fearme-not
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lesbica de 19 anos com alguns problemas, mas sempre disposta a fazer o que posso pelos outros.pt-br
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fearme-not · 9 months ago
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queria ser uma namorada melhor
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fearme-not · 10 months ago
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Kunigiri — Porta-retrato
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Onde para Kunigami pedir desculpas parece doer mais do que encarar uma foto antiga no frio nada aconchegante de seu apartamento. — kngr, pt\br, drabble, menos de 2k de palavras
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Aquele era mais um fim de semana cansativo, assim como todos os outros, aquele era só mais um final de semana comum. Kunigami não era do tipo que bebia, não só pela dieta rígida que seguia por conta dos treinos, mas também por não ter chegado a ideia de ficar bêbado e fazer coisas irresponsáveis por conta do álcool; de toda forma isso não significava que ele recusava a bebida. 
Depois de uma semana inteira de treinos cansativos no Bastard, ele finalmente queria tirar um tempo para si mesmo. Talvez fosse melhor ir para casa e dormir, mas aquela ideia ficou de escanteio quando voltou da pequena loja de conveniência e viu um bar pequeno, e pouco movimentado, aberto enquanto tocava sua música favorita na rádio. 
Ele entrou no pequeno boteco e pediu um copo de cerveja, aquele copo que poderia amaldiçoar sua vida, mas ele não conseguia fugir do sentimento de escutar aquela canção e não sentir falta do passado. Ele sentia falta de tudo. De si mesmo, de seus ideais antigos, mas principalmente sentia falta dos cabelos bagunçados de Chigiri despejados enquanto ele se deitava no peito dele; a saudade era pouco para a sensação de vazio de não ter ele mais a seu lado. 
A escolha de se separarem não era deles, pelo menos Kunigami acreditava que não. O destino dentro do Blue Lock era como uma flecha sendo lançada de olhos fechados pelo pior dos arqueiros, ela iria vagar sem rumo até acertar um alvo. Rensuke acreditava que ele não tinha culpa de ser quem ele era agora, e realmente não tinha; mas no fundo ele também acreditava que isso não era motivo suficiente para fugir como um covarde da pessoa que ele, até onde sabe, mais amou no mundo. 
As mãos frias viajavam em alguns momentos até o celular guardado no bolso, ele abria o mesmo contato várias e várias vezes enquanto mais um gole da cerveja descia gelada pela garganta. Ele sabia que se ele quisesse… Hyoma iria escutar, mas ele não queria. 
Não queria encarar a verdade, não queria encarar a tristeza eminente na voz do ruivo mais baixo quando ele não conseguia expressar o que estava sentindo, Kunigami não queria sofrer pelo mesmo amor novamente — mas o que um idiota como ele entendia sobre isso? O que ele sabia sobre amor para deixar Chigiri divagar por entre seus dedos? 
Ele soltou um suspiro profundo quando a música parou de tocar, tirou da carteira uma nota de dez e deixou embaixo do copo de cerveja que havia bebido sem se despedir do garçom. Ele já havia cumprindo a sua missão de remoer o passado sentado naquele balcão sujo, aquele não era um lugar para ele pensar. 
(...)
Quando abriu a porta do apartamento sentiu o ar frio que estava trancado o abraçando enquanto ainda estava do lado de fora, entrou em casa lentamente sentindo o pouco de álcool que havia ingerido afetar seu organismo. 
Deixou o molho de chaves em cima de uma pequena bancada ao lado do sofá, o porta retratos que acompanhava um jarro de flores secas ali, era como uma grande facada no coração. A foto não era muito antiga, mas era um pedaço do passado que Kunigami fazia questão de não ignorar; a frieza que ele sentia conseguiu se estabilizar um pouco quando o sorriso de Chigiri, preso naquele pequeno pedaço de papel protegido por um vidro 'fuleiro', cobria o vazio e o frio que o apartamento tinha. 
Caminhou desanimado até a cozinha deixando as compras em cima da mesa, não havia nada bagunçado ali e em nenhum dos outros cômodos, mas sempre que estava em casa Kunigami sentia como se estivesse ignorando um elefante na sala. Ele conseguia escutar com clareza a goteira da pia da cozinha, o ranger dos móveis da casa graças às mudanças pequenas de temperatura no ambiente, e principalmente, conseguia escutar bem o seu coração bater ansioso sempre que estava sozinho, ou desocupado, demais para pensar. 
Ele lavou as mãos e o rosto com a água gelada da pia do banheiro e se olhou no espelho, estava exausto — ele sabia disso, seus companheiros de time sabiam disso, qualquer um que se desse o luxo de o encarar por alguns segundos saberia disso também. 
A verdade era que Kunigami não conseguia, e provavelmente não queria, esconder a dor rígida e áspera que inundava seu ser. Ele queria que as pessoas o vissem como ele se via, fraco. Estar triste, sentir saudade, sentir amor e sonhar era um sinônimo besta de fraqueza. 
A confusão que a dor e angústia lhe causavam custava caro e ele não sabia exatamente como pagar; até se livrando do que ele mais amava naquele inferno não foi o suficiente. Era ridículo ter deixado Hyoma ir por absolutamente nada — e era ainda mais ridículo viver com aquilo, Kunigami é um homem ridículo.
Os passos pesados levaram ele até o quarto principal do apartamento, ele deixou as sandálias de lado antes de se deitar na cama de forma desajeitada, jogou o corpo muito pesado e sentiu as molas do colchão o puxarem para cima novamente. O rosto estava afundado no lençol branco enquanto a mente sussurra para aquele cérebro vazio que ele não deveria chorar, alguém como ele não choraria, não de novo, não naquele momento. 
A dor fina se espalhou pela cabeça junto com a sensação da garganta seca e o estômago vazio, as mãos suaram um pouco e ele revirou o rosto no lençol encarando a parede branca em frente a cama — o que tinha de tão bom naquilo? O que ele ganhou deixando tudo aquilo ir? 
“Não importa mais” foi isso que Kunigami pensou antes de fechar os olhos e deixar o pessimismo tomar conta do lugar.
(...) 
Kunigami não se lembrava exatamente quando caiu no sono, mas ele sabia que conseguiu escutar as gotas pesadas de chuva começarem a cair antes que seu sono ficasse mais profundo; e da mesma forma repentina que ele dormiu, ele acordou com o som da campainha como um alarme. 
O rosto semi marcado pelo lençol amassado da cama estava um pouco inchado, seu corpo estava um pouco suado e a luz do corredor ligada — da mesma forma que ele havia deixado antes de dormir completamente. 
Ele se levantou um pouco zonzo do sono enquanto tentava ligar a luz do quarto e andar até a sala de estar, onde a porta da casa estava e o som da campainha ecoou de forma mais frenética. Os pés estavam descalços e quentes tocando o chão frio, o calafrio alcançou a espinha e ele se sentiu acordado completamente; talvez fosse o pouco do sono sobrando em sua mente ou talvez fosse o choque térmico disfarçado de euforia, mas Rensuke apenas tocou a maçaneta e abriu a porta sem checar quem estava do outro lado da porta, e nem mesmo em mil anos ele acertaria que Chigiri Hyoma estaria ali, como se fosse a primeira vez. 
Ele tonteou vendo o rosto de Hyoma se tornar tão desesperador quanto o seu, ele ficou em silêncio balbuciando, mas nada realmente saia de sua boca e o ruivo mais baixo apenas ficou de cabeça baixa antes de entrar no apartamento e esperar que Kunigami fechasse a porta; o que ele fez involuntariamente. 
Quando Rensuke se virou, Hyoma já estava sentado em seu sofá enquanto a perna direita parecia não conseguir ficar quieta, assim como o coração dele que não sabia se pulava de medo, aflição ou alegria. 
— A gente precisa conversar…de novo — Ele disse sussurrando a última parte enquanto olhava para Kunigami — Você ‘tava dormindo? Eu não queria ligar porque sabia que você não aceitaria que eu vinhesse, mas eu não aguento mais isso!
Foi o que ele disse balançando a cabeça e as lágrimas descendo sozinhas pelo seu rosto pequeno, e nem mesmo mil facadas seriam capazes de quebrar Kunigami da mesma forma que ele se quebra ao ver Chigiri chorar em sua frente
— Eu…Eu não queria vir aqui — Ele disse baixo tentando esconder a voz falha — Você precisa me dar uma resposta concreta, Kunigami. Eu não posso esperar para sempre
— Eu não quero que você espere
Foi o que ele respondeu de forma automática vendo os olhos de Hyoma se arregalaram, mas diferente das outras vezes ele não desistiu ali, ele não levantou e foi embora — Chigiri ficou, mesmo que de cabeça baixa, ele não se moveu dali e apenas voltou a chorar baixo.
— Não, não era isso que eu quis dizer, Hy- Chigiri — Ele disse se aproximando e sentando ao lado dele — É exatamente por isso que isso não funciona mais… você só vem aqui e eu sempre acabo fazendo você chorar
— Eu choro até mesmo quando você não tá do meu lado — Ele olhou para Kunigami — Por favor, eu quero conversar agora…
O olhar sôfrego de Chigiri conseguiu tocar Rensuke como nenhuma outra pessoa conseguiria, a forma como Chigiri o segurava firme pelo mais fraco dos fios de sua alma. Como era difícil amar alguém quando você mesma não se ama daquela forma, como era difícil ver o seu amor se culpar por algo que ele mesmo não entendia.
As mãos frias, graças a ansiedade, de Kunigami foram até os ombros de Hyoma fazendo com que ele o olhasse nos olhos, como faziam antigamente
— Você quer conversar sobre o que? — Ele perguntou sincero — Chigiri, não vamos prolongar algo que machuca você mais do que eu mesmo já fiz? Eu não quero mais colocar você nessa posição eu-
— Mas eu quero!! — Ele suplicou segurando os braços de Kunigami com força — Eu sei que você também sente falta…Rensuke, eu não aguento mais!
Fracas. Foram como as palavras de Chigiri soaram aos ouvidos de Kunigami antes dele se debruçar em seus braços em um abraço folgado, as mãos foram inconsciente até as costas do outro o aproximando mais em uma forma gentil de retribuir o contato — era como ter sua última peça de volta em um quebra cabeças sem fim. 
O choro de Hyoma deixava ele desesperado, mas seu abraço o deixava calmo. A forma como ele deitava o rosto entre o ombro e o pescoço de Kunigami o deixavam louco, Chigiri era realmente o amor de sua vida sem dúvida alguma.
— Eu não quero mais ver você chorar assim — Ele disse suspirando enquanto fechava os olhos ainda abraçado ao mais novo
— Então fala comigo! — Chigiri soava ainda mais triste — Rensuke, eu só quero falar com você. Eu quero que você fale comigo também, será que não tem algo que eu possa fazer que faça essa situação melhor pra você?
Rensuke suspirou, pensou e talvez, pela primeira vez em muito tempo, ele não quis mentir. Pela primeira vez, Rensuke não queria carregar o fardo de ser quem ele se tornou agora, sozinho. 
Ele soltou o abraço de Chigiri levando suas mãos até o rosto vermelho e molhado dele, os polegares divagando pelas bochechas apagando as lágrimas que tinham aquele belo rosto como correnteza. Ele olhou para os olhos tímidos e magentas do mais novo e sorriu, ele sorriu como nenhum tolo jamais seria capaz de sorrir da mesma forma; um sorriso onde em uma história de amor sobre eles, sobre o amor de Kunigami e Chigiri, nenhum ator seria capaz de passar a sensação apaixonante e quente que aquele sorriso foi capaz de emanar.
Ele levantou o rosto dele levemente fazendo Hyoma olhar confuso enquanto fungava graças ao choro, e bem, Kunigami sabia.
— Eu não tenho exatamente como te dizer que todos esses meses foram o que eu desejei para nós dois durante a segunda seleção, Hyo — Ele novamente passou os polegares pelo rosto do ruivo mais escuro — Nada do que eu planejei aconteceu, e talvez eu tenha me frustrado por ter deixado você sozinho e mesmo sabendo que você conseguiria sem mim continuar no Blue Lock, eu já não tinha a certeza que conseguiria me manter firme sem você
Os olhos desesperados de Kunigami analisaram todo o rosto de Chigiri, apenas imaginando e divagando no fundo de sua alma o quão belo ele sempre conseguia ser.
— Quando a Neo começou e eu me dei conta que nós veríamos mesmo eu fugi como um verdadeiro covarde porque, mesmo sabendo que você me entenderia, eu jamais seria capaz de me entender ou perdoar ou fazer algo com você graças a isso — Ele abaixou a próprio cabeça e levantou novamente — Eu amo você de uma forma que eu jamais me vi amar na vida, tudo em mim gira em torno de você e se seu mal estar sou eu, como exatamente eu deveria reagir? 
— Eu escutaria você, Ren — Ele disse enquanto Kunigami observava as faíscas saltando de seus olhos ainda marejados — Eu estou escutando agora, sim? Por favor, eu quero estar aqui por você… por nós.
Kunigami riu fraco. 
— Quero me desculpar por ter fugido, por ter medo, quero me desculpar por deixar algo me trazer de volta um alguém que já deveria estar morto a muito mais anos — ele se aproximou um pouco de seu parceiro — Eu não tenho muito para falar agora, apenas estou cansado de fingir que não éramos para ser agora, amanhã e sempre!
A forma doce que ele soou na última frase fez o coração de Hyoma saltar, mas a forma ainda mais doce como ele o puxou delicadamente pelo rosto com uma das mãos e deixava a outra descansar em sua cintura coberta o deixavam realmente sem reação. 
Queria chorar, queria gritar aos céus que aquele herói era seu novamente. Queria emanar para o mundo para dizer que eles são um casal, que somente era capaz de destruir um homem de verdade. 
A forma como os beijos pararam alguns segundos para reabastecer o fôlego, mas alguns apenas continuavam enquanto Kunigami usava disso como desculpa para deitar seus lábios pelo rosto do rosto de Chigiri. O Rosto de Hyoma era fino, era bonito, liso e belo como uma boneca, e kunigami daria sua vida caso ele realmente fosse uma.
(...)
Kunigami era um homem simples, e a forma ainda mais simples de como ele marcou suas iniciais juntas em um pequeno coração na data no calendário da casa era o suficiente para deixá-lo feliz e grato por estar amando novamente.
A memória de Chigiri deitado em seu corpo já não era mais miragem, não eram apenas pensamentos frequentes. 
Passou as mãos entre os fios de Hyoma, ele amava aquela sensação de ser apenas o que ele queria, ele amava a sensação de ter o que ele perdeu de volta. Ele amava Chigiri Hyoma. 
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Notas do autor para o leitor: muito obrigada por ler um dos meus trabalhas mais antigos espero ter entregado algo de seu agrado, mas caso não meus ask está sempre aberto a sugestões e pedidos gentis.
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fearme-not · 10 months ago
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escrever vai me matar
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