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farinhasinha · 4 months
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Sexta feira, 31 de maio, 2024, 1:51 da manhã
Querido Júlio,
Eu não chorei de soluçar quando você me contou que eu não significava nada para você, não ardeu, não doeu. Eu deixei que aquilo me atravessasse, como se eu visse sair da sua boca um último suspiro, um último detalhe do nosso carinho, em verdade eu senti um peso sair de cima do meu peito, como se eu pudesse finalmente respirar. Isso significa que eu não te amo ? Que eu não te amei? Todo mundo sabia que a gente não se amava? Escrevo essa carta para me despedir, de você.
As pessoas me dizem que não te amei porque não chorei de soluçar quando você me disse que eu não significo nada para você, mas eu acho que amei, e eu não consigo acreditar que não me ama mais, apesar de não me amar mais. Quando eu estou só, fecho os olhos, respiro fundo, e lembro da maciez dos seus lábios, do arranhar da sua barba contra meu rosto, do calor do seu corpo, de como seus olhos combinam com sua pele de um jeito tão sútil, lembro de como cuidava de mim, com as pontas dos meus dedos traço os carinhos que fazia no meu rosto, como se eu pudesse reviver as memórias mais uma vez, uma última vez. E em todas as vezes eu sinto o ar me ser tirado novamente. É como se você tivesse morrido, não te reconheço em fotos recentes, apesar de ser o mesmo rosto, o mesmo corte de cabelo, as mesmas roupas, e o mesmo olhar.
Depois que você foi embora beijei e fiz sexo com outra pessoa, e me arrependo. Amargamente. Sinto que te traí, apesar de você não se importar, não mais, eu sinto falta de quando você se importava, sinto falta de ser vista, amada e protegida por alguém. Sinto falta de te amar, ao invés de sentir essa melancolia intensa tomando conta de mim, não posso chorar de soluçar porquê, não posso me deixar largada numa rua qualquer, não posso fazer com que eu desapareça, não posso sentir que apesar de o erro ter sido seu a culpa foi minha.
Se eu dou espaço pra esse choro, ele vai descer, e não vai parar nunca mais, vou me afogar. Prefiro morrer sufocada com meus sentimentos, prefiro que eles me enforquem, até minha pele desvanecer, minhas mãos falharem, meus lábios se abrirem em desespero para gritar, mas nenhum som sair. E assim como para você, eu finalmente significar nada no total.
Adeus Júlio,
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farinhasinha · 8 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜𝑚 𝑠𝑦𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠
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⠀ ꒰͡⠀⠀ׂ     ׅ      𝅄    𝆬⠀⠀͡꒱  ׂㅤ𓇼  ㅤ𝆬       𝇈    𐚁ྀ
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farinhasinha · 8 months
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farinhasinha · 9 months
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Rekha in: Silsila (1981), India
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farinhasinha · 9 months
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farinhasinha · 9 months
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Silsila (1981)
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farinhasinha · 9 months
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farinhasinha · 9 months
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Holly Golightly outfit
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farinhasinha · 9 months
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audrey hepburn as holly golightly breakfast at tiffany's (1961)
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farinhasinha · 9 months
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Breakfast at Tiffany’s (1961).
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farinhasinha · 9 months
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𝟏𝟗𝟐𝟗 . 𝗍𝗂𝖿𝖿𝖺𝗇𝗒 ⠀ ﹠ ⠀𝓬𝓸.
✿. ⠀ ⠀ 𝗉𝖾𝖺𝗋𝗅 ⠀ ⠀ & ⠀ ⠀ 𝓬𝓸𝓻𝓪𝓵𝓼.
𖹭 ⠀ ⠀ ─── ⠀ ⠀ 𝓁𝒶 ⠀ 𝓑𝗈𝗁𝖾𝗆𝗂𝖺.
𝐬𝐞́𝐝𝐮𝐢𝐬𝐚𝐧𝐭𝐞 ⠀ ⠀ ܅ ⠀ ⠀ 𝒜𝗍𝗍𝗋𝖺𝖼𝗍𝗂𝗏𝖾 ⠀⠀
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝓥♥︎𝐞𝐮𝐱.
𝓽𝓱𝓮. ⠀⠀ 𝑓𝗅𝗈𝗋𝖾𝗇𝖼𝖾 ⠀⠀ 𝗺𝘂𝘀𝗲.
𝓹𝓱𝓲𝓵𝓸𝓬𝓪𝓵𝓲𝓼𝓽. ⠀⠀ 𝖺 ⠀𝗅𝗈𝗏𝖾𝗋 ⠀ 𝗈𝑓 ⠀ 𝖻𝖾𝖺𝗎𝗍𝖾́.
𝒆𝒔𝒕. 𝟣𝟫𝟤𝟫 ⠀⠀ 𝗍𝗁𝖾𝗆 ⠀ 𝙲𝙸𝚃𝚈 ⠀ 𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍𝗌 ⠀ #𝐩𝐚𝐫𝐢𝐬.
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𝓫𝓲𝓸𝓼 ♥︎⠀⠀& 𝐡𝐞𝐩𝐛𝐮𝐫𝐧.
𝗍𝗁𝖾𝗋𝖾 𝗂𝗌 𝗆𝗈𝗋𝖾 𝗍𝗈 𝗌𝖾𝗇𝗌𝗎𝖺𝗅𝗂𝗍𝗒 𝗍𝗁𝖺𝗇 𝓳𝓾𝓼𝓽 𝗆𝖾𝖺𝗌𝗎𝗋𝖾𝗆𝖾𝗇𝗍𝗌. 𝗂 𝖽𝗈𝗇'𝗍 𝗇𝖾𝖾𝖽 𝖺 𝗋𝗈𝗈𝗆 𝗍𝗈 𝗉𝗋𝗈𝗏𝖾 𝗆𝗒 𝐟𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲. 𝖼𝖺𝗇 𝗂 𝗌𝗍𝗋𝖾𝖺𝗆 𝗍𝗁𝖾 𝗌𝖺𝗆𝖾 𝗌𝖾𝗇𝗌𝗎𝖺𝗅𝗂𝗍𝗒 𝗉𝗂𝖼𝗄𝗂𝗇𝗀 𝖺𝗉𝗉𝗅𝖾𝗌 𝖿𝗋𝗈𝗆 𝖺 𝗍𝗋𝖾𝖾 𝗈𝗋 𝗌𝗍𝖺𝗇𝖽𝗂𝗇𝗀 𝗂𝗇 𝗍𝗁𝖾 𝐫𝐚𝐢𝐧.
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farinhasinha · 9 months
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farinhasinha · 9 months
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Audrey Hepburn in War and Peace (1956)
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farinhasinha · 9 months
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Audrey Hepburn as Holly Golightly in Breakfast at Tiffany’s (1961)
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farinhasinha · 9 months
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farinhasinha · 9 months
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AUDREY HEPBURN + looking miserable in tiaras: A SERIES
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farinhasinha · 1 year
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Sexta feira, 19 de maio. 3:50.
Querido alguém, resolvi escrever essa carta a ninguém, não endereçar a nenhum morto que não tenha me amado ou alguém que foi um deslumbre.
Talvez essa carta seja pra mim mesma.
Mais uma noite sem dormir, tarde da noite, eu passei por uma situação que me recuso a contar por vergonha, mas que me trouxe as lembranças de como o afeto parece longe de mim a muito tempo, andei sozinha no meu aniversário de 19 anos , tenho andado sozinha , minhas amigas foram embora, 19 é uma idade triste, acho que já havia citado que me sinto culpada por todo as minhas feridas , cada rachadura, cada machucado aberto em cores diferentes pulsando e sangrando em variedades de vermelho, verde, roxo e carne, como se minha pele não fosse mais o suficiente pra aprisionar o meu corpo , onde cada ferida se aprofundasse se abrisse, arrancando os pontos que cuidadosamente coloquei lá, costurados um por um pra manter a integridade do meu corpo, essas feridas reabertas de forma dolorosa me faz perceber que eu me joguei aos leões, eu me botei em situações onde as pessoas me desprezavam, porque me odeio, me odeio muito , me odeio por ter nascido me odeio por ser filha do meu pai me odeio por me odiar me odeio por ter essa aversão a mim e me tratar assim, me odeio por nunca ser amada , por carregar essa sensação de soco no estômago, de sentir esse enjôo sobre mim , como se eu pudesse me vomitar de mim mesma, como se eu pudesse arranhar minha pele fina e me rasgar deixando minha alma livre , fazer um ritual grotesco de sacrifício arrancando meus ossos e jogando-os na face de deus , reduzindo meu corpo e tudo que fui um dia a nada , acabando, me massacrando, me apagando da memória. Como se eu nunca tivesse existido, tanta violência num agridoce com tamanha paz já mais imaginada.
Nunca se ninguém,
Isa
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