deverassinto

[deverassinto]

Se Há Dúvida, Eu Me Retiro.

Eu amo com desejo e alma.

Com urgência nas mãos, com calma nos olhos. Amo com fome e com cuidado. Meu amor não é morno, é febre. É presença que se faz notar, é toque que arrepia até o pensamento. É beijo que marca a alma. Mas… não é disputa.

Não amo em arena. Não me vendo em leilão.

Se percebo que preciso competir pela tua atenção, eu recuo. Não por orgulho. Nem por medo. Mas por convicção. Porque onde há espaço pra dúvida, não há lugar pra mim.

Eu não vim pra ser opção. Não nasci pra ser plano B de ninguém. E se, ao meu lado, teu olhar ainda busca outros, se tua pele ainda sonha outros toques, se teu coração ainda mede se é por mim que bate… então, te deixo livre.

Porque o que eu ofereço é inteiro. Meu corpo, minha mente, minha lealdade. E tudo isso só faz sentido quando recebo entrega de volta. Eu quero ser desejo, sim, mas também quero ser paz. Quero ser escolha sem hesitação. Quero que, ao olhar pra mim, você saiba que é aqui que tua alma descansa e teu corpo se acende.

Não quero ser lembrado entre mensagens não respondidas, nem ser mais um no meio de possibilidades. Quero ser o nome que vem na boca quando o corpo estremece. O pensamento que invade sem pedir licença. O toque que você reconhece mesmo de olhos fechados.

E se não for assim… tudo bem.

Eu aceito. Me retiro. E sigo inteiro.

Porque o amor que mora em mim não aceita metades. E eu já me conheço o suficiente pra saber: se não for pra ser escolhido com certeza, prefiro ser ausência com dignidade.

-Thato.

[deverassinto]

Era pra ser colo… virou café.

@ecosdoinfinito_

[deverassinto]

É sempre a mesma coisa.

A gente briga, diz que acabou, que agora é sério. Que cada um vai seguir seu caminho. Mas basta um olhar torto, um encontro inesperado, uma palavra mal dita… e a gente já tá se devorando de novo, como se o mundo inteiro fosse só esse impulso incontrolável que existe entre nós.

Outro dia mesmo, você apareceu no meu apto sem avisar. Estava puta comigo. Dava pra ver no teu rosto. A raiva vibrando no teu corpo, nos passos duros, no jeito que cruzou os braços. Veio me cobrar, veio dizer que estava cansada desse vai e vem, que a gente precisava parar. Mas bastou eu chegar mais perto e dizer teu nome com aquela voz baixa, você sabe qual, e pronto.

A discussão virou silêncio.

E o silêncio virou respiração pesada.

Eu encostei você na parede da sala, sem pedir permissão. Tua boca ainda quente de raiva colou na minha como se quisesse me punir e ao mesmo tempo me implorar por mais. Tua mão cravada no meu pescoço, minhas unhas marcando tua cintura. Ninguém ali queria perdoar , a gente só queria sentir. Esquecer. Se perder.

Rasgamos roupas como se elas fossem o problema. Você me montou no sofá como se precisasse provar que ainda tinha poder sobre mim. E tinha. Sempre tem. O jeito que você rebola em cima de mim, de olhos fechados, mordendo o lábio e gemendo baixo… é tipo droga. É pecado vestido de prazer.

A gente se fode como quem briga, como quem se vinga, como quem se ama sem querer admitir. E no fim, deitados ali, ofegantes, eu te olhei e só consegui rir. Você também riu. Porque a gente sabe. Não adianta. A gente pode até tentar resistir… mas quando se encosta, já era.

Você é meu vício. Meu castigo e meu paraíso.

E a verdade é que, no fundo, nenhum de nós quer se curar.

-Thato

[deverassinto]

Eu não sou fácil de amar.

Não porque eu não ame. Pelo contrário, eu amo demais. Amo com uma intensidade que às vezes nem eu sei como segurar. Mas tem dias em que o céu dentro de mim escurece sem motivo. Dias em que eu fico quieto, distante, preso em pensamentos que nem sempre consigo explicar.

Eu tenho os meus medos. Medo de não ser suficiente. Medo de falhar com quem eu amo. Medo de ser demais... ou de não ser o bastante. Carrego algumas dores antigas, bagagens que o tempo não conseguiu levar embora. Às vezes sou inseguro, às vezes me fecho, e tudo o que eu preciso é de alguém que não desista de mim nesses momentos.

Eu não sou perfeito. Tenho defeitos que me irritam, atitudes que depois me fazem pedir desculpas em silêncio. Mas eu sou leal. Eu sou verdadeiro. Quando eu amo, é pra valer. E tudo o que eu quero é alguém que me ame também nos dias em que o meu mundo desaba, não só quando eu sou riso, mas quando sou lágrima também.

Eu preciso de alguém que entenda que minhas tempestades fazem parte de mim, mas que dentro do meu peito existe um amor imenso, puro e cheio de vontade de cuidar. Que me abrace quando eu estiver frio, que fique quando tudo em mim parecer querer afastar.

Porque, no fundo, tudo o que eu quero... é ser amor, e ser amado, por inteiro, inclusive nas minhas partes nubladas.

-Thato

[deverassinto]

Você merece mais.

Não porque eu não te amo. Mas porque eu te amo tanto que seria covardia te manter aqui enquanto carrego esse medo de não ser suficiente pra você.

Você é luz demais pra minha bagunça. É calma demais pros meus ruídos. E por mais que eu te quisesse pra sempre do meu lado, seria egoísmo fingir que eu não sinto esse peso dentro de mim, esse medo constante de não conseguir te amar como você merece. De falhar com você. De ser menos, quando você merece tudo.

Te olhar é como encarar algo sagrado. E eu? Eu ainda tô aprendendo a não me esconder da minha própria sombra.

Você me enxerga como ninguém. E isso me assusta. Porque quanto mais você vê, mais eu temo que perceba: eu sou feito de cicatrizes, de culpas, de partes quebradas que ainda estou tentando colar. E mesmo com todo esse amor que eu sinto, eu não sei se consigo te dar a leveza que você merece.

A verdade?

Eu daria o mundo por você. Mas não sei se sei como. Por isso, com o coração em pedaços e a garganta apertada, eu escolho soltar tua mão.

Não porque não te quero, mas porque talvez o mais puro amor que eu posso te oferecer agora seja esse: o de te deixar livre pra encontrar alguém que saiba te amar sem medo, sem dúvida, sem esse vazio que às vezes me engole.

Alguém que te olhe como eu olho, mas sem tremer por dentro. Alguém que te tenha, sem o pavor de não merecer. Eu vou continuar te amando em silêncio. Talvez pra sempre. Mas em silêncio.

E se um dia você lembrar de mim, que seja com carinho. Com a certeza de que te deixei ir, não porque não te amava…

Mas porque te amava demais pra te prender a alguém que ainda não aprendeu a se amar por completo.

-Thato

[deverassinto]

Confesso… tentei te esquecer. Juro. Fingi que estava bem, que a vida segue, que é sobre liberdade, desapego, autocuidado, blá, blá, blá… Mentira. Tudo mentira.

Porque, no fundo, você sabe... te penso até no automático. Tipo música chiclete, tipo vício caro, tipo aquele gole que queima na garganta mas desce gostoso.

E olha que eu até tentei ser racional, tá? Joguei teu nome pro universo, fiz de conta que era passado… Mas aí teu cheiro me atravessa na rua, tua risada me invade sem pedir licença e, pronto, já era. Já tô te querendo de novo.

Querendo te ver sem mapa, sem roteiro, sem freio. Te despir de qualquer pudor, te deitar no meu peito e fazer teu corpo decorar cada vírgula do meu. Na pele, na boca, na alma. Sem poesia bonitinha, sem legenda fofa. Só gemido, risada e aquele “você não presta” no meio do caos.

E se quiser dar nome pra isso aqui… dá. Mas eu te adianto: não é amor, não é tesão, não é saudade. É tudo isso junto. E misturado.

A real? Eu sou teu ponto fraco. Teu karma favorito. E se tu vier… vem a seco, sem gelo, sem dó e sem pausa.

Thato

[deverassinto]

Começo, meio e fim.

Eu me olho... E me pergunto: como é que se explica esse amor que mora aqui dentro? Não tem manual. Não tem regra. Só tem verdade. Só tem você, em cada espaço que me preenche.

É que quando te penso... tudo faz sentido. O antes, o durante, o depois... Você virou meu começo, meu meio... e, se tiver que ter um fim, que seja só pra recomeçar outra vez.

Eu me reconheço no teu abraço. Me encontro no teu sorriso. E me perco, de propósito, no jeito que você me olha como quem sabe que me tem.

Você é aquela parte de mim que eu nem sabia que faltava, mas que agora não sei mais viver sem. E se me perguntarem onde é que mora a minha paz, eu não titubeio: É no som da tua voz, no toque da tua mão, no cheiro da tua pele, no jeito doce e firme de me amar sem medida.

Se amar é isso... Então eu aceito. Me entrego. Me jogo sem rede, sem medo. Porque você chegou, bagunçou meu mundo e colocou cada coisa no seu lugar, dentro de mim.

E eu só sei querer assim: inteiro. Te querer nas manhãs sonolentas, nas tardes sem pressa e nas noites em que o silêncio fala mais alto... Mas é a tua respiração que embala meu sono.

Se for pra viver, que seja assim: Com você sendo meu porto, meu abrigo, meu desejo e meu descanso. Porque amar você não é escolha... É destino.

E se a vida é feita de começo, meio e fim... Eu só peço que o nosso seja infinito enquanto o amor nos couber no peito. E olha... cabe muito.

Thato

[deverassinto]

Te amo com dor

Te olho como quem vê o fim e ainda assim escolhe sorrir. Como quem está diante do mar sabendo que vai se afogar, mas entra mesmo assim, com os olhos abertos, com a alma nua. Porque te amar é morrer bonito.

Tem algo em você que me devora e me salva ao mesmo tempo. Tua pele tem gosto de despedida e de recomeço. Teu cheiro me lembra o que nunca foi meu, mas me pertence.

E quando você me toca... não é só a pele que arrepia, é a lembrança de todas as vidas em que também te desejei. Você não diz que me ama. Mas eu escuto em cada silêncio.

Na forma como teus olhos me procuram mesmo quando estamos cercados de outros corpos. No modo como tua mão desliza pelo meu braço como se desenhasse um mapa de volta pra casa.

Você me ama com medo. E eu te amo com fúria. Naquela noite em que teu corpo colou no meu, e nossos suspiros viraram oração, eu entendi: isso aqui não é só carne.

É música. É tragédia cantada em italiano, com lágrimas nos olhos e desejo no ventre. É amor que não se diz, se sente, se canta, se geme entre dentes. Te amar é como cantar Caruso em silêncio: com a garganta rasgada de emoção, com o peito apertado de tanto sentir, com o coração de joelhos.

Te amar dói, mas é uma dor que viciei. Você vai embora. Sempre vai. E mesmo assim volta no cheiro da minha roupa, no gosto da minha boca, no eco da tua voz que sussurra meu nome com saudade e tesão. Te amo como quem sangra e não quer curar. Te amo como quem chora e goza ao mesmo tempo. Te amo como Caruso cantou: com a alma exposta, com a vida nos olhos, com o amor rasgando o peito como navalha, e mesmo assim, bela.

Imensamente bela.

Thato.

[deverassinto]

Confissões de um emocionado assumido (com cara de bravo)

Eu sou o típico caso de "não se deixe enganar pela cara fechada". Sério. Tem gente que me vê quieto, meio sério, com essa cara de quem tá pronto pra reclamar do preço do arroz, e acha que eu sou todo durão. Mal sabem que por dentro eu sou basicamente um marshmallow ambulante: macio, doce e levemente derretido quando toca uma música boa ou quando minha cachorra deita com a cabeça no meu colo.

Sim, eu sou um emocionado. Com orgulho. Me emociono com o céu alaranjado no fim da tarde, com cachorro abanando o rabo na rua, com passarinho cantando cedo (mesmo que eu queira dormir mais), e com playlist que parece ter lido minha alma. Música pra mim é terapia, trilha sonora da vida. Às vezes tô lavando louça como se estivesse num clipe melancólico, outras vezes correndo na rua me sentindo o protagonista de um filme indie.

Tenho uma cachorra e uma gata, minhas terapeutas não licenciadas. A cachorra é puro amor e carência, me olha como se eu fosse o sol do universo dela. A gata… já é mais na dela, mas quando deita no meu peito ronronando, pronto: derreto. Aliás, se tem bicho envolvido, eu viro criança. Não importa o humor do dia, um focinho gelado encostando em mim é tipo botão "desliga o estresse".

Apesar de tudo que já passei, os sustos, os tropeços, as quase partidas, eu faço questão de olhar pra vida com leveza. Não tô dizendo que vivo em um comercial de margarina (até porque eu sou diabético, né, vamos com calma no pão com manteiga), mas aprendi a encontrar graça e beleza até nos dias meio tortos. Às vezes, só de ver uma folha balançando ao vento, já fico pensando "olha que poesia".

Eu sou carinhoso. Do tipo que manda mensagem do nada só pra saber se a pessoa comeu. Que lembra a música favorita do amigo. Que manda meme pra animar o dia. Só que, como disse, essa cara de segurança de boate às vezes atrapalha. Já ouvi de gente que achava que eu era arrogante, fechado, distante. Spoiler: sou só tímido e míope mesmo. Mas quando eu confio, viro abraço, escuta, piada ruim e coração disponível.

Enfim, se ser emocionado é pecado, então já podem reservar meu lugar no tribunal. Prefiro sentir demais do que me fechar. Prefiro ser o que chora vendo vídeo de reencontro de cachorro perdido do que ser o "frio e inabalável". Porque, no fim, é isso que me move: o afeto, o amor pelas coisas simples, a vontade de viver com o coração escancarado, mesmo que ele pareça escondido atrás da minha sobrancelha franzida.

-Thato.

[deverassinto]

Nunca fui o homem que ele queria que eu fosse...

Cresci ouvindo que homem de verdade não se apaixona.

Que homem não sente... não chora... não se apega.

Cresci ouvindo que amor era coisa de mulher.

Que o certo era ser ligeiro, ser esperto, ser pegador.

Que homem que se entrega vira piada.

Que quem ama demais... perde.

E sabe... doeu.

Doeu demais, pai.

Doeu te ver olhando pra mim como quem pergunta em silêncio:

"O que foi que eu fiz de errado?"

Porque, desculpa...

Eu nunca soube ser esse cara que você sonhou.

Nunca soube fingir desinteresse, nunca soube amar pela metade, nunca soube tratar gente como passatempo.

Nunca consegui vestir essa armadura que você tanto tentou me ensinar.

Enquanto você me dizia pra ter várias, pra não me apegar, pra ser caçador de corpos e acumulador de histórias vazias...

Eu tava ali, quieto no canto, desejando encontrar um amor que me atravessasse por inteiro.

Desejando boca que não fosse só beijo... mas lar.

Desejando pele que não fosse só toque... mas abrigo.

Desejando um amor como de meus avós, como minha mãe me ensinou.

E me chamaram de bobo.

De trouxa.

De homem fraco.

De sensível demais.

De intenso até o osso.

E, sabe... talvez eu seja mesmo.

Mas prefiro ser isso do que carregar o peso de uma vida feita de silêncios, de vontades engolidas, de abraços que nunca aconteceram, de “eu te amo” que nunca teve coragem de sair da sua boca.

Porque, no fundo, pai...

Sempre achei triste essa sua mania de confundir frieza com força.

De achar que amor é fraqueza.

Que quem sente, perde.

Que quem se entrega, se arrebenta.

E olha...

Se amar é perder, então eu perco bonito.

Perco rindo, perco de peito aberto, perco com a boca cheia de nome, com o coração sujo de desejo, de ternura e de poesia.

Porque eu não nasci pra amar pela metade.

Eu nasci pra amar até a última gota.

Pra me entregar até o osso.

Pra olhar nos olhos e dizer: “Fica. Porque eu quero. Porque você é.”

Se isso me faz menos homem no seu mundo...

Que sorte a minha.

Que sorte não caber nesse molde quebrado que você tentou me enfiar.

Porque, pai...

Se tem uma coisa que eu aprendi...

É que amar nunca foi fraqueza.

Fraqueza é passar pela vida inteiro... sem nunca ter amado de verdade.

E por ser forte não escondo que apesar de tudo, eu te amo!

Thato

[deverassinto]

Sabe... eu nunca fui do tipo que se importa muito em ser lembrado por grandes feitos, por discursos marcantes ou por momentos épicos. Não. Acho que nunca precisei disso pra me sentir importante na vida de alguém.

Na verdade... eu gosto mesmo é de ser lembrado nas coisas mais simples. Naquela música que começa a tocar do nada e te faz sorrir sem saber exatamente por quê... ou sabendo muito bem. No cheiro de café passado na hora errada do dia. Naquela pizza específica, que vem sempre com aquele detalhe que só a gente percebe.

Gosto da ideia de estar presente quando você vê um cachorro bobo na rua, de língua pra fora, cara de feliz, andando sem destino, meio como eu, às vezes. Ou quando você ouve alguém soltar uma risada alta, meio desajeitada, e isso te faz lembrar da minha. E rir de novo, sozinha.

Quero ser lembrado naqueles detalhes que ninguém mais nota, mas que, pra quem sente, faz todo sentido. Na mensagem que você quase manda, mas não manda. No filme que passa na TV e você pensa: “Ele ia adorar isso”. Ou até numa frase solta que alguém diz, sem intenção, mas que parece ter sido tirada de alguma conversa nossa.

Porque, no fundo, é isso. Eu não quero ser inesquecível de um jeito grandioso... quero ser inesquecível no detalhe. No gesto pequeno, no sorriso bobo, na memória que te invade no meio do dia, sem você esperar. E que te arranca aquele pensamento: “Ele faria exatamente isso agora”...

E se isso acontece... se, em algum momento, alguma dessas coisas te faz sorrir e lembrar de mim... então, acho que já valeu. Já vale tudo.

Thato

[deverassinto]

Detalhista Incorrigível

Eu me apaixono fácil, confesso mas calma, não pelo óbvio, sou mais chegado num tropeço, num riso torto, num gesto sóbrio.

Enquanto todo mundo olha o show, eu tô lá, hipnotizado pelo bastidor. Se tua risada sai antes da piada, é aí que mora o meu amor.

Não ligo pra filtro, pra pose ou vitrine, quero ver teu olhar quando não tem ninguém. O jeito que tu ajeita o cabelo distraída, isso, pra mim, vale mais que cem.

Te observo como quem saboreia vinho caro devagar, com sede, sem pressa de acabar. Sou desses que repara até no silêncio, principalmente quando ele sabe dançar.

O canto da tua boca quando mente mal, o pé batendo no chão quando tá nervosa… São os defeitos que me deixam louco, tua bagunça me parece tão gostosa.

Gosto do detalhe que ninguém vê, da pinta esquecida no ombro esquerdo, do jeito como você gira o anel no dedo quando finge que não tá com medo.

A verdade? Eu sou detalhista por luxúria, por pura safadeza poética, talvez. Mas também por essa mania incurável de me perder onde ninguém se fez.

Então se eu te olhar demais, não estranha não é cantada barata, é contemplação. Te estudo como arte em exposição… E já aviso: eu sou doutorado em perdição

Thato.

[deverassinto]

Olá, para divulgação de alguns trechos, frases, versos dos meus textos autorais, criei um Instagram do tumblr. O Instagram é @deverassinto. Quem quiser seguir, compartilhar, divulgar, meu coração será grato!

Thato

[deverassinto]

Olá, para divulgação de alguns trechos, frases, versos dos meus textos autorais, criei um Instagram do tumblr. O Instagram é @deverassinto. Quem quiser seguir, compartilhar, divulgar, meu coração será grato!

Thato

[deverassinto]

[deverassinto]

"Manias"

Tá bom, vou logo entregando o jogo: eu tenho umas manias meio peculiares.

Não é doença, é charme torto. Não é transtorno, é só o caos tentando parecer fofo.

Pra começar, eu só deito na cama depois de tomar banho.

É lei. Pode estar nevando no inferno, pode ter rolado fim do mundo e zumbi dançando lambada na janela, eu só me jogo no lençol se estiver limpo e cheiroso.

Gosto da pele recém limpa, do travesseiro com cheiro de amaciante e da ilusão de que, ao menos ali, tudo está em ordem.

Porta? Eu confiro. Antes de sair. Antes de dormir.

Tranco, ando dois passos, volto. Olho, puxo, empurro, rezo uma prece invisível e saio fingindo que confio em mim mesmo.

É quase um ritual de proteção contra o caos do mundo… e das minhas paranoias internas.

Tem também essa mania de passar a mão na nuca.

Se eu tô nervoso, já era. A mão vai ali, como quem tenta apertar o botão de reiniciar o cérebro.

Se você me vir passando a mão na nuca e dando risadinha sem graça, pode saber: tô todo lascado por dentro.

E quando eu gosto, ah…

Viro um romântico carente com pegada.

Tenho essa necessidade besta (ou linda, depende do ponto de vista) de deitar no colo de quem eu amo.

Me encaixar ali, feito criança grande com libido aflorada e coração exposto.

E se for em clima de romance, eu viro e encosto o rosto na barriga da pessoa, sentindo o cheiro da pele, o som abafado da respiração…

Ali, se deixar, eu durmo. Sério. Desarmo. Me derreto.

Falo dormindo, inclusive, já revelei sonhos constrangedores e desejos inconfessáveis no meio da madrugada.

Sim, sou esse nível de vulnerável.

Tenho umas outras manias também: coloco o celular pra carregar do lado certo da cama, tomo café como quem beija devagar, e fico fazendo cafuné em mim mesmo quando a insônia aperta, até alguém assumir esse posto, claro.

Sou um romântico visceral, mas com a alma bagunçada.

Meus afetos vêm com código de acesso: quem decifrar, leva um amor inteiro, imperfeito e profundo.

Levo a vida meio debochado, meio dramático, com doses de erotismo e crises existenciais a cada terça-feira.

Mas olha… se você conseguir rir comigo, me dar colo e deixar eu dormir com o rosto colado no seu corpo, prometo que retribuo com beijo lento, conversa que arrepia e uma paixão que tranca a porta e joga a chave fora.

Mas, por favor… só não esquece de conferir se a porta tá bem fechada.

Vai que o amor escapa?

Thato

[deverassinto]

Me sinto vivo...

Acordei com aquele sorriso torto... Sabe? Aquele que não mente, que entrega. Sorriso de quem tem você na pele, na memória, no cheiro grudado no travesseiro e, principalmente, no pensamento... esse safado que não me dá um minuto de descanso.

E quer saber? Me sinto vivo. Mais do que vivo... me sinto dono do mundo. O vento bate diferente, o café tem outro gosto, até o espelho me olha de outro jeito, como quem diz: “Parabéns, campeão... você tá amando bonito”.

É isso... Amando bonito, sim. Com aquele tipo de amor que arrepia, que arranha a alma de tão intenso, mas que também embala, acolhe e faz rir no meio do suspiro.

Você virou meu motivo... Meu desejo preferido. Minha oração mais carnal. Meu descanso e meu caos.

E, olha, não vou negar: É difícil manter a pose quando te penso. O sangue esquenta, a boca seca, a pele pede... e a imaginação, bom... a imaginação faz questão de ser sem-vergonha.

Mas também é amor, viu? Daquele que não se mede. Que transborda feito vinho derramando da taça, escorre, mancha, marca... e eu nem quero limpar. Deixa sujar... deixa ficar.

Porque amar você é exatamente isso: É leve, mas é pesado na vontade. É doce, mas com aquele gosto picante no fundo da língua. É poesia que se lê com a boca, com os dentes, com as mãos. É deboche e ternura na mesma frase.

Eu te amo, e não é pouco. Te amo no olhar que te despede e no abraço que te pede de volta. Te amo na cama, no riso, no silêncio confortável e até nas pequenas provocações do dia. Te amo na tua voz que me embriaga, no cheiro que me desarma, no jeito que você me tem, sem nem precisar pedir.

E quer saber? Eu me sinto bem! E a culpa... Ah, a culpa é todinha sua.

Thato