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“sim, esse texto é pra você. pra você que acabou de ser enganado ou desiludido. pra você que acabou de não receber aquela mensagem e, por assim dizer, entendeu o recado: ele foi embora. de você. dos planos que fizeram. das conversas e de tudo que planejaram durante a semana. esse texto é um lembrete e um aviso de que vai doer. porque doeu em mim ontem e hoje. e vai doer amanhã também. pra depois eu ficar bem e de consciência limpa: eu fiz tudo que poderia ter sido feito. fui atrás. pedi atenção, afeto. disse que estava a fim. vai doer em você e você vai chorar quando seus amigos chegarem na sua casa e te encontrarem se perguntando por quê. por que ele foi embora sem dar tchau. por que ele simplesmente te tratou como um pedaço de nada. o que você fez de errado, se é que fez. talvez continue doendo semana que vem. e você passe a recriar um fim imaginário. porque, assim, doerá menos. você vai criar uma odisseia na mente pra tentar justificar o fato de que foi abandonado, de novo, por alguém. você vai conversar com o universo sobre o porquê de ter se entregado, de novo, e ter recebido mais um abandono. vai doer mês que vem. e talvez você queira nunca mais se relacionar com alguém, como é a forma que me sinto agora. mas. cultive seu luto. chore sim e chore quanto quiser. chame seus amigos para te fazerem companhia e chore na presença deles. chore pra pessoas que você desconhece e escreva sua dor onde puder. escreva tudo que gostaria de escrever pra ele se tivesse a oportunidade. se for possível, leia alto. e depois, depois que isso sair de você, se prepara pra cuidar do teu corpo. tomar um banho quente. colocar uma música calma. chorar vendo filme clichê na televisão. aquele filme que você viu milhares de vezes? então. reveja. e ria com ele. comece a dar espaço pra dor querer ir embora porque ela entenderá que você ainda tem você e este é o maior milagre da experiência humana. dê tempo pra si mesmo. não se questione se você errou. não humilhe a sua entrega porque outra pessoa não soube olhá-la com cuidado. não desmantele seu coração porque, de novo, não souberam como cuidá-lo. é agora o momento em que você (sim, você), agradece à vida por ainda te manter de pé e respirando. que benção que é. estar de pé e respirando. dê tempo pra que ele vá embora mesmo. e deixe-o ir. exclua-o do seu círculo. mantenha-o longe pra que sua saúde mental possa se espreguiçar e voltar ao estado de bem-estar. faça isso pra você. chore. doa. mas entenda teu corpo e tua mente. elas precisam de você mais do que nunca agora. tenta entender, também, que não é sobre você ser insuficiente. não é sobre você estar errado ou ter algum problema. é sobre o outro, o olhar dele e sua verdade. é sobre a desonestidade que o outro carrega e a maneira irresponsável com que lida nas relações. o problema nunca será você e sua entrega honesta e verdadeira. jamais será sobre você abrir a boca e dizer sobre o que sente e como se sente. jamais será sobre sua intensidade e a maneira como você ama demais. é sobre um problema comum da nossa geração: os acúmulos emocionais e a falta de responsabilidade afetiva. nesses dias que vão seguir, que você pense em você. no que fez. no quão honesto foi e se portou. na sua verdade. intrínseca e que só você sabe da onde vem. que construa uma armadura pra se proteger e vir mais forte na próxima vez. quero que você encha seu coração de fôlego, que respire fundo, que passe por mais essa desilusão, que cresça alma e mente e tente curar todos os traumas que essa última relação te causou. tire os próximos dias pra descansar. sair com quem ama. conhecer um pouco mais de si mesmo. olhar a vida e sua própria existência com olhos mais calmos e amenos. que dê tempo pra ferida cicatrizar. pro pensamento morrer de tanto tentar entender por quê. pro seu caminho ficar visível novamente e você começar a caminhar pra frente. como tem que ser.”

— Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

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“Eu gosto de você, gosto mesmo. Mas isso não significa nada. Não mesmo. Não significa que eu vá correr atrás feito desesperado, nem que eu vá deixar de viver porque você não dá a mínima. Sabe, ninguém morre de amor. Não deve ser tão difícil assim deixar pra lá, não pode ser. E além do mais, amanhã é outro dia, e depois de amanhã, lá vem mais outro… Olha que maravilha, eu ainda consigo pensar direito. No começo é sempre difícil, a gente chora de raiva porque é o que se tem pra fazer. Pode demorar, mas a gente sobrevive.”

— But, I like you.

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Tudo passa

Sim, tudo é passageiro

Mas não pensava que você iria descer na próxima estação.

Isadora B.

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a verdade é que sou triste e tudo que toco se destrói, por isso tenho medo de alcançar o céu e ele virar pó.

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eu não quero sentir o teu toque se for com essas mãos frias. eu não preciso das tuas migalhas quando sou a única pessoa que luta pra manter aquecido qualquer resquício de amor.

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Você é quem é e, eu te amo por isso. Desde o dedinho do pé até o último fiozinho liso do teu cabelo. Você é essa loucura e calmaria. Desejo e perdição se encontram em seus olhos e se espalham por cada centímetro do seu corpo. Você é quem é e, eu te quero por inteiro. Com aquele defeito irritante, com aquela chatice aguda e a frieza de teus mal-dizeres. Você é quem é e, eu ainda te espero. Naquele fim de tarde chuvoso e naquelas manhãs frias sem sentido… Porque eu não saberia seguir em frente sem seus passos largos para me guiar. Você é esse emaranhado todo de certezas, todo cheio de segurança, com mistérios escondidos que, muitas vezes, eu ousei desvendar. Você é quem é e, isso me basta. Do amor ao caos, entrelaçados como nós.

Aqueles Olhos Castanhos.  (via controlaria)

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eu te amo. notei que eu te amava quando o que eu sentia de bom por você se mostrou mais forte do que qualquer um dos meus incômodos. e quando eu me apaixonei até pelo formato do seu nariz. eu te amo. soube quando acordei no meio da noite às 3 da manhã porque seu rosto se misturava aos meus sonhos e eu não conseguia mais dormir. porque você não estava aqui pra me acalentar nos seus braços e me proteger do resto do mundo. eu te amo. senti, quando às 16h52 indo embora da terapia eu tive vergonha e medo do que tinha dito e a única pessoa com quem eu quis conversar foi você. e enquanto eu era toda urgência e tempestade, você era todo calor de fim de tarde e calmaria. eu, explosão. você, reconstrução. eu te amo. vi quando resolvi insistir em nós mesmo sabendo que a gente queria coisas diferentes e vivia em mundos quase opostos. que eu precisava da certeza pra acalmar minhas urgências e você precisava do afrouxamento pra continuar com a sua tranquilidade. e eu queria respostas. eu queria que você acreditasse que a gente realmente poderia dar certo, além do amor. que a gente tinha o que bastaria pra querer estar junto, apesar das incompatibilidades. mas você não conseguiu notar. você não consegue. ainda assim, eu te amo. e talvez, por isso, eu precise ir embora. porque você merece mais do que alguém que não é capaz de acompanhar o seu ritmo. você precisa de alguém que não necessite de tantas certezas. alguém mais parecido contigo, que te permita confiar. então, talvez eu precise mesmo ir embora. mas eu não vou mentir dizendo que faço isso apenas por você. eu também me amo. e eu me amo mais do que amo você e, ao menos dessa vez, eu me coloco em primeiro lugar.

Textos cruéis demais  (via textoscrueisdemais)

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não adianta fingir que não vai doer. não vale a pena tentar esconder o quão difícil é abrir mão de algo que você ama. eu já pensei inúmeras vezes se vai ser desesperador lembrar lá na frente que eu abri mão de algo tão importante para mim ou se em algum momento vou me arrepender da minha decisão. mas o quanto vale não estar bem e não se sentir confortável, em prol de viver algo que não parece tão real? sabe, eu nunca gostei da palavra egoísmo. diversas vezes, me doei demais e me machuquei por não me colocar em primeiro lugar ou avaliar o meu desejo antes de mais nada. eu nunca quis me ver como fraco. aquele que desiste das coisas de maneira fácil, aquele que não insiste nas coisas. aquele que chora. eu sempre me esforcei querendo fazer o melhor, mas nunca pensando no melhor para mim. não dessa vez. eu sei que vai doer. eu sei que vou chorar. eu sei que não vai ser fácil mas vou seguindo em frente. nada vale o esforço de se moldar para caber em um lugar que não te faz bem. estou abrindo mão e deixando o peito aberto. estou me despindo do medo e me deixando entregue ao que vier. eu só quero ficar bem. eu só quero estar feliz. e o que tiver que ser, vai ser …

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a verdade, menino, é que eu sou tão apaixonada por você quanto sou pela reciprocidade. eu não quero sonhar com o nosso futuro se você não estiver por perto tendo os mesmos sonhos, não quero pensar em ti antes de dormir se o seu único pensamento nesse momento é se prefere acordar às 7h ou às 7h30. não quero fechar os olhos deitada no seu colo, fascinada com o simples encostar da sua pele na minha, quando a sua mente voa pensando em outros lugares, distantes de mim, que se tornaram os seus favoritos. sozinha, eu não quero. porque a vida me ensinou uma, três, sete, trinta ou mais vezes que ser a pessoa que mais ama não tem nada de bom. pior ainda quando o amor vem de um só. e eu sei, por experiência própria, que não vale a pena colocar insistência e carinho em relações mortas. então, fica só enquanto for uma pessoa melhor, comigo só enquanto seus braços gostarem do meu abraço só enquanto seus sonhos tiverem a minha presença morna só enquanto olhar pra lua te fizer lembrar que mesmo quando estamos distantes estamos juntos, olhando pro mesmo céu, pensando um no outro. fica, agora que ainda somos bregas o suficiente pra não achar ridículo nenhum apelido romântico. mas, se um dia, pra você, perder a graça seja honesto consigo mesmo. e comigo. e vá embora. porque eu não quero, jamais, te incluir no meu futuro se um dia até o seu presente tornar-se pesado pela nossa convivência. se um dia você enjoar de nós e o nosso amor não tiver mais sentido, por favor, me conta. porque eu prefiro te perder do que te amar sozinha.

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queria que você pudesse sair de si só pra sentir a plenos pulmões a paz que é saber que você existe.

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Descubra o que ama e deixa isso te matar

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Conferência dos que não suportam espaço

Eu achava que amar era ter milhões de assuntos. Eu achava que amar era conservar pausas rápidas, entre um suspiro ou uma risada, para retomar em outro ponto. Pensava que a falta de palavras muito parecia com a falta de conexão. E não era. Nunca foi.

Eu achava perigoso quando o temido silêncio se aproximava e só restavam os corpos espalhados no colchão. Qualquer tentativa de silêncio profundo deveria ser quebrada por algum assunto tomado de ansiedade e desespero. O medo do espaço. O medo da solidão do outro. O medo da solidão entre o casal.

Acontece. É natural. Eu demorei a entender também. Acreditava que amar era faltar o ar, gastar saliva, preencher vazios e nunca permiti-los ser. Mas uma hora – essa bendita hora chega – todas as conversas encontram um ponto em que não podem ser mais recicladas, e por percalço do destino ou só a vida fazendo o que tem de melhor, o silêncio chega. E não há o que temer. Não é porque duas bocas não estão se movendo que elas não estejam em constante comunicação. Tem um corpo correspondendo ao movimento do outro corpo. Tem um organismo digerindo tudo aquilo que foi dito. Em uma relação precisamos de tempo para receber, compreender e acomodar. Seja na hora em que vocês se despedem e cada um vai retomar do seu jeito aquele dia, seja no momento em que discutimos enquanto um fala e o outro escuta, seja daqui alguns dias em que alguém lembra com gratidão: obrigada por ter compartilhado comigo.

Os espaços existem para que possamos caminhar entre eles e ainda assim voltarmos para nós. Para o momento em que alguém quebra o silêncio com um barulho estranho ou correndo até a janela para ver a chuva caindo.

Você é um universo de assuntos e temas que ainda quero descobrir, mas eu estarei aqui em dias de escassez profundas para amar e respeitar todos os seus silêncios.

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das pequenas revoluções que fazemos 

amar aquilo que nos tira do eixo, do certo e do compreensível, 

quem sabe,

seja a maior delas.

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eu morreria por você.  e não tenha medo do quão sério isso parece. se eu precisasse tomar uma decisão que garantiria sua vida e não a minha, seria ela  e nenhuma outra. não que eu não me ache digna de existir - na maior parte do tempo, sinto como se fosse. a questão é que eu não sou capaz de estar num mundo em que eu escolhi viver a amar

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quando você se estica pra caber no mundo, a membrana fina que te cobre e te livra de certas dores acaba se desgastando e então você passa a sentir tudo de forma mais intensa e aguda como um corte

(…)

TCD

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aprenda a ser sozinho, também. a ir ao cinema, escutar uma música, passar mais de meia hora lendo só um livro, saia de casa, toma um café. mas aprenda a não depender [tanto] do outro para viver.