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fantasfly · 3 days
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@misshcrror
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Succession 1.02 | Sh*t Show at the F**k Factory
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fantasfly · 3 days
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OLIVER JACKSON-COHEN as Peter Quint in The Haunting of Bly Manor 1.03
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fantasfly · 4 days
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Desde o momento em que a fera se desfez em poeira, o necromante passou a atuar no resgate dos semideuses. Estava longe no momento em que o ataque iniciou, conseguindo se safar do veneno que se espalhava como uma névoa ao redor de fenda. Ao todo, contabilizou o encaminhamento de cinco campistas, todos reclamando de uma parcial cegueira causada pelo nocivo vapor que parecia circular o espaço mesmo após o ataque. Dentro da enfermaria, auxiliava, de seu modo, os filhos de Apolo. Ofertava água para alguns semideuses, disponibilizava ambrósia para outros que reclamavam da dificuldade de mobilidade e assim caminhava entre as macas. Mas algo amarrou seus pés assim que viu os calçados familiares que habitualmente caçoava. Kitty era uma das vítimas graves do ataque. Aguardou que o rapaz que a atendia se afastasse para empreender na aproximação cautelosa. Seus olhos a fitaram com uma preocupação aparente e paternal. "Deuses, você está péssima. Sua roupa está grudando nos seus ferimentos." O comentário foi dito em um momento não adequado. Preocupado, posicionou um pedaço do remédio divino nos lábios da filha de Hades, sem hipótese de recusa. "Coma. Pelo menos uma mordida."
𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 para @fantasfly
𝐄𝐍𝐅𝐄𝐑𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀
A filha de Hades, quase sempre, tentava ser firme e forte. Chorava com facilidade, mas nunca pelas coisas que realmente importavam. Em uma cama na enfermaria, sentindo os pulmões e a pele arderem, e a perna esquerda doer, Kitty mantinha os olhos e os lábios fechados, as mãos agarrando com força o lençol enquanto curandeiros circulavam ao seu redor. Odiava a enfermaria. Queria morrer de uma vez. Detestava a ideia da doença e da enfermidade, porque achava que a morte era fácil e suave. Ela nem sabia o que estava acontecendo ou quem estava ao seu redor, mas odiava o cheiro das plantas medicinais, de pessoas tocando seus ferimentos e dos resmungos e gemidos dos outros. Kitty, no entanto, não conseguia se mexer sem sentir dor. Por fim abriu os olhos, percebendo alguns filhos de Apolo ao seu redor, passando alguma substância desconhecida em seu braço. Recordou-se da infância, quando os emplastros ardiam em seus machucados. Esse não ardia, mas era desconfortável igual. "Sai daqui. Me deixe em paz." Pediu, surpresa por conseguir falar, apesar da respiração entrecortada. Não achou que seria atendida, mas algo em seus olhos afastou o rapaz, que começou a cuidar da pessoa ao lado. Kitty colocou as mãos sobre o rosto e resmungou, tirando-a quando percebeu outra pessoa ali. "Eu já disse para me deix..." Parou, olhando nos olhos atentos de Flynn. "Desculpe. Não gosto desse lugar." A garganta ardia para falar e por mais que tentasse evitar, os olhos se encheram de lágrimas.
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fantasfly · 4 days
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Assistiu o carinho de forma cautelosa. Já havia aberto uma porta que dificilmente tornaria a se fechar. E, apesar da superficialidade a qual tratava dos assuntos referentes ao coração, ali estava a oportunidade de ser socorrido por alguém, alguém que pudesse trazer esclarecimentos para seus pensamentos. Natalia esteve sempre disposta a socorrê-lo dos danos causados por suas confusões e era hora de explicar a origem de cada uma delas. Acariciou a mão de Nati trajando um sorriso amigável na feição. "Eu só... não estou 100% bem. Acredito que não esteja nem 40% ok." O suspiro prologado que seguiu a afirmação demonstrou a firmeza com aquela confissão espontânea. "Eu me sinto extremamente confuso. Antes de dormir eu tinha certeza de tudo, de todos. E agora, depois de acordar, eu percebi que tudo foi desmontado perante meus olhos."
Existia algo na semideusa que muito lhe fazia lembrar de Lilibeth, sua mãe. Talvez fossem os olhos, talvez fosse a sensatez com a qual o acolhia. Independente de qual fator o levou para aquela identificação espontânea, deixar que seus pensamentos saíssem por seus lábios pareceu a opção mais fácil naquele momento. "Você conhece a Bhaskara, certo? Nós temos um... relacionamento?" O tom de dúvida quanto ao próprio status do casal era a exposição de suas últimas ideações. "Foram nove anos existindo ao redor da órbita dela, respirando aquele sentimento tão destruidor. E não foram anos fáceis. Éramos imaturos, machucados e amedrontados com toda essa baboseira de semideus. Mas eu nunca deixei esse relacionamento ruir, mesmo com tantas idas e vindas. E óbvio que nessas idas e vindas vivíamos, e conhecíamos pessoas." O relato era o mesmo que descrevia em seu diário pessoal. Eram anos de sua vida amando desesperadamente alguém de uma forma que sequer sabia explicar, mas desprendendo-a de si para que ela pudesse viver, ainda que para isso sentisse uma adaga em seu âmago. "Mas existia um conforto. Uma certeza. Nós sempre iriamos retornar um para o outro e, um dia, iriamos acabar esse ciclo construindo a nossa família..." Sua voz esmaeceu, pouco a pouco. O teor daquela hipótese era traumático para o necromante e ele saltou rapidamente para o desfecho, sem dar mais detalhes daquela missão que mudou a vida de ambos. "Pouco antes de adormecer ela terminou mais uma vez comigo depois de um longo tratamento de silêncio. E eu me vi, pela primeira vez na vida, relativamente ok com o término. As dores vieram depois que acordei, o desespero por ela, a necessidade de sentir aquele amor intenso tomando a minha mente mais uma vez." A mão se desprendeu das mãos de Nati, e deslizaram por seu cabelo, inquieto com as próprias palavras que cuspia naquele momento. Sempre que as dizia internamente não enxergava o que estava acontecendo, ou tentava negar para si de forma insistente que estava avistando o fim daquela jornada amorosa com aquela que era denominada o grande amor de sua vida. "E repentinamente, a Cif não me pareceu apenas uma noite. Tive uma febre de ciúmes quando vi ela treinando com Raynar, tive um incômodo tão gigante que pensei em confrontar os dois como se precisasse demonstrar de alguma forma que estávamos juntos. E não estamos juntos. Nunca estivemos juntos pelo amanhecer, imagine em uma relação. E é exatamente isso que me faz cogitar a ideia de que, no final das contas, a solidão me cairia muito bem. Sequer consigo entender os meus sentimentos, os desfechos que dou para a minha vida."
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      ໋      No instante em que captou a tensão quase palpável nas palavras de Flynn, Natalia se deu conta de que talvez tivesse ultrapassado um pouco os limites. Nunca fora sua intenção, claro, mas a forma sugestiva e aberta que ele mesmo havia dado a incitara a prosseguir com aquela conversa. Respirando fundo, Natalia virou-se para observá-lo. Em situações como aquela, a primeira coisa que ela tentaria novamente seria um abraço, mas não queria parecer invasiva. Aproximando-se, Natalia levou uma das mãos ao ombro do amigo, apertando-o de forma gentil. "Talvez você esteja enxergando essa 'nova vida' de uma forma muito pessimista, Flynn." disse após longos minutos de silêncio. "Sei que parece ser inútil o que vou te dizer, dependendo de como as coisas correram por aqui, mas por que não tenta dar um tempo para si mesmo? Você lutou contra muitos demônios, está na hora de se dar um tempo e descansar." Natalia parou com os passos, mantendo a visão fixa no homem. "Eu não conheço suas feridas e não irei induzi-lo a falar mais nada que não se sinta à vontade para compartilhar, mas…" Tornando a segurar a mão de Flynn, Natalia depositou um pequeno beijo no local, esbanjando um sorriso, mesmo que triste. "Você pode contar comigo sempre. Eu sou uma ótima ouvinte. Quando estiver preparado para me falar qualquer coisa, saiba que sou seu ombro amigo."       ໋      Natalia não era a melhor pessoa para oferecer conselhos. Não tinha grandes experiências pessoais, mas ainda assim, ela tentava. Por todas as pessoas que tinha em grande estima, ela faria o possível. "Sei que você também não pediu minha opinião quanto a isso, e peço desculpas desde já, mas vale a pena estar dessa forma e manter algo acordado com outra pessoa às escuras? Você me parece…" Ela ia dizer "machucado", mas ponderou e achou que não seria uma boa ideia. "Você não está em seu melhor momento, e você sabe disso." Natalia expirou o ar dos pulmões vagarosamente. "Eu sei que você sabe o que está fazendo. Somos adultos. Mas tem certeza?"
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fantasfly · 4 days
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"Então temos um acordo: eu te empresto o diário e você vai me dar uma atualização completa do seu aprendizado quando terminar de ler. Pode até ser por escrito, não tem problema. Vai se familiarizar com os termos com facilidade, mas acho que vai chegar na parte dos rituais de invocação e acabará um pouco modorrento." Deu de ombros com a hipótese. Ele mesmo havia se amarrado na parte que se referia aos rituais mais complexos, não pouparia Kitty do tédio. "Mas vai dar esse primeiro passo. Tenho certeza que irá avançar com facilidade, bolinha de Hades." E de fato, acreditava no potencial da semideusa como acreditava no potencial de seus alunos. Ela possuía o destaque da fé e os demais atributos que os estudos exigiam. Era questão de tempo, e ele sempre soube.
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ENCERRADO.
"É, você não é muito convencional." Tinha feitos aulas com outros instrutores e tinha sido tranquilo, até. Havia alcançado seus objetivos em artesanato e até em marcenaria, mas haviam coisas como arco e flecha e necromancia nas quais eram péssimas. "Eu aceito a cabra brava, obrigada. Elas são fofinhas também." Sentia que poderia lidar melhor com os animais fantasmagóricos. "Tenho essa sensação de obrigação e também quero. Eu consigo ver os fantasmas, mas nada além disso, não consigo me comunicar." Havia uma razão especial também para Kitty desejar aprender. Um dia, talvez, contaria para Flynn sobre o desejo de aprender apenas por conta de sua pouca ligação com o mundo mortal. Tinha parentes mortos? Eles poderiam fizer algo sobre a família que nunca conheceu? Kitty sentia que deveria superar essa fase para prosseguir para a próxima. Sentia-se enraizada no acampamento, ligada demais ao seu chalé e irmãos, temorosa de sair. Sequer tinha visitado Nova Roma por conta disso. "Vai mesmo me emprestar esse diário?" Exclamou com alegria, curiosa com as informações dadas por Flynn. "Vou começar a ler hoje mesmo. Não sou tão apegada a livros, mas esse parece interessante o bastante." Ficaria até tarde lendo, porque sentia-se mal também por decepcionar Flynn.
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fantasfly · 4 days
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STARTER CALL
Para um starter com o Aidan após o ataque responda essa postagem com o seu @ + LUGAR, aguarde alguns momentos e receberá um SMS confirmando a contratação de um serviço de massagem violenta ou uma frase motivadora (com um traço de ofensa) (4 de 8)
Para um starter com o Flynn responda essa postagem com o seu @ + LUGAR, aguarde alguns momentos e receberá um SMS confirmando a contratação de um serviço de socorro paternal após o choque (1 de 5)
Interessados em plots que ocorreram durante o ataque com ambos os dyvos, chamar no chat. Abro tudo assim que terminar minha tarefa.
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fantasfly · 5 days
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"Sim, de fato. Uma família aqui é fora de cogitação. Por isso iniciei a minha fora desse domo de bizarrice." A informação lhe fugiu de maneira precipitada. Ao notar o que havia dito, seus olhos se arregalaram e sua mão se soltou rapidamente de Natalia. Repentinamente, o rumo da conversa passou a caminhar para um vale sombrio de suas experiências amorosas, um assunto que era evitado até mesmo com as origens daqueles sentimentos. "Bom, acho que deveria se desfazer desse pensamento. O amor mora nas encruzilhadas da vida e aqui temos inúmera, uh?" A sugestão pareceu suficiente para fazê-la desistir da empreitada que rumava.
Mas foi insuficiente. Natalia pareceu dissecar facilmente sua vida.
De fato não vivenciou os melhores meses de sua vida. Na verdade, acreditou que tinha finalmente alcançado a paz que tanto sonhava, até que foi desperto e teve que lidar com a dura realidade. Um relacionamento fracassado que se arrastava pelos anos através do sentimento voraz que nutria, em muitas ocasiões, sozinho. Uma insatisfação completa ao retornar para suas atividades como semideus, assumindo novamente as aulas de necromancia e tornando a frequentar a rotina de treinamentos que pareciam protelar sua sentença de vida. "Uma vida nova para uma pessoa metódica como eu é como viver dia após dia tratando de um corpo doente. Tentamos remediar com antigas receitas, tentamos refazer caminhos e reencontrar alguns rostos, mas tudo parece perder o encaixe." A sincera colocação o fez abrir, novamente, o espaço para que Natalia progredisse naquela direção. Mas logo se arrependeu. A boca secou, os olhos fugiram no horizonte buscando um local para se esconder. O assunto lhe causava inúmeras inseguranças, deixava ainda mais aparente seu desconforto com sua antiga realidade. "Não sei do que está dizendo." A frase dita entre gaguejos logo se desmontou. Era óbvio que hora ou outra aquela situação seria apresentada à luz do dia, mesmo que os encontros fossem majoritariamente feitos durante as noites. Queria ejetar a si mesmo pelos ares, voando para longe daquele interrogatório amigável. Mentiria, mesmo sabendo que era impossível esconder nos olhos a confusão emocional que lhe consumia. "Ela é só uma... colega. Não somos nada além de amigos. Ao menos é isso que foi acordado."
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      ໋      Natalia segurava a mão de Flynn, dando-lhe leves apertos em sinal de conforto. De todas as pessoas do acampamento, ela talvez fosse a mais desprovida de experiências sociais. Seu pouco conhecimento vinha de conversas esparsas ou informações que ouvia e observava de vez em quando. Apesar disso, Natalia era uma ótima ouvinte. No entanto, ao escutar o desabafo do amigo, não pôde conter a língua e a curiosidade; estava agindo mais forte do que ela imaginava. "Muito bonito ouvi-lo falar que quer formar uma família..." ponderou por alguns segundos antes de continuar. "Eu também já pensei nisso... em unir-me com alguém... mas por aqui, parece fora de cogitação. Uma realidade completamente distante de mim." Para atingir suas respostas, Natalia também iria se expor um pouco. Estava se sentindo confortável o suficiente para se inserir na pauta da conversa. "Ninguém me enxerga dessa maneira... eu acho, por aqui." Ela disse isso sem jeito, virando o rosto para o lado contrário, tentando evitar que ele percebesse a coloração rosada que possivelmente tomava sua face e o silêncio momentâneo parecia quase palpável.       ໋      "E é normal ter medo da morte... eu tinha medo de vocês até um tempo atrás..." Revelou em meio a um breve riso. Era confuso pensar que Natalia já chegou a temer os residentes e vizinhos do chalé vinte e dois. Talvez fosse a morte. Natalia não tinha bons sentimentos quanto aquilo. "Você passou por um evento em sua vida que lhe causou choque e que talvez tenha mudado a sua forma de pensar quanto o agora." Suspirou, tornando a observá-lo. "Como você mesmo disse, a realidade é fria e vazia, e você está vivendo uma nova depois do sono... Mas não se preocupe, uma coisa que podemos ter certeza, é que tudo volta ao seu lugar logo depois." Tentou inspirar otimismo. Estava sendo a única coisa que Natalia se forçava a fazer nos últimos dias. "Mas voltando a uma exclamação anterior sua..." Natalia estreitou os olhos, retornando ao palco de sua curiosidade. A filha de Hécate não era bisbilhoteira, mas só um cego não enxergaria as visitas quase que recorrentes de uma semideusa que não pertencia aquele chalé. Natalia precisava perguntar. "Você diz que não pode morrer solteiro, mas sozinho não está... Você e a Pacifica... são um casal? Ou estão tentando tornar um?" As palavras saíram como bala. Ela não queria ser ou agir como intrusa, mas ele parecia estar tão aberto, que ela não perderia a oportunidade.
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fantasfly · 5 days
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"Sabe se já estão distribuindo sua autoestima em cápsulas? Não vou te elogiar nunca mais!" O balançar das mãos, como se afastasse a possibilidade no ar, foi seguido de um riso anasalado. "Sonhei tudo que não gostaria. Acho que a realidade não é tão agradável." Ao referir-se ao sono e recordar da segunda vida que presenciou durante o sono, o sorriso se desfez e uma expressão de seriedade tomou sua face. Não possuía tanta intimidade com Yas para relatar tudo que havia visto e sentido com tanta veracidade, e parte de si sentiu-se amedrontado com a possibilidade da ruiva descobrir aqueles ferimentos abertos em sua alma. "Vamos começar de novo com essa brincadeirinha? Sabe que estou um pouco enferrujado, mas aguento essa sua mágica de circo." Tornava a provocá-la ciente que a temperatura do diálogo escalonaria para uma nova experiência pavorosa. "Aprendeu um truque novo?"
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De fato, Yas não era acostumada com elogios, mas sorriu com a fala do homem e assentiu. No entanto, não perdeu a chance de brincar um pouco mais. ❝ ― Sou acostumada com elogios, já olhou pra essa carinha aqui? O problema é que também não confio facilmente. ❞ — Deu de ombros num sorriso, voltando com o foco para sua comida enquanto saboreava a mesma e ouvia o semideus falar consigo até começar a gargalhar com a provocação dele. ❝ ― Acho que dormir demais afetou sua cabecinha. ❞ — Finalmente voltou a encarar Flynn e o olhar como se tivesse batido a cabeça, bastante indignada. ❝ ― O que você andou sonhando? ❞ — Indagou numa pergunta inocente, desviando o olhar para a água por um instante, antes de retornar e manter as íris escuras nele novamente. ❝ ― Chega de sonhar, né? Que tal reviver seus piores pesadelos? ❞
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fantasfly · 5 days
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"Normalmente levo algumas broncas pela metodologia nada convencional. Prometo seguir o protocolo do acampamento nas próximas aulas, sem muita dificuldade." Ergueu as mãos, com o dedo mínimo erguido, em uma proposta de juramento para Kitty. "Na próxima invoco uma cabra brava, assim você vai sentir medo, mas vai render boas gargalhadas." A morena demonstrava que o medo ainda pairava sobre sua mente, principalmente após consultar se de fato havia desfeito as materializações. "A maioria dos meus irmãos controla matéria escura, fazem objetos e viagens. Não necessariamente devemos ter poderes iguais, acredito que a variedade é algo que nos adiciona um potencial incrível. Vamos fazer as aulas conforme o seu conforto com as possibilidades, não por uma sensação de obrigação pelo parentesco divino." A sensibilidade no tom de voz do instrutor era parte de seu perfil paternal. Puxaria a semideusa para um abraço, mas optou pela distância segura o suficiente para que ela não se sentisse invadida. "Um amigo me presentou com um diário antigo de um dos primeiros necromantes gregos. Um filho de Hades cheio de manias estranhas ritualísticas, mas ele explica bem essa introdução na magia. Você vai gostar, vai ler com muita calma e vai entender o básico dessa área."
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Kitty parou ao sentir a mão de Flynn, tentando impedir que seus próprios ombros tremessem de terror. Não tinha medo das sombras, tampouco do escuro, mas sabia que as vozes dos espíritos eram apavorantes e não estava alheia a isso. "Exagerou." Disse, fungando. "Poderia convocar um cachorrinho bravo, hm? Acho que eu poderia lidar melhor." Forçou um sorriso, não desejando preocupá-lo demais. "Está tudo bem desistir. Eu já desisti de muitas coisas, não seria a primeira. Só queria muito aprender isso, porque além de parecer legal, queria dar mais orgulho ao meu pai." Se tratava de algo mais profundo, porque ainda não tinha falado sobre o desejo de orgulhar o pai, embora fosse uma boa semideusa e guerreira. "A maioria dos filhos do submundo fazem algo assim, então eu queria também..." Olhou para o lugar onde os espíritos tinham evaporado. "Livros? Certo, quais suas recomendações?" Não era uma leitora tão assídua, mas poderia tentar.
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fantasfly · 5 days
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Já havia aprendido muito com Morgan. Das sutis dicas de meditação aos conselhos amorosos, sentia certa familiaridade em expor seus pensamentos, assim como detinha uma imensa facilidade em acolher aquele que era praticamente um afilhado. Sorriu, ainda que tímido, e apontou para as calças largas que vestia. Uma raridade. "Acredito que estou doente. Decidi vir aqui aprender sobre meditação com o melhor, mas acho que me atrasei um pouco. Vesti até uma roupa especial!" O riso escapou com a própria informação. "Mas aceito uma conversa básica, já que começar uma aula de meditação agora seria muita sacanagem."
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Who: Morgan & Flynn ( @fantasfly )
Where: Anfiteatro
Meditar nunca foi um bom lugar para Morgan. Quando mais novo no acampamento, ele tentou fazer algumas aulas mas era péssimo porque deixava sua mente relaxar e com isso as vozes lhe invadiam. Foram precisos anos e anos para que conseguisse controlar e agora usava a aula de meditação para controlar seus próprios poderes, selecionando quem ele quer ouvir e quem não quer. Ao fim de mais uma sessão, o rapaz pegou seu colchão e começou a enrolar até perceber alguém parado. Seus olhos arregalaram e um sorriso apareceu. Pegou o caderno no chão e tratou a escrever. “Flynn! Como vai? Veio fazer aula também? Não sabia que gostava de meditação.”
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fantasfly · 6 days
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Ao vê-la aproximando da borda da cachoeira e tirando o corpo da água, buscou desesperadamente por desviar os olhos da ex namorada em um respeito silencioso. "Pela primeira vez na vida estou com medo de responder se quero ou não ver você. Tenho medo da interpretação." O sorriso se desenhou no canto da boca quando ele finalmente encontrou um espaço para olhar na direção da semideusa sem realmente encara-la nos olhos. Ainda sentia a culpa pelo término inesperado, a discussão sem necessidade que traçou tentando justificar o fim. E o pior dos sentimentos: a vergonha de ter terminado com Qiqi e, cerca de duas semanas depois, surgir ao beijos com sua meia irmã. Um desfecho infantil e conivente para a postura juvenil que tinha quando iniciaram aquele relacionamento. os olhos da filha de Zeus ainda possuía o mesmo brilho de antes, talvez mais amplificado pela maturidade. "Mas sim. Queria te ver. Um rosto familiar no meio desse furacão sempre é bem-vindo. Eu não sei estou bem, mas acho que vou ficar. Sinto que sou um alienígena, tempo demais desconectado desse espaço e conectado com o absoluto nada... É horrível acordar e ver as coisas como estão." Estendeu a mão na direção da semideusa, como se solicitasse permissão para uma aproximação, e passou a dar alguns passos na direção dela.
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Os olhos se estreitaram enquanto observava cautelosamente todo o momento. O ressentimento para com ele ainda poderia existir, mas se a garota tinha um defeito era o coração mole para algumas situações e a de Flynn se encaixava no requisito. Tinha escutado que ele ainda estava com problemas depois de acordar e, somente por esse motivo, a morena nadou até a borda da cachoeira e saiu da água, sentando por ali. "Você quer ou não quer, sua resposta ficou confusa." Ergueu uma sobrancelha, pressionando-o contra uma parede imaginária. Seus sentimentos por Flynn foram um dos mais fortes que teve no acampamento e ainda doía lembrar que foi trocada simplesmente do nada. Mesmo assim, não podia deixar de se preocupar. Com um suspiro baixo, focou nos seus pés que balançavam na água. "Você está bem?"
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fantasfly · 7 days
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fantasfly · 7 days
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Podia jurar que uma neblina quente atingiu seu rosto assim que ouviu Candy pronunciando seu nome daquele modo. Era sútil, mas efetivo. Os filhos de Eros eram especialistas na arte de conduzirem as emoções e ele estava provando parcialmente daquele poder. Seus ombros relaxaram anestesiados com a maresia provocada pela energia feminina que a semideusa emanava, seu perfume parecia flutuar justamente na direção dele, assim como era visto em desenhos infantis. "É difícil apreciar o céu quando as coisas na terra me parecem mais interessantes." Seus olhos visavam fugir do encontro, mas insistiam em colidir com o rosto da moça, que mais parecia uma quadro sob aquele ponto de vista. O riso, a frase e o movimento. A mística por trás de suas ações o faziam agir como um gatinho perdido. "Eu... acho que..." Engasgava, tal como um adolescente, com as próprias palavras. Nesta altura do encontro, não mais sabia discorrer sobre quem seria o proprietário de seu coração, mas desejou, intimamente, que Candy o assumisse por apenas uma noite. "Estava indo para lago, pegar um dos pedalinhos e me isolar na água. Um vinho, uma noite escura e fria. Não tem combinação melhor." As palavras dançavam em sua boca, sendo proferidas quase como um poema adocicado. Era improvável que continuasse sua rota para o lago depois de ver, ainda que de canto de olho, a semideusa se esticar para pegar algo através da janela. Temia que, se cruzasse mais uma vez com os olhos de Candy, se deixasse levar pela paixão efêmera que o tomava naquele instane. "Acho melhor você entrar e descansar, está cada vez mais frio e sua roupa não parece ser quente o suficiente. Não quero que fique doente."
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Que droga mais poderosa poderia ser aquela que lhe tirava o rumo certo dos passos confiantes, a empertigada postura de superior etiqueta? Os braços abertos saboreavam a brisa noturna que acalentava o território do acampamento, dedos acompanhando a brisa como um filme perfeito de viagem de carro. Candace estava embriagada de liberdade, dançando feito a belíssima bruxa de contos de fadas. E ela girava, mais uma vez, perto da escada que levava para o próprio chalé. Seu corpo deitou-se no corrimão quando viu antes de ouvir as palavras de Flynn. ╰ ♡ ✧ ˖ Nunca barata tonta foi um termo tão libertador. Ah, mon cher, essa é uma noite tão linda! Já apreciou o céu hoje? ♡ ˙ ˖ ✧ De costas para o chalé, o rosto dela sorria para as nuvens pesadas. Felicidade ao se deleitar com a ausência da lua, coberta e aprisionada por trás do humor ranzinza do deus dos deuses. Candace trocou os pés para se aproximar, a mão estendida tocando-o no centro do peito. Ela acompanhou com os olhos os dedos fechando, num gesto que arrancaria o coração alheio com as unhas compridas e bem-feitas. ╰ ♡ ✧ ˖ Buscar? Por que buscaria algo que já me pertence, Flynn? ♡ ˙ ˖ ✧ Seriedade no rosto e no tom, trocando naquela última palavra possessiva e ficando doce ao pronunciar o nome alheio. Sua mão deu batinhas carinhosas, antes de rir, misteriosa, ao se afastar. ╰ ♡ ✧ ˖ Talvez eu tenha alguma coisa no meu quarto, mas só se me disser para onde vai com um pinot noir a essa hora da noite. ♡ ˙ ˖ ✧ Subiu os degraus, mas não entrou. Não. Abriu a própria janela do lado de fora e se pendurou para dentro, pegando alguns saquinhos da gaveta mais próxima.
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fantasfly · 7 days
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No fundo, ele só temia a reação gravosa por estar tão certo de seus novos objetivos. A morte sempre foi o destino, mas morrer naquele momento, ciente que poderia rever o "filho", tornou-se um medo desbloqueado. O abraço foi acolhedor e o puxou para a superfície delicadamente. Assim que ouviu os risos ao seu redor, caçou a origem e fitou, em silêncio o rosto dos semideuses. "Acho que eu exagerei... mais uma vez." O murmúrio foi repleto de pesar. Desde que havia acordado, não era mais o mesmo. A instabilidade emocional que o fazia flutuar por todas as emoções em um único dia e a falta de coerência em seus pensamentos faziam com que o homem centrado se tornasse cada vez mais abalado. "Desculpe... eu não sei onde estava com a cabeça. Eu não tinha medo da morte..."
Assim que ouviu a frase repetida por Natalia, um riso constrangido escapou de seus lábios. "Sabe como é, preciso ter uma família antes de ser contratado pelo meu pai em tempo integral." Tentou amenizar sua própria exposição com uma piada interna. Seus olhos percorriam os rostos familiares que estavam ao redor de si e de Natalia e seu único pensamento recorrente era a fuga. Assentiu com a proposta e foi conduzido pacificamente entre os pequenos arbustos de morango. "Não sei o que passou pela minha cabeça. Me perdoe pelo constrangimento. Eu só... sinto que estou desconectado com essa realidade." O percurso até seu chalé era extenso, então logo foi se desvencilhando das palavras para a amiga, em uma prática que não tinha hábito de fazer. "Sabe quando você assiste um filme no cinema e precisa sair da sala? É a sensação que a realidade é muito fria, muito clara e muito vazia."
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      ໋      A cena parecia ser cômica no começo, mas tornou-se assustadora. Ele estava genuinamente com medo, e Natalia sentia-se culpada por ter rido exageradamente. Partindo depressa para cima dele, a filha de Hécate levou as mãos até os braços do mais velho, sacudindo-o de forma sutil. "Flynn, Flynn…" os grandes olhos azuis da semideusa procuravam desesperadamente qualquer sinal de reconhecimento que não fosse o desespero. "Está tudo bem, a abelha já se foi." Sua fala era baixa e comedida, tentando acalmar o amigo em meio à agitação. Flynn havia chamado a atenção de outros semideuses, e certamente, toda aquela situação era cômica aos olhos alheios. "Ei, grandão, passou... passou..." Sem quaisquer outras alternativas para se agarrar, Natalia o abraçou. Forte. Na maioria das vezes, abraços resolviam em situações de terror e ela esperava que a forma como o envolveu pudesse surtir algum efeito.       ໋      Apesar de absorta, Natalia não pôde ignorar a fala curiosa dita pelo filho de Thanatos. "Você não pode morrer solteiro?" 'Bem-vindo ao meu time', pensou, enquanto permitia que uma careta tomasse conta de sua face, assim como a sensação de cócegas na barriga; ela estava a ponto de cair na risada novamente. Mas não podia. Não com aquele estado genuíno de terror. Desenvincilhando-se para observá-lo, Natalia dava leves tapinhas nas costas do semideus. "O que acha de sairmos daqui, hm? Aqui está realmente infestado de abelhas e acredito eu, como você também, que não queremos ser picados." Segurando a mão do homem, Natalia saiu na frente, conduzindo-o. Ainda não sabia para onde ir, mas era necessário que os dois ficassem longe de qualquer coisa que atraísse insetos daquele tipo, principalmente abelhas. "Quer ir até o seu chalé? Eu posso acompanhá-lo." Sua voz era calma e tranquilizadora, tentando dissipar o medo que ainda pairava sobre Flynn.
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fantasfly · 7 days
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Sua feição esboçou, ainda que de forma disfarçada, o incômodo. Ela havia concordado com seu mero disfarce, seu próprio convite à incerteza daquilo que estavam vivenciado. E não era sobre a vida que levavam, por mais repleta de riscos como ela bem se referiu. Era sobre aquilo, aquilo que não tinha um nome certo, tinha somente um horário, uma data e uma cama. Não era um vinho no final do dia, ou uma caminhada pelo lago. Era, puro e simplesmente, aquilo. Comprimiu os lábios como se tentasse travar as palavras que lutavam para sair, com mais questionamentos enviesados. Seus olhos se desviaram da loira buscando a viga do telhado como abrigo visual. Nada discreto.
"Treinar com marmanjos e com seus grandes egos, uh?" O comentário, um tanto vazio, foi dito com um sorriso forçado na lateral de sua boca. Sentia que qualquer outra palavra que tentasse dizer naquele momento denunciaria parte do desconforto que lhe atravessou. 'Ela não disse nada demais', pensava consigo, 'É só um treinamento idiota', tentava convencer-se. Suspirou, ruidosamente, calculando suas próximas palavras. "Eu imagino que seja difícil. Vi um dos seus treinamentos enquanto estava indo para o arsenal e era nítido que um deles se esforçava bastante para se aproximar de você." E, quando finalmente estava prestes a concluir o próprio raciocínio sem denunciar o teor de suas palavras, permitiu que algo escapasse: "Principalmente quando foi te cumprimentar."
Desfez o enlace de seu corpo com Pacifica, quase que instantaneamente. Não tinha perdido interesse, de modo algum. Ele estava apenas afundando na própria hipocrisia, afogando nos próprios conflitos emocionais. Não era possessivo, nunca tinha sido, mas estava prestes a vomitar um oceano de reclamações que sequer tinham valor. Ora estava voltando como um cão arrependido atrás de sua antiga namorada, ora estava imerso no mar de Cif como um náufrago que aprendeu a se direcionar através das ondas revoltas. Ajeitou-se na cama, sentado lateralmente, e tentou retornar ao assunto com normalidade. Voltou a olha-la, ainda com um semblante amargo no rosto, usando o polegar para acariciar o rosto da filha do mar por mais uma ocasião, como se visse nisso a normalidade que a situação lhe pedia. "Gosto de ver seu rostinho concentrado, acho lindo toda essa desenvoltura. Gosto principalmente quando é obrigada a se molhar. É quando mais me divirto, não vou negar. Acho que é um pequeno hobbie que adquiri nos últimos tempos, observar as pessoas e a forma com que elas lidam com a vida. No final das contas, a vida realmente é mais bonita do que a morte. Você tinha razão!"
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Pacifica sempre se derretia com os carinhos de Flynn, os dois presos à ilusão de que pertenciam um ao outro ao menos enquanto dividiam a mesma cama. Eventualmente ela se levantaria, vestiria suas roupas e voltaria para o Chalé 3, para sua rotina diária, seus irmãos e seus amigos. Mas enquanto estava ali, no chalé do deus da morte, ela podia simplesmente permitir que aquela mentira se arrastasse por mais tempo. Logo ele voltaria para o que quer que tivesse com Bhaskara por todos aqueles anos e os dois seriam estranhos de novo; Flynn voltaria a brincar de casinha enquanto Pacifica voltaria a viver sua vida, sozinha.
Nem tão sozinha assim, ao menos não ultimamente; a presença de James e Jae, mesmo que tão casual quanto, ao menos garantia distração por um tempo. Não havia falado para Flynn de nenhum dos dois rapazes; sabia que ele não se importaria, mas por algum motivo ela havia preferido guardar a informação para si. Se o assunto surgisse, ela comentaria sobre. O comentário do semideus veio como que para confirmar os pensamentos de Cif. ➳ Concordo com você. Cada minuto é precioso, não é? Principalmente para semideuses — afinal de contas, esse também era um fato a mais: com as coisas como estavam, o próximo dia era sempre incerto. Sorriu com as perguntas dele. ➳ Minha semana não foi tão interessante assim. Estou treinando, sim, mas são poucos os semideuses que sabem lidar com alguém lutando com um tridente, então é difícil achar um desafio de verdade. Sempre tem Raynar e Aidan, claro, mas treinar com eles significa ter que ouvir toda a abobrinha que sai da boca dos dois. E já voltei para a canoagem, sim, apesar de não entender por que você gosta tanto de me assistir.
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fantasfly · 9 days
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local: campos de morango.
"Pelo amor dos Deuses Natalia, tira isso de perto de mim!" O grito apavorado, os olhos arregalados... tudo facilmente seria interposto em uma cena de combate no submundo. Mas era muito pior do que isso. Era somente o filho de Thanatos e uma abelha imensa pousada em seu ombro. Óbvio, o fator de risco surgiu justamente pela grave alergia que o semideus possuía das picadas do inseto. "Eu vou morrer! EU TENHO CERTEZA QUE VOU MORRER!" A respiração se tornou cada vez mais ruidosa. "Eu não posso morrer solteiro, Natalia!" O desespero era tamanho que sequer notou que o inseto já tinha voado para longe.
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fantasfly · 9 days
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As sugestões lhe amargaram a boca. "Agir como uma mãe" lhe acertou em cheio, uma cicatriz aberta. O semideus perdeu a mãe de maneira abrupta, foi guiado até o acampamento com as orientações do espírito materno e, desde então, não pôde mais contata-la apesar da vasta experiência em invocação e comunicação. O vazio familiar era o que mais motivava seu retorno ao acampamento, repleto do desejo de reconstruir sua família, cuidar dos mais novos em um cuidado que jamais recebeu. Quem poderia julgar suas preocupações e confrontá-lo naquilo que melhor fazia?
Quando deu por si, já estava com ambas as mãos apoiadas na mesa onde Josh estava sentado. "Vou manter cada um deles debaixo das minhas asas enquanto for possível. Não estou agindo como mãe. Estou agindo como um pai presente deveria agir, mas você não deve saber absolutamente nada sobre isso. Então continue agindo como um cão magro. Vá sugar o que tem disponível e fuja tão rápido quanto aparece." As rusgas que já havia travado com o irmão tinham um longo histórico. Sempre as mesmas queixas, sempre os mesmos comportamentos. Ainda que o tivesse acolhido por algumas ocasiões quando criança, evitava esboçar o mesmo acolhimento nos tempos atuais por saber perfeitamente quem o meio irmão era e a forma que agia. Não deveria abordá-lo ali, perante todos, mas foi inevitável. Principalmente após sentir seu calo apertado pela milésima vez. Sabia que por muitas vezes era o pacificador dentro do chalé e que seu posto no chalé era, de fato, como um pai preocupado. A única criança a qual não teve êxito em proteger foi seu filho e não iria permitir que qualquer um dos irmãos se perdesse em uma situação semelhante à de Sylas. "Não só incentivo. Eu obrigo a participarem das aulas e praticarem o máximo que podem. Quero que cada um deles saibam se defender de pessoas como você."
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Ouviu a queixa sem dar muita importância, afinal, não cabia a ele manter aquele lugar em ordem. Não era conselheiro e nunca seria, ainda mais depois do que fez. — Para um Deus que apenas ama ceifar a vida de mortais, me espanta que nosso pai tenha encontrado tantas mulheres que chamaram sua atenção ao ponto de aumentar a prole. Normalmente somos em poucas cabeças. — Seu olhar agora era mantido no lanche que degustava com prazer, uma das poucas comidas que o semideus de fato conseguia comer com uma mão sem precisar se estressar com a outra imobilizada. — Diga isso por você. — Respondeu referente a receptividade do pai. Ao contrário dos irmãos, Josh já havia esbarrado com o Deus mais vezes do que gostaria. — Eles estão horrorizados e você, pelo visto, os mantem embaixo das asas como se fossem criaturas inocentes e indefesas. Até quando vai agir como mãe? — Agora passou a encarar mais uma vez o semblante cansado do irmão. — No lugar de só os proteger, você deveria incentivá-los a crescer e agir menos como animais amedrontados. Já os levou para praticar ataque e defesa? Explorar seus poderes e serem mais confiantes? — Não, Josh não queria ser visto como ruim naquele momento, mas para alguém que cresceu no acampamento desde que era um bebê, ver seus irmãos mais novos agarrados a figura mais velha por comodismo eras revoltante. Ainda mais na situação atual.
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