Tumgik
entrestelismos · 1 year
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NGC 7023, Iris Nebula
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entrestelismos · 2 years
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é como se, com o tempo, nos tornassemos colecionadores de dores. cada pessoa, acontecimento, pensamento, despejava uma dor nova, e me fazia engolir, a seco.
senti a dor me sugar o ar, me enforcar como se fossem as mãos dela ali. e você me disse, que eu precisava colocar pra fora, então eu estou aqui forçando um vômito de palavras que não podem sequer ser formadas. porque dói em todas as minhas entranhas e eu sou fraca. me alimento de inseguranças, como se fossem fatos e verdades ditas. me esforço para ser aquilo que querem que eu seja, que esperam de mim mesmo que não me caiba. me dedico, dou cada pingo de energia minha para quem quiser usá-la, dou tudo.
não sobra nada, não adianta, estou presa a essa angústia pelo resto dos meus dias.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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pensar que pessoas vem e vão no decorrer da nossa vida sempre me deixa com um sentimento de preocupação, porque tem pessoas que eu simplesmente não quero perder. e ser uma pessoa até meio realista, me faz ter a certeza de que nada disso vai durar pra sempre.
hoje eu refleti muito sobre a importância que você tem pra mim, sobre o amor imenso que você sempre faz questão de me transmitir e que eu te transmito de volta do jeito que posso, por meio das minhas linhas tortas e a minha falta de jeito. eu quero dar pra você o melhor de mim, quero mostrar que eu tô disposta a viver um milhão de coisas com você, que eu quero que isso seja o suficiente e conforme crescemos fique mais fácil superar todas as dificuldades que nos acercam agora e estão previstas para o futuro. mas são tantas e nós somos tão novas, ainda tem tanta coisa pra dar errado, que eu simplesmente sei que uma hora ou outra, vai dar errado e vai doer.
não sei se vou estar pronta pra perder você.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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adoro conversas profundas. adoro ouvir sobre todos os mínimos detalhes que a maioria das pessoas acham corriqueiros demais para se saber. então conte-me sobre como seu primeiro cachorro te fez feliz. conte-me sobre seus doces favoritos. conte-me sobre os motivos que te fazem preferir desabafar com seu pai do que sua mãe. diga-me sobre seus autores favoritos, suas teorias conspirações prediletas e cante para mim as partes preferidas das suas músicas mais amadas e adoradas.
conte-me sobre o nada e o tudo que torna o seu universo tão único.
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entrestelismos · 2 years
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carta aberta ao meu primeiro amor.
dói saber que a última vez em que te toquei foi naquele abraço apertado, que já encaixava fácil de tanto que moldamos com as tentativas falhas até os acertos. eu me lembro da sua voz sussurrando no meu ouvido: "eu te amo até a lua e volta." e me senti tão grata por ter você, quis tornar todas as coisas certas, quis repensar em todas as vezes que erramos, errar com você valia a pena.
mas no outro dia eu já não te tinha mais. em menos de vinte e quatro horas eu te perdi e parecia tão irreal, sempre vivemos nesse ciclo de se perder nas dores e nos gritos, no fim tudo se aquietava e nós choravamos juntas se escorando e se desgastando cada vez mais, que eu pensei que esse fio nunca romperia.
ele rompeu e eu perdi longas madrugadas chorando pelas duas metades partidas, mas nunca de fato fazendo algo para consertar. e eu deveria? acho que não tinha mais conserto. insistir tanto na dor só pela sensação de ter alguém por mim não me parecia certo.
não tenho mais certeza se naquele tempo eu realmente te amava, e se amava não sei se a teoria sobre todo amor ser eterno é verdadeira, talvez seja, eu nunca vou deixar de me importar com as tuas dores mesmo que agora você chore no colo de outra pessoa.
e tudo bem também, o tempo passa e outra pessoa se ofereceu pra limpar minhas lágrimas e me ouvir nos meus dias de tempestade.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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não gosto de imaginar o quão dolorido seria não te ter como tenho. assistir eu perdendo toda a significância que tenho na sua vida agora e pra você. não estaria, nem em milhões de anos, preparada para caminhar sem que seja ao teu lado ou me desacostumar com as tuas manias de me chamar pra dizer que tá com saudade ou que me ama (apenas porque faz muitas horas que dissemos pela última vez). você me diz pra confiar e eu estou indo de olhos fechados, porque não quero abrir e olhar para o abismo abaixo de mim, não quero enxergar todos os riscos de quedas que sofremos, nós estamos sujeitas a cair em cada momento. a cada briga que, mesmo não tão grandiosa, pode estar desgastando as pontas desse fio que seguramos. eu tenho medo o tempo todo, me desculpa por isso. mas eu não vou soltar a minha ponta do fio.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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na tua grandeza, me perdi.
recebi o teu pouco enxergando o muito,
entreguei o meu muito com medo de ser pouco
pra te fazer ficar.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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te dedico todas as minhas músicas preferidas, todos os minutos que passei imaginando nossos corpos se tornando um só, todas as minhas cartas de amor e todos os sonhos que tive um vislumbre de você. dedico todas as lágrimas que eu derrubei com o teu nome e todos os sorrisos que eu me matava pra segurar, mas não conseguiria com tanta bagunça acontecendo dentro de mim, por sua causa.
te dedico todas as minhas noites de sono mal dormidas e até as mais bem descansadas, porque você, de um jeito ou de outro, se tornou a razão de todas.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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quero esquecer de cada átomo que me constitui, de cada coisa que comprova que sou matéria e que existo, aqui nesse plano, nesse caos de realidades, sentimentos e sensações.
gostaria de cair em um sono profundo ou de chorar até os meus soluços me engasgarem, até eu gritar e tentar expandir toda essa dor para fora do meu corpo. e eu nem sei de onde ela vem.
eu não sei o que me traz toda essa dor e angústia, mas eu a sinto, tão presente que poderia a cortar com uma faca, no ar me cercando e me impedindo de derrubar todas essas lágrimas, porque o choro não sai, ele se guarda e se prende, acumulando até eu sentir que vou implodir.
então, agora eu só respiro fundo, e ouço o silêncio e os ecos que a minha cabeça faz, porque eu estou sozinha em todas as realidades em que vivo, não tem ninguém comigo, seja fisicamente, emocionalmente, cosmicamente... respirar fundo e guardar o choro.
e aguentar um pouco mais.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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box of crayons: black
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entrestelismos · 2 years
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tua energia tinge o meu cinza de volta pro amarelo.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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no fim do dia, quando apagam as luzes é que explodo, o choro me engasga incessante, arranho a pele e sinto o atrito da parede com a minha mente, várias vezes, como se dor alguma fosse me provar que ainda vivo, ainda existo.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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e aconteceu, como eu havia previsto.
quando um simples encostar perdeu o choque costumeiro da sua pele na minha.
quando o meu olhar parou de viajar até você em cada vez que cruzava o meu caminho.
quando eu deixei de ser a causa do seu sorriso e a receptora dos seus carinhos diários.
quando você está bem na minha frente, os nossos olhares se cruzam e não vejo emoção alguma.
esse foi o nosso fim.
e o que restou da nossa história? indiferença.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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as cores do meu mundo se misturam com o seu e se transformam em arte que ainda não interpreto.
estamos cobertas pelo incógnito do futuro e de quem somos.
te desvendo a cada dia,
quero conhecer todas as suas cores.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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tua energia tinge o meu cinza de volta pro amarelo.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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e toda vez que me falta inspiração penso em você, e sinto que poderia escrever milhares de linhas sobre a nossa história tão errônea e cheia de tropeços sobre a tua harmonia e astúcia de outro mundo sobre todos os erros que cometi. sobre você, o maior de todos eles.
margot.
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entrestelismos · 2 years
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sim, eu ainda consigo sentir o cheiro e a textura da tua pele sob os meus dedos. ainda sinto meu coração errar uma batida toda vez que você abre esse sorriso lindo e ri de algo que eu falei.
nunca vou superar a bolha que você me envolvia nas nossas conversas da madrugada e nem de como teu corpo se encaixava no meu de forma tão aconchegante que eu sentia que poderia ficar ali pra sempre.
eu errei quando abri a porta pra você e logo te quis pra mim sabendo que nunca seria minha. e erraria novamente milhares de vezes. porque você foi o erro mais vibrante, doloroso e quente que eu já cometi.
margot.
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