Tumgik
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SEJAMOS GRATOS:
       Nascia um dia bastante normal. Coração radiante, alma emanando gratidão e o despertador tocando, a ponto de ensurdecer, mas desta vez, não fazendo odiar um tanto mais a ideologia a qual nos submetemos, seja pelas referências, por nunca ter freado o automatismo da existência, e sim fazendo revigorar no pensamento apenas uma palavra: GRATIDÃO. Gratidão primordial ao Pai Celestial. Gratidão, por mais um dia. Gratidão pelo dia primeiro de fevereiro. Gratidão por não ter fugido da luta. Gratidão por todas as espontaneidades as quais me fizeram chegar até aqui. Gratidão pela perseverança, pelo discernimento. E todas as rezingas levaram a crer, num lampejo que pessoas agradecidas, mesmo que tenham poucas posses, são pessoas mais felizes.  Reconhecer e saber agradecer o que se tem, com sinceridade no coração, é sinônimo de satisfação pessoal... Sentimento abundante aqui. Só agradece quem sabe o valor do caminho árduo, afinal, é esse o caminho para o ápice das maravilhas. E, eu não sei por que diabos as pessoas insistem fracassar na batalha. Encarar o árduo com Fé e Determinação faz parte de um processo. É subir a escada rolante pelo lado que desce.
Por que não acreditar?
       A parte mais bacana dessa coisa toda é começar sem ter muita coisa, apenas uma boa essência e base resistente- fruto dos ensinamentos advindos de pais batalhadores-. É deles o mérito de todas as conquistas.  
       Eu sempre quis as coisas melhores do que como se apresentavam pra mim. Eu tenho uma coleção de sonhos e eu gosto de acreditar que é o meu suor o responsável pela realização de todos eles. Sigo assim e assado. Eu só preciso agradecer pela liberdade de voar, como se tivesse despertado, novata, de um coma e redescoberto a força que tinha, renascendo das cinzas...
... não tarde demais.
       A vista presa numa linha infinitamente distante do horizonte como se alguém tivesse ali prendido dois palitos de fósforo nos olhos acordados e na mente a ideia de que OS GANHOS E/OU OS DANOS DEPENDEM DA PERSPECTIVA DE QUEM VAI TECENDO A SUA HISTÓRIA. E AGRADECENDO TAMBÉM.
       Agradecer para conquistarmos, porque se não fizermos isso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer. E apesar dos pesares... AGRADEÇA!
Thaísa Nara.
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O que pensais, passais a ser:
          Em algum certo momento de instante, percebi que pensar positivo deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos - para não ficarmos encurralados na poeira da desesperança diminuindo o nosso ser, embora pareça que ainda estamos vivos.
          Compreendi, num lampejo: Que é assim ou assado. Que apesar dos medos e do risco iminente de não dar certo, convém não ser demais pessimista, nem demais acomodada(o). Algumas vezes é preciso matar leões e mais leões -todos os dias-, mergulhar para depois ver o que acontece: porque não se pode se arrepender por aquilo que foi feito mas, sim por aquilo que não fizemos (coisa de espíritos evoluídos).
O que pensais, passais a ser: isso eu aprendi muito cedo.
          Nossos pensamentos solidificam e revestem o nosso eu. Apalpar, na imensidão de quem somos, algo que pareça uma essência encorajada: isso, mais ou menos, sou eu. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano.
           Na morada do pensamento, cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para o obscuro e incerto. Outras, para o cantinho da reflexão. Hora de reavaliar-se: estou sendo um espírito evoluído?.
           Pensar positivo pede audácia, pois é como enfrentarmos o subjetivo que nos pressiona tanto.
          Pensar positivo não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar ao redor, e quem sabe finalmente ser completo.
          Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva de pensamento de quem vai escrevendo a sua história: o que pensais, passais a ser.
          Eu não sei por que diabos as pessoas ainda insistem em desacreditar. O sucesso em si não tem sentido sem o pensamento que nos deposite a confiança que nos faz progredir na atmosfera existencial.
          Para viver de verdade, é preciso além de amar, ser amado e amar-se, é preciso ter esperança, qualquer esperança. É preciso pensar positivo e encorajar-se. Entregar-se sem renunciar a si mesmo.
         Sonhar, porque se desistirmos disso, apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena.
         E que o mínimo que a gente pensar seja, a cada momento, o melhor que afinal se consiga pensar.
Thaísa Nara.
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Dia 05:
          Meio segredo, meio não, mas a vida tem disso. A gente se encoraja a fazer loucuras que não faríamos sem a certeza de que valeria a pena, pois bem, eu acertei! Valeu, - e muito-.
          Eu, que nem tomo café, deixei-o esfriar quando em um dia comum, me encorajei a concretizar um desejo.  Parada, sentada, motivada e encorajada. Acabara de acontecer, de improviso! Começou dando certo. E o café junto, frio, mas mantendo o corpo de pé. Eu comecei a sonhar bem ali, tanto tempo depois, mal me lembrava eu das borboletas no estomago quando sentia o perfume. Ressuscitei-me. Planejei.
Fui.
          Ele mal sabia que eu o faria-acho até que não esperava que o fizesse-, instigou-me a alma arrancando-me sonhos e suspiros.  Lá se foi! Que bom viver um (re)encontro! Conte-me mais. Meu desejo já era de prolongar a estadia.  E aquela censura dissimulada que faz o tempo arrastar-se de trás pra frente. E, então, uma música... discretamente escolhida a dedo, calculada desde o começo. Calaram-se os dois. Silêncio e seus dizeres silenciosos.  Sabem que a chance é única e entendem quase que por telepatia que a vida é as pessoas com quem esbarramos e sentimos que é pra ser.
 Feito.
          Frio. Roupas demais. O Inverno quase ausente dentro daquele recinto. O suor escorria como todo o resto, sapatos, zíperes, botões e tudo. O desejo frenético e impactante era maior do que qualquer coisa que se fazia presente ali.  Anseio de criar dias nas horas, enquanto isso, as gentilezas ecoavam a música que, naquela hora, mal se ouvia.
          A magia, no entanto, acontecia à medida que ele compreendia –pasmado- o que (re)nascia em mim. Reconheceu a respiração que era mais ofegante do que ele pôde imaginar. Era um do outro, fogo e ar.
          Sei da idade, sei do nome, sei do que escuta, do que mais gosta e do que ri. Sei das graças, das gentilezas. Sei de como ganha a vida e de como a ama. Sei do sonho e o quanto luta por ele. Sei das intimidades.  Sei do suficiente para que a cumplicidade e praquele (re) encontro se tornem eternos num estilhaço único de eternidade. E, dele, ninguém vai saber. Só eu.
          Eu só precisava agradecer a ele por toda a gentileza. Foi como se tivesse despertado e redescoberto a sorte...
        ... Não tarde demais.
Thaísa Nara.
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Orientados pela sujeição de quem manda
          Saiu o diagnóstico e ninguém ficou sabendo. Soberbos, elegantes, imprudentes, feitos de terno e gravata. Eles se olharam e disfarçaram qualquer perigo iminente, enfiaram debaixo do braço o envelope que rouba o sonho e os direitos de alguém que sequer pode recorrer aos tribunais para defender-se da perversidade do ganho insuficiente para sobrevivência decente de uma família e foram para suas casas –luxuosas-, planejar as tantas formas de esbanjar a fortuna.
          Por sua vez, eu que sempre procurei, por tantas vezes em vão, encontrar o motivo de tudo, não há como não pensar nos barracos das favelas em que sonhos nascem e morrem todos os dias e onde os padrões de sobrevivência são mínimos. E digo mais, no momento, não sou otimista. Falsidade e falácias fantasiosas sobre questões fundamentais não cessam. Assustam-me discursos com que neste momento dramático alguns negam ou diminuem a gravidade da situação, revelando-se o desvio de fortunas de dinheiro de que tem –ou pelo menos tinha- por obrigação atender a população carente – a maior vítima desse desastre-, povo despossuído, sem as “coisas” essenciais para a sua sobrevivência... tudo a troco do que? Tudo por ganância de quem já tem uma boa fortuna, mas quer mais e, mais, sempre mais.
          Hoje, os culpados não assumem sua responsabilidade, para lá e para cá só se tem ironias, invenções, fazendo de nós, cada vez mais, um dos piores países do mundo, sobretudo nos quesitos educação, segurança e saúde... tudo como se fôssemos pobres crédulos.
          Não é novidade, quase tudo neste país é incompleto, inacabado, insuficiente. A política influencia, tem por domínio a nossa existência, o que de fato é vergonhoso, gestão incompetente, desorganização nas contas públicas, máscara de uma farsa, de um desastre que é escondido por um povo mal informado porque mal escolarizado. A pátria-mãe abaixa a cabeça como se o seu bem maior estivesse sofrendo violentas ameaças; nós, os filhos, abandonados num pesadelo sinistro.
          Saiu o diagnóstico e ninguém ficou sabendo: SOMOS UM POVO MANSO, ORIENTADO POR UMA CONCEPÇÃO CARNEIRIL DA POLÍTICA E DA SUJEIÇÃO DE QUEM MANDA.
          Todos diante de uma tremenda falta de equilíbrio e os direitos sociais sendo só migalha que sobra. Isso faz com que nós – filhos da pátria-, tenhamos vontade de desistir, faz com que nos sentimos abandonados, logo recém-nascidos no orfanato da lama de não ser quem se quis, tudo pela falta de oportunidades.
          E a gente perde. E se engana e se convence. E se convence e se engana – a cada eleição -, nas entrelinhas, nas promessas que não se vê. Chora-se então, pela vida encarecedora de uma educação que nos emancipe do cativeiro de insuficiências que os atam ao pelourinho da inferioridade social.
        ...Mas, sobretudo, por outro viés, pelo viés da esperança, existe alguma coisa que mesmo com os tantos dissabores, dos dias, não se tem a liberdade de acabar, ou pelo menos não deveria ter; Que além de ser mantido e/ou fixado na vida de todos nós, deve ter um acrescento, uma pitada a mais a cada amanhecer, feito ingrediente que realça a essência da existência, o que não deve ser passageiro, somente preservado, é a: INICIATIVA DE LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS.
          Perdem-se algumas batalhas, vence-se, com perseverança e determinação, guerras. E se continua a carregar os sonhos nas costas, esses que nos levam a patamares impensáveis. Quem dera se fôssemos todos guerreiros natos e fiéis; que lutássemos pelo o que é- meu e seu-, nossos Direitos.
Thaísa Nara.
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Sonhos que alimentam a vida,
E o tempo. Foi um segundo e ele passou depressa. Depois de uma singela conversa reflexiva ter progredido, nasceu algo interior que cantarolava sem cessar, era a vontade que instigava o meu Eu a escrever... Lá-se-foi, a dona, mais uma vez, cheia de fidelidade com as palavras, revelando a elas que o tempo tem lá o dom de algumas coisas: - de acrescentar e preservar qualidades. Sim!. Talvez essas qualidades -acrescentadas e preservadas-, sejam as de lutar para alimentar os Sonhos. O tempo passa, na verdade algumas coisas passam todos os dias, a fome, o sono, o tesão, ou sei lá, a vontade de algo... Passam! ...Mas, sobretudo, por outro viés, existe alguma coisa que mesmo com o passar do tempo, dos dias, não se tem a liberdade de passar, ou pelo menos não deveria ter; Que além de ser mantido e/ou fixado na vida de todos nós, deve ter um acrescento, uma pitada a mais a cada amanhecer, feito ingrediente que realça a essência da existência, o que não deve ser passageiro, somente preservado, é a: Iniciativa de ter Sonhos... Esses que transformam miseráveis em grandes líderes. Esses que quando ausentes, a vida passa a ser como uma manhã sem orvalhos, um céu sem estrelas, uma mente sem criatividades, uma emoção sem aventuras... e árida! Os mesmos que não determinam o lugar para onde vamos, mas produzem a força necessária para nos tirar de onde estamos. Sem eles, a ideia de satisfação fará parte somente e unicamente dos dicionários, de modo, a fazer com que a vida seja terra de ninguém, sem sentido. Mesmo diante dos dissabores há o (re)nascer, por isso, não deixemos enterrar, de forma covarde, os Sonhos nos solos da dor, das crises e das dificuldades... Esse é o grande segredo! Esses mesmos Sonhos vão servir de equipamento para o frágil ser autor da sua história, renovando suas forças e o fazendo crer no seguinte: "O que pensais, passais a ser". O que pensamos tem o infindo poder de afetar a emoção, a memória, o que gera misérias psíquicas -sem dó e nem pudor-. A preciosidade é saber que perdem-se algumas batalhas, vence-se, com sorte, piedade -e determinação-, guerras. E se continua a carregar os Sonhos nas costas. E continuamos a fazer coisas com eles e eles com a gente, inclusive nos levando a patamares impensáveis. Ah! Quem dera se fôssemos todos sonhadores natos e fiéis... T.N.
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Impreterível Mudança,
E ela alterna-se. Varia. Revigora. Nasce. Renasce. Vai de alma a coração e de corpo a corpo. Ela que nos ensina a usufruir das lembranças e dos aguçados sentidos, do tudo que antes não fazia sentido e que hoje faz. Foi tempo de restauros, tempo de abrir mais e melhor as janelas, tempo de assumir novas rédeas. Tempo do agir, do querer, do desejo de mudança. Daquele desejo capaz de abrir e vasculhar as gavetas dos momentos, das intimidades já vividas, - mas sem jogar nada fora, só disposto a juntar e promover o novo, feito absolutismo sabendo e entendendo bem a subjetividade do instante. Não tem jeito. Ela, (a mudança) faz parte de todos, ela é de extrema necessidade para todos, ela morre e (re)nasce em todos, -ao menos uma mísera vez, já viveu-. Nós, eu e você, você e eu, somos, biologicamente uma mudança constante, - Sei lá porque diabos... Talvez seja o caso de dar uma força à natureza, de agilizarmos e de aceitarmos o passado e/ou até mesmo, seja o caso que nos faça a duvidar do tempo de vida das promessas de infinidade, permitindo imaginar até mesmo o desamor. Aceitar que o amanhã não é o hoje, que o que foi pode vir a não mais ser... Mesmo diante da veracidade, embora já tenha sido. Vale a pena, ainda, ressaltar que muitas vezes faltam-nos coragem e discernimento para mudarmos o ciclo vicioso da mesmice em nossas vidas. Na maioria das vezes, esquecemos que somos capazes de modificar nosso próprio destino, sendo míseros subestimados a pensar e acreditar que não somos capazes de promover essa modificação, feito um barco a vela ao sabor do vento, sem motor para traçar seu caminho. Mesmo que tardia e vagarosa, a mudança é capaz de ser promovida! Responsável e gradual... Mas é plenamente capaz. E mesmo que o passado seja algo diferente. O próprio nome incomoda (foi efetivado. Aconteceu.), mesmo diante de todos pesares, acolha o inesperado, deseje boas vindas ao novo... Isso é sabedoria. T.N.
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-Cooperar-
Nascia um dia aparentemente normal. O sono tardio, a madrugada fresca - mas dessa vez sem a presença do despertador que ensurdece – E nos faz odiar um tanto mais a ideologia à que temos de nos submeter, seja por nunca ter freado o automatismo da vida moderna ou, simplesmente, pelas referências. Pois bem, juntamente com o nascer do dia, nascia também uma vontade única de monologar sobre alguma coisa que se fizesse porta-bandeira de nossas vidas, -Sim!. A minha pessoa tem dessas vontades e/ou necessidades -. Eu sempre quis as coisas melhores do que como se apresentavam pra mim. Enquanto esse tudo-todo corriqueiro se desenrolava na minha mente, eu pensei em tudo, enquanto isso, as rezingas tornavam – se uma vontade cantarolante e incessante de escrever sobre algo que fizesse com que inspirações fossem estimuladas para serem demonstradas. Lá, foi quando eu criei um breve epítome de toda essa compreensão de que nascemos para acrescentar o que temos de melhor na vida do outro. Pensem na dinâmica do processo do cultivo de rosas. Os seres humanos lançam as sementes, regam-na, asseguram de cuidados necessários e assim, deixam que o solo, o sol, a natureza e o tempo se encaminhem para que seu papel seja efetivado. Agora, de forma a metaforizar a tal dinâmica citada com a mudança do mundo, frente aos demasiados dissabores que fazem parte dele - do mundo - , nós somos levados a pensar que talvez o que nos falte seja a dinâmica, a cordialidade, a atitude individual de forma a motivar o trabalho em conjunto. Não é de uma atitude corajosa esperarmos que as coisas aconteçam sozinhas ou, no caso, que as rosas nasçam sem o plantio das sementes. Cooperação. Vontade. Ação. Palavras porta-bandeira de nossas vidas, que se incluem formando um grande fichário de palavras geradoras de atitudes contínuas. A energia que move o sucesso dessa jardinagem é a intenção, seguida e concluída pela iniciativa, - pela coragem-, como tudo nessa vida. O ritual é, em seguida, deparar-se com um jardim de rosas saudáveis e coloridas, com vidas, exalando o perfume de uma canção nova, de um renascer vindouro. E os espinhos? Diante do resultado belo e delicado, esses vão ser facilmente suportados, sendo vistos apenas como forma de proteção.Por fim, a essência terá roupa nova, pois, na verdade, não existe algo que gratifique mais o coração humano que tem o dom de zelar, de cooperar, de fazer a sua parte. O resto, nessas horas, em que não estamos atrasados para viver, deixa que os regalos da vida façam vigorar, em seu devido valor, em seu devido tempo… Não tarde demais.
T.N.
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Até que se vão...
Desculpem-me os incrédulos e desiludidos convictos, mas eu nunca duvidei do amor. Nunca duvido. Embora já tenha me aparecido opaco, enfeitado com características inexatas, se fazendo possuidor de uma mansidão que não era sua.  Mas do amor eu nunca duvidei. Não duvido. E me atrevo a dizer que nunca duvidarei, nunca o farei. Eu duvido do tempo. Do tempo de vida das promessas de infinidade. Desse, talvez eu duvide por praxe, por uma insegurança inventada, que no fundo não tem fundamento, razão. Só por praxe. Talvez seja pelo fato de que eu me permito imaginar o desamor. Por aceitar que o que foi pode vir a não mais ser… embora já tenha sido, embora a intensidade.Em verdade, não é o amor que tende esvaecer. Amor que é amor, robusto, enraizado feito algo imutável, não padece, não se vai, não muda. Amor não morre, se morreu, não era amor. E depois ? … Depois, um sempre sofre, se acaba por dentro, definha até que (re)descobre a vida. Antes, com os olhos sem vida e pedaços do coração dilacerando a vida por dentro, tornava-se fácil enxergar a injustiça de um sofrimento unilateral, só de um. E agora? … Agora, o prazeroso é ver e sentir que o novo sempre vem. É acordar um belo dia resoluto, a ponto de não mais querer sentir aquele deslumbramento, aquela obsessão … aquela fascinação cega. Quando num dia daqueles, anos depois, relembrando o bloqueio dos primeiros meses de luto, a ponto de começar a … rir! Balançando a cabeça como quem nega e sorri. Sorri por finalmente ter aceitado as circunstâncias. Por ter tornado o que se foi em algo muito maior… Mas agora dentro de si, sendo só intimidade. Fazendo - finalmente- parecer lógico o que tantos pregam por aí sobre o amor: “O amor está em nós”, mesmo que muitas vezes projetado em outro ser. Mas continua sendo nosso. Sendo algo capaz de nos confirmar humanos. E de modo a enfatizar, digo-lhes ser esse o motivo pelo qual ele não morre, apenas transfere-se. Eu nunca duvidei do amor. Nunca duvido. E me atrevo a dizer que jamais o farei.
T.N.
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Dona de importância imensurável: A Vida!
Eu sempre me identifiquei com as palavras, revelando à elas, toda a minha fidelidade. São delas que escorrem perfeitamente cada fração minha de sentimento. Desta vez, no entanto, reconheço que fazia tempo que não era levada a elas como um imã ou um âmbar, materiais de atração - embora muito tivesse o que desabafar.
Fazia tempo que a vida não me pedia um consolo, um espaço, uma definição sobre ela. Mas hoje, algo me veio com o intuito de despertar e querer escrever sobre algo, cujo conceito é multifacetado, mas sua preciosidade é visível, feito cristal reluzente - A VIDA -.
Em meio a um reinício e a uma saudade antecipada, sinto que a vida sempre soube do que hoje me fez entender: Ela nunca erra. Desliza, cambaleia, recalcula e refaz as rotas… Mas nunca erra. A vida sabe antes. Prevê antes, acode depois. Explica depois. E, dentre esse infindo espaço de mundo, ela permite a esperança, a redescoberta, a persistência e a luta, mesmo que não permita ensaios. -Ah, a vida!
É algo que mesmo sem previsões, recomeça a redesenhar o sentido dos dias e a respiração já não mais é cansada e arrastada, perdida. Algo que, apesar das imperfeições, te faz crescer mais, e mais. Te faz capaz de sentir a beleza de cada esquina virada ou esquecida; Deixando sempre explícita a importância de vivê-la!.
A vida também é algo capaz de despertar em mim, em você, em todos nós, a saudade - enquanto o cenário é de fotografias penduradas, traças e uma xícara de Chá sobre a mesa, cheirando nostalgia.
É também capaz de despertar algo responsável por fazer sentir até vontade de abraçar o vizinho e de saudar as caras amarradas do ônibus das sete, a FELICIDADE e a gratidão de possuir uma, vida.
Ah! A vida. Algo que constitui apenas uma parte íntima do universo conhecido, habitando uma fina camada de um planeta marginal. E faz parte dos chamados 'sistemas complexos', para os quais o tempo é irreversível e construtivo - ou seja, pode-se construir a história da própria vida, mas é impossível definir sua trajetória futura.
- Ah! A vida! - meio a tantas surpresas, vale a pena ser dona de uma.
T.N.
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Olhos fixos num ideal sublime
Eram apenas duas horas da madrugada, havia perdido o sono, talvez por causa do cansaço que vem se alastrando no meu dia-a-dia em meio às tantas lutas e preocupações (coisas típicas na vida de quem planeja). Fui até a cozinha, peguei um copo de suco e resolvi vir até a janela do meu quarto e lá estava uma preciosidade, a lua! Toda formosa, lúcida feito cristal reluzente; meus olhos nela penetrados, parecia que algo de muito intenso que vinha dela, chegava até a mim de forma à modificar as inquietações que estavam contidas dentro do meu coração. Naquele instante não briguei com o meu sono por ter me deixado, muito pelo contrário, somente o agradeci, pois a noite estava divina! Tanto que se a paz tivesse cor, seria a cor do céu daquela noite. Foi ótima a idéia de apreciar o céu naquela madrugada, confesso.
   Frente à obra divina de Deus, o céu que tinha em sua companhia a lua, com sua fórmula harmônica estrutural, com algumas estrelas ao seu redor e meio ao silêncio, enquanto a cidade dormia, fui refletindo sobre a minha vida, fui soltando meus pensamentos...
Pensando na beleza daquela lua, tão pequena, que parecia caber na palma da minha mão, mas que ao mesmo tempo é tão grande, já que ocupa papel importantíssimo no céu, cheguei a conclusão de que podemos ser semelhantes à ela; às vezes não tão grandes, mas portadores do amor, da harmonia , a luz mais certa dos momentos incertos e sombrios. E a lua, na qual eu me refiro, a que iluminou a minha noite, a minha mente e trouxe a sensação de ter encontrado algo que preenchesse o meu vazio interior, poderia ser eu e você na vida do outro. Luz na vida de quem já não sonha, paz pro mundo ameaçado, amor pros corações endurecidos e a prova de que tudo passa e tudo há de passar!
   Voltei pra cama, leve, como se todas as minhas energias estivessem sido renovadas, como de fato foram. Sem mais aquele vazio, e decidida a fazer de mim um raio de luz, perseverante, pronto pra brilhar, refletir amor e esperança na vida do próximo...
T.N.
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