irmão fazia com que ele se sentisse como se fosse ainda mais jovem. Nunca esquecendo suas brincadeiras, e também nunca querendo que o outro crescesse rápido demais. Ele mesmo gostaria de ser novo como Michael e não ter vivido tanto tempo com aquelas regras que fizeram com que ele perdesse tantas características que lembrava de ter. Ele não brincava mais de pirata ou acreditava em histórias. Porém, ali com Michael ele sempre entrava na fantasia do irmão. "Vai sonhando. Sou um estrategista de primeiro, Michael." Bagunçou o cabelo do mais novo e se sentindo um pouco mais corajoso. "Ela deve estar ocupada. Como sempre. Pelo menos a brincadeira não acabou. Alias, sei que isso é chato, mas...vou perguntar, você pensou em ir para a Universidade daqui?" A curiosidade o matando. John era formado. Havia feito faculdade enquanto ainda não haviam sido sequestrado.

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"frio?" repetiu o que ela havia dito, sem entender de onde havia tirado aquilo. "ele não vai dormir comigo. acho que seria maldade acostumar o bichinho e depois não conseguir dormir com ele por ter que voltar pro navio." deu de ombros, olhando pro animal uma última vez. precisava pensar em um nome, mas não era criativo o suficiente pra criar um tão rápido. "sem contar que a casa é na árvore, ele não conseguiria descer a escada e ia acabar preso dentro dela. a casinha parece uma ideia melhor, posso colocar cobertores e forrar ela pra ficar ainda mais quente durante o inverno." sorriu, tão determinado quanto antes, mas um pouco pensativo. wendy parecia negativa demais quando o assunto eram sugestões de michael e ele já tinha percebido isso, só não entendia o porquê. "você me ajuda? com a madeira."

"Okay! Eu vou acreditar em você." Não queria deixar, mas sabia que o irmão tinha que começar ter responsabilidades das coisas que gostava para poder crescer "Uma casinha? Ele vai dormir no frio? Ele poderia dormir com você." Relembrava-se quando Nala dormia com eles no quarto, indo para a sua cama e a aquecendo dos frios invernos de Londres. Ela sentia imensas saudades da sua cachorra.

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se surpreendeu com a reclamação de wendy, afinal, era ela quem dizia que podia pedir ajuda sempre que precisasse e agora estava negando pegar uma simples tábua, sem mais nem menos. "eu falei direito—" até se defenderia, mas deixou com que john intervisse porque estavam ali para construir o que se pareceria com um lar para os três, não pra brigar por coisas bobas como etiqueta. no fim, apenas suspirou e deixou de lado o que fazia para que pudesse pegar mais uma tábua sozinho mesmo. "pausa, almoço e água. faz tempo desde a última vez que bebemos. tô cheio de sede." enquanto falava, martelava o prego do que seria a base da casa. michael estava orgulhoso, tanto da ideia quanto do trabalho que estava realizando, então finalizaria pelo menos aquele detalhe antes de se afastar. "vocês querem mesmo construir a casa? parecem desanimados. aconteceu alguma coisa que eu não sei?"

@drlingwendy.

Tinha gostado da ideia do irmão em terem um espaço só deles, nem que fosse uma simples casa da árvore, dava para fugir e ter a privacidade e independência que tanto desejavam. "ó gente nada!" Logo reclamou. Seu rosto estava sério, olhando para o mais novo com desaprovação. Odiava que Michael estava falar como um pirata, sem educação nenhuma "Você não é pirata nenhum Michael! Eu lhe ensinei falar direito." O tom era frio, não desejava que a educação dada pelos seus pais fosse para o lixo, só porque eles estavam agora a viver naquele lugar "É primeiro chamar por um dos nosso nomes e depois pedir "Por favor, um de vocês poderia ajudar-me com uma tábua? Estou achando que este lado precisa de firmeza."" Nem morta Wendy deixaria que seus irmãos ficariam sem educação.

@d4rlingjohn

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@d4rlingjohn, @drlingwendy, @panthepeter, @youshalldie, @fadinhapistola.

FILMS IN 2023: → Peter Pan (1953) — dir. clyde geronimi, wilfred jackson, hamilton luske 

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quando a viu cruzar os braços, já sabia o que vinha — não esperava que fosse diferente. porém a escutou com atenção e mediu mentalmente os prós e contras de manter o animal sob sua responsabilidade. a verdade é que michael vinha precisando de uma razão maior para levantar da cama todos os dias e via o cachorro como uma boa possibilidade. poderia ser seu amigo, escudeiro fiel, ajudante emocional. não era assim tão ruim quanto ela dizia ser. "não se preocupe, pode deixar ele comigo." assentiu sorridente, determinado a cumprir com tudo o que havia sido listado por wendy. "só vou precisar de ajuda pra pegar madeira na floresta, quero construir uma casinha pra ele."

Wendy cruzou os braços há sua frente, seu rosto bem sério enquanto olhava para o animal e depois para o irmão mais novo "Vai coloca-lo onde Michael?" Wendy quase sentia-se como mãe, o que foi enquanto cresciam e era ela que educava mais os irmãos mais novos "Você vai cuidar dele? Dar alimento, levar a passear, limpar depois de ele fazer suas necessidade fisiológicas? Ter cachorro dá muito trabalho! Nana era diferente, Nana era uma cadela treinada e com profissão você vai adotar um cachorro de rua que tem que treinar para que ele faça o que deseja." Alertou o mais novo. Wendy não se importaria de ajudar, mas não seria ela a ficar com as responsailidades quando seu irmão é que deseja adota-lo "Eu não irei ajudar você a cuidar dele. Se quer ficar com ele, vai você tratar tudo em relação ao cachorro... Compreendeu?"

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@shapeshifermadrigal não comentou 🎣 para um starter, mas ganhou um mesmo assim.

"ei! camilo! pera aí!" michael apertou o passo para que pudesse se aproximar do outro. apesar de se ver em tão tão distante a um tempo considerável, não era permitido explorar a cidade muito além do cais, então não conhecia boa parte dos estabelecimentos existentes. "você que entende mais dos lugares daqui que eu, sabe me dizer se existe algum viveiro... mágico?" a última palavra soou insegura, apenas porque não sabia qual seria a reação do outro com o pedido. porém a vontade de cultivar um jardim mágico falava mais alto do que a possível negativa que receberia, fazendo com que continuasse o pedido. "me ajuda a encontrar um, vai. preciso de umas mudas."

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@d4rlingjohn comentou 🎣 para um starter.

ter crescido em um navio, em meio a piratas, influenciou muito a personalidade e os gostos de michael, assim como as brincadeiras. já não eram mais crianças, mas constantemente se via simulando uma batalha de espadas com o irmão quando não tinham nada melhor pra fazer. os movimentos eram diferentes todas as vezes, assim como as frases repetidas que tinha ouvido de um ou outro tripulante, porém o final era sempre o mesmo: os dois jogados no chão, cansados e risonhos. "se prepara, porque não vou pegar tão leve assim da próxima vez." a provocação veio natural, cutucando a coxa de john com a espada de madeira. "me admira a wendy não ter aparecido pra acabar com a brincadeira, dizendo que iriamos nos machucar."

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@drlingwendy comentou 🎣 para um starter.

"me escuta primeiro, tá?" michael começou, tentando desvendar como wendy se sentia ao ver o cachorro em seu colo. os olhos estavam semicerrados, analisando todas as expressões da irmã, pronto para argumentar se precisasse convencê-la a ficar com o animal. "ele não tem casa, não posso deixar um bichinho desse sozinho no meio da rua. olha o tamanho dele, wenny." levantou um pouco mais o cachorro, apenas para que ela pudesse vê-lo melhor. michael estava feliz em tê-lo, mas não queria mantê-lo contra a vontade dos irmãos. "podemos ficar com ele? por favor! sei que não vai dar pra levar pro navio, mas montamos um lugar pra ele na casa da árvore."

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@drlingwendy & @d4rlingjohn comentaram 🎣 para um starter.

a ideia de criar uma casa na árvore havia sido de michael. depois de tantos anos sendo reféns no navio do hook, navegando pelo mar sem quaisquer expectativa de estarem em terra firme, o mínimo que o loiro poderia oferecer aos irmãos agora em tão tão distante era um espaço próprio para chamarem de seu e aquilo era o máximo que suas economias conseguiam pagar. "ô, gente!" movimentou a mão por trás da cabeça, em uma tentativa de chamar atenção de wendy e john, mesmo que de costas. "alguém me arruma uma tábua aí, tô achando que esse chão não vai ficar tão firme sem mais uma." retirou os fios que teimavam em grudar na testa antes de continuar a martelar os pregos que juntavam a madeira.

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MICHAEL PROVOST in #REALITYHIGH