❛ 𝐠𝐮𝐢𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫𝐞 '𝐞𝐯𝐞' 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐭. 𝐱𝐱𝐯𝐢𝐢𝐢. 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐞 𝐝𝐢𝐨𝐧í𝐬𝐢𝐨. quarta coorte. artista performática & fornecedora da enfermaria. 🍷
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mouthful of white hot fire / tongue coated in poison, / ragged nails painted in my own blood; / there’s a hunger in me, something vicious / a thirst to be celestial, godly, divine–
𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊.
ela perdera a noção de quanto tempo havia passado. a água tremeluzia, seu reflexo um espelho distorcido e incerto: primeiro, uma criança de olhos solitários, iguaizinhos aos seus, e então, alguém de rosto putrefato, cuja carne apodrecia lentamente, diluindo como tinta a óleo sobre a água em uma figura cadavérica. pintura em movimento de vida e morte; angustiante, pavorosa. guinevere, contudo, ainda encontrava certa paz ali. toda vez que seus dedos tocavam a água, agitando-as sob o luar, ela sentia aquela mesma atração arcaica — a força mágica de quaisquer mundos que regiam as regras daquele lugar. seu impulso mais primitivo a dizia para mergulhar fundo lago adentro, gritava para que se banhasse e esquecesse a noite dos espíritos, tudo aquilo que era e um dia já foi; mas um outro instinto, o mais racional e que ainda prezava pela sua vida, lhe permitiu apenas brincar com os pés, molhando as barras do vestido rubi conforme seu reflexo decomposto se dissipava, pouco a pouco.
“from the dust hundred forty three one... fell in the circle of the world like a flower bud...”
se precisasse adivinhar, eve diria que estava num limbo. um espaço no tempo onde tudo e nada acontecia ao mesmo tempo. poderia ser quem quisesse, podia não ser ninguém. a grama brincava com seus pés, pontinhos de luz guiando-a para a árvore enquanto cantarolava, cada fração daquela noite turvando seus sentidos num nevoeiro de felicidade, dor, medo e êxtase. sua noite dos espíritos: não uma homenagem aos mortos, mas um piedoso lembrete da vida.
“come a little closer... same as the last...”
e ela se movia conforme murmurava, nada mais que um sopro do vento, dançando, entregando-se e louvando a qualquer deus ou entidade que quisesse reivindicá-la ali mesmo, embora fossem os frutos da árvore que chamassem por ela. e eve seguia em frente. um sacrifício voluntário aos mistérios do portal vermelho.
“...megalomaniac... cut my tongue, better watch your back...”
quando seus dedos tocaram um dos frutos, ela deslizou suas unhas sobre ele, traçando um a um como se ousasse escolher. perfume doce, inebriante. o cantinho dos lábios da semideusa se curvavam num sorriso, a sombra da atrativa sensação crescente de que fazia algo de errado.
as íris verdes então se prenderam a uma das maçãs mais distantes dos galhos. cintilava de um carmesim vívido mesmo sob as folhas escuras — e guinevere já havia escolhido: era aquela ou nenhuma outra. ela se preparou para escalar, respirando fundo para afastar a embriaguez dos sentidos, então subiu. as garras de raminhos agarravam seu vestido já rasgado conforme os dedos iam de galho em galho, abrindo corte atrás de corte que ela já não mais sentia. quando chegou no topo, os dedos, pegajosos de seiva, se estenderam até o fruto com dificuldade, então ela o arrancou — e o mordeu num instante só. primeiro, o gosto de ferro, então o berro grotesco. o mundo se abriu sob seus pés, e de repente eve estava caindo, aquele som retumbando em cada um de seus ossos; ensurdecendo seus ouvidos. tudo latejou antes mesmo de chegar ao chão. antes da escuridão, sangue na sua garganta.
ela não se lembra de quanto tempo a inconsciência a embalou naquela misteriosa canção de ninar, mas quando abriu os olhos, a primeira coisa que fez foi lamber os lábios, sentindo na língua aquele ferroso gosto metálico. ainda segurava a maçã mordida. ela sentou, o líquido vermelho escorrendo pelo queixo, pelo pescoço, trilhando todo seu caminho entre os seios. seu estômago reclamou mais uma vez, faminto, e ela sem pestanejar mordeu a maçã. agora, foi mais familiar, até mesmo doce quando desceu pela garganta — e mais sangrento, também. sangue pingava de sua mão, pintando e tingindo pele e grama. a árvore já parara de gritar. mas agora era a vez de eve.
ela arquejou quando viu as escamas crescendo nos braços, duras como couro cinzento, ondulando, expandindo, se escondendo, não ousando emergir naquela pele. não, não presas àquele tamanho. ela sentia aquilo nas pernas, no pescoço, nas mãos e... nos olhos. sua visão mudava de foco e voltava ao normal, brincando com os espectros de cores. era doloroso. era horrível e era lindo.
a semideusa se arrastou até o lago, e o que viu no reflexo fez o terror se quebrar numa risada, prazerosa e radiante. ela jogou a cabeça para trás, fios de cabelo grudando no suor do pescoço ao cair na grama, lábios vermelhos e sorriso largo enquanto cada poro de seu corpo se arrepiava diante da sensação súbita de poder. um presente novo. ou uma maldição. ela não se importava mais. não se pudesse se sentir daquele jeito de novo. ares ficaria orgulhoso.
#𝐯. ❛ ❪ pov ❫#evento: noite dos espíritos.#𝐯𝐢𝐢. ❛ ❪ development ❫#bem xoxo expositivo e confuso mas é o que tem pra hoje#sempre bom explorar umas situações em que dá pra ver como a eve pode ser meio bilu teteia das ideia#oi meus amores! já avisei algumas pessoas - mas aproveitando as tags pra dizer que tirei um tempinho away pra organizar minha rotina. porém!#quando eu pular pra cá de novo pinky promess de que chego chegando na dm de vcs beleza?#mrk:noitedosespiritos
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on some level i think i always understood
that a ship could never really love an anchor
so i did the only thing that i could
and severed the rope to set you sailing from my harbor
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Suspiria (2018) dir. Luca Guadagnino
#𝐢𝐯. ❛ ❪ isms ❫#à noite eu volto pra terminar o restante. qualquer coisa só darem um pulo lá no chat que a gente combina alguma coisa! <3#cês tratem de se comportar
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zaya.
@evesfeast
Ela não sabia dizer com precisão como estava tão interessada por aquele portal. Já havia ouvido falar sobre aquelas coisas, mas até então, em todos os anos, havia se mantido longe daquelas funcionalidades, o que havia funcionado bem. Contudo, naquele instante, estava realmente sendo atraída para aquela armadilha, da qual Zaya só teve a mínima consciência quando já era tarde demais: lá dentro, presa em um espiral de desespero crescente que começava a consumi-la ao se ver, em sua versão mais nova, até mais do que a que assumira junto de Mason no início da festa, parada próxima a uma das avenidas mais movimentadas de seu bairro no Cairo. Visivelmente assustada, com os olhos marejados, assustada com as buzinas ao redor; um pânico que ela podia sentir novamente, porque, de sua ótica, estava vivendo exatamente o que aquela versão infantil havia vivido. De novo. Um dos piores dias de sua vida.
dessa vez foi diferente. não foi um capricho, uma aposta ou acidente. foi um sentimento — tão latente quanto o oscilar azul do portal quando eve entrou nele. estranho pensar que seria atraída por algo que ao mesmo tempo a repelia e lhe causava extrema repulsa, não fosse a familiaridade que se emaranhava naquele nó que a puxou com toda a força para dentro do portal. e de repente, ela não fazia mais ideia de quem era, onde estava ou o que sentia. não pertencia ali. não devia estar ali. um carro passou raspando ao seu lado, e guinevere ofegou pela calçada quente, cambaleando para trás como uma bêbada. a multidão passava por ela, alheia à sua presença, ao seu vestido rasgado, aos pés descalços e a trança emaranhada. ela procurou. não por alguém, mas pelo sentimento; aquele aperto no peito, o terror, o medo. sua garganta apertava como a de uma criancinha, porém ela seguiu em frente, os pés raspando pelo asfalto. uma viela escura, uma rua superlotada. um outro beco, bem ao lado de uma lojinha de conveniência cujo letreiro ostentava letras num alfabeto que ela não reconhecia. então ela viu: encolhida, ao lado da caçamba de lixo, a origem daquele aperto no peito. uma garotinha. eve se aproximou com cautela, os passos curtos, receosos como se qualquer movimento errado fosse afastá-la. “ei...” a semideusa tentou, a voz saindo entrecortada, mas gentil, afável. “está tudo bem? precisa de ajuda?”
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🎭 + thérèse ( @wcitingroom )
“thérèse, para!” eve a puxou pelo braço, impedindo que a filha de perséfone tentasse, mais uma vez, entrar no portal roxo. aquele negócio dos infernos. nem toda bebida do mundo a faria esquecer de sua experiência helheim adentro. suspeitava que reyna, também, se sentiria da mesma forma. por essa razão, assistir thérèse tão melancolicamente entrar e sair do portal em busca de casa acendia um alerta vermelho no coração manchado de eve. “você tem ideia do que eu precisei fazer pra escapar de um desses? tem ideia? sorte acaba, e uma hora você pode entrar aí, sozinha, olhar para trás, não encontrar o portal de volta e ficar presa. mais longe de casa do que nunca.” a frustração da semideusa era um misto de incredulidade e pesar. mas nem se tentasse, eve conseguiria entender o que domingo sentia. nunca teve um lugar que verdadeiramente ousou chamou de lar um dia. não, não daquela forma. “não vale a pena, ok? só não vale.”
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♫ + athen ( @athcn ) &. currently playing . . . don’t matter.
“e aí ele falou que queria subir na árvore! você tem noção disso, athen? subir na árvore. ela tinha pelo menos uns vinte metros de altura! eu sou uma contorcionista, não um coala! mas é claro que subi, e aí...” sob a música agitada, não era de se surpreender que nem eve escutava direito o que dizia, mas ela se esforçava, falando tão alto enquanto se movia que suas cordas vocais cobrariam um preço alto no dia seguinte. desviava-se com facilidade dos bêbados trôpegos da multidão, arrastando e conduzindo athen num escudo de fluidez que somente guinevere seria capaz de performar depois de beber tanto. era uma dança livre, mais energética e pouco harmônica ante a eufonia dos instrumentos de percussão, guitarras e baixos. a festa ainda fervia. “se fosse você, teria subido na árvore? a gente devia subir naquela ali agora, ó”, ela apontava tolamente, rindo. “daria pra ver a festa inteira!” um espírito bonitinho passou com uma bandeja e eve pegou dali dois cálices, dando um para athen. “depois da gente beber isso aqui. você já foi em um dos portais hoje? não devem ser melhores que um show do michael jackson ao vivo.”
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⚟ + mason ( @masonxr )
o portal a expeliu num empurrão só. eve caiu sobre a grama, dedos agarrando raminhos e galhos sob a meia-luz do que ela viu ser uma cortina emaranhada de galhos e raízes acima deles — uma confusão de espirais entrelaçados que escondia um céu azul escuro e quente. ali também era noite. “mason...?” eve chamou, olhando para o portal amarelo logo atrás. ah, se ele não tivesse vindo junto... então aquele mesmo som de fluído magnético, e mason é cuspido com tudo na sua direção. “ai! sai de cima!” ela o empurra para a relva, se erguendo com dificuldade e varrendo uma poeira imaginária do vestido. “esse negócio ‘tá com atraso. a gente entrou ao mesmo tempo, não era pra termos chegado ao mesmo tempo?” reclamava só por reclamar mesmo, porque quanto mais olhava em volta, mais vontade de sorrir tinha. “olha isso!” ela abre os braços, caminhando de costas até o finzinho do corredor de sebes. duas tochas flamejavam, uma de cada lado da bifurcação que se abria para os dois lados. “é um labirinto! no final dessa noite, vai me agradecer por ter perdido a aposta.” a semideusa para, bem entre as duas tochas. as chamas bruxuleavam uma luz levemente esverdeada contra seu rosto. “escolhe. direita ou esquerda?”
#𝐢𝐢. ❛ ❪ interactions ❫#chega no final da noite: mason todo fodido capenga destruído lutando pela própria vida#w. mason#masonxr#evento: noite dos espíritos.
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kamelya.
❝Eu sabia que ia acabar meio underdressed por que não tive tempo para sair do acampamento e comprar algo, mas eu não esperava que todo mundo fosse estar tão elegante e bonito.❞ Comentou olhando em volta em certa admiração, claro, o motivo pelo qual ela não havia saído do acampamento para comprar algo novo era por que estava assustada demais com a ideia de acabar sendo atacada por um monstro e ter de aparecer no evento como um dos espíritos. Fez uma careta ao sentir o salto que usava afundar na grama outra vez, notando já o óbvio, que saltos com ponta fina nunca seriam uma boa opção para um evento no meio da floresta. ❝Eu gostaria muito que alguém tivesse me parado quando eu escolhi usar esse sapato, acho que vou acabar sem meus pés até o fim da noite… Você acha que algum espirito aceita um par de sapatos novos como oferenda?❞
“ah, eu te entendo... esse vestido aqui ficou um pouco apertado em mim, 'tá vendo?” quem disse aquilo foi uma voz masculina, e adão, desprovido de vergonha nenhuma, deu um 360 para ilustrar a kamelya o que dizia. se aquele efeito da bebida de morango fosse definitivo, pouco importava para eve. não havia perdido a flexibilidade do corpo e ainda ganhara mais músculos! e de brinde: ninguém ali naquele acampamento, caso não a tivesse visto antes, saberia quem era. mas ela... ele, quer dizer, daria uma dica a kamelya. à sua nova parceira de dança. “me dá eles aqui, eu guardo na minha bolsa pra você. afinal, como é que pretende curtir a noite com os pés doloridos?” eve estendeu uma das mãos. “me concede essa dança, senhorita?”
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eliphas.
This is a starter for @evesfeast
❝Você tem certeza de que não tem nenhuma bebida que te torne um super herói? Sabe, isso seria muito mais divertido!❞ Ele se permitiu comentar com a filha de Dionísio ainda que estivesse empolgado com toda a festa e as bebidas com efeitos de diferentes, foi justamente com esse pensamento que ele pegou um um drink que parecia ser de laranja. Ele esperava até ser atingindo por radiação, mas ele definitivamente não esperava que ele fosse encolher, olhou para semideusa em pânico. ❝Por que eu diminui? Eu encolhi tipo um anão da Branca de Neve? Por favor, me diz que minha cabeça não está do tamanho do Megamente no corpo pequeno!❞
“tipo, se transformar num especifico? porque eu já te vi voando, coração. voando! você já é uma espécie de super-herói”, eve afirmava casualmente, levando o canudinho de seu drink aos lábios enquanto caminhavam. àquele ponto da noite, experimentara o suficiente das bebidas para ceder uma pausa à roleta russa dos fantasmas. não estava lá muito disposta a morrer temporariamente de novo, obrigada. “como assi—” quando se virou para eliphas, foi preciso muita força de vontade ao crispar os lábios para não rir. podia ter dito, logo de cara, que ele só tinha se transformado numa criança adoravelmente fofa. é claro que podia. mas ao invés disso, eve levou a mão à boca e arregalou os olhos, forjando sua melhor expressão de assombro e espanto. parecia horrorizada. “ai, meu deus.” ela se afastou alguns passos, balançado negativamente a cabeça. “eliphas... eu ouvir dizer que esse não é temporário. você se transformou num sméagol, cara. pelo amor. tá igualzinho ao gollum! não consegue ouvir como ‘tá a sua voz?”
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demitrius.
Dem estava incomodado, com frio, e rabugento. Não lembrava qual dos irmãos tinha dado a ideia de usar aquela roupa, mas estava odiando. Tudo bem que ele costumava ser mais friorento mesmo, mas ainda sentia que tinha sido de propósito. Uma brincadeira para tentar animá-lo, talvez? Todos ali sabiam porque Dem ficaria especialmente tenso no evento. Ainda não tinha visto nem o padrasto nem a mãe, e não sabia se realmente queria vê-los ali, depois de tanto tempo. Mas qual a graça de usar uma roupa daquelas de noite? Eu ein. Além disso, fazia alguns anos que não pegava naquela prótese, e de vez em quando fazia uns barulhos esquisitos. Como quem quer aquecer a mão, Dem ficava dobrando e esticando os dedos repetidamente. Depois de alguns minutos na festa, Demitrius foi para um canto e ascendeu um cigarro. Foi quando viu um espírito de canto de olho o encarando fixamente, com uma roupa parecida com uma que a mãe costumava usar. Incomodado, tentou achar outro lugar, até desistir. “Agora nem os fantasmas vão me deixar fumar em paz”.
eve não precisou se aproximar muito para falar com demitrius. bem acima dele, sentada sobre um galho da árvore, ela ainda balançava os pézinhos pequenos no ar quando sua voz de criança ressoou como um eco fantasma: “talvez ela queira um! deve ser sua primeira subida do submundo há quanto tempo? abstinência de espírito não deve ser fácil...” refletia, olhando fixamente para onde a mulher agora estava. “ela está faminta, sabe?” eve não sabia se dizia aquilo por capricho ou por acreditar de fato. sempre foi uma criança que gostava de inventar histórias. agora de volta àquele corpo, a mania pareceu voltar com toda a força — e ela adorava. “ouvi dizer que alguns voltaram para se vingar. enquanto eu subia... aqui para a terra... prometi a minha mamãe que faria o mesmo. só estou esperando minha chance.” seu tom foi baixando uma oitava, sombrio e cauteloso, antes dela voltar a abrir um sorrisão. “sua mão é muito legal, por sinal!” contemplava a prótese. “o senhor fica estilosíssimo com ela!”
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"Letting loose is an idea central to both Dance Fever and The Dance Tree. "There is something soaring, hopeful: an abandonment," Millwood Hargrave writes in the latter of the growing crowd. The dance plague as it exists in her book is a situation of disorder, but also an enraptured refuge. "I wanted to look at the feeling of being swept up in something so incredible, and transcendent, and weird," she tells me. "Ultimately, it's a complete collective ecstasy."
— The people who 'danced themselves to death', Rosalind Jana, BBC
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joseph.
the other side of paradise + @evesfeast
“Não. Eu não vou tomar bebida nenhuma que você me oferecer. Eu assisti alguém ficar verde depois de tomar uma dessa. Verde.” Ele enfatizou aquele absurdo. Sabia que as bebidas não eram culpa de Eve, e sim dos espíritos que estavam as distribuindo, mas o sorrisinho no rosto da mulher o deixava com uma pulga atrás da orelha com a que ela escolheu pra eles. Ainda era o começo do evento pro homem, então Joseph estava um pouco desconfiado de tudo. No entanto, sabia que cederia fácil se Eve o pressionasse um pouco mais. Conhecia a mais nova bem o suficiente para confiar nela até mesmo quando precisava desabafar sobre sua maldição, o que não era uma história que dividia com muitos ali. Ela até mesmo conseguiu lhe dar um pouco de alívio por um tempo, distanciando-o dos sonhos mais intensos; e Joseph era grato por isso. Era grato até mesmo pelas poções que davam errado e fazia ambos desmaiarem no meio do processo, e era sempre grato pelas ideias mais mirabolantes de Eve. Não que fosse admitir em voz alta enquanto ela o aterrorizava com aquela bebida em mãos. “Mas a gente deveria fazer algo junto. Já testou um dos portais…? Disseram que um deles parece o paraíso.” Ele tentou mudar de assunto.
“e qual o problema de ficar verde, meu príncipe? não conhece o mike wazowski? kermit, o sapo? shrek? as tartarugas ninjas”, ela listava nos dedos, rebatendo como se, de fato, aquele fosse um argumento extremamente válido. “seu carisma aumenta em 50% quando se é verde. você seria a bruxa malvada do oeste mais gata dessa noite.”
joseph estava enganado se achava que eve cederia tão fácil. ora essa, o que mais de ruim poderia acontecer com eles que já não tivessem enfrentado antes? dor de estômago? diarreia? envenenamento? quase-óbito? nah. como se orquestrado pelo destino, eles então escutam: um baque no chão do arbusto logo atrás. eve se vira de supetão, encarando a coisa translúcida que agora freneticamente repetia ‘ai meu deus, ai meu deusaimeudeus’ agachada sobre... o próprio corpo. ela se volta para joe, colocando a mão nas suas costas e forçando-o a não olhar para a cena. “enfim! entende o que quero dizer?” arrastava-o dali assim: nada aconteceu, você não viu nada. “então que tal...” ela pegou outro cálice da bandeja de um espírito que passava por eles, “tomarmos ao mesmo tempo, pra balancear o jogo, hm? e aí a gente entra em um dos portais.” entregando-lhe a taça, o canto dos lábios se ergue num sorriso ferino; tanto na voz quanto no brilho dos olhos verdes uma mensagem: você não tem muita opção, meu bom amigo. “vamos no 1... 2...” fez um tim-tim, brindando, “... e 3!”
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🍌 + alejandro ( @alokill )
bem. aquilo era decepcionante. eve esperou. não tinha diminuído de tamanho, sua pele não estava verde ou roxa e não sentia nada no meio das pernas. porém o mundo parecia mais opaco, meio pálido e embaçado. nada que já não tivesse experimentado até então, embora a sensação fosse... “minha nossa.” seu corpo. bem ali do lado, como em uma daquelas viagens astrais que tinha visto mais cedo. a careta se quebrou com um riso extasiado ao erguer as mãos, brincando com a física ao fechar os olhos e rodopiar e... quando olhou para baixo, seu sorriso mingou. desapareceu até toda expressão murchar de vez. guinevere não conseguia sentir o chão! “cadê meus pés? por que eu sou um fantasma que não tem pé?” e de repente a realidade bateu: e se ela não voltasse pro corpo? afinal, tinha visto alguém voltar? porra, não podia ser um fantasma só com metade das pernas! em pânico, seus olhos percorreram em volta, buscando um rosto conhecido. ela se moveu tão rápido até o filho de loki que o atravessou. “alejandro. desculpa, oi. consegue me ver? vem aqui, preciso que você cheque meu pulso. não. ali no chão, sou eu ali. acho que eu morri.”
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⁉ + maddox ( @hughesmaddox ) &. file under › câmera do submundo: fantasmas, anteriormente naquela noite.
“não sei exatamente como funciona o pós-vida”, eve dizia ao lado de hughes, levando a taça de vinho aos lábios num misto de confusão e fascínio. àquele ponto da noite, já estava descalça e com as barras do vestido rasgado. “mas eu aposto que alguns tiveram chance de se arrumar. ninguém morre tão bonito assim.” alguns, vamos enfatizar. porque entre aquela bagunça morbidamente caótica, ela ainda era capaz de vez ou outra vislumbrar na multidão: criaturas sem um ou dois olhos, cadavéricas e aos trapos; espectros saídos diretamente de burguês fidalgo ou hairspray; fantasmas capengas e de... aquilo era um chinelo? não, era um crocs! meus deuses. a morte não devia perdoar esporões. “é o seguinte... vamos fazer desse jeito então”, ela se virou para madz, fala ligeiramente arrastada e a mão que segurava a taça lhe apontando o indicador. “sem trapaças. sem gente que tomou a bebida de banana depois de ter bebido a de morango ou aquela outra... aquela lá, sabe qual é. a que me transformou num gostoso. quero troca de ectoplasmas, maddox!” eve se arrependeu daquela frase no segundo que saiu de sua boca, mas continuou: “ali, aquela princesa ali.” indicou com o queixo. parecia uma moça saída diretamente da velha hollywood: vestido melindrosa, cabelos curtinhos em bob... uma daisy buchanan rebaixada. “vai lá e faz teu charme. quero ver.”
#𝐢𝐢. ❛ ❪ interactions ❫#não consigo enxergar UM cenário em que isso não dê ruim sabe KKKKK#w. maddox#hughesmaddox#evento: noite dos espíritos.
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❛ — and then . . . all of a sudden! bibidi-bobidi bu!
𝐨𝐥𝐝𝐞𝐫 𝐞𝐯𝐞. (alyssa sutherland)
𝐦𝐚𝐥𝐞 𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐨𝐧. (wolfgang novogratz)
𝐫𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐧𝐨𝐰. (victoria pedretti)
#mrk:noitedosespiritos#decidi entrar na brincadeira também#dou um doce pra quem adivinhar qual foi o principal critério na hora de escolher#e meus amores. vou responder todo mundo no chat ainda hoje pra continuarmos combinando as cositas. beleza?#mais tarde posto o restante dos starters e abro uma nova call pra jogar com essas duas versões aí! <3 heheh
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🕷 + reyna ( @hablareyna ) &. currently playing . . . somewhere . . .
de repente, silêncio. escuridão. luz. frio. o mundo não passa de um branco opaco e insalubre. seus olhos (queimando, lacrimejando como o cão) rejeitam a mudança súbita e piscam repetidamente diante do sopro e ventania. cinzas ou neve... uma mistura dos dois. aquele lugar cheira a fumaça e montanhas congeladas. eve demora a se adaptar, a cabeça pesada e grogue enquanto questiona onde, pelos infernos, é que estava an— a festa! o portal. num impulso súbito, ela se vira para trás, olhos correndo por cada canto pedregoso e cinzento em busca da luz roxa. neve e pedra, um infinito de escarpas íngremes, o céu de um cinza doentio. nada além. o portal tinha sumido. então, o som de ondas. bem onde se abria uma bifurcação cuja largura permitia a passagem de alguém caso se encolhesse o suficiente entre as pedras. a semideusa não pensou: se enfiou ali dentro, avançando contra pedras pontiagudas que arranhavam e sangravam a pele desnuda do vestido. bem no final, conseguiu enxergar: uma praia e alguém lá. quando eve soltou o ar dos pulmões, algo respirou no seu pescoço. seu corpo inteiro arrepiou e ela tropeçou para longe, caindo na areia ao pisar num ‘crack’ sob os pés descalços. íris verdes se ergueram com raiva na direção daquilo — de quem (o que) quer que tenha sussurrado —, e não havia mais nada nas pedras. não voltaria mais por aquele caminho nem fodendo. então o chiado de passos na areia. a pessoa na praia chegava perto, e era... “reyna?” guinevere levantou com dificuldade, os grãos de areia ardiam nos cortes do braço. deu mais uma olhada para trás, só por precaução. “você não sabe o quão feliz eu estou por ver um rostinho tão bonito e familiar.” instintivamente seus dedos foram à pulseira que adornava o pulso: seu bastão rupestris encantado naquela noite. até ter certeza de onde estava, não podia mais se dar ao luxo de baixar a guarda. “vamos ter uma noitada de merda se não acharmos o portal de volta.”
#𝐢𝐢. ❛ ❪ interactions ❫#ihá. bora reyna <3#w. reyna#hablareyna#evento: noite dos espíritos.#ferimentos tw /
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🍷 + love ( @lovehadley ) &. currently playing . . . high enough.
há quem diga que o autocontrole e equilíbrio são uma dádiva; a qualidade inerente aos bons heróis e escolhidos. temperança, inibição, prudência — eve louva tudo o que se opõe a isso. se entregar aos excessos, aos prazeres, às dores e à pluralidade natural do universo faz tanto parte de quem ela é quanto o sangue dionisíaco que corre nas suas veias. encontrar em love alguém com quem pudesse compartilhar esse seu mundo — seu olhar sobre ele —, continuava sendo um dos maiores presentes daquele acampamento. crua e genuína confiança — foi o que enxergou nos olhos da filha de eros quando ela topou se submeter ao delirium. a música titubeava forte nos seus ouvidos, tão entorpecente quanto qualquer licor que elas escolhessem beber. “sente isso?” seus dedos traçavam a pele sensível acima do pulso e subiam morosamente pelo braço. cada toque uma nova onda enviada a hadley: adormecendo, despertando e provocando. eve ergueu as íris verdes, a mão se detendo na nuca da semideusa, e o canto dos lábios se abriu num sorriso ladino. elas voltaram a se mover de acordo com a música, uma sinfonia caótica e devassa. “porque eu sinto.” girando a amiga na multidão, ela a trouxe tão para perto que, não fosse pelas máscaras, teria a puxado para um beijo. eve riu, quase esbarrando num fantasma trôpego que passava por elas. “agora você pode viver a noite como ela deve ser vivida. quer encontrar algum portal comigo?”
#𝐢𝐢. ❛ ❪ interactions ❫#a pergunta é sobre portais mas foi dita com outras intenções kkkkk#falo nada#w. love#lovehadley#evento: noite dos espíritos.
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