Eu sou Victor Paz, mas meus amigos me chamam só de Paz. Aqui eu relato coisas que escrevi em meu diário durante a reabilitação.
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A eterna busca por mim mesmo
Não me recordo exatamente em que ponto comecei a me sentir perdido, mas parece que sempre estive em busca dessa versão que seria o "eu mesmo", o verdadeiro Victor.
O que hoje eu percebo ser uma grande tolice, afinal sempre fui e sempre serei eu.
A falta de um senso de indentidade definido, somado à minha incompreensão juvenil me fez gastar anos pensando o contrário.
Essa mesma falta de senso de identidade me levou a adotar diferentes personas, na fútil tentativa de sempre ser o Victor ideal, em diferentes situações, lugares e circulos sociais.
O que novamente, é uma grande tolice.
Não é possível agradar à todos, e tentar fazê-lo se mostra uma enorme perda de tempo, resultando em um comportamento auto-destrutivo.
A verdadeira aprovação deve partir de mim mesmo, somente assim posso esquecer a validação alheia.
Através do e estudo e da meditação, me aprofundo cada vez mais em uma jornada em busca de autoconhecimento.
A espiritualide hoje cumpre um grande papel em tal jornada.
Recentemente percebi a importância do chamado "despertar espiritual".
Um ser sem crenças é mais propício a não ver sentido nas coisas que fazemos diariamente.
Este certamente foi o meu caso.
Enquanto negava a existência de um poder superior, sentia-me espiritualmente vazio.
Todo meu amor e ódio eram direcionados ao meu ego, o que gerava sentimentos de euforia a cada acerto e depreciação a cada erro.
Incapaz de adorar algo além de mim mesmo, era também incapaz de sentir genuínas emoções por outros.
Ao abrir meu coração e me permitir à adorar meu poder superior, hoje sou capaz de amar e apreciar toda sua criação.
Isso me permite alcançar paz de espírito.
Me permite sentir gratidão pelo ato de estar vivo, e tudo que isto engloba.
É como abrir os olhos pela primeira vez, sendo capaz de enxergar o mundo de forma clara e objetiva.
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