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LiteratureMusic&Art!
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eliasmarquesblog-blog · 7 years ago
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Emicida - Mãe (do álbum “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa...” - 2015 
O amadurecimento de um artista se percebe exatamente quando ele consegue - seja de forma consciente ou inconsciente - ultrapassar a barreira do símbolo e avança rumo à abstração, do simples para o universal e, ao mesmo tempo, consegue fazer a conexão daquilo que ele está produzindo com outras artes que, às vezes, não têm nenhuma relação direta com a dele (a princípio!). Nesta música, mãe é "Mãe", mas mãe também é "Terra" (ou "terra"), mas também essa mãe é "Deus". O teólogo canadense William P. Young surpreendeu o mundo quando retratou Deus como uma mulher negra em seu livro "A cabana" (2007 EUA; 2008 BR). Em 2017 o livro foi adaptado para o cinema com direção de Stuart Hazeldine e mais uma vez as metáforas ganharam vida na tela de forma bela. A música de Emicida é forte por si só, mas tornou-se poderosa com esse clip mágico, de Levi Riera, que vai eternizar essa música... para sempre. Viva Emicida! Poeta das margens e periferias!
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eliasmarquesblog-blog · 7 years ago
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Kukukaya (Cátia de França)
" [...] São quatro cabras de peia De riso dócil e rima fácil Não vá se enganar, hein, meu bem! Que eu tenho dois olhos E eu tenho dois pés Dor dos meus olhos Vai pros meus pés E dos meus pés Pra dentro da terra Da terra para a morte [...]"
"O ovo é redondo Ventre redondo é Vem amor, vem com saúde Onde eu sou chama Seja você a brasa Onde eu sou chuva Seja você a água"
“Kukukaya” foi composta por Cátia de França e aparece em seu disco de estreia “20 Palavras ao Redor do Sol” (1979). A música foi também gravada no mesmo ano por Elba Ramalho (1979) e por Xangai (1984). 
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eliasmarquesblog-blog · 7 years ago
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COITO DAS ARARAS (composição: Cátia de França, 1979)
Intérprete: Júlia Vargas (cantora, bailarina e percussionista carioca)
"No Coito das Araras quem passa por lá não para No Coito das Araras tudo está como sempre foi O gado pasta no Berra Boi Tudo está como sempre foi"
[ ... ]
"Ainda trago na boca, nos olhos a visão da tua imagem Despenteada, sorrindo, correndo pela rodagem Meia distância, meia légua, légua e meia á á No fim apanhei restou a peia, légua e meia á á Você correndo pela rodagem, légua e meia á á Despenteada, sorrindo, légua e meia"
[... ].
“Coito das Araras” é uma das mais enigmáticas canções da música popular brasileira. É uma composição da paraibana Cátia de França e foi inspirada na obra de João Guimarães Rosa. A música está permeada do universo ficcional de Rosa e esse universo é revelado não apenas nas referências, mas também na linguagem. Uma referência explícita  do “coito das araras” aparece em “No Urubuquaquá, no Pinhém -  Corpo de Baile” (1965). É lugar onde se podia asilar criminosos, um tipo de fazenda, abrigo, refúgio, esconderijo. Ver trabalho incrível intitulado O UNIVERSO LITERÁRIO NA CRIAÇÃO MUSICAL DE CÁTIA DE FRANÇA de LIDIANY CAIXETA DE LIMA e HAROLDO DE RESENDE em http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/4173/3119. 
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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O engraxate
By, E.M.Costa (do livro “Um jovem cronista - em meio a crônicas e reflexões”)
Sempre pensei que encontraria os grandes gestos, essas auras impalpáveis de humildade, nas grandes igrejas, templos e catedrais; estampados, explícitos nas ações de pastores, padres, bispos, sacerdotes, monges de milenares religiões, porém, naquele dia... eu fui surpreendido; naquela casinha humilde, comum, desenhada por um arquiteto sem diploma; erigida por um engenheiro da construção civil por excelência do conhecimento empírico. Íamos à sua casa (ou melhor, passávamos por lá) uma vez por ano, ocasionalmente, em comemoração ao aniversário de algum membro da família, ou em intervalos mais longos, porém, certos: nas eleições políticas – a escola onde Flávia votava, assim como toda a sua família, ficava naquele bairro. Chovia. E quando lá cheguei, fui recepcionado com toda a cordialidade, honra e alegria de sempre – como de todas as outras vezes. Ele não gosta que ninguém tire os sapatos ao entrar em sua casa. Mas fiquei constrangido. O carpete de sua sala estava um brinco de tão limpo que estava; ao contrário de meus sapatos, que estavam tão sujos e respingados de lama quanto os de um homem fazendo trilha em um dia de chuva − sintomas do dia chuvoso. Entrei. Após relutar um pouco com ele na tentativa de obter autorização para tirá-los – tentativas sem sucessos. Talvez ele tenha percebido o meu desconforto por estar com aqueles pés imundos sobre o seu carpete. Então, imediatamente, ele me pediu licença para se ausentar por um instante. Voltou, logo a seguir, com uma escova, uma flanela e uma latinha de pasta para engraxar sapatos. Aproximou-se de mim, e disse: – Quero que você esteja à vontade em minha casa. Afinal, vocês só vêm (Flávia e eu) aqui na época das eleições! Qual foi a minha surpresa, quando aquele sereno senhor de sessenta anos de idade, de semblante vivo, contornado por um cabelo grisalho e barbas cumpridas, ajoelhou-se diante de mim, apoiou o meu pé enlameado em seu joelho e começou a limpá-los, com tanta naturalidade como se fosse um engraxate profissional, ou como um escritor, que se senta diante de seu computador para servir o mundo com as suas histórias. Mal pude acreditar naquela cena. Enquanto olhava-o de cima para baixo, ouvindo-o contar-me sobre a sua última viagem à sua terra natal, fui tomado por um sentimento, uma sensação inexplicável, nunca antes sentida em meu espírito. Aquilo me levara a Cristo como servo. A cena, ele lavando os pés dos discípulos, era tão viva, rica e valiosa em minha memória e assumira um novo significado agora. Em instantes, era como se o próprio Cristo estivesse ali à minha frente. E eu me sentindo tão indigno e insignificante, totalmente perdido e desconfortável diante daquela situação! Um respeito e uma reverência diferentes brotaram de dentro de mim por aquele senhor. Fiquei pensando... que possivelmente aquela fosse uma pequena gotinha da sensação... desconfortante (apenas por não haver outro adjetivo que a expresse  ��  e que venha à minha cabeça neste momento) que João Batista, ao batizar Jesus, e Pedro, ao ter seus pés lavados por ele, sentiram naquele momento único, ímpar, para cada um deles. Sensação de desconforto e reverência.
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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PACIÊNCIA (Lenine e Dudu Falcão - disco “Na pressão”,1999; disco “Lenine Acústico MTV”, 2006)
"Enquanto todo mundo espera a cura do mal E a loucura finge que isso tudo e normal Eu finjo ter paciência O mundo vai girando cada vez mais veloz A gente espera do mundo e o mundo espera de nós"
A meditação, o pensamento, a agitação do contemporâneo, a recusa do “eu lírico” à pressa... essa peça engloba uma série de reflexões sobre o nosso tempo e sobre o momento atual em que vivemos. Uma análise mais profunda? É possível sim! Silvio Ramiro, na “Revista Brasileira de Estudos da Canção, faz isso divinamente em: http://www.rbec.ect.ufrn.br/data/_uploaded/artigo/N4/RBEC_N4_A6.pdf
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Paulo Nazareth e suas maravilhosas parcerias (OLHAR DE LONGE, single 2016. Composição de Paulo Nazareth e Marcos Almeida.
"Até onde vai o trilho Lento o vagão Até onde vai o rio Longe o mar
Até onde vai o brilho Clara imensidão O horizonte logo ali Distante"
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Quando amamos uma mulher
By, E.M.Costa (do livro “Um Jovem Cronista: em meio a crônicas e reflexões”)
A Flávia sempre foi de falar alto – mesmo quando estou a apenas um palmo de distância dela –, ouvir TV e rádio também altos. Eram pouco mais de cinco horas da manhã. O finalzinho de madrugada ainda estava escuro quando o táxi buzinou no portão. Estava tudo pronto: a mala, o cabelo, o brilho nos lábios, aquele pozinho, e tudo que é típico de mulheres a alguns minutos da partida para uma viagem. Era a primeira viagem a trabalho de Flávia; o destino era Joinville, Santa Catarina – um rápido treinamento de dois dias para assumir a administração de um dos escritórios daquela empresa aqui em São Paulo. Deixei-a no aeroporto e, após o check-in, fizemos as últimas recomendações um ao outro. Despedi-me, e fiquei olhando-a seguir corredor adentro para o local de embarque; mais alguns segundos, e, ela desapareceu em meio àquele número enorme de desconhecidas pessoas. Voltei para casa com uma sensação de liberdade e saudade. Ao chegar em casa e abrir a porta, pensei: “Yes! Uma casa todinha. Sozinha. Só pra mim, por dois dias! Sem barulho ou horários pra dormir!” O primeiro dia foi uma maravilha. A primeira noite já foi um tanto solitária. Na manhã seguinte, fui trabalhar. E, como de costume, passei em uma padaria e pedi um café com leite e um pão de queijo. Lembrei-me que quando íamos juntos à padaria ela sempre pedia um pão de queijo, e um chocolate. Um aperto no coração, uma saudade! Como gostaria que ela estivesse ali comigo naquele momento! Mas... tudo bem. Na TV do estabelecimento, o programa da Ana Maria Braga estava começando e, para homenagear as mulheres naquela manhã, ela escolheu uma crônica, um texto de Martha Medeiros para recitar. O título era: “Mulherão”. O texto dizia (diz) que mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir ao trabalho e dois para voltar, e quando chega, encontra um tanque lotado de roupa e uma família faminta; mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento; é aquela que leva os filhos na escola, cozinha o feijão, arruma o armário, mantém a geladeira cheia, dá expediente de oito horas, enfrenta TPM e... Não demorou muito, e de repente os meus olhos começaram a lacrimejar, veio o nó na garganta e com ele uma vontade louca de chorar. Uma saudade descomunal. Ela estaria de volta naquele fim de tarde e eu não via a hora de chegar em casa e, ao abrir a porta, ouvi-la falar bem alto em meus ouvidos: – Meu amor, cheguei!!! Uma vontade de ouvi-la cantar alto, desafinado, enquanto arrumava a casa ou lavava roupas... vontade de ouvir TV bem alto sentados no sofá da sala, tão alto quanto o volume permitisse. Ela era a minha mulher proverbiana, a minha virtuosa de Provérbios 31. O meu “Mulherão”.
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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PULMÕES (single 2017) - Paulo Nazareth e suas maravilhosas parcerias. Desde que a Crombie entrou em hiato em 2016, Paulinho Nazareth vem desenvolvendo algumas parcerias maravilhosas que têm gerado singles incríveis. “ Pulmões” é um deles, e conta com a participação de Os Arrais e Marcos Almeida.
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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NÃO É MAIS SEGREDO (Paulo Nazareth, 2016) - Série: Paulo Nazareth e suas maravilhosas parcerias.
"De onde vem a calma que invade e desacelera o temor"
"Se é tão longe não precisa pressa O vento é quem leva"
"Minha paz não é mais segredo invadiu meus dias mais sombrios fez morada em mim"
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Intimidade
By, E.M.Costa (do livro “Primeiras paixões”)
Amo-te, mesmo quando sumo. Amo-te, mesmo quando penso que te deixei a esperar. Amo-te, mesmo quando digo que vou e não vou. Quando digo que falo e não falo. Amo-te, mesmo quando o relógio me avisa que já estou atrasado para te ver. Amo-te, mesmo quando acordo e já são: 6h11 am, 6h13 am, 6h15 am... e correndo contra o tempo, nem percebo que já é tarde para você estar lá. Amo-te, mesmo quando me faltam os créditos, o dinheiro... E o coletivo parte sem mim (“A dama e o vagabundo”). No silêncio. Mesmo sem ouvir a sua voz, amo-te. Mesmo quando estou distante, amo-te. Pois a distância gera a saudade, e na saudade, a certeza de que sempre te amarei. Meu amor, eu te amo!
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Flora, flor (single, 2016)
"Me veio algo agora Não sei dizer se demora Decerto o tempo parou Foi um aroma de amora De uma geleia de outrora Que minha mãe preparou Embora tenha vindo de fora Minha alma tem hora Que se encanta e se enamora Como aqui e agora Por saber onde mora Esse teu jeito de flora, esse teu cheiro de flor
Me veio uma saudade De uma velha amizade Que ainda nem começou Às vezes isso me invade A casa, perturba a tarde Um desconsolo, uma dor Me arde Vai chegando a idade Minha alma de jade Não discute a verdade: Foi-se a mocidade Me consola a metade Desse teu cheiro de flora Esse teu jeito de flor"
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Discipulado (Álbum "Nordestinamente", 2009)
"Gonzagão ouvia caymmy Que inspirou buarque e jobim Os baianos todos e o time Dos mineiros, foi sempre assim Que se fez a nossa cantiga A canção do nosso país Com noel e o samba da antiga As cantoras do rádio, elis Noel e o samba da antiga As cantoras do rádio, elis [...]"
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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SOBRETUDO QUANDO CHOVE
"Sobretudo quando chove" (álbum "A Volta do Filho Pródigo - O Musical", 2005)
"Se apenas uma escolha me restasse, eu levaria o pôr-do-sol, ou se uma só herança me bastasse, um rouxinol que cantasse a dor das distâncias [...]"
"Se toda a poesia, numa palavra, eu ficaria com "jardim" e, um tipo só de arbusto ali se lavra, o alecrim, [...]"
Gerson Borges é um pastor, poeta, músico e escritor carioca (livros: "Quero aprender a orar", 2014 e "Ser cristão sem deixar de ser brasileiro", 2016) com um talento extraordinário. Borges tem nove álbuns gravados, começou a tocar aos nove anos e foi amadurecendo a cada trabalho. Três álbuns se destacam dentre a sua obra em construção: "A volta do filho pródigo - O musical", 2005; "Nordestinamente", 2009; e  "Quero aprender a orar", 2014.
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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"Eu não nasci do mar mas sou daqui já mergulhei pra não sair
quem é de preamar se encontra aqui não há mais maré baixa em mim
eu sou de remar sou de insistir mesmo que sozinho
só vai se afogar quem não reagir mesmo que sozinho"
A música "Vista Pro Mar" encabeça o segundo álbum (homônimo à música, 2014) do cantor, produtor e multi-instrumentista Silva. É uma das mais belas melodias do álbum, com um belo vocal e arranjos que, juntos com a letra, formam uma música serena e otimista. Já falei sobre Silva em outra ocasião aqui (irmão do Lucas Souza; filho da professora de música da Fames, Letir Silva; produtor dos dois primeiros trabalhos da lendária banda de Marcos Almeida, “Palavra Antiga”).
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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OBSESSÃO
“O que eu faço com minha obsessão? Pelas coisas que eu não vejo Existe algo mal em meu ser”
"Às vezes mais que a lua estás tão longe Às vezes mais que a pele estás tão perto Mas tu me rendes como um nevoeiro"
"Mas tu me cobres como um casaco de inverno E me faz livre como um pássaro"
"E meu coração queima por ti E meu coração queima"
A música “Obsession” (composição de Martin Smith/Stuart Garrard) foi gravada no ano de 1993 pela banda inglesa Delirious?. Ela faz parte do álbum Cutting Edge 3&Fore. A banda Jesus Culture a regravou em 2012 dando a “Obsession” uma roupagem maravilhosa, ela faz parte do álbum Consumed. Lucas Souza foi o responsável pela versão dela em português. Ela aparece no álbum Caminho de Revolução (álbum ao vivo de Lucas Souza, 2005). Sobre o Guilherme Andrade eu já falei aqui em outra ocasião (Projeto Solla), sobre o Lucas Souza, também.
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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Espelho Infinito (single, 2014)
"Quem quiser se encontrar vai ter que esquecer de si: Se libertar. O amor não é de ir, é de ficar.”
[...]
“Quero te olhar nos olhos, num espelho infinito. Eu quero me ver, te ver. Quero olhar os sonhos e sentir o gosto. Eu quero me ver, te ver.”
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eliasmarquesblog-blog · 8 years ago
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A Tentativa (EP “Azularanja”, 2013)
"Coloquei meu violão em cima da flor Pra ver se o amor perdia sua validez. Aconteceu que de repente, pra decepção, O amor se fez, tomou a frente em forma de canção."
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