femmefctale
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𝐝𝐢𝐫𝐫𝐭𝐲 𝐫𝐢𝐜𝐡
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confidence is a 𝐦���𝐬𝐭, cockiness is a 𝑝𝑙𝑢𝑠
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femmefctale · 9 months ago
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Existe algo de muito peculiar e único entre a transição de uma garota para uma mulher. Dizem que é algo bonito, sendo romantizado e até satirizado pelas grandes mídias. O florescer de uma mulher é único. E todos tinham o pensamento que, assim que se tornasse uma bela mulher, Coraline Ferrari seria um exemplo romantizado da palavra.
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O quão surpreso você ficaria por saber que a vadia sem coração da UCLA foi uma criança e adolescente muito doce, que sonhava em ter um amor tão puro e bonito quanto dos seus pais? Em que momento ela se perdeu? Foi quando Lucien LeBlanc recusou seu amor? Realmente foi quando ela perdeu sua virgindade? Ou teve algo à mais?
A verdade é: tudo na vida exige um preço a ser pago. O preço de Coraline foi seu desespero por ser aceita entre os colegas, mesmo eles já gostando dela da forma que era. Mas não importava; Francine achava que faltava algo na Ferrari, algo que seu sobrenome não poderia carregar.
Onde já se viu? Uma garota de dezesseis anos, popular, ainda ser virgem?
would've, could've, should've — taylor swift
Essa era a pergunta que rondava os pensamentos de Coraline há semanas. Se achava adulta o suficiente por entender a malícia do mundo, mas a verdade era que sua mente ainda trazia a inocência que apenas uma donzela poderia ter. Por anos, nunca cogitou o fato da sua virgindade ser tão interessante assim para a melhor amiga. Francine havia perdido sua pureza há alguns meses e travava uma batalha para que Cora fizesse o mesmo. Mas... Como ela faria isso? Sabia que era bonita, mas sentia que precisava gostar verdadeiramente da pessoa antes de algo acontecer. Era importante demais... Não era? Por anos achava que iria conseguir isso com o gêmeo mais velho dos LeBlanc, mas após ser rejeitada, não tinha muita noção de como iria acontecer, só sabia que não poderia ser com os meninos da escola! Não! Eles eram infantis demais.
Sua resposta veio no primeiro final de semana de Adam após a faculdade.
John era um rapaz alto, atraente, com um sorriso contagiante e que parecia extremamente interessado na caçula dos Parton. Ele era cinco anos mais velho que Coraline, e a garota se achava importante por ter atraído os olhos de alguém tão inteligente e maduro como ele. Ele dizia que ela era muito bonita e mais esperta que as garotas da faculdade e a menina, coitada, se deixou levar.
Em menos de vinte quatro horas após se conhecerem, em um momento em que os pais de Coraline haviam saído, a deixando com os rapazes, a menina entendeu o quanto sua virgindade não era tão importante assim para ser guardada para alguém.
Se você perguntar para a Coraline de dezesseis anos como foi, ela te dirá que foi confuso e um pouco dolorido. E que a parte mais estranha foi o fato de John ter se interessado especificamente por seus seios, a ponto de deixar pequenos hematomas e dizer que ela era realmente muito linda. Não entendia o que tinha de tão bonito em seu corpo, ou até mesmo em suas partes, mas se um rapaz mais velho lhe disse isso, então ela acreditava. Ela ao menos esperava que Francine ficasse orgulhosa por elas finalmente serem iguais! Isso era bom, não era?
A cara que Francine fez quando descobriu sobre a perca da virgindade de Coraline não foi nenhum pouco boa. Piorou quando viu o rapaz que havia feito tal ato e, o que a garota pensou se tratar de algum tipo de ritual para ser aceita, se tornou um verdadeiro pesadelo.
O nome de Coraline passou a ser recorrente na boca dos colegas do colégio, junto com as palavras "vadia fácil". Todas suas amigas se afastaram, dizendo que suas mães haviam aconselhado a não andar com uma má influência tão grande quanto Coraline Parton. Os amigos passaram à vê-la com outros olhos, enviando mensagens e imagens horríveis para Cora, esperando que tivessem alguma oportunidade de ver de perto os seios grandes da Parton.
Por semanas a garota chorava, implorando para não ir para a escola, ficando envergonhada no vestiário e sempre se sentindo desconfortável pelos garotos se juntarem aos montes para acompanhar os treinos de vôlei. Jogavam rosas, bilhetes, berros, xingamentos e cuspes cada vez que Cora fazia algum saque, bloqueio ou simplesmente bebia uma água. Sua vida se tornou um pesadelo, mas Francesca lhe dizia para ser firme, que ela não podia desistir, muito menos se deixar levar. Ela era uma Parton, uma verdadeira campeã, e deveria dar a volta por cima.
— Você é uma garota inteligente e madura, principessa, saberá como sair dessa. Tenho certeza!
Não tendo qualquer apoio real, completamente sozinha, Coraline percebeu que... Talvez as pessoas estivessem certas, sabe? Talvez ela realmente fosse uma vadia que deixava qualquer um chupar seus seios, e que adorava cada minuto de atenção que recebia. Sim, ela era uma attwhore, e era melhor ela aceitar isso o quanto antes. Não tinha o porquê ela esconder sua natureza numa fachada como aquela. Ah não. Que se foda, Coraline era a porra de uma vadia, e iria assumir aquele papel com muito prazer.
E então a garota se transformou em uma mulher madura e que sempre soube o que queria. Ela era uma vadia arrogante, uma mandona do caralho e não importava se ninguém gostava dela, se Lucien havia recusado seu coração por estar com Donna, se John não respondia mais suas mensagens, se Francine a xingava, ela não precisava de ninguém, mesmo.
Ela era Coraline Parton, e não tinha medo algum de esconder a vadia que ela sempre foi.
(...)
— Você pensou em algum nome? — O homem perguntou, se sentando ao lado de Cora, levando a mão até a barriga dela; estava um pouco redonda, mas não muito aparente, afinal, três meses de gravidez não se esperava muita coisa.
— Você não vai rir de mim? — Perguntou com um sorriso um pouco tímido, colocando a mão por cima da dele.
— Claro que não, querida. Quero te ouvir.
Cora Cavil respirou fundo, mordendo o lábio inferior antes de voltar os olhos para o azul com um pouquinho de castanho que lembravam a praia.
— Guinevere.
O marido franziu o cenho, confuso com o nome da melhor amiga da esposa ser a primeira opção que ela pensou. Achava que havia acatado a ideia da criança ter o nome de algum dos seus avós.
— Gwen? Por quê? — Questionou com um sorriso amarelo, parando de acariciar a barriga da esposa.
— Ela foi a única que não se importou por eu ser uma enorme vadia egoísta.
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femmefctale · 10 months ago
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Coraline encarava a garota, um pouco desconfiada, e muito confusa sobre o que fazer; há tempos já não se viam e Parton não era mais a garota doce que fora um dia. Ou melhor, ela lutava para não ser mais aquela garota, e, cá entre nós, adorava quem havia se tornado. Aquilo não era problema dela, era? — Não dormiu direito? A maluca da sua colega de quarto tem causado muitos problemas ou... — Perguntou, se aproximando de Donna, arregalando os olhos quando percebeu que os olhos da colega estavam marejados. Sim, definitivamente, não era problema dela. — Olha, eu... Não acha melhor ir descansar? Talvez o Lucien esteja passando um tempo fora, não precisa se preocupar tanto assim com ele. Tenho certeza que logo ele tá por ai, fazendo alguma piada idiota que só ele sabe fazer. — Murmurou em um tom baixo, tentada em tocar a garota, mas insistindo que aquilo não era problema dela, nunca foi. O que quer que fosse, ela não iria se meter de forma alguma. — Tenho uma aula livre, você não quer comer alguma coisa? Seu corpo não vai aguentar se você não comer nada.
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ㅤㅤPassou a mão pelos cabelos e soltou um suspiro. ⸻ Então ficou por isso mesmo. Se não sabemos de nada é porque a informação está parada e propositalmente não vamos saber de nada mesmo. Se o Lucien não virou fofoca entre o circulo é porque não querem que saibam de nada. ⸻ Donna era letrada nas artimanhas das famílias da alta sociedade. Foi forçada a conhecer aquilo, ainda mais com a personalidade complicada do ex-marido. A informação era ouro: usada quando necessário, escondida quando convinha. E por mais que Lucien já fosse conhecido como o garoto problema, as senhoras adorariam fofocar sobre o descontrole dele e se não falavam até aquele momento... Sentiu o peso nos ombros triplicar, ponderando qual era o motivo dela existir se não conseguia fazer nada. Jocelyn, muitos naquela universidade e o próprio projeto lhe chamavam de Nepo Baby, mas que tipo ela era se não conseguia absolutamente nada? Só percebeu que Coraline falava com ela instantes depois. ⸻ Hm? ⸻ Voltou-se e piscou algumas vezes. ⸻ Não é nada, só estou cansada. Não estou pensando direito. ⸻ Ela não estava cansada, estava exausta. Ela queria sumir e não precisar pensar em mais nada. Ser apenas uma lembrança distante daqueles que algum dia foi próxima, porém percebeu que ela já era isso. Donna Zhanlan era um fantasma andando entre pessoas que algum dia foram próximas dela, que algum dia se preocuparam com ela, que algum dia amaram ela. Sem perceber, os olhos estavam marejados.
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femmefctale · 10 months ago
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A fala da mãe em algumas reuniões anteriores percorriam a mente de Coraline intensamente. "Se não enfrentar o medo, pode piorar", Francesca havia dito aquilo em um tom firme com a filha, temendo que logo teriam que dar algum medicamento para controlar a fobia da garota. Os gritos ainda escapavam de sua garganta, mas se forçou à ouvir a voz da melhor amiga, mesmo que a tempestade ainda soasse alta demais em seus ouvidos. — Tu...tudo bem. — Respondeu num tom baixo e rouco, um pouco sem fôlego. Fechou os olhos e se forçou a acessar as memórias do ateliê. — O ateliê é um dos maiores quartos do primeiro andar da mansão Parton. — Começou, ainda soluçando com o choro. — O pé direito é alto e as paredes são... ivory o nome da cor, mas os quadros, cavaletes, desenhos e molduras escondem a cor. — Respirou fundo, fincando as unhas na palma das próprias mãos, se recusando à abrir os olhos ou fazer qualquer coisa. — São trinta e sete quadros moldurados em tamanhos variados, oito cavaletes e ao menos oitenta e quatro rascunhos espalhados pelo ateliê. Um armário com tintas até na parte superior. E tem um enorme espelho no lado esquerdo, que aumenta as luzes do quarto... — Tossiu, ainda perdida em chorar ou descrever as coisas. — O papai mandou colocar diversas janelas pelo quarto, pra entrar o máximo possível de luz, porquê ele diz que os quadros precisam respirar. De manhã, ele fica todo alaranjado, durante o dia dourado por conta das molduras, e a noite a luz da lua deixa tudo em tons de prata e azul. Mamãe diz que é quando ele fica mais bonito, porque lembra a cor dos meus olhos. Mas meus olhos não são azul escuro, não sei porquê ela insiste em dizer isso.
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ㅤㅤTudo que Guinevere estava tentando parecia não ter efeito algum e isso a deixava incomodada. Não sabia se Franny estava vindo e agora tinha colocado a imagem da mãe no imaginário de Cora. Droga, porque ela tinha que ser tão inútil? Ver a amiga encolhida e tão frágil ao som da tempestade fazia-lhe sentir mal e totalmente inclinada a ajudar, porém ela não sabia exatamente como. Tentou aquilo que a psicologia havia falado sobre ataques como aquele, porém notava que era algo profundo e que talvez ela não conseguisse acessar tão fácil. Como a matriarca Parton fazia falta naquelas horas. E ainda havia o ponto maior: como Gwen iria ganhar do som alto e absoluto da tempestade? Parecia que não iria embora tão cedo. Os olhos esverdeados encaravam a cena na sua frente a ponto de quase encherem de lágrimas, mas não podia. Respirou profundamente e pensou em mais alguma coisa. Ela não iria desistir em trazer algum tipo de conforto. ⸻ Cora, eu preciso que você foque na minha voz e fique comigo, ta bom? Eu não vou a lugar nenhum, você não está sozinha. Por favor. ⸻ Disse, primeiro, colocando as mãos nos joelhos da outra e ficando totalmente na sua frente, talvez assim ela não ficasse mais tentada a olhar para a janela. ⸻ Porque você ama tanto seu ateliê? Porque não fecha os olhos e tenta me descrever como ele é, hein? Me fala como o sol entra pelas janelas, dos seus cavaletes. E suas tintas? Quantos desenhos você tem por lá? ⸻ A voz era suave e melódica, ainda que alta o suficiente e firme. Se Gwen não podia vencer a tempestade, ela iria levá-la para longe. O ateliê era o refúgio, sendo assim iriam para lá de uma forma ou de outra. Sabia que ela tinha uma memória perfeita, não seria difícil para ela viajar até lá e responder tudo que havia perguntado, porém precisava fincar os pés ali para que Gwen pudesse guiá-la. Seu único desejo naquele momento era que a chuva cedesse um pouco. Começou a mexer nos joelhos dela enquanto esperava resposta, tentando fazer com que o toque — por mais delicado que fosse — trouxesse alguma parte da sua mente de volta para ela.
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femmefctale · 10 months ago
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— Alexander Parton não confia neles, o que posso fazer, não é mesmo? — Murmurou em um tom totalmente desinteressado, terminando de responder o irmão, que, para sua surpresa, também não fazia ideia de onde Lucien estava. Coraline se perguntou por um momento o porquê teria perguntando para aquele ameba, e também o porque estaria disposta à tentar algo para ajudar Donna. Todo aquele lance de futuro, presente, viagem no tempo a estava deixando maluca mesmo; ela até havia voltado à desenhar rostos que não tinha mais interesse algum em desenhar. — Nada de novo sob o sol. Eu o vi de relance na festa, mas a última vez que realmente conversamos foi no Oceanwide. — Respondeu, dando de ombros. Era verdade que há tempos seus caminhos não cruzavam com qualquer um do antigo quarteto, embora Leo ainda a procurasse vez ou outra. A loira ainda estava distraída, pensando sobre toda a situação, quando ouviu a frase dita por Donna. Primeiro, pensou que estava maluca, já que nunca imaginou em toda a sua vida que a Zhanlan diria algo como aquilo, mas ao observar com cuidado, talvez ela ainda não tenha pirado tanto assim. — O que quer dizer com isso? — Questionou em um tom de alarde, se inclinando para o lado, finalmente se aproximando da garota que um dia fez parte da sua vida. — Donna, tá tudo bem?
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ㅤㅤAcabou cruzando as mãos na frente do corpo, pensando que a única possível fonte não havia funcionado. Curvou os lábios, na tentativa de imitar um sorriso. ⸻ Não julgo seu pai, se eu pudesse também não teria mais laço algum com LeBlancs, apenas Lucien. ⸻ Comentou, sendo algo mais forte do que ela e sequer notou a estranheza que era estarem conversando assim. Não parecia que Coraline tinha sido o mais próximo do conceito de melhor amiga que teve na vida, e agora sabia que sequer teria esse espaço mesmo se quisesse. ⸻ Foi na última festa, inclusive eu troquei de corpo justo com ele, mas digamos que eu não fui muito legal e pesei nas palavras. Não vi mais depois disso, só fiquei sabendo porque a Arabella comentou. E você? ⸻ E, naquele momento, uma solidão enorme apertou o coração de Donna quase ao ponto de fazê-la desmaiar. Todas as pessoas que estavam na sua vida ela manejava em machucar, de uma forma ou de outra. Fosse com palavras duras ou com aquela sua arrogância. ⸻ Onde eu errei nisso tudo? ⸻ A pergunta soou meio descolada, dita pro ar como se não tivesse propósito, mas ela estava definhando com a ideia de que, talvez, os problemas da sua vida não fossem culpa do seu pai ou do ex-marido. Eram dela mesma.
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femmefctale · 10 months ago
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A mente da loira ainda permanecia confusa com toda a situação, as vozes continuavam girando em sua cabeça, as imagens gritavam em diversas cores e o medo absurdo envolvia todo seu corpo. – A mamãe, ela vem...? — Murmurava ainda perdida, num tom de voz tão fino e baixo que nem ela mesma se reconhecia. Existia um motivo muito específico para que ela sempre tomasse o cuidado para não mostrar aquela faceta para os amigos, ou qualquer um que não fosse da família; Coraline perdia completamente o controle de si mesma, quebrava qualquer imagem de durona que sempre demonstrou e, o pior de tudo, ficava mais assustada e desesperada que uma criancinha perdida numa sala de espelhos. Tentou focar novamente quando ouviu a voz da melhor amiga, quase conseguindo voltar à ter consciência, mas antes que pudesse abrir a boca para responder Gwen, um trovão alto soou em seus ouvidos. Parton arregalou os olhos em extremo pavor e, não conseguindo mais segurar a própria garganta, começou a gritar em profundo desespero; acreditava fielmente que poderia se engasgar com o medo que a afundava naquele momento, numa fragilidade tão fina que um simples vento poderia a quebrar em duas, quatro, seis... Os gritos se tornavam mais agudos, enquanto as lágrimas não paravam de escorrer, molhando por completo seu rosto.
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ㅤㅤO que ela poderia fazer para ajudar Cora? Parecia que suas palavras não faziam efeito nenhum com a outra e isso a deixava extremamente confusa. Droga, porque Guinevere tinha que ser tão estranha em relações com as pessoas ao seu redor? Apenas deixou os olhos verdes acompanharem os passos da outra, mantendo a calma porque duas pessoas desesperadas não melhoraria em nada a situação. Pelo contrário. Quando escutou mamãe, seu rosto se acendeu. Se Franny estava vindo, bastava que Gwen mantivesse Cora estável até a mulher chegar, assim poderiam cuidar dela com alguém que entendia de fato das coisas. ⸻ Franny está vindo? Que tal pedirmos para ela fazer aquela palha italiana que só ela sabe fazer, hein? Só esqueci quais eram os ingredientes, você lembra? ⸻ Era a tentativa de fazer com que a outra tirasse a mente daquela chuva maldita e começasse a listar coisas. Não sabia se ia funcionar, funcionava com ansiedade e sequer sabia se poderia contar que a outra realmente lhe respondesse. Vê-la cambaleando a deixou meio desnorteada porque Parton não cambaleava nem quando estava muito bêbada, e isso a assustou. Avançou rapidamente enquanto tentava se manter suave e se abaixou na frente da amiga, numa distancia que ela consideraria confortável se estivesse numa posição de fragilidade. ⸻ Cora, por favor, fala comigo. Você quer um abraço? ⸻ E num movimento muito sutil, colocou a mão em cima da mão dela, esperando que conseguisse ajudá-la. Ou que tipo de amiga seria? Que tipo de amiga vê a outra sofrendo e não faz nada? Não se perdoaria disso jamais.
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femmefctale · 10 months ago
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A loira estava totalmente aérea naquele dia, ocupada com projetos, uma possível prova e ainda tinha que lidar com as meninas da equipe; a última coisa que precisava era se envolver em mais maluquices. Parou abruptamente quando ouviu seu nome, xingando mentalmente a mãe por ter dado um nome italiano para ela, impossibilitando que pudesse fingir que era com ela. — Donna. — Respondeu de forma educada. Franziu o cenho com a pergunta, ficando cada vez mais confusa com a situação. Por quê de todas as pessoas, Donna teria que a procurar para saber sobre Lucien? — Não sei. — Respondeu de supetão, tirando o celular da bolsa, o desbloqueando. — Ele não passa no consultório da minha mãe há meses, e meu pai odeia qualquer LeBlanc que aparece em casa, então... — Deu de ombros, abrindo a pasta de contatos, puxando uma conversa com o segundo irmão mais velho. — Você deveria... — Começou, mas sua própria mente lhe deu um tapa na cara; se lembrou da última confissão de Donna, e a última coisa que ela iria fazer era falar com o pai. — Deixa pra lá. Você sabe a última vez que viu o drogadinho LeBlanc?
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ㅤㅤ⸻ starter to @femmefctale!
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ㅤㅤ⸻ Coraline. ⸻ A voz escapou dos lábios numa impulsividade levemente estranha da Zhanlan. Porém a figura loira se movimentava de forma tão ágil que provavelmente sabia que perderia a chance de falar com ela. Pelo azar do destino, os caminhos de ambas eram bem opostos por mais que tivessem se cruzado em algum ponto da vida. ⸻ Eu só queria saber se você soube alguma coisa do Lucien, seus pais comentaram algo assim ou... ⸻ Perguntou, encarando-a de leve. ⸻ Eu tentei falar com a minha mãe pra tentar sondar algo, mas não adianta. ⸻ Ela não comentou que ela havia cortado relações com ela e, depois, o pai havia a proibido de se aproximar de Donna.
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femmefctale · 10 months ago
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Coraline continuava vidrada, observando a chuva, o corpo sofrendo espasmos a cada trovão que sacudia o local. A mente vagava, perdida entre as memórias e as sensações; o sol quente em sua pele, a sensação da areia da praia envolvendo seus pés, a aspereza de uma estrela do mar na ponta de seus dedos, o grito mudo embaixo da água gelada, a escuridão a engolindo, a mão gelada da velha dizendo que ela morreria sozinha. As vozes em sua cabeça também se envolviam tanto que soavam retorcidas, distorcidas, altas... O pai chorando que Coraline não poderia morrer, Lucien dizendo que não sentia o mesmo, sua ex-melhor amiga a chamando de vadia por ter perdido a virgindade, os rapazes elogiando seu corpo, as meninas dizendo que se sentia como um nada ao seu lado. Ninguém entendi que ela que era o nada? Seus sentidos demoravam para assimilar as palavras de Gwen e, pela primeira vez desde que havia percebido que estava chovendo e mandado a garota embora, Cora virou o rosto em direção da melhor amiga, distinguindo apenas o que sua mente se lembrava, já que os olhos estavam embaçados pelas lágrimas que não paravam de descer. Algo, no fundo da sua mente, gritava para mandar Gwen embora de novo, já que não deveria se mostrar daquela forma para ela, mas uma voz pequena no seu coração que soava como a sua própria voz quando mais jovem, dizia que Viker não era malvada. Concordou brevemente com a cabeça, gemendo baixo quando ouviu o trovão mais perto delas. Se apoiou com cuidado na bancada, piscando diversas vezes. — Meu... é a vez da mamãe... — Murmurou um pouco confusa, sentindo a garganta arranhar e um zumbido forte em seus ouvidos. Um engasgo leve surgiu, a fazendo se segurar, com um medo absurdo de fazer algo ruim na frente de Gwen; Coraline realmente não queria que ninguém visse aquele ponto mais fraco de si, ou descobririam que ela era uma fracassada, tola, medrosa. Uma verdadeira fraude. Sem esperar por mais, Parton meio andou, meio cambaleou até a parede no canto do apartamento, onde se sentou no chão, encostada. Ali, fechou os olhos e tampou as orelhas, ainda tremendo, sentindo que tudo estava longe de acabar. Os lábios continuavam sussurrando um "vai embora, vai embora, vai embora, vai embora" sem parar um segundo sequer.
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ㅤㅤVirou-se sem ter sua pergunta respondida, imaginando que Cora tinha corrido para fechar outras janelas. Sua surpresa foi encontrá-la num estado meio estranho, que a fez levantar a sobrancelha, curiosa. ⸻ Ir embora? Nessa chuva? Eu até iria só que usei meu guarda-chuva em uma maquete no clube de astronomia e nenhum daqueles pés-rapados me comprou um novo... ⸻ Aguardou algum tipo de comentário da outra, como ela sempre fazia quando falava do grupo. Quando não veio e ela continuou aérea, Gwen sabia que algo não estava certo, só não sabia pontuar o que. Por isso, observou a cena para tentar entender algo. O peito se movimentando com força, os olhos vidrados na janela, o corpo tremendo e o celular tocando. E óbvio, a tempestade caindo do lado de fora. Foi então que a voz de Adam soou na sua cabeça como se ele estivesse ali do seu lado. "Esquece, a Cora não vem pra cá hoje porque ela morre de medo de chuva, água num geral. O Bruce já foi lá pro apartamento dela, o que é bom porque tenho outros planos para..." Gwen passou uma borracha no resto da memória, apagando com um movimento leve da mão esquerda. O ponto era que quando ele havia lhe dito aquilo não acreditou porque Coraline Parton não tinha medo de nada. Agora, ela via de outra forma. Caminhou de leve até ela, medindo os passos. ⸻ Eu não acho que você deveria ficar sozinha agora então vou ficar aqui, tudo bem? ⸻ Disse em um tom suave, indo colocar a mão sobre a mão dela, mas repensando o ato segundos antes. Não queria assustá-la. ⸻ Ei, o que achava da gente ir sentar lá no seu quarto? ⸻ Tentava lembrar os passos de ajudar alguém em uma situação parecida. Queria ajudá-la a todo custo a não ficar daquele jeito, tão vulnerável. Por mais que ela não fosse uma pessoa que gostasse muito do toque físico, queria abraçar Cora, mas sabia que talvez não fosse a hora. ⸻ Vai ficar tudo bem, estamos juntas. Cora e Gwen contra o mundo, ou algo assim porque sou péssima com bordões, hm? ⸻ Deu um sorrisinho, movimentando o rosto tentando puxar o olhar dela para si.
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femmefctale · 10 months ago
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Tinha algo de muito engraçado sobre a situação, uma ironia do destino de Coraline; quando menor, ela adorava praia e amava observar a chuva. Por anos, Alexander dizia que era engraçado que a pequena Borboleta da família Parton não tinha qualquer medo de trovões como a maioria das crianças, não até aquele dia. O enorme problema da memória fotográfica de Coraline, era que ela se recordava fortemente das sensações. Assim que ouviu a palavra "chuva", a loira ergueu o rosto para a janela, finalmente se dando conta que horas eram, e que aquele escuro não era normal, aquela chuva não era normal. Sua garganta se fechou no mesmo momento, e algo nela jurava que seus pulmões estavam cheios de água novamente, água salgada que queimava suas vias aéreas e não a deixava respirar, água que de acumulava dentro dela e começava querer sair, de alguma forma. — É melhor você ir embora. — Parton disse de repente, se levantando, mas não saindo do lugar, mantendo os olhos focados na janela. Não, a água não chegaria perto dela, o pai havia garantido que estavam longe o bastante, que o mar não chegaria até a cobertura.... Mas Bruce disse uma vez que um Tsunami pode acontecer a qualquer momento, e arrancaria o prédio na primeira oportunidade, e Coraline iria se envolver com a água novamente, veria os carros viajando no mar, as algas iriam invadir sua garganta... Merda, Bruce. — V-Você deveria ir... A chuva... Você... — Parton tentava ser firme com as palavras, mas elas já emboladas em sua língua, pesando tanto que incomodava. O corpo começou a tremer, os nervos se lembrando do quanto a água estava gelada depois que tiraram a pequena Cora de dentro do mar. Ouvia de longe o celular tocando, provavelmente estariam ligando para avisar quem chegaria para ficar com Coraline. Ela torcia para que não fosse Adam. — Você... Consegue descer só-sozinha? — Ela nem sabia para quem estava perguntando aquilo, Coraline já não sabia em que momento estava, com quem estava e nem quem ela era, só sabia que precisava fugir o mais rápido possível, talvez se esconder no guarda-roupa ou embaixo da cama até passar, até alguém chegar... Alguém chegaria? Ou ela seria largada sozinha? Alguém sentiria sua falta? Ela era importante assim? Por quê o papai demorou tanto para pegar ela? Ele não a amava? Ninguém a amava? As perguntas perfuravam o crânio da garota, a fazendo implorar em voz baixa para aquilo parar.
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ㅤㅤ⸻ Acho que sim, a proporcionalidade do desenho está certa. Algumas portas poderiam ter a abertura oposta pra melhorar o espaço, mas sinceramente é uma escolha mais de design do que qualquer outra coisa. ⸻ Desde que havia conhecido Cora e se tornado grandes amigas, Guinevere aprendeu muito sobre arquitetura para acompanhar a linha de raciocínio da outra de vez em quando. Até porque ela adorava o lado extremamente inteligente da loira e tentava regá-lo sempre que podia. Ficou de pé atrás de uma poltrona, quase como uma criança, balançando o corpo. ⸻ Nós não tivemos e nem temos escolha, Cora. Esse é o ponto. Eu também estou bem estressada porque são aulas, provas, trabalhos, a pesquisa e agora toda essa coisa de missão, preparação e etc. ⸻ Soltou um longo suspiro. ⸻ Mas a Riley tem um ponto quando fala que morremos tentando ou morremos anestesiados. ⸻ Disse, se balançando para frente e avançando até uma das janelas do apartamento, olhando a noite. Só que não era noite, ela arqueou o cenho e logo notou o que estava acontecendo. ⸻ Nossa, que chuva do caralho. Veio do nada! ⸻ Disse, com uma ventania forte cortando a face, levantando as cortinas com tudo e molhando sua roupa. Rapidamente se movimentou para fechar as janelas, levemente surpresa com a forma repentina e furiosa que tudo começou. ⸻ Todas as janelas estão fechadas? Ou seu apartamento vai virar mar. ⸻ Disse enquanto lutava uma espécie de boxe com a janela até, finalmente, fechá-la.
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femmefctale · 11 months ago
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@nascitadiveneres
— Então basicamente é isso, eu acho? — Coraline murmurou, franzindo o cenho enquanto observava o rascunho que havia feito em seu cavalete, dando uma mordida pensativa em sua maçã. Estavam na sala de seu apartamento, próximas à janela. Parton havia chamado a melhor amiga para ajudar em um trabalho à parte; um projeto de casa 100% sustentável que, sinceramente?, Cora havia uma perda de tempo. Era aparente o quanto se esforçava nas aulas, querendo se sobressair, mas odiava o curso que havia escolhido. — Ai, eu odeio blueprint, sério. Negócio chato da porra. — Resmungou, se levantando para acender a luz do apartamento, já que havia escurecido do lado de fora; nem mesmo se atentou que ainda eram três da tarde, e que aquele escuro não era normal. — Sinceramente, G, toda essa loucura de viagem no tempo e futuro tem me estressado pra caralho. Eu ainda acho que escolheram uns merdas pra trabalhar nisso, já que não conseguem se organizar como um time, mas queria não ter me metido tanto. Tenho até pensado em não ir, não ajudar mais, mas sei que são todos uns amebas arrogantes sem um cérebro funcional que não entendem o básico do básico. — Desabafou, voltando a se sentar na cadeira de frente para o cavalete. — Acha que, se eles morrerem, vão nos ativar?
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femmefctale · 11 months ago
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Coraline deu uma última boa olhada em Marcelo, se perguntando se deveria fazer algo sobre. Mas concluiu que não era da conta dela. — Com certeza, não sendo durante a semana, tudo bem. — Respondeu com um sorriso, se virando para a entrada do prédio. — Boa noite, Mar.
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Negou, deu de ombros e se levantou, terminando de limpar o rosto de lágrimas. - Não, eu realmente tenho um compromisso agora. Mas a gente podia mesmo marcar pra fazer essa coisa da máscara, né? Com guacamole e nachos e um vinho. - sorriu novamente, sem muita força. Não importava o quanto tentasse, era impossível pra Marcelo destratar Cora pra tentar afastar ela. Não ia funcionar como funcionou com Donna e Lucien.
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femmefctale · 11 months ago
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— Eu sei, dá pra ver. Quem quer que tenha tentado esconder, fez mal feito. — Respondeu, voltando ao poço de sinceridade que sempre fora. Com um suspiro, se colocou de pé, batendo as mãos nos joelhos para limpar a sujeira. — Vai mesmo dormir aqui? Tenho treino amanhã cedo, não posso madrugar ou nada do tipo. — Não estava mentindo, é claro. Coraline acordava cedo todos os dias para treinar, fosse sozinha ou com a equipe, era obcecada em se manter em forma quando estavam em temporada. Ela poderia sim dormir mais tarde que o habitual, mas o estresse a estava matando aos poucos.
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Inclinou o corpo pra frente buscando mais, mas conseguiu se contentar com apenas aquilo, suspirando por isso. Conseguiu sorrir com ela e assentiu na última frase. - Só se você passar isso aí na minha cara. Eu to com uma espinha horrorosa debaixo da base.
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femmefctale · 11 months ago
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— Claro. — Disse, o encarando um tanto desconfiada. Tinha uma leve sensação que Marcelo estava carregando um fardo pesado demais, mas Coraline nunca foi do tipo que ajudava alguém daquela forma; ela já tinha seus próprios problemas, carregava um peso que tinha que suportar sozinha, e em silêncio, não podia se dar ao luxo de ser o apoio de alguém, muito menos de Marcelo. Ele foi seu melhor amigo no passado, é claro, mas os meses que passou sozinha havia mudado muito quem Cora foi um dia. Não, a Cora de agora não iria carregar aquele fardo; mesmo sem ter qualquer noção do futuro, sabia que aquele seria o trabalho de Donna, não dela. E Parton se recusava fielmente a se envolver com o gêmeo do seu primeiro amor; não suportaria perder mais um para Zhanlan, ainda mais quando ela parecia não se importar com isso. Mesmo assim, ainda existiam vestígios de quem ela foi um dia, de modo que a loira se inclinou, roubando um selinho dos lábios de Marcelo. O motivo? Seria melhor não perguntar. — Se eu ganhar, vou dedicar ela pra você. — Prometeu, dando um sorriso fraco. — Mas só se você prometer não contar para Gwen que tô com uma máscara verde na cara, ou ela vai me chamar de Grinch.
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Olhou pra mão dela em seu ombro e suspirou aliviado porque finalmente receberia um abraço dela e tudo ficaria b- - Ai! - apertou os olhos e balançou a cabeça, então levantou o rosto pra olhá-la. - Você vai ganhar, eu tenho certeza. Você vai ganhar várias medalhas de prata e vai ficar maravilhosa num pódio. - sorriu pra ela, ainda um pouco sem humor. - Você fica linda de verde.
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femmefctale · 11 months ago
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Coraline tinha certeza absoluta que Marcelo não tava batendo nem um pouco bem da cabeça. Por quê aquela cobrança toda consigo mesmo? Por quê a ideia dela longe do vôlei o deixava assombrado daquela forma? Será que ele tava tendo algum tipo de crise de ansiedade? Faria sentido. Durante uma tempestade ou perto mar, geralmente era assim que Parton ficava. Sim, certeza que ele estava tendo uma crise. Sem pensar duas vezes, Cora fez exatamente o que Adam fazia com ela, quando ele precisava a acalmar; colocou uma mão no ombro dele e encarou seus olhos, transferindo um tapa na bochecha esquerda de Marcelo. — Se controla, porra. — Disse em um tom de comando. — Você não tá pensando direito, o ar não tá chegando nos seus pulmões. — Argumentou, franzindo o cenho. — Não vou desistir do vôlei, tá? Se eu me aposentar, viro a porra de uma técnica, mas só depois de ganhar uma medalha nas olimpíadas. Assim tá bom pra você?
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_ Eu podia ter feito algo, eu sempre faço algo, você não sabe disso? Eu sempre fiz tudo por vocês, eu fiz coisas que me dá pesadelo até hoje pra poder cuidar de vocês. - tentava respirar fundo, mas parecia cada vez mais difícil. - Você não se importa? Você só não se importa com o vôlei? Eu não queria quer você desistisse do seu sonho, só isso. Eu não queria que nenhum de vocês desistissem do que amam. Eu só... só quero que isso acabe e que eu não me torne o monstro que eles disseram.
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femmefctale · 11 months ago
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— Que merda você poderia ter feito, maluco? Não tinha outras opções. — Coraline se segurava para não gritar, não perder a razão, mesmo que já a tivesse perdido. — E o Theodore só foi lá e trepou comigo, tirou minha virgindade, pronto. Teriam me chamado de vadia de qualquer forma, Marcelo. Eles só precisavam de uma desculpa. — Era isso, ela não tinha condição alguma de enfrentar aquilo, não podia oferecer qualquer apoio para aquela maluquice. Merda, o que as pessoas querem tanto tentar consertar seus erros passados? Aquilo tudo era culpa dessa merda de viagem no tempo. — Calma aí, não é assim que a banda toca, grandão. — Mesmo que a contragosto, Parton se ajoelhou ao lado de Marcelo, tentando ficar à vista dele. — Eu casei com você nesse futuro maluco? Não. Então simplesmente não faz sentido você querer focar no vôlei. Se quer tanto mudar as coisas assim, você muda a si mesmo, não os outros. E... seja sincero comigo, Marc, o que muda na sua vida eu continuar no vôlei? E por quê o vôlei?
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_ Da gente. Eu, você, o Lucien, a Donna. Nós quatro. Eu devia ter lutado pela gente, eu devia ter lutado por você, eu devia ter enfiado a mão na cara do Theo por tudo o que ele fez contigo. - Marcelo estava ofegante, apertando os olhos a todo momento, enfiando os dedos entre os fios. Se encostou na parede e foi deslizando até o chão. - Você é linda, Cora. Você é perfeita. - apoiou os cotovelos nos joelhos e esfregou a cara, depois escondeu o rosto entre os braços e tapou os ouvidos - Não importa o que as outras pessoas digam porque não é quem você é e você não devia ter assumido essa personalidade por mais sexy que ela seja. Eu devia ter feito alguma coisa. Eu sou o monstro aqui. Não é isso que eles falaram? Que eu coloquei meus filhos em perigo, que eu traí a Donna, que eu sou um maluco obcecado por polêmica. Eu não sei quem foi o Marcelo que eles conheceram, mas eu não fiz nada daquilo. Se eu puder mudar esse cara, eu vou, e isso começa comigo te impedindo de desistir do vôlei.
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femmefctale · 11 months ago
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Os olhos de Coraline se arregalaram quando percebeu que Marcelo estava chorando, a deixando totalmente assombrada. O que tava acontecendo, pelo amor de sei lá quem? — Espera, calma ai, o que... — Murmurou entre a fala dele, negando com a cabeça, não sabendo mesmo como reagir. Aquilo tudo era demais, e a cabeça da garota já estava latejando. — Porra de merda de máscara, cara. Olha o jeito que eu tô. — Disse totalmente irritadiça, encarando o rosto dele de forma zangada. — O que você amava e precisou abrir mão? Porra, olha a confusão que você tá fazendo, Marcelo. — Reclamou, fechando os olhos momentaneamente para alinhar os próprios pensamentos. Soltou o punho dele, cruzando os braços, ainda zangada. — Não sei porquê eu continuar ou não no vôlei é tão importante assim, mas não é algo que eu vá desistir. É a única coisa que posso fazer e dar orgulho pro meu pai, já que o curso que eu queria não é tão bom assim e não quero virar um Bruce bla bla bla. Mas se desistir, isso é algo meu, teria um motivo plausível pra esse tipo de coisa acontecer. E não posso viver só de vôlei, Marcelo, até você sabe disso. Essas.... — Balançou uma mão no ar. — Coisas que você disse, não me importo com ninguém, e duvido que eu seja um exemplo pra equipe. Porra, eu não sou exemplo nenhum. Me chamam de vadia para baixo desde os meus dezesseis, a última coisa que as pessoas enxergam em mim é um exemplo.
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Estava pra abrir a porta quando ouviu a voz dela. Sua cabeça estava a mil, não tinha um pensamento concreto ou que fizesse sentido. Várias e várias vozes o atormentavam e ele só precisava consertar tudo pra parar. Fugir era a única opção, fugir era mais seguro do que encarar qualquer um daqueles problemas sentimentais que não poderiam ser resolvidos com alguns zeros. Levou um susto quando ela o tocou, mas decidiu se virar sem perceber que estava vermelho chorando. - Que não é pra você desistir do vôlei e das coisas que você ama, porque foi isso que eu fiz e eu não poderia ter me arrependido mais. - umedeceu os lábios - O vôlei é tudo pra você, não pode abrir mão disso. Mesmo que não seja algo que você pense agora, tem que ser algo que você não vá pensar nunca. Você fica radiante quando tá jogando, você fica maravilhosa quando tá ganhando, fazendo aqueles arremessos e passes e seja lá como chamam aquelas coisas, e ainda mais gata quando perde e fica com raiva. - balançou a cabeça e apertou os olhos - A cor dessa máscara combina com seus olhos.
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femmefctale · 11 months ago
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— Não acredito na maioria desses velhotes que voltaram pro passado. Fico impressionada de você acreditar. — Coraline revirou os olhos, sentindo certa dor de cabeça com toda a situação. Já tinha passado horas consertando as coisas, realizando cálculos, desenhando planos e qualquer outra merda. Porra, ela só queria que aquilo acabasse. A expressão no rosto de Parton misturava confusão com incredulidade, processando toda a situação que, sinceramente?, era inusitada demais. Em que momento da sua vida Marcelo teria demonstrado tanto interesse nela, a ponto de... se apaixonar? Que merda tava acontecendo? — Hã? — Foi a sincera reação da loira, encarando enquanto Marcelo praticamente sumia da sua frente. O maior problema em ter a memória fotográfica: Coraline processava as coisas muito rápido e, infelizmente, tomava as decisões de forma rápida também. Assim, não demorou muito para a loira suspirar e decidir que seria melhor ir atrás do Dragna ao invés de deixar para lá, quem saberia a loucura que o rapaz iria se meter? Conseguiu o alcançar quando já estavam na porta do prédio, não se importando com os olhares do colega para o jeito que a loira estava. — Porra, você pode esperar e parar de fugir assim? — Reclamou, segurando o braço dele. — Você não pode ser a porra de um covarde desse jeito. Que merda você quis dizer lá atrás?
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_ Eu te dou quantas máscara você quiser. - disse sem se importar muito já que poderia realmente fazer aquilo. Como ela não bebeu a água, foi ele quem o fez, bebendo quase o copo inteiro. - Você sabe que não dá pra levar nada do que os Wang falam. Um não tem autoestima e a outra vai acreditar em qualquer coisinha que as pessoas falam. - sentou no sofá de frente pra ela, gesticulando como se aquilo fosse extremamente importante. Porque era. - Você não é só desenhos e vôlei. Você é inteligente pra caramba, ok? Você é cuidadosa, criativa, exemplar, carismática, com um sorriso contagiante e amedrontador. Você se importa com as pessoas mais do que acredita, mais do que demonstra, mais do que gostaria e essa é uma das suas qualidades que eu mais amo. Eu também amo como você é manipuladora, orgulhosa, exibida. Amo como você abre as narinas quando fica irritada, mexe as orelhas quando sorri. Amo como você comemora todo ponto no vôlei como se fosse final de copa do mundo com o mesmo gritinho e um soquinho no ar. Amo como você não só incentiva as outras meninas do time, mas também sabe trabalhar m equipe e vira exemplo pra elas. Amo como essa mecha de cabelo cai no seu rosto porque é a desculpa perfeita que eu teria pra poder encostar em você. Amo como você se dedica ao que gosta, como você se mostra uma caixinha de surpresas e eu sempre descubro algo novo sobre você, amo quando você se irrita e começa a gritar e bater portas porque não parece nem um pouco a Coraline doce que eu conheci, mas ao mesmo tempo você e nunca deixou de ser. Amo como você ama as coisas. E... e... - umedeceu os lábios, só então percebendo as coisas que dizia. Não sabia exatamente como chegou ali, mas era claro que poderia falar muito mais, e que não podia falar mais nada. Levantou rapidamente e foi se afastando de costas até a porta. - Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas por favor, por favor, não desiste do vôlei. - foi notável o quanto aquela frase carregava emoção, porque ela saiu tremida e os olhos azuis marejaram. - Belo apartamento. - disse enquanto saía correndo pela porta.
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femmefctale · 11 months ago
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— QUÊ? — A loira praticamente gritou, puta com a falta de educação. Porra, o que ele queria dizer com aquilo? — Se você continuar enchendo o saco, fica difícil. Me deve uma máscara. — Resmungou, fechando a porta com força, se virando para acompanhar Marcelo. — E o que eu tenho a ver com os gêmeos? — Revirou os olhos, embora tenha se sentado no sofá, bufando por ver o quanto o rapaz estava confortável no apartamento. Deu de ombros, rindo logo em seguida com a "notícia bombástica". — Impossível. Não vou largar o vôlei, Marcelo. Eu só me resumo à desenhos e vôlei, isso não faz sentido algum. Tá parecendo já o Harvey Wang dizendo que vou acabar como mãe de onze crianças e com as tetas nos joelhos. — Era uma imagem que ainda a atormentava, mas foda-se, Coraline torcia pra não engravidar nos próximos anos. — É só isso?
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_ Não, eu vim pra passar a noite. - aproveitou a brecha da porta e entrou com pressa sem esperar que ela o impedisse, não parecendo que de fato ia passar a noite ali já que vestia uma roupa bem formal. - Você sabe que vai acabar com todo o trabalho da máscara se ficar franzindo a testa assim, né? - falava apressado indo pra cozinha e pegando um copo d'água. - Eu conversei com o Lucien mais cedo hoje. É melhor você sentar porque é sim vida ou morte. E isso aqui é pra você. - colocou o copo d'água sobre a mesa de centro. - Belo apartamento, aliás. Um piano ali ficaria incrível. Olha, o assunto é sério e eu vim aqui te impedir antes que você decida por si. Lucien falou que você vai largar o vôlei.
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