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Fernando Alturas
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Descobertas e devaneios de um homem comum
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fernandoalturas · 2 years ago
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O que eu intuo de tudo isso:
Esse texto deveria ser um texto sobre o observação, ou sobre o efeito de ser um observador. No entanto ele se tornou em um assunto bem mais ambicioso: A Natureza da Realidade.
Mas embora seja um texto simples e tudo seja muito análogo para que alguma coisa seja realmente compreendida (fiz até onde couberam minhas presentes possibilidades), uma coisa fica realmente clara: Estamos muito longe de compreender a natureza da realidade. Embora agora tenhamos mais pistas do que antes.
Pessoas entusiastas e espiritualistas tem o costume de assimilar cada informação como sendo propriamente a verdade, e estendem isso para suas fantasias, sejam corretas ou não.
Acreditar que a mente ou o observador alteram a realidade, acreditar que o Universo é Consciência, acreditar que a Lua não está lá quando não estamos olhando, na minha opinião pode nos fazer dar saltos lógicos muito grandes em comparação às pistas que temos, por isso precisamos ter cuidado. E tudo que temos realmente são isso: pistas.
Eu mesmo tive diversas experiências relacionadas à mente e a existência de algo transcendente para as quais eu não tenho explicação. E sim, eu tenho fé no transcendente, acredito também que a minha mente tem papel fundamental na minha realidade. Só não sei até onde somos capazes de conhecer os limites disso ou em quê tudo isso realmente implica.
Por isso, decidi dar um passo lógico: Acreditar naquilo que eu realmente conheço. Pois na tentativa de transformar a realidade em conceitos podemos acabar caindo em uma verborragia, que consiste justamente em se afastar da experiência real. E quando falo da experiência real, não falo de um ponto de vista materialista, e sim só rê investigarmos nossas próprias experiências.
O que eu penso, é que temos que continuar observando a realidade, não a partir dos conceitos mas a partir do que ela evidentemente é, do que está a nossa frente, se quisermos ser bons observadores.
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fernandoalturas · 2 years ago
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A presença do Observador (Pt. 2)
Sabe os cristais? Desses de vidro?
Eles tem esse nome por uma razão: Seus átomos são organizados em um padrão cristalino.
Me deixe explicar melhor: Um cristal, geometricamente falando, é uma figura que tem algum padrão que se repete e se reproduz continuamente. Por exemplo: É possível formar um quadrado com outros quadrados, ou um triângulo com outros triângulos que tem a mesma medida. Esse padrão é chamado de cristal e pode ser um padrão infinito.
Agora, além do Cristal existe o Quasicristal. O Quasicristal é uma projeção feita por um cristal, formando outra figura, como se fosse uma sombra do Cristal. Mas o Quasicristal não tem um padrão periódico.
Eu sei, eu sei... Até agora tudo isso não quer dizer nada. Mas e se eu te dissesse que a Matriz da Realidade, ou seja, a estrutura que dá forma à Realidade, é formada por cristais?
É isso que afirma um grupo de físicos chamado Quantum Gravity Research, de Los Angeles.
Em sua teoria, um cristal de 8 dimensões (acima do tridimensional) é projetado em um Quasicristal 4D, do qual eles derivam um Quasicristal 3D que eles acreditam que é a substituta fundamental de toda a realidade.
Eles afirmam isso justamente porquê em colisões de partículas, como o Grande Colisões de Hádrons, as partículas que colidem geram a chamada Simetria de Calibre: todas as forças e partículas convertem-se uma na outra. Quando isso acontece, gera-se um padrão que pode ser observado, e esse padrão é justamente o Quasicristal 8D (Quasicristal de 8 dimensões ou E8).
O E8 é composto de uma outra forma geométrica chamada Tetraedro, que nada mais é que um triângulo equilátero tridimensional.
Este Tetraedro tem o Comprimento de Planck, que é uma unidade de medida usada para se referir ao menor comprimento possível na natureza. Assim como o Pixel é o menor comprimento possível na tela dos eletrônicos.
Assim a teoria segue, dizendo que a realidade é comporta por esses Tetraedros (Pixels da Realidade) e que tudo depende do lugar em que cada um se dispõe à ficar para criar as formas e o objetos. No entanto, assim como o Pixel, o Tetraedro precisa de organização para formar uma figura compreensível ou com significado.
A questão é: Quem escolhe o estado do Tetraedro?
E é aí que esses cientistas resolvem encaixar em uma teoria física um elemento que eles garantem que pode unificar todas as teorias, da Relatividade Geral à Física Quântica. E esse elemento é: a Consciência.
Lembra do que foi dito sobre o Elétrons ser uma probabilidade antes de atravessar a fenda? E sobre também o fato do que explicaria os blocos de construção da realidade serem organizados?
Esse grupo de físicos, assim como outros físicos ao redor do mundo, acreditam que a realidade é Informação.
Assim, os Tetraedros, seriam o código da matriz da realidade, e se comportam como uma linguagem. E porque possuem ordem, eles possuem também significado. O seu significado são as próprias coisas em si que existem na Realidade.
Me deixe explicar melhor: Segundo essa teoria, toda linguagem funciona a partir de comparação. Sabemos que o branco é branco porque ele não é preto, e vice e versa. Quando o nível de comparação se estende para mais de um elemento, podemos formar uma linguagem, mas para que a linguagem tenha um significado é nescessário que os elementos sejam colocados em determinada ordem, e para que o significado exista ele precisa ser observado, detectado ou medido por alguma forma de consciência.
Mas do que seria feito a matriz da realidade? Onde se encontram os tais cristais?
Segundo a Teoria da Relatividade Geral, o espaço e o tempo são um único ente, o Espaço-Tempo, que é como uma malha invisível porém real que molda aquilo que é possível existir dentro do espaço e também do tempo. Segundo essa teoria, o tempo é simultâneo, ou seja, o passado o presente e o futuro existem simultaneamente num único ente, e um influência o outro. Tanto o passado influência o presente que influência o futuro como o futuro influência o presente e o passado.
Para esses cientistas de Los Angeles, essa malha é formada pelos Cristais e Tetraedros citados, como se fossem os códigos da matriz da realidade.
Na Simetria de Calibre, em que todas as forças e partículas convertem-se uma em outra, todas essas conversões correspondem a uma forma de 8 dimensões.
Essa forma é o Politopo Gosset, que quando convertido para 4D torna-se dias formas idênticas de tamanhos diferentes. A proporção das formas é 0,618. Essa proporção também é conhecida como Proporção de Ouro ou Proporção Áurea, que é constante na natureza e encontrada claramente em diversos seres vivos e também em elementos da natureza, como os buracos negros.
Proporções como a Proporção Áurea, a Espiral de Fibonacci ou Fractais são muitas vezes chamados de Assinaturas de Deus por indicarem formas padronizadas da realidade e do Espaço-Tempo.
No entanto, apesar de a Realidade ter Blocos de estrutura, esses blocos só podem ser organizados (segundo esses físicos) se houver um observador para que eles ganhem significado. Em outras palavras, para que o mundo ganhe significado.
"A realidade é feita de informação, que é criada por meio de observação" - John Wheeler (Físico)
"A teoria quântica é controversa e obscura, e permanecerá dessa forma até que alguém construa dentro do formalismo da mecânica quântica, um observador." - Frank Wielczek (Físico).
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fernandoalturas · 2 years ago
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A presença do Observador (Pt.1)
Quando eu era criança, tinhamos uma brincadeira na escola... Todas as vezes que alguém estava comendo um lanche ou um biscoito e o mesmo caia, alguém virava para o colega que estava ao lado e dizia: Viu só! Foi ficar de olho gordo no meu lanche!
Não sei de onde vem a brincadeira, mas a lógica da mesma certamente vem de uma crença popular: a de que alguém que observa pode mudar a sorte daquele que é observado.
É fato que a cultura popular acredita que existe poder no olhar e na observação, mesmo que isto esteja muito subentendido. Mas existem outras teorias sobre a observação, na magia, no espiritualismo. e também (se posso caracterizar dessa forma) na Ciência.
Um grupo de físicos em Los Angeles, chamado Quantum Gravity Research, está desenvolvendo a proposta de uma teoria unificadora de tudo. Isto seria basicamente unificar a teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, com as teorias da Mecânica Quântica, também conhecida como Física Quântica.
As duas teorias produzem os resultados desejados para cada situação, porém entram em conflito por serem incapazes de explicar certas particularidades. Uma delas seria a natureza da luz, o porquê da velocidade da luz (que não pode ser medida com exatidão), e porque a luz se comporta de um jeito... Estranho.
Digo estranho porque por anos se acreditou que a luz se comportasse como uma onda (assim como as ondas de rádio), mas de repente surgiu O Problema da Lâmpada Elétrica, de Max Planck.
O problema era simples: Porque a luz ultra violeta, ou luz azul, era algo tão difícil de ser alcançado mesmo com grandes descargas de energia?
E havia outro problema, o Efeito Fotoelétrico, que era a capacidade que a luz ultravioleta tinha de tinha de deslocar elétrons (o que era feito em um experimento com folhas de ouro que se moviam ao entrar em contato com a luz ultra violeta. Mas a luz comum, não produzia esse efeito. E o problema era: Se a luz era uma onda, e não uma partícula, porque um tipo diferente de luz se comportava como se tivesse mais "peso".
Albert Einstein resolveu esse problema com uma cartada só, para ele a luz era constituída de partículas chamadas de Quantum. Essas partículas, na luz ultravioleta, levavam cada uma uma potência maior de energia em si mesmas. Ou seja, não só a luz era formada por partículas, como também tinha diferentes quantidades de energia em cada molécula para cada tipo de luz.
Foi isso que rendeu o Nobel à Einstein, ao invés da Teoria da Relatividade Geral que é mais conhecida.
No entanto a natureza da luz se tornou estranha, pois na vida cotidiana ela se comportava como onda, mas nas afirmações de Einstein se comportava como partícula.
No entanto, mais a frente, ocorreria algo que colocaria a teoria de Einstein e a natureza da realidade em cheque. Era o experimento da Fenda Dupla, de Niels Bohr.
O experimento era destinado a descobrir se Elétrons se comportavam como onda ou como partícula. Era simples: havia uma máquina que disparava Elétrons e na frente havia uma barreira com duas fendas verticais. Assim, era como se fosse 3 barreiras, uma ao lado da outra, formando duas fendas com a mesma distância.
Atrás dessas fendas, havia outra barreira. Assim, quando os Elétrons eram disparados, passava pelas duas fendas. Se os elétrons se comportassem como onda, a interferência das ondas formaria vários desenhos verticais na última barreira atrás das fendas. Se se comportassem como partícula, apareceriam apenas dois desenhos verticais, indicando que eles seguiram exatamente o formato das fendas.
O que se provou no experimento de Bohr é que os elétrons se comportavam como onda. Mas não só isso: foram feitos experimentos mais recentes disparando um Elétron de cada vez, e ainda assim eles formam ondas.
Mais a frente, cientistas afirmaram e aceitaram a ideia de que isso ocorria porque o Elétron não existia até atravessar a fenda. Isso é um grosso modo de dizer que até que o Elétron atravessasse a fenda, ele era literalmente uma onda probabilística (ele era probabilidade) e depois que o Elétron era medido, ele se mostrava existindo no lugar que fosse de sua escolha. Sim, da escolha do Elétron!
Assustado? Mas calma, porquê agora vem o porquê de isto colocar em cheque a natureza da realidade: É que isto é o mesmo que dizer, que o Elétron só existe quando é observado.
Esse efeito ficou conhecido como Interpelação de Copenhagen, que seria o fato de quê antes de medido, o Elétron é apenas um potêncial.
Isso faria Einstein fazer uma afirmação famosa: "Quer dizer que a lua não está lá quando eu estou olhando?!"Ele discordava de todas essas afirmações e acreditava que existia uma explicar plausível. Era o surgimento da Física Quântica.
Mas o problema quântico não acaba por aí. Pois havia o Problema do Emaranhamento Quåntico, que era o fato de que se uma partícula estivesse ligada à outra, não importava qual era a distância, quando uma fosse medida isso determinaria consequentemente o resultado da outra.
Einstein chamou isso de Efeito Fantasmagórico. Ele acreditava que a Natureza das partículas estava pré-definida pois não podia acreditar que houvesse algo mais rápido que a velocidade da luz, que fosse capaz de causar um efeito simultâneo na partícula que estava conectada.
Com essa teoria, criousse um impasse na física: Quem estava certo? Einstein ou Bohr?
Apesar disso inúmeros avanços na Ciência e na tecnologia em geral começaram à ocorrer depois do surgimento das teorias da Física Quântica. Os cálculos funcionavam como mágica. Por isso, por um longo tempo usou-se entre os cientistas a expressão: "cale-se e calcule".
Era uma expressão que ressaltava o fato de que, não importassem as implicações filosóficas das descobertas de Bohr e de outros físicos, os cálculos funcionavam.
Por muito tempo a questão de Einstein ou Bohr estava certo foi deixada de lado, até que surge um físico interessado chamado John Bell.
John Bell surge com uma proposta interessante, para descobrir de uma vez por todas se como Einstein dizia, as cartas estavam previamente definidas como que por um fantasma. Ou se Bohr estava certo e o Elétron só mostra sua natureza quando é medido.
Vou tentar explicar como funciona o experimento de Bohr da forma que sei, é uma analogia simples e que representa a lógica por detrás do experimento:
Imagine que há um homem embaralhando cartas e você está jogando com ele. Quando ele põe duas cartas mesa, se forem de cores iguais você ganha o jogo, se forem de cores diferentes você perde.
Mas primeiras jogadas você perdeu na maioria das vezes, o que prova que o homem que embaralha, previamente escolhe as cartas.
Mas na segunda jogada, você muda as regras. Se as cartas forem diferentes você ganha, se forem iguais você perde Dessa vez a maioria das cartas saíram iguais, o que prova a artimanha do homem com o baralho.
Mas aqui começa a genialidade de John Bell em ação: Agora, você só escolhe as regras quando as cartas já estão na mesa. O que acontece? Você perde de novo! O que prova que as cartas só tomaram a cor quando foram viradas.
A mesma lógica vale para os Elétrons. O que prova que os Elétrons só passavam a existir depois que eram medidos.
Essa analogia descreve de forma simples a teoria de John Bell, que só foi ser comprovada e visitada por cientistas na década de 60. Foi uma década que para os americanos e para o mundo representou uma enorme gama de mudanças culturais e o surgimento da propagação da Nova Era, que era um sincretismo do advento da psicologia, filosofias e religiões orientais e o advento do movimento Hippie.
Movidos pelo entusiasmo dessa época, alguns cientistas decidiram averiguar a teoria de John Bell para descobrir se Bohr estava certo, pois se estivesse certo, confirmaria suas crenças pessoais, como a possibilidade da existência da telepatia,da magia e de crenças Panteístas.
Livros feitos por físicos que representam bem essa época incluem: O Tao da Física, Os Mestres Wu Li de Dança, Além do Espaço Tempo (em direção de uma explicação do inexplicável)
Embora as implicações e o viés filosófico possa ser questionado, eles realizaram o experimento de John Bell.
É claro que esse experimento não foi feito com cartas, e sim com uma imensa máquina e cálculos matemáticos, apesar disso a premissa do experimento de John Bell é de que Niels Bohr estava correto, e no experimento as provas concluíram que ele estava. Esse experimento é repetido por diferentes cientistas, e sempre Niels Bohr está correto.
Em outras palavras, é como se a Física Quântica nos dissesse que o mundo existe apenas ao olhar. Ao observar.
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