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eudelirio-blog · 5 years
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eudelirio-blog · 5 years
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eudelirio-blog · 5 years
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eudelirio-blog · 9 years
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[…] Quando os teus dedos cansarem de tocar o meu corpo, quando teus olhos perderem o brilho ao sorrir, quando tua mão cansada não quiser mais encontrar a minha, quando o meu cabelo perder o cheiro que você gosta, quando meus poemas perderem a validade, quando nossos corpos juntos não tiverem mais um ritmo compassado, quando não sentirmos mais vontade de dançar juntos, quando nossos beijos ficarem frios, quando nosso encaixe perder as peças, quando tua cama não tiver mais espaço pra mim, quando meu retrato na tua cabeceira for só mais uma foto de uma estranha, quando teu cachorro não me reconhecer mais na entrada, quando a sua mãe não me olhar e acenar pra mim na rua, quando você ver brilho nos olhos de outro alguém, quando esse outro alguém não te desejar como eu, quando teu coração estiver dilacerado a procura do meu, quando nossas almas acharem a chave da corrente que nos prendeu: eu te liberto.
Hélida Carvalho em “Outras causas, outros casos.” (via eudelirio)
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eudelirio-blog · 9 years
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Mendigo de nós dois. Pedindo moedas velhas embaixo das pontes, embaixo de um céu acima da sua boca. Colando cartazes a procura do vento que soprou pra perto do inferno o nosso amor. Distribuindo panfletos aos ignorados, sonhando em atender o telefone e o endereço dos seus olhos estar escrito no bloco de anotações na geladeira. Ou na boca amarga de um estranho, que me pede um beijo, mas me nega amar. Usurpadores de nossas almas. Tomando-a como refém dos medos que rondam o bairro, a esfaqueando e a deixando sangrar em cores de uma paleta nude. Colorindo o chão com a cor de outro chão, colorindo as calçadas com cor de pés cansados, enchendo os meios fios com um cheiro de fel, deixando nas solas dos sapatos as marcas e cicatrizes que jamais sairão de seus pés. Deixando os fios de cabelo voar um a um a procura de abrigo, a procura de liberdade, a procura de uma procura sem fim. Deixando escorrer dos olhos, as lágrimas, as cores, as dores, a lágrima negra. Deixando escorrer dos olhos a sua imagem refletida no espelho que se formou o sangue cor de uma saudade que não vai embora. A boca seca denuncia que não há mais palavras, as mãos cansadas e aos dedos calejados somente um adeus. Adeus pintado na ponta de cada dedo, pra que cada carta escrita com aquelas mãos fossem reticências de fins sem fim. Dos pés, o merecido descanso. Do ar que não chegou ao nariz quando vi você, o eterno começo de um novo fim. Escravos da solidão. Donos do silêncio que faz de nossos ouvidos enfeites sem valor. Faz das nossas musicas a esmola pra um garoto de rua, faz do nosso amor um silêncio dentro de uma estrela. Escravos de nós mesmos, escravos da eternidade dentro de um ano. Escravos dos prazeres de uma dor passageira, escravos das correntes que nos prendem ao chão. Escravos das asas mortas, das penas que voam a procura de casa. Escravos do cheiro do beijo que não volta, escravos da saudade que criamos com um adeus dentro de um caminho de volta. Escravos da emancipação, da volta pra casa, da ida ao céu, escravos de um orgasmo, escravos do ócio, escravos da eternidade dentro de outra eternidade. Escravos da utopia, escravos. Mendigos da solidão. Escravos de nós dois. Usurpadores da solidão de nossas almas entre nós dois
Hélida Carvalho (via eudelirio)
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eudelirio-blog · 9 years
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Cuidado com o degrau e vê se tropeça em mim, cai no meu corpo e me quebra como um copo assanha meu cabelo, mas não desliga a tv, deixa o vento assoprar nossa novela, esquece a luz e acende uma vela o nosso programa preferido é vender os corpos, deixar nossas almas no fundo de uma bau dentro uma xícara de chá, mas nada mais nos remedia a lua lá fora se faz fria, derrama seu choro azul castanho escuro em cima dos nossos telhados, e nos emaranhamos em seu cheiro de pequeninices cuidado com a porta, a fechadura quebrou, e você terá que entrar pela janela ou entra pela fechadura que a porta da janela quebrou. cuidado com o degrau, pois você é o tropeço no ultimo andar.
Hélida Carvalho.  (via gastrites)
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eudelirio-blog · 9 years
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“the sadness will last forever”
—  Vincent Van Gogh’s suicide note 
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eudelirio-blog · 9 years
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eudelirio-blog · 9 years
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eudelirio-blog · 9 years
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Amor, eu só digo adeus quando sei que você vai voltar. Você sempre volta quando estou indo e por isso me recuso a ficar. Olha pela janela, faço vigília todas as noites e ainda chamo o teu nome. Mas você nunca vem, você nunca vai e assim só somos despedidas. Amor, esse é o meu fim. Me recuso a ficar pra não te ver indo embora outra vez.
Hélida Carvalho (via a-t-e-n-a)
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eudelirio-blog · 9 years
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Diga que sentiu a minha falta, ando acreditando em mentiras bonitas. Dedique-me parte do seu tempo, cante-me as mesmas repetidas canções que você choraminga para aquela tua amiga estranha. Me faz acreditar que o mundo gira ao meu redor, que o sol vai nascer amanhã e que será um dia mais perto de ter. Vem, eu tô interessada em mentiras sinceras. Ainda me interessarão pela manhã, ainda vou acreditar nas tuas palavras bonitas, nas tuas frases repetidas. Vem, me fala antes de ir que vai sentir saudade, que vai voltar e me ter. Vem, antes que eu vá. Vem, quero saber mais de você, quero ouvir teus segredos, mas vem rápido que eu tô por um fio. Tô na beira do abismo apreciando a vista, tô sentindo o vento me arrebentar os cabelos, tô sentindo o arrepio na espinha e o medo de morrer de amor. A vista é bonita, os carros parecem pontos, as placas não significam nada, ruas cheias de pessoas vazias, becos entupidos de desejos malucos, de malucos com desejos ínfimos.
Hélida Carvalho (via c-a-n-a-r-i-o)
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eudelirio-blog · 9 years
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eudelirio-blog · 9 years
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eudelirio-blog · 9 years
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Sobre a saudade que eu não sinto. Sobre o cheiro da tua nuca, e sobre o que nunca tivemos coragem de falar. Amor, Aqui fora o dia não nasce, as horas não passam de tiques com barulhos alucinantes. A água do chuveiro me afoga, mas não me limpo. Me alimento como nunca, jogo o meu coração na panela, e nem com vinho tinto ele desce pela garganta. Parece rodeado de facas com teu nome em cada ponta afiada, que desce cortando as minhas cordas vocais, pra que eu perca a chance de gritar o teu nome quando não te ver passar pela minha porta. Amor, eu preciso que você saiba que foi tudo por amor. Os tiros que dei ao alto, as facadas que dei nas suas costas, as rasteiras, os empurrões da escada. Todos os ossos seus que fiz questão de quebrar, foi por amor. E ninguém pode dizer que não havia amor na ponta dos meus dedos quando envenenei seu ultimo chá da tarde. Essa carta não é pro que pensamos em viver quando estávamos mortos, essa carta é para que lembre que pude amar cada pedaço sujo seu. Cada dedo sujo de sangue, cada passo coberto de lama pelo tapete da sala. É uma carta de enfeite ao seu cemitério ao meu lado na cama. Para que nunca esqueça de lembrar que nada é pra sempre, ninguém morre sorrindo e que transar contigo foi o erro que cometemos toda noite porque nos fazíamos de dementes ao prazer. Morríamos em orgasmos imundos, e nada lá fora importava. O meu ar chegava as tuas narinas e nem assim eu era suficiente pra receber seu perdão. Mas amor, o seu ultimo gole, o seu ultimo beijo e o seu ultimo poema não foram para mim, foram? Encontrei endereçado as tuas malas, tuas melhores roupas e um bilhete escrito com seus olhos imundos que não dizia: “Se te desse adeus, faria você pensar que um dia já fiquei?” Ri ao ver tua letra engarranchada, ri ao entender o que você não quis dizer. Nunca ficamos por completo porque somos peças quebradas sem encaixe. Com defeito de fábrica por não saber amar, por não saber ver o sol se pôr sem encher os olhos de lágrimas vazias. Somos quebrados, somos os cacos esquecidos debaixo do tapete e assim que temos a chance, fazemos pés sangrarem até notar que os olhos se foram. Cortamos veias, laços, braços e deixamos que o tempo não nos diga quem amar. Nascemos pra enganar a morte, nascemos ao morrer no fim da escada que foi onde declaramos amor eterno. Mas amor, não esqueça de lembrar que só posso ser eterna pra mim. À você um ultimo gole da sua xícara com chá envenenado, uma lágrima de saudade e senti o cheiro da tua nuca no meu ultimo suspiro. Chego às 7h, meu enterro é às 9h. Sempre a sua, Saudade.
A carta que não pude escrever, e olhos cantaram pra você. Hélida Carvalho (via eudelirio)
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eudelirio-blog · 10 years
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eudelirio-blog · 10 years
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