Ela dançou sob a dor. Ela cantou sob a chuva e chorou ao encaminhar do sol. Ela sentiu o amargo remédio da perda. Ela renovou-se em vazio. Ela cuidou-se com livros e filmes. Ela voltou a si mesma. Ela nunca havia sofrido dessa maneira. (L.M.)
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“Eu lembro que você disse: às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere.”
— Adele.
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35 perguntas aleatórias (vou responder todas. VEM)
1: Qual o seu dia da semana preferido?
2: Quantas calças jeans você tem?
3: Qual é o nome do seu melhor amigo?
4: Se você pudesse dizer alguma coisa para o seu “eu” do passado, o que você diria?
5: Qual o seu lugar favorito para passar as férias?
6: Você conheceu todos os seus avós?
7: Se pudesse, seria uma estrela de Hollywood?
8: Se pudesse escolher entre qualquer pessoa no mundo para passar uma noite, quem seria?
9: Um filme que não cansa de assistir?
10: Você tem alguma tatuagem?
11: Você tem algum piercing?
12: Você tem algum tipo de preconceito?
13: Você tem alguma mania estranha? Se sim, qual?
14: Você tem o hábito de levar os shampoos e condicionadores dos hotéis?
15: Você tem sardas?
16: Você sempre sorri para fotos?
17: Você já contou seus passos enquanto você andava?
18: Qual é a sua comida preferida?
19: Você tem medo de altura?
20: Você canta no carro?
21: Você canta no chuveiro?
22: Você já chorou porque você estava feliz?
23: Você já viajou pra fora do seu país?
24: Que lugares pretende conhecer?
25: Qual era a sua matéria preferida no Ensino Médio?
26: Você tem filhos?
27: Você quer ter filhos?
28: Qual é sua cor favorita?
29: Você sente falta de alguma coisa da sua infância?
30: Você tem um melhor amigo do sexo oposto?
31: Você já beijou alguém do mesmo sexo?
32: Você já foi o último a sair de uma festa?
33: Você escolheria viajar até a Lua ou até Marte?
34: Você já pagou mico na frente de várias pessoas?
35: (Invente uma pergunta que não esteja na lista)
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Corpo flexível, estranho, sinuoso que nem cobra e fogoso com os olhos: um fogaréu vivo ambulante. Espirito impaciente para romper o molde, incapaz de retê-lo. Os cabelos pretos, longos e sedosos, ondulavam e balançavam ao andar. Sempre muito animada ou então deprimida. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos que jamais poderiam compreendê-la. E passava a vida a dançar, a namorar e a beijar. Mas, salvo a raras exceções, na hora H sempre encontrava forma de sumir e deixar todo mundo na mão. A mentalidade é que simplesmente destoava das demais: nada tinha de prática. Guardava, inclusive, uma cicatriz indelével na face esquerda, que em vez de empanar-lhe a beleza, só servia para realçá-la.
Charles Bukowski. (via nobroke)
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Ei você, eleitor do Bolsonaro…
Há um tempo eu queria escrever algo para ajudar na decisão de voto nessas eleições, principalmente dirigido a quem escolheu votar no Bolsonaro.
Existem diversos motivos pelos quais acredito que o candidato não é adequado para o país e, sobretudo, uma ameaça à democracia brasileira. Não são motivos simples, não é uma questão simples. Por isso procurei escrever o que vem a seguir de maneira bem sucinta e objetiva, para facilitar o entendimento, esperando que de alguma forma eu consiga mudar a opinião de algum eleitor.
Não é uma linha de raciocínio linear e fácil. Preciso da sua atenção! Não pense que estou te ofendendo durante o texto. Estou só tentando explicar como as coisas funcionam. Não se sinta menosprezado ou atacado. Eu nem sei mesmo quem vai ler isso de verdade.
Eu preciso começar dando ênfase a duas coisas:
Mantenha a mente aberta. Tenha dúvidas, é importante. Não podemos acreditar em nada cegamente. Sugiro dar uma lida nesse texto. Tenha humildade em duvidar e não tenha medo de mudar.
“Ah, mas vivemos numa democracia, você tem que respeitar meu voto”. Sim, tenho que respeitar. Só que faz parte da democracia o debate, a troca de ideias e a mudança. E nesse momento são aspectos que foram deixados de lado porque as pessoas não escutam opiniões diferentes de forma aberta.
Pois bem, se depois do que eu falar (e é muita coisa), você ainda mantiver seu voto, uma pena (para mim). Senão, uma pequena vitória íntima.
Vamos começar.
Primeira coisa: alguns conceitos importantíssimos que são muito usados mas muito pouco compreendidos. Vou pegar alguns conceitos da Wikipédia mesmo porque ela até utiliza muitas referências teóricas e também é mais simples de usar aqui.
Comunismo: O “comunismo puro”, no sentido marxista, refere-se a uma sociedade sem classes (sociedade regulada), sem Estado (ácrata ou apátrida) e livre de quaisquer tipos de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente e permitindo dessa maneira que cada membro da sociedade organizada possa participar do processo.
Socialismo: O socialismo, assim como o comunismo, é uma ideologia política e econômica que tem como base o ideal de uma sociedade igualitária. Contudo a maior diferença entre os dois é que o comunismo pressupõe o fim do Estado, enquanto o socialismo não.
Lendo os dois conceitos fica mais claro porque o comunismo é considerado uma utopia (um ideal inalcançável), enquanto existiam de fato países e blocos socialistas (URSS, Cuba, Coréia do Norte). Só que aí entramos em um problema: nunca existiu um país socialista que não fosse totalitário, porque é MUITO difícil você convencer a população a entregar os bens para o Estado para ele manejar. Para isso o Estado força a barra da população de forma autoritária. O que não é legal.
É importante conceituar isso porque muitas das coisas que Bolsonaro diz são contra o comunismo e socialismo. Comunismo nem é possível na prática, e o socialismo é quase morto no mundo. China fez a transição para o liberalismo nos últimos anos (lembra daquela sua compra no AlieExpress?), a URSS foi desmantelada (temos a queda do Muro de Berlim para marcar esse momento), e Fidel Castro morreu e Obama fez uma reaproximação com Cuba. Pois então, acho que fica claro que o socialismo, internacionalmente, está morrendo, e comunismo na prática nem existe.
Ainda tem alguma dúvida sobre isso? Acha que o PT é comunista? Tenho algumas ponderações para você então. O comunismo pressupõe que não exista mais propriedade privada (afinal, tudo é de todos). PT nunca apreendeu propriedades privadas da população. Comunismo não pode ser liberal economicamente - a economia tem que ser fechadinha. PT de fato tem uma postura protecionista, mas não é anti-liberal: as universidades públicas federais possuem investimento externo e parcerias com empresas internacionais, por exemplo. O Ciência Sem Fronteiras foi um exemplo disso. A ideia do protecionismo é fortalecer a indústria nacional para que ela possa competir no exterior e não ser massacrada por uma multinacional. Bom, se isso funciona bem ou não, já é outra história. O que quero dizer é que fazer parceria com o Google e colocar um escritório dele vinculado à UFMG não é bem a imagem que eu faço de uma administração comunista.
“Ah, mas e o Foro de São Paulo?” Bom, é uma reunião de partidos de esquerda mesmo. Só que isso não significa que tramem uma revolta comunista armada, só que querem se reunir e trocar ideias. Se o PSDB, Novo, DEM e PMDB resolverem fazer o “Foro do Rio de Janeiro” para trocar ideias liberais, tá de boa. Faz parte da democracia aceitar pessoas com opiniões políticas e econômicas diferentes.
Pois bem. Então o que quero dizer é que Bolsonaro está chutando cachorro morto quando fala de combate ao comunismo. Não existe essa ameaça (mas ele fala disso no plano de campanha - guarda essa informação porque é importante).
Mas então… Continuando o que interessa, como foi que o Bolsonaro surgiu e conseguiu espaço?
A forma com que o Bolsonaro conquistou popularidade é de extrema importância para o contexto. Ele surge no período das eleições de 2014, sob um clima de frustração eleitoral e descrença com o sistema político. As eleições entre Dilma e Aécio foram ruins, escândalos de corrupção tomando os noticiários, o PT perdendo espaço na política.
Isso é um cenário bom para o surgimento de figuras de “outsiders”.
O que é isso? É um indivíduo que não pertence a nenhum grupo vigente, ou que parece não pertencer. Esse indivíduo conquista simpatia de quem vê o sistema como falho - porque ele não faz parte do sistema. Quem mais foi eleito recentemente com esse sentimento? Donald Trump nos EUA é um exemplo. Ele não era visto como um político, mas sim como um empreendedor. Isso alimentou uma imagem boa, mesmo que signifique pouco em termos práticos (porque uma vez dentro da política você se torna político).
Logo depois das eleições de 2014 a crise no Brasil se agravou. Desemprego e inflação. Somando à fórmula temos a violência (que não é nova, mas ganhou mais destaque nos últimos anos). Ou seja: temos um cenário catastrófico. A população fica extremamente indignada. Demissões em massa aconteceram. A população precisa de uma solução. Porém, mais importante do que uma solução, a população precisa descarregar toda a carga emocional acumulada desde as eleições.
É aí que o Bolsonaro funciona como um condutor: ele já era visto como um “diferente” e, além disso, sabe direcionar as frustrações de seus eleitores na direção de culpados. Sendo esses culpados, principalmente, os partidos de esquerda do Brasil (PT, Psol, PCB, PCdoB) e partidos antigos de direita, também pegos nos escândalos de corrupção (PSDB, PMDB, DEM).
Na verdade ele até extravasa suas frustrações igual aos eleitores: fala o que pensa, não mede palavras. Ele não é o político padrão, ele é “diferente”.
Se você não leu o artigo que citei lá em cima sobre a dúvida, é uma boa hora para ler, e também é bom dar uma olhada nesse quadrinho do Pictoline:
O que acontece: a essa altura do campeonato não importa se Bolsonaro é ou não é parte dos esquemas de corrupção, se é como os outros políticos ou não, porque ele passa a simbolizar - no plano do imaginário da população - o “diferente”. Essa população frustrada não quer sentir dúvidas sobre seu posicionamento, quer segurança, e quer uma solução rápida para os seus problemas, então também não pára para pensar “e se ele não for um bom líder?”, “e se ele for igual aos outros?”.
Isso aí. Eu estou dizendo que você não quer sentir dúvidas. Que não gosta de sentir que errou na sua escolha. Que procurava mesmo alguém diferente e achou, e essa pessoa aponta os culpados, e que isso é um tipo de segurança. Mas, como o quadrinho do Pictoline ilustra bem, tomar decisões com base nas emoções não é bom. É, também estou dizendo que você tomou a decisão por questões mais emotivas do que racionais. Porque se identificou com o Bolsonaro e com as soluções “instantâneas” dele. Antes de fechar meu post, continua mais um pouco para descobrir porquê eu digo isso. Volto a repetir: Não é uma linha de raciocínio linear e fácil. Preciso da sua atenção!
É normal tomarmos decisões emocionais e darmos uma mascarada nisso com “ah, mas eu já li o bastante” ou “eu entendo disso melhor que os outros”. Pior do que isso: quando esse sentimento toma conta de um grupo de pessoas, ele ganha força. É retroalimentado. Você e seu colega que pensam de forma semelhante se fecham na “bolha” e se dizem “estamos certos”. A opinião não é contestada, só reafirmada. Ai quando chega alguém dizendo algo diferente que faz parte do “velho sistema”, é difícil querer ouvir.
Eu mesma tomei várias decisões emocionais já. Nas eleições passadas votei na Dilma com raiva das pessoas que reclamavam dela por causa das ações afirmativas do governo. Votei com raiva dos homens que enchiam o saco falando que ela era uma “vagabunda”. Foi uma decisão mais pautada pelas minhas emoções do que pela lógica, e por isso hoje eu sempre paro e penso “e se eu estiver errada?”.
Então é nesse momento que eu paro e te pergunto: por que, de fato, você vota a favor do Bolsonaro? Você já leu o plano de governo dele (que aliás, é um PPT mal formatado)? Você leu os planos dos outros candidatos?
Bom, continuando, porque o problema não pára aqui, e na verdade o buraco é mais no fundo. Quero explicar o modus operandi do Bolsonaro.
Como o Bolsonaro mantém a popularidade e seus eleitores contra o PT e o sistema vigente?
Bom, como eu disse, existe um cenário em que os pontos de vista são cíclicos. Existe sempre uma reafirmação do medo e das convicções do grupo que vota a favor do Bolsonaro. Essas convicções são sempre reafirmadas a fim de manter a coesão do grupo. Vira um ecossistema.
Para manter a sua popularidade é necessário que o Bolsonaro sempre se mantenha distante dos adversários, como um outsider (isso é a base de sua campanha), e sempre alimente a insatisfação do eleitorado. Para tal ele sempre atua de duas formas: 1) mostrando o quão “degradado” o outro é; 2) mostrando o quão “puros” ele e seus eleitores são.
Aí entra outra coisa. A história do tal do fascismo. Você vota no Bolsonaro e já foi chamado de fascista? Bom, fascismo é uma palavra bem ruim. Não existe uma definição certa, mas em todas suas definições a gente sabe que é “coisa ruim”.
Puxando o texto do George Orwell:
“Mas debaixo de toda essa confusão subjaz uma espécie de significado oculto. Para começar, é óbvio que há diferenças muito grandes, algumas delas fáceis de apontar, mas não fáceis de explicar, entre os regimes chamados fascistas e aqueles chamados democráticos. Segundo, se “fascista” significa “que tem simpatia por Hitler”, muitas das acusações que listei são mais justificadas do que outras. Terceiro, todo aquele que indiscriminadamente lança a palavra “fascista” em todas as direções está agregando a ela alguma medida de significado emocional. Por “fascismo” eles estão se referindo, de maneira grosseira, a algo cruel, inescrupuloso, arrogante, obscurantista, antiliberal e anticlasse trabalhadora.”
O que temos de mais importante nesse texto é a ideia de “simpatia por Hitler”. Calma, não estou dizendo que você é simpatizante de Hitler. Na verdade faço esse texto justamente porque acho que você NÃO É mas corre o risco de cair num grupo que tem sim simpatizantes do regime.
Já se perguntou como tanta gente na Alemanha ficou do lado de Hitler? Pois é. Vamos entender esse fenômeno e de quebra entender o Bolsonaro.
Breve aula de história: Alemanha ficou quebrada e destruída depois da 1ª Guerra Mundial. Os alemães estavam muito frustrados. Hitler surge como uma figura carismática (outsider) que consegue agregar a população, e assume a liderança do país.
Como ele faz isso? Hitler tem uma estratégia sagaz. E má.
Ele sabia do sentimento de frustração da população, então ele direcionou toda a raiva e tristeza daquelas pessoas na direção de um ideal nobre de pureza e patriotismo, enquanto apontava culpados pela degradação do país. É uma forma de pensar bem imediatista. Quero me sentir melhor, para isso eu vou me exaltar (daí vem o sentimento patriota) e degradar o diferente (daí vem o sentimento de preconceito).
Os judeus, ciganos, homossexuais e comunistas foram rapidamente culpados pela situação ruim da Alemanha. Eram alvos fáceis e já sofriam com algum tipo de preconceito da população, então foi tranquilo direcionar a raiva dos alemães contra esses grupos. Enquanto isso a Alemanha viveu um momento de grande exaltação da pátria. É uma massagem no ego da população, não é?
Pois então. Notou algumas semelhanças com Bolsonaro?
Para manter a população coesa e distante de um pensamento racional e lógico, ele alimenta o ódio contra grupos os quais ele culpa pela degradação do país. Já viu todo aquele papo de “kit gay”, “feministas peladas” e “golpe comunista”? É isso.
Ele culpa a esquerda pela degradação moral: essa esquerda, com os homossexuais e feministas, sujam a moralidade da pátria. Existe um grande exagero com relação a isso. Os governos “fascistas” fazem assim: você pega um grupo de inimigos fáceis de identificar, ou um inimigo único (como um espantalho), e transforma esse inimigo em algo sórdido, terrível. Daí surgem tantas fake news sobre a imoralidade dos grupos ligados à “esquerda”.
Exemplos: kit gay, parada gay que zomba da religião, Haddad chamando Jean Wyllys para ministério, etc. Já vi vários tipos de coisas falsas. Uma das mais absurdas foi a história de que o PT teria feito uma cartilha ensinando crianças a usar crack. Não preciso nem dizer que isso é um devaneio, não é?
Quando o cidadão comum, moral, de bem, é confrontado com informações tão desesperadoras sobre o país, ele fica completamente estarrecido e indignado. Isso alimenta a figura do Bolsonaro, porque ele seria o único capaz de “limpar o país dessa imoralidade”. Isso chama de novo aquele quadrinho do Pictoline: nesse cenário de caos é impossível você tomar uma decisão racional.
Bom, e o que acontece depois disso: passa a ser justificável qualquer tipo de atitude para combater os problemas que assolam o país.
Aí entra o plano de governo do Bolsonaro. Da mesma forma como ele não aprofunda a discussão sobre os problemas do país - porque fazer uma análise profunda disso iria retirar o eleitor do estado de êxtase emocional, forçando um pensamento racional -, ele oferece um conjunto de soluções simples e imediatistas, que ajudam a manter a coesão do eleitorado. A tal massagem no ego da população.
Crianças que vão no baile funk e batem nos professores? Há! Escolas militares!
PT comunista ameaçando os empreendedores! Já sei, vou banir o Foro de São Paulo!
“Kit gay” incentivando promiscuidade? Fora a ideologia do gênero!
Estupro? Vamos castrar todos!
Tudo isso está no plano de governo dele. Dá uma conferida aqui, oh.
Bom, então… Bolsonaro, de forma simples, ele se alimenta do medo dos eleitores. Do medo que as pessoas têm de um Brasil imoral e violento. Do medo de ser assaltado. Do medo de morrer. O medo é irracional, e quando estamos com raiva e com medo, queremos algo para solucionar o problema, e não paramos para pensar se a solução é boa ou não - só pensamos “é uma solução”.
Acho que isso é suficiente para elucidar a falta de profundidade do candidato e como ele agregou tantos eleitores, inclusive você.
Agora, com calma e paciência, dá uma olhada no plano de governo dele e compare com os de outros candidatos. Olhe as propostas sobre educação e segurança pública - qual parece mais sensata e aplicável. Pense em infraestrutura, recurso, resultados a longo prazo. Não pensa em resolver tudo de uma vez, em abraçar o mundo.
Também dê uma conferida nas notícias falsas que foram desmentidas por sites de fact checking: https://projetocomprova.com.br/, https://www.boatos.org/, http://www.e-farsas.com/. Veja a quantidade de notícias falsas que servem para aumentar o terror sobre o cenário brasileiro.
Pense com calma no que você quer. Se você quer ser manipulado pelo medo, ou se você vai votar consciente.
Agora, vamos falar de outro tópico importantíssimo: discurso de ódio, institucionalização da violência e minorias. E porque as pessoas chamam Bolsonaro de homofóbico, machista, misógino, etc etc.
Primeiro: democracia não é governar para a maioria. É governar para todos e as decisões partirem da população, e torcer que a maioria da população não seja maldosa.
Isso é um exercício de empatia e carinho. Mesmo que alguma religião não seja a maioria no país, ou algum tipo de etnia, não é legal forçar nesses indivíduos os valores da maioria. Por isso o Brasil é um Estado Laico. Já viu o que ocorre no Irã? As mulheres não podem andar sem estarem cobertas. Imagina a infelicidade de uma pessoa que não é islâmica vivendo nesse país, sendo obrigada a seguir essas leis que promovem o apagamento de sua identidade. O Japão viveu um momento em que o catolicismo era perseguido dentro país. Também foi uma coisa bem ruim. Os judeus também sofreram com repressão religiosa e étnica. Então não basta você achar que algo é certo ou errado segundo os seus princípios morais se isso fere a liberdade de outra pessoa. Por isso que a ideia do Bolsonaro de “governar para a maioria” é extremamente antidemocrática, além de totalitária.
Segundo: discurso de ódio não é ofensa. Vamos deixar isso claro. Xingar alguém de filho da puta é ofensivo, mas não é discurso de ódio. Discurso de ódio é quando existe um atentado contra a dignidade de um grupo de pessoas, com base na cor, gênero, ou religião delas. Por exemplo, o racismo é um tipo de discurso de ódio.
O que seria atentar contra a dignidade? Bom, é impedir que esse grupo viva dignamente, que ele usufrua dos mesmos direitos do restante da população por conta de preconceitos, impedir que ele se sinta seguro, essas coisas. Vai desde dizer que “mulher não serve para trabalhar” até “queria que todos os muçulmanos morressem”.
Quando a gente fala esse tipo de coisa temos que pensar que existem consequências diretas e indiretas. Um caso recente de violência foi o da universitária que foi espancada pelo namorado nos EUA. Achei esse caso um exemplo bom porque a moça gravou o que o agressor disse:
“Você não aceita, você acha que é o homem da relação. Mas você não é, você é uma mulher, véi, tem que aceitar isso!”
A violência baseada em preconceito não surge do nada. Ela germina nas ideias das pessoas de superioridade. Normalmente a educação e a lei impedem que esses impulsos violentos aconteçam, mas existem exceções. E é por isso que são necessárias leis de proteção às minorias. Enquanto houver crime motivado por ódio é importante que existam medidas judiciais adequadas contra esses tipos de crime. Não podemos colocar no mesmo patamar um assalto e um assédio dentro de transporte público. As motivações são claramente diferentes.
Então quando Bolsonaro subestima o cenário de violência - sim, subestima, porque ele simplifica a questão achando que toda violência é igual -, e ainda atribui grande parte dos problemas à essas minorias, ele na verdade prega um discurso de ódio - que desumaniza esses indivíduos e os expõe a uma situação maior de insegurança.
Além disso, quando ele mesmo faz algumas declarações preconceituosas, várias pessoas se sentem no poder de fazer declarações semelhantes. E não é difícil que isso evolua para casos de violência física, moral ou psicológica. Faz parte também do plano de governo dele retirar algumas políticas de proteção dessas minorias (como acabar com o Estatuto da Criança e do Adolescente), o que representa um grande retrocesso no país. Isso não combate o crime; isso só deixa mais fácil que uma população vulnerável sofra com mais facilidade e que o atendimento demore mais.
Agora, se você acha que esses grupos não necessitam mesmo de cuidado especial, mesmo com várias estatísticas sobre como o Brasil mata LGBT e mulheres, e das relações entre evasão escolar e criminalidade, então temos um problema aí. (Não vou colar fontes, o texto já está enorme, acho que é fácil achar isso). Só pensa com carinho se as situações de assalto e assassinato são semelhantes aos casos de estupro. Pensa se os assassinatos de indígenas são feitos pelo mesmo tipo de criminoso que mata no Rio.
Se você leu até aqui, merece um troféu. Eu até me perdi um pouco no texto, mas acho que falei bastante dos problemas do Bolsonaro. Que fique claro que: Bolsonaro não é uma mente maligna que funciona sozinha. Como eu disse, isso é um sistema retroalimentado.
Se quiser bater um papo mais aprofundado sobre alguma política, minha caixa de mensagens sempre está aberta.
Só não caia mais no conto do bicho-papão do comunismo e da degradação moral, por favor.
E não, eu não voto no PT. Meu voto nessas eleições é no Ciro Gomes. Se quiser podemos conversar sobre isso também.
Antes de ir, vou deixar esse outro quadrinho do Pictoline:
E esse vídeo sobre psicanálise, que também explica o fenômeno:
youtube
Abraços!
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Perigosa é a mulher que age como uma dama e pensa como homem
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Não importa o quanto ele é legal, charmoso e sexy, não vou ficar com ele. Simplesmente não estou pronta para nada além do que estamos fazendo agora: uma conversa inocente e amigável sem expectativas de sexo ou relacionamento. É tão difícil conversar assim com qualquer cara, porque todos sempre parecem achar que um simples sorriso significa algo mais.
Entre o agora e o nunca. (via nobroke)
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Dentro da igreja, ajoelhe-se. Numa festa, comemore. Durante um beijo, apaixone-se. De frente para o mar, dispa-se. Reencontrou um amigo, escute-o. Ou faça de outro jeito, se preferir: dentro da igreja, escute-o. Durante um beijo, dispa-se. De frente para o mar, ajoelhe-se. Numa festa, apaixone-se. Reencontrou um amigo, comemore. Esteja, entregue-se.
Martha Medeiros (via diminuido)
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