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dominiahqss · 2 months ago

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𝗘𝗩𝗘𝗡𝗧𝗢 𝗗𝗘 𝗔𝗕𝗘𝗥𝗧𝗨𝗥𝗔 : 𝗔 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔 𝗥𝗨𝗕𝗥𝗔

“sete noites sob a língua rubra do destino.”

os céus de selka nunca foram conhecidos por sua misericórdia — mas, por sete noites, eles oferecerão espetáculo. um fenômeno que só acontece a cada cem anos: o cometa de cauda carmesim veritas caeli, ou, como os poetas gostam de chamar, a língua dos deuses, cruzará o céu como uma ferida aberta sobre as águas congeladas. uma cicatriz flamejante sobre o mundo civilizado. e debaixo de sua trilha sangrenta, reis, rainhas, príncipes e parasitas se reúnem.

a ilha de selka, joia geopolítica de gelo e diplomacia, servirá de palco para aquilo que os diplomatas chamam de "celebração do entendimento entre nações" — e que os bastidores preferem nomear “corrida velada por alianças matrimoniais e acordos inconfessáveis”. durante a semana rubra, os convidados mais poderosos (e indecorosos) do planeta terão sete dias e sete noites para se exibir, espionar, seduzir e talvez — com sorte — não matar ninguém.

os portões da cidadela cerimonial se abriram com pompa ao entardecer, e logo chegaram os navios, helicópteros e comboios trazendo os representantes de cada nação. alguns foram esperados com flores; outros, com cães farejadores. todos, no entanto, receberam a mesma mensagem, assinada pelo anfitrião e diretor supremo da ilha de selka — um título cuidadosamente construído para ser impossível de contestar:

mensagem de boas-vindas de sua excelência ilustríssima, o arquiduque-diretor plenipotenciário de selka, milo van silta, guardião da neutralidade e patrono do decoro internacional:

“é com moderado entusiasmo e absoluta vigilância que lhes dou as boas-vindas à ilha de selka, para aquilo que, com certa licença poética, chamamos de a semana rubra. durante os próximos sete dias, espera-se de vossas majestades e excelências apenas o melhor: aparência imaculada, escândalos discretos e diplomacia servida em taças de cristal. lembrem-se: o céu vê tudo. nós também.”

𝗘𝗩𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗗𝗜𝗨𝗥𝗡𝗢𝗦 & 𝗩𝗘𝗦𝗣𝗘𝗥𝗧𝗜𝗡𝗢𝗦

festival de surf "ondas da coroa".

local: baía ocidental de selka

nada une as nações como ver um príncipe europeu caindo de cara na prancha. o festival de surf “ondas da coroa” é patrocinado pelo consórcio turístico das ilhas do pacífico e pela corte australiana, que juram de pé junto que surf é um esporte diplomático. com ondas de até três metros e instrutores pagos para não rir (em público), o evento atrai desde príncipes com síndrome de herói até embaixadoras que só vieram pelo bronzeado.

os participantes recebem pranchas customizadas com os brasões de suas nações — uma forma sutil de alimentar o ego e facilitar a identificação dos desastres. pontos extras são dados para quem cair com graça, fazer poses esteticamente agradáveis ou postar uma story com a legenda “tubarão, cadê você?” sem perder a compostura.

há rumores de que uma das casas reais asiáticas vai usar o evento para fazer um pedido público de desculpas a outra. em cima da prancha. usando lycra.

trilha da reconciliação (ou da discórdia)

local: encostas geladas do monte lasvyn, nordeste da ilha

vendida como “uma caminhada simbólica entre rivais históricos”, a trilha da reconciliação na verdade funciona como um purgatório político de quatro horas, com direito a neve nos sapatos, silêncio constrangedor e uma pausa estratégica para fotos com bandeirinhas da paz. é obrigatória para membros de dinastias que estiveram envolvidas em guerras recentes, acordos comerciais fracassados ou escândalos de cama internacional.

cada dupla ou trio é acompanhada por um guia local que, na prática, serve mais como mediador de conflitos do que como especialista em natureza. o ponto alto da trilha é o “mirante da diplomacia”, onde os participantes devem ler, em voz alta, uma citação inspiradora sobre união entre povos (escolhida previamente por seus assessores, claro). as câmeras não param de filmar — e nenhum microfone é à prova de sussurros venenosos.

a última edição terminou com uma princesa chorando de raiva e um herdeiro europeu jogando neve na cara de outro. foi um sucesso.

campeonato de arco e falsidade

local: campos norte da cidadela de selka

muito mais que um torneio de arco e flecha — o campeonato de arco e falsidade é uma competição simbólica sobre mira, postura e… ressentimentos familiares. cada participante deve escolher um “alvo político” (literalmente: os alvos têm rostos impressos) e acertá-lo com o maior nível de elegância e desdém possível. as categorias vão de “vingança velada” a “ameaça sutil com verniz de diplomacia”.

os pontos são contados por precisão, estilo e teatralidade. vale piscar para a plateia antes de atirar, fazer uma declaração poética ou simplesmente soltar uma risadinha sarcástica. o vencedor leva o troféu "cupido geopolítico" e uma estátua temporária no jardim de selka.

em 2013, a rainha da tunísia acertou três flechas no rosto do chanceler de singapura. dizem que foi sem querer. ninguém acreditou.

desfile de cavalos e egos

local: arena imperial de selka

cavalos premiados, príncipes performáticos e uma arquibancada cheia de fofoqueiros com binóculos. o desfile de cavalos e egos não é uma competição formal — mas você não diria isso na cara de nenhum dos cavaleiros. os trajes são inspirados em uniformes de guerra do século XIX, e a maioria dos participantes nunca subiu num cavalo fora do instagram.

o evento tem como “jurados técnicos” um grupo de instrutores equestres nórdicos e como “jurados populares” a imprensa internacional, que pontua com base em carisma, quedas e sorrisos forçados. a última rodada é um mini-circuito que deve ser feito com uma taça de champagne na mão, sem derramar. ninguém nunca terminou seco.

o desfile termina com uma entrega simbólica de flores feita pelos menores membros da delegação de cada nação — ou seja, os primos indesejados e os filhos ilegítimos. é fofo. e humilhante.

yachting royale: guerra de espumas e fortuna

local: costa sul, marina de selka

imagine uma frota de iates de luxo, patrocinados por bancos centrais e lavagens de dinheiro discretas, navegando em formação enquanto aristocratas de meia-idade jogam champanhe uns nos outros com um entusiasmo ligeiramente desesperado. esse é o espírito do yachting royale, uma “competição amistosa” que consiste em passeios pela costa, regatas simbólicas, batalhas de pistolas d’água com espumante e claro, a famosa “guerra de flutuadores”, onde o objetivo é empurrar o herdeiro rival para o mar sem parecer tão intencional.

cada iate é tematizado com o branding do país — alguns optam pelo minimalismo diplomático, outros apelam para o kitsch total (boatos de que o iate da república francesa tem uma estátua inflável de marianne de seis metros). DJs internacionais tocam techno ambient durante o dia, seguido por deep house ao pôr do sol — tudo, é claro, com a promessa de que nenhuma foto comprometedora será vazada (mentira).

ano passado, um duque foi encontrado dormindo nu no barco da suécia com o brasão da noruega tatuado temporariamente na testa. até hoje, ninguém sabe como isso aconteceu. oficialmente.

hellapaloza: festival de música e influências questionáveis

local: campos abertos de selka leste

o evento que mistura diplomacia cultural com mosh pits e crises existenciais de jovens monarcas alternativos. o hellapaloza é um festival de música de três dias com curadoria de uma princesa escandinava ex-vocalista de banda indie, uma duquesa queer punk latina e o neto bastardo de um oligarca russo. o line-up inclui desde orquestras com sintetizador até rappers disfarçados de diplomatas.

os convidados recebem pulseiras VIP com tecnologia de rastreio — não por segurança, mas para mapear quantas vezes visitaram a tenda da nicarágua e a da coreia do sul, por razões puramente políticas. cada país tem sua própria barraca temática, com bebidas típicas, DJs locais e brinde secreto pra quem decora o hino nacional.

o som ultrapassa o aceitável para eventos com pessoas reais com títulos de nobreza. já houve reclamações de que os graves fizeram um ministro sueco vomitar vinho branco no sapato de um rei aposentado. a organização considerou um sucesso.

retiro zen de aparência pública

local: templo do silêncio estratégico, florestas centrais

uma pausa “espiritual” para fingir equilíbrio emocional. o retiro zen é coordenado por um grupo de monjas de quatro religiões diferentes e três assessores de imagem. aqui, príncipes e princesas são incentivados a meditar sobre os próprios privilégios, enquanto fotógrafos capturam cada momento de iluminação para as redes sociais oficiais de seus países.

há oficinas de respiração consciente, silêncio forçado (quase ninguém respeita), e pintura com os pés, tudo sob a promessa de reencontrar o “centro político interior”. a experiência dura três horas, tempo suficiente pra gerar engajamento sem causar introspecção verdadeira.

o mantra do retiro é: “eu sou paz, eu sou poder, eu sou potencial para um cargo maior”. repita três vezes e garanta um cargo honorário na unesco.

tour etílico pelos vinhedos reais

local: colinas do sul, vinhedos de selka

o famoso “tour etílico” é uma desculpa glorificada pra monarcas beberem vinho a partir das 11h sem serem julgados — afinal, é cultura local. os vinhedos de selka produzem uvas há mais de 500 anos (segundo a lenda, o primeiro rei se embriagou aqui e decretou o casamento entre duas nações que estavam em guerra. funcionou por 6 dias).

o passeio é feito em carruagens elétricas conduzidas por modelos locais vestidos de camponeses de época. cada parada oferece uma degustação com “comentários diplomáticos” — do tipo “esse cabernet simboliza a tensão entre a tradição e a decadência contemporânea”. os sommeliers são treinados para suportar perguntas estúpidas de herdeiros entediados.

em 2022, dois arqui-inimigos fecharam um tratado de exportação sob o efeito de um merlot experimental. três semanas depois, ambos negaram tudo. o tratado está emoldurado na adega principal.

desafio do labirinto da ilha

local: interior da floresta rubra, atrás das ruínas das irmandades ocultas

um labirinto em escala real construído com cercas, ilusão de ótica e talvez um pouco de bruxaria leve. há desafios físicos, enigmas mentais, e armadilhas diplomáticas. quem sai do outro lado ganha… não se sabe. poucos conseguiram.

você entra príncipe e sai camponês. ou vice-versa. ou casado com um inimigo geopolítico. ideal pra quem acha que já perdeu tudo e quer tentar de novo.

sessão de cartomancia geopolítica

local: tenda da vidente principal, entre o bosque de eucaliptos e a trilha dos arrependidos

tarôs personalizados com líderes mundiais, runas com escândalos e leitura de borra de vinho. todos querem saber: quem vai cair? quem vai subir? quem vai se apaixonar pelo inimigo?

toda profecia é vaga o suficiente pra ser verdadeira. ou falsa. mas sempre divertida. cuidado com quem tenta mudar o destino — selka gosta de rir dos teimosos.

𝗘𝗩𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗡𝗢𝗧𝗨𝗥𝗡𝗢𝗦

discothèque di sangue – boate lux

local: palácio subterrâneo, costa norte

a boate oficial da ilha. reservada para celebridades diplomáticas, herdeiros degenerados e chefes de estado que juram estar dormindo. com três pistas de dança, um bar de absinto diplomático (só se bebe com luvas) e uma sala “proibida” que todos conhecem, a discothèque di sangue é o lar dos after afters e das decisões que causam crises de estado às 5h da manhã.

o dresscode é “traição estética” — ou seja, vista o que seu país desaprovaria. entrada mediante convite, mas há uma lenda: quem chega pelo túnel secreto pode entrar mesmo sem nome na lista. rumores de que dois primeiros-ministros já se perderam ali dentro. e um voltou casado.

luau das máscaras quebradas

local: praia das bruxas, sudeste da ilha

fogueiras altas, frutas afrodisíacas, e dançarinos mascarados que se movimentam como se escondessem crimes. o luau é uma tradição pagã que selka adaptou para o turismo diplomático — agora serve como válvula de escape para herdeiros com recalques, diplomatas carentes e monarcas com fetiche por anonimato.

no meio da noite, todos devem quebrar suas máscaras numa fogueira ritualística e fazer um pedido ao cometa rubro. dizem que se você pedir algo puro, ele ignora. mas se for egoísta, perverso ou sexual... ele ouve.

em 2022, quatro alianças foram rompidas após esse luau. e três bebês nasceram nove meses depois. coincidência?

jantar da hipocrisia internacional

local: salão imperial de selka, centro diplomático

o mais formal dos eventos noturnos. ternos impecáveis, vestidos imensos, e sorrisos mais falsos que as promessas de paz mundial. o jantar da hipocrisia internacional reúne todos os chefes de delegações, príncipes, princesas, duques, barões, presidentes e os eternos "assessores de imprensa com muito poder".

os pratos são simbolicamente servidos em ordem de tensões diplomáticas: primeiro os ex-rivais, depois os amantes secretos, por fim os aliados falsos. tudo cronometrado para estimular olhares constrangedores e flertes que podem ser interpretados como ameaças veladas.

durante a sobremesa, há discursos espontâneos. o desafio é não dizer o que realmente pensa. quem falha, vira trending topic nos tabloides de selka no dia seguinte.

rave no iate do príncipe grego (mas não aquele que você pensou)

local: baía dos sete pecados

um iate de três andares, bebida à vontade, DJ vindo de berlim, e zero regulamentação internacional. o dono é um príncipe de uma dinastia “quase legítima” da grécia que vive pra provar que ainda é relevante. spoiler: ele é.

cada convidado recebe uma pulseira com um pecado capital. durante a noite, deve cometer ao menos três. quem completa os sete, ganha acesso ao andar secreto do iate, onde os boatos dizem que um ex-rei canta jazz pelado.

em 2023, um ministro do petróleo dançou em cima de uma mesa vestindo só a bandeira do país rival. foi promovido na semana seguinte.

boate “déficit de moral” – casa calloway

local: mansão abandonada no sul, reativada pelos EUA

a família calloway traz sua assinatura: luxo kitsch, caos calculado, e cheiro de spray de cabelo e tensão sexual. esta boate só abre das 2h às 6h, e só aceita quem assinar um termo de confidencialidade. os ambientes têm nomes como “dependência emocional”, “me arrependi mas continuei” e “sala dos quase-casamentos”.

música americana dos anos 2000, tequila diplomática e uma cabine onde você pode gritar verdades inconfessáveis que são transmitidas no sistema de som — mas com distorção suficiente pra manter o anonimato. ou não. depende da vodka.

nenhuma câmera entra. mas todos saem viralizando.

cassino das intenções ocultas

local: antigo teatro imperial, hoje iluminado em neon

jogos de cartas, roleta de rumores, pôquer com cartas de escândalo. aqui, as apostas não são em fichas, mas em informações. quem tiver um bom segredo de estado ou um vídeo comprometedor pode comprar vantagens. quem perde, pode acabar dançando com alguém que jurou evitar.

há uma sala onde as câmeras captam suas expressões e as transmitem ao vivo com narração em off. puro pesadelo diplomático. ou fetiche político, depende.

entrada só para maiores de 21 mentiras.

noite do silêncio público (e cochichos privados)

local: biblioteca real, alas subterrâneas

um baile silencioso, onde todos dançam com fones e só podem conversar por bilhetes. os bilhetes são recolhidos no fim da noite e arquivados na biblioteca nacional de selka. sim, tudo que você escreveu embriagado agora faz parte do acervo histórico.

a música varia entre techno minimalista e valsas remixadas. casais trocam olhares e frases como “me encontre entre os corredores dos tratados esquecidos”.

quem fala alto, é expulso. quem transa no banheiro, ganha um drink especial chamado “reputação em ruínas”.

ceia das rainhas viúvas e herdeiros tristes

local: terraço do convento antigo, vista para o mar

um jantar mais melancólico, pra quem quer fingir profundidade emocional entre taças de vinho ancestral e discussões sobre amor não correspondido. todos são recebidos por uma freira aposentada que serve canapés e conselhos passivo-agressivos.

o dresscode é preto ou vermelho escuro, e a playlist inclui bach, florence + the machine e gravações de declarações diplomáticas históricas remixadas. um herdeiro de país báltico já foi visto chorando enquanto recitava um poema para o cometa.

é cafona. é teatral. e absolutamente essencial.

𝗕𝗘𝗠-𝗩𝗜𝗡𝗗𝗢 𝗔̀ 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔 𝗥𝗨𝗕𝗥𝗔

uma celebração de diplomacia, decência duvidosa e doses generosas de vinho importado.

na próxima semana, o feed será palco da semana rubra, o evento inaugural da temporada diplomática em selka. ao longo de sete dias de festas (e sete noites de arrependimentos), os nobres, enviados, pretendentes e penetras terão liberdade para explorar todos os cantos da ilha — dos salões cerimoniais aos cantos mais escandalosos da floresta. trajes cerimoniais são obrigatórios para eventos oficiais, e o bom senso para os informais é opcional (como tudo nesta ilha). ostente o melhor — ou o mais questionável — do figurino do(s) seu(s) personagem(ns) usando a tag: #dominia.looks

no entanto, o evento não está começando agora, viu? a moderação está liberando esse evento às 15h para que vocês tenham tempo de conversar, organizar seus plots e já tramarem suas alianças (ou rivalidades!). o verdadeiro início do grande evento será às 18h! Até lá, aproveitem para socializar, planejar e já entrarem no clima.

para a abertura do RPG, os starters estão liberados. mergulhe no drama, nos flertes e nas intrigas desde já. use #dominia.starter para starters abertos, e #dominia.semanarubra para qualquer conteúdo relacionado ao evento principal.

o céu está vermelho, o vinho está servido e as alianças mais perigosas já começaram a se formar. bem-vindos à ilha de selka. e cuidado onde pisam.

#evento um: semana rubra.#dominia.eventos #rp br

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