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Quase Tudo Sobre o Oeste Paranaense
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Este é um pequeno blog que tem um objetivo meramente educativo, visando a coleta e o compartilhamento de dados sobre o Oeste Paranaense
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fgsaft-blog · 6 years ago
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A História do Oeste Paranaense
Abrangendo as microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, o Oeste Paranaense tem uma grande importância para o todo o Paraná, possuindo uma história rica e cheia de conflitos, fossem eles por terras, política ou existência. As fronteiras que essa mesorregião possui com os países vizinhos, Paraguai e Argentina acentuam a influência dela, esse contato direto também fez com que o Oeste se diferenciasse das outras regiões do estado.
A história do Oeste Paranaense pode ser dividida em quatro etapas, cada uma é caracterizada por um grupo que deixou a sua marca nas raízes da história da região. 
1ªFASE: OS INDÍGENAS
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Os indígenas, mais especificadamente das tribos Xetá, Kaigang e Guarni, foram os primeiros povos que ocuparam a região do Oeste Paranaense. Eles vieram do norte e estavam ocupando todo o sul em busca de recursos e de menos competição territorial. Estes povos foram, por um certo período de tempo da história pré-colombiana, hegemônicos na região. Isso até a chegada do conquistador Álvar Núñez Cabeza de Vaca, um homem sofrido que já havia participado de uma arriscada expedição nos atuais territórios do Texas e do México entre 1527 e 1537, perdendo vários homens e até mesmo sendo escravizado por povos nativos (que contraditório, não?).
Cabeza  de Vaca estava então em sua segunda expedição, pois fora nomeado o governador do Rio Prata e do Paraguai, ele passaria então a explorar as terras do atual território do Brasil, entre elas, o Paraná. Cabeza de Vaca, com seu nome memorável, percorreu os territórios do atual estado do Paraná de leste a oeste, usando de sua experiência com os povos nativos para obter uma certa colaboração em sua expedição, ele foi o primeiro a fazer o reconhecimento das Cataratas do Iguaçu e o responsável pela ocupação do Oeste Paranaense em nome da coroa espanhola, vários índios seriam catequizados ou mortos. Cabeza de Vaca, agora com o seu nome mais memorável ainda vale a pena citar, acabou por ser preso pela má administração em Buenos Aires e mandado de volta a Espanha, onde morreria em uma data incerta (1558 a 1560, segundo as estimativas).
2ªFASE: REDUÇÕES JESUÍTICAS
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A segunda fase de ocupação foi marcada pela ação dos jesuítas espanhóis, estes, organizaram reduções jesuíticas no oeste paranaense. Agora alguns devem estar se perguntando: O que é uma “redução jesuítica”? Trata-se de uma aldeia indígena organizada por padres jesuítas europeus, essas aldeias se tornaram autossuficientes e todos os indígenas que ali viviam eram ensinados de acordo com a cultura cristã. Através do constante convívio interno, muitos padres jesuítas iriam simpatizar com os indígenas, chegando até a discordar da soberania europeia na América. Por esse e outros motivos, as missões jesuítas passariam a ser abominadas e essas reduções seriam destruídas por bandeirantes brasileiros na primeira metade do século XVII. Apesar disso, a influência espanhola foi conservada na região, isso implicaria em conflitos futuros.
Foi também em meio a essa fase, que o Paraná passou a ser território brasileiro, com o Oeste sendo integrado à Província de São Paulo como a Capitania Federal do Iguaçu, após uma série de tratados burocráticos entre a coroa portuguesa e a coroa espanhola (dentre eles estão o Tradado de Madri, Tradado de Pardo, Tratado de Idelfonso e a Convenção de Badajoz). Posteriormente, o Paraná teria a sua emancipação política, mais precisamente, em 1853.
3ªFASE: OS OBRAGES
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A terceira fase de ocupação, que ocorreu entre os anos de 1881 e 1930, é marcada pela atuação dos obrages. Um “obrage” é uma propriedade de exploração, que é instalado perto da barreira de um rio, para o transporte do material, em regiões subtropicais da argentina ou do Paraguai. Os obrages focavam na extração da erva-mate e da madeira. Eram propriedades clandestinas, pois não possuíam nenhuma documentação, nem para as terras e nem para os trabalhadores delas. E quem trabalhava nelas? Os guaranis, descendentes daqueles que haviam experienciado o fracasso das reduções jesuíticas e acaram por se espalhar na mata, tentando sobreviver. A madeira e a erva-mate extraídas por esses obrages eram contrabandeadas para a Argentina e para o Paraguai, eles podiam, perante a lei, executar os trajetos entre as fronteiras devido a tratados internacionais.
Apesar de o território pertencer formalmente ao Brasil, não havia um rigor no controle da ação desses obrages, a influência do governo no oeste paranaense era simplesmente irrelevante. Tanto que na região ainda se usava o peso como moeda e muitos apenas falavam o espanhol. 
4ªFASE: OCUPAÇÃO DEFINITIVA
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Até meados da década de 1920, o oeste paranaense era, praticamente, uma região isolada do resto do Brasil. A influência do governo na região, como anteriormente citada, era praticamente nula. A região era de difícil acesso, os obrages dificultavam a intervenção de colônias de povoamento e todos os meios de transportes locais pertenciam aos argentinos e aos paraguaios. Porém, após expedições organizadas pelo governo do Paraná e de constantes denúncias, a condição precária do oeste paranaense ficou evidenciada às autoridades. A seguir viriam dois decretos que seriam decisivos para o desmantelamento dos obrages: O primeiro foi o decreto Nº300 (03/11/1930) que retornou às mãos do estado as concessões as empresas estrangeiras que não cumpriram com as suas cláusulas contratuais e o segundo decreto, o Nº800 (08/08/1931) que iria efetivar os cancelamentos das concessões feitas pelo decreto anterior. Outros fatores também iriam contribuir para a queda dos obrages, como por exemplo o fato de que a erva-mate já estava a tempos desvalorizada na Argentina, o que abalou seriamente os contrabandistas, e a lei Nº46 de dezembro de 35. 
O terreno agora estava livre para uma eminente colonização, esta foi dada por duas iniciativas, uma privada e uma pública. A iniciativa privada teve mais sucesso, considerando o investimento feito e a maestria das empresas no ramo. Essas empresas ocupariam o norte da região oeste e dedicariam suas atividades à extração de madeira, à indústria, ao comércio e à venda de terras, conforme os acordos firmados com o governo. Toda essa ocupação foi planejada e teve sua constatação no relatório da empresa Pinho e Terras Ltda:
Os lotes coloniais, medindo em torno de 25 hectares, formariam perímetros de área diferentes de acordo com o relevo e a hidrografia. Ao redor dos núcleos populacionais foram criados lotes de 2,5 hectares, chácaras destinadas ao cultivo de hortigranjeiros. Internamente, os núcleos populacionais urbanos (vilas e cidades) seriam divididos em quarteirões, medindo geralmente 100 x 100 metros, ou seja, 10.000 metros quadrados (um hectare), contando cada quarteirão com 10 lotes de 100 metros quadrados (MYSKIW, 2002, p. 67). 
As terras começariam então a ser comercializadas, foi então que os conflitos começaram novamente. Atraídos pela oferta de terras ricas e cheias de oportunidades, muitos gaúchos e catarinenses migraram para o Oeste pois no Sul as condições já eram mais competitivas. Os imigrantes europeus também viriam aos montes em busca de trabalho e muitos paranaenses “marchariam para o oeste”, sim, o programa “Marcha Para o Oeste” de Getúlio Vargas teve a sua influência no Oeste Paranaense, assim como em outras regiões brasileiras. Enfim, a demanda era alta, e nesse quesito faltou organização, a distribuição de terras se deu de maneira confusa e isso resultou em conflitos armados. 
As chamadas “companhias de terras” iriam se instalar no Oeste, e, em meio a toda aquela confusão burocrática que evidentemente eclodiria em uma anarquia territorial do maior estilo soviético, os proprietários dessas companhias acabaram por contratar jagunços para defender suas propriedades (jagunços são nada mais nada menos do que criminosos contratados como seguranças/capangas). Começaria então uma série de conflitos entre posseiros e jagunços. Isso evidenciou que a influência do governo federal na região ainda não era tão firme quanto antes se pensara ser.
Dentro todos os conflitos, o mais decisivo foi o da Revolta de 57, disputa que ocorreu entre posseiros e a companhia de terras Clevelândia Industrial e Territorial Ltda (CITLA). Ele se estendeu por vários municípios, com alguns deles sendo os de Pato Branco e Francisco Beltrão. Este terminou com a vitória dos posseiros, isso teve uma enorme importância para o eventual desmantelamento das companhias de terras. 
Agora ciente dos conflitos internos no oeste paranaense, o governo federal decidiu implantar uma série de decisões que culminariam na queda das companhias de terras, que teriam suas posses confiscadas, os jagunços seriam todos presos. As terras seriam então reguladas e tituladas corretamente a partir de 1962.
FONTES
CANEJO, Natalia. O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ E DO OESTE PARANAENSE. {online} Disponível 1via https://slideplayer.com.br/slide/5631800/
·MARKUN, Paulo. Cabeza de Vaca. {online} Disponível via  www.cabezadevaca.com.br
PRIORI, POMARI, AMÂNCIO, IPÓLITO.  6 A história do Oeste Paranaense. {online} Disponível via http://books.scielo.org/id/k4vrh/pdf/priori-9788576285878-07.pdf
SILVEIRA, Sanderlei.  Oeste Paranaense (Mesorregião). {online} Disponível viahttps://sanderlei.com.br/PT/Ensino-Fundamental/Parana-Historia-Geografia-18
SILVA, Carla Regina. Missões Jesuíticas no Brasil. {online} Disponível via  https://blogdoenem.com.br/historia-missoes-jesuiticas/
Tratados Antigos do Brasil. {online} Disponível via http://info.lncc.br/tratados.html
 abr. 15, 2019
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fgsaft-blog · 6 years ago
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Aspectos Físicos do Oeste Paranaense
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RELEVO
O Oeste Paranaense está situado no terceiro planalto do estado, o Planalto de Guarapuava. Este por sua vez foi formado através de derramamentos vulcânicos, cobrindo dois terços do território paranaense. Ou seja, Ele é a maior unidade de relevo do estado, estendendo-se até as margens do Rio Paraná, sua formação é tão antiga que é possível encontrar arenitos do paleozoico em sua composição. O relevo do Planalto de Guarapuava é suave e inclinado para o oeste, sua altitude, na Serra da Esperança, chega a atingir 1250 metros, enquanto no valo do Rio Paraná chega a atingir apenas 100.
A erosão das rochas vulcânicas iria resultar em um solo extremamente fértil, a terra roxa. Esse tipo de solo possui uma aparência vermelho-roxeada, devido a forte presença de ferro em sua composição, e tem um forte destaque na agricultura local. É, principalmente por conta desse solo, que o oeste paranaense tem uma das regiões mais férteis do estado.
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HIDROGRAFIA
As bacias hidrográficas dos  rios Paraná, Iguaçu e Piquiri dividem a mesorregião do oeste, todos apresentando um regime pluvial subtropical, ou seja, são abastecidos através de chuvas.
A Bacia do Rio Paraná está situada no oeste da mesorregião, ela faz uma divisão natural do território paranaense com os territórios do Paraguai na região. Ela possui a maior capacidade instalada de geração de energia elétrica, principalmente porque abastece a usina hidrelétrica de Itaipu, líder mundial em produção de energia. Essa característica de geração  se deve ao desnível dos planaltos do estado, que fazem com que a maior parte dos rios sigam para o oeste. 
A Bacia do Rio Iguaçu  marca a sua presença no sul da mesorregião, sendo ela um afluente do Rio Paraná, e nela que podemos encontrar as famosas Cataratas do Iguaçu, que, no total, abrangem um espaço de  2700 metros, 800 no brasil e 1900 em território argentino. As cataratas tem uma enorme importância turística para a região.
A Bacia do Rio Piquiri é um rio que pertence ao Rio Paraná, compreendo o norte e o leste da mesorregião. Ele tem a sua importância na agropecuária local.
VEGETAÇÃO
O tipo de vegetação predominante no oeste paranaense é a mata pluvial subtropical, que é encontrada ao longo do Rio Paraná, desde a foz do rio Piquiri e se estendendo até o Rio Iguaçu. Muita da vegetação nativa foi preservada pelo Parque Nacional do Iguaçu, um patrimônio natural da humanidade. Uma das principais características da floresta pluvial é a biodiversidade tanto da flora quanto da fauna, favorecida pelo clima quente e a alta taxa de pluviosidade.
Mais ao leste da mesorregião porém, é notável a presença da mata araucária, uma floresta subtropical caracterizada pela árvore araucária.
CLIMA
No Oeste Paranaense, predomina o clima subtropical úmido mesotérmico, que compreende verões quentes, sem estações de seca, altas taxas de pluviosidade e uma  temperatura média de 22ºC. Foz do Iguaçu possui a maior amplitude térmica do estado, chegando a até 11ºC de diferença entre o verão e o inverno, algo que se deve a menor influência da maritimidade. As chuvas são de extrema importância para a região, uma vez que elas abastecem grande parte dos rios e sustentam a flora local.
POSICIONAMENTO
A proximidade com o Rio Paraná e seus afluentes, as terras férteis do Planalto de Guarapuava e o clima subtropical úmido fazem do oeste Paranaense uma região rica , vasta, fértil e repleta de belezas naturais que atraem turistas de todo o mundo todos os anos. Vale a pena também citar as fronteiras com o Paraguai e a Argentina, além da enorme importância que essa mesorregião tem para o balanceamento do Paraná.
FONTES
CAROLINA, A.C. Principais Bacias hidrográficas do Paraná. {online} Disponível via https://pt.slideshare.net/anacarolina585/hidrografia-do-paran-53748629
InfoEscola. Relevo do Paraná. {online} Disponível via https://www.infoescola.com/geografia/relevo-do-parana/
MARQUES, M.M. Floresta Pluvial Tropical e Subtropial. {online} Disponível via http://florestapluvial.blogspot.com/2011/03/caracteristicas-das-florestas-pluviais.html
RECCANELLO, Vinícius. Geografia do Paraná. {online} Disponível via https://geovest.files.wordpress.com/2012/09/parana.pdf 
Secretaria da Educação. Relevo. {online} Disponível via http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1572&evento=5
SILVEIRA, Sanderlei.  Vegetação nativa do estado do Paraná. {online} Disponível em https://sanderlei.com.br/PT/Ensino-Fundamental/Parana-Historia-Geografia-39
Só Geografia. Mata Das Araucárias. {online} Disponível via https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Vegetacao/content8.php
Secretaria do Esporte e do Turismo. Clima do Paraná. {online} Disponível via http://www.turismo.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=393
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fgsaft-blog · 6 years ago
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Toledo
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DADOS GERAIS:
População estimada (2018): 138.572 pessoas  
População no último censo (2010): 119.313 pessoas  
Densidade demográfica (2010): 99,68 hab/km²
PIB per  capita (2016): 40.433,37 R$  
Percentual das  receitas oriundas de fontes externas (2015): 54 % 
Índice de  Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) (2010): 0,768  
Total de receitas  realizadas (2017): 538.229,18 R$ (×1000)  
Total de despesas  empenhadas (2017): 437.952,68 R$ (×1000)
CIDADE DE TOLEDO,UM POUCO DA SUA HISTÓRIA E ECONOMIA
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Conforme os últimos dados levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social - IPARDES/2016, o município conta com: mais de cem estabelecimentos de ensino nas modalidades: creche, pré-escola, ensino médio, ensino fundamental, educação profissional, educação especial e educação de jovens e adultos; quatro bibliotecas e quatro centros culturais. Além de: nove anfiteatros; um cinema; dois circos; uma galeria de arte; dezesseis auditórios; dois museus; um teatro; uma sala para convenção. Possui ainda: onze agências de correios; cinco emissoras de rádio; nove emissoras de televisão; trezentos e sessenta e nove tipos de estabelecimentos de saúde, entre outros.
A pecuária municipal tem destaque para a produção de galináceos (galinhas, perus, faisões). Além disso, conta com: rebanho de bovinos, ovinos, equinos, caprinos, suínos e vacas ordenhadas. A cidade também produz leite, mel de abelha, ovos de codorna e ovos de galinha.
Os produtos agrícolas cultivados na cidade são: aveia (em grão), feijão (em grão), fumo (em folha), mandioca, milho (em grão), soja (em grão), trigo (em grão), banana (cacho), maçã, pêssego e uva. De acordo com dados levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES/2010, as principais atividades econômicas do município são as seguintes: 23% da população em indústrias de transformação; 13% nos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura, e 64% em comércio e serviços.A instalação oficial aconteceu no dia 14 de dezembro de 1952.
ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA 
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EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES – 2017
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FONTES
IBGE
IPARDES
Prefeitura Municipal de Toledo
FONTE: Prefeitura, Governo
toledo.pr.gov
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal
www.mundohusqvarna.
IBGE - Produção da Pecuária Municipal
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fgsaft-blog · 6 years ago
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Cascavel
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DADOS GERAIS:
População estimada [2018]   324.476 pessoas
População no último censo [2010]    286.205 pessoas
Densidade demográfica [2010] 136,23 hab/km²
Gentílico: cascavelense
PIB per capita [2016]  34.106,93 R$
Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2015] 51,2 %
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) [2010]0,782
CASCAVEL, UM POUCO DA SUA HISTÓRIA E ECONOMIA
Cascavel é uma cidade localizada no oeste do Estado do Paraná, distante aproximadamente 491 Km da capital Curitiba, localiza-se a 781 metros de altitude. Com cerca de 316 mil habitantes, Cascavel é considerada a sexta maior cidade do Estado. Cascavel foi uma região ocupada pelos índios caigangues e também pelos tropeiros, a partir da década de 1730. Entretanto, a ocupação de sua área atual iniciou-se no final da década de 1910, junto com o ciclo da erva-mate. Essa cultura, aliás, foi a grande responsável, em um primeiro momento, pelo desenvolvimento da ocupação da cidade, já que trouxe muitos imigrantes eslavos para trabalhar nas lavouras. Entretanto, com o fim dessa atividade, na década de 1930, teve início o ciclo da madeira, que levou à cidade muitas famílias do Sul do país, que começaram a formar a base populacional do local.
Em 1934 foi o criado o distrito de Cascavel, integrante de Foz do Iguaçu e, em outubro de 1938, a localidade foi alçada à condição de sede de distrito administrativo. Finalmente, em 14 de dezembro de 1952, Cascavel foi emancipada e elevada à categoria de município. Com o título de “Capital do Oeste”, Cascavel conta com mais de 93 de sua população residente na área urbana, e possui como principal base econômica a agropecuária, principalmente na produção de feijão, milho, galináceos, ovinos e suínos. O agronegócio, que na cidade engloba fases desde a cultura até a comercialização, é bastante desenvolvido especialmente no setor de avicultura, com mais de 2 milhões de aves abatidas diariamente. Essa atividade começou na década de 1970, após a cultura da erva-mate e da extração da madeira, que deixaram os recursos naturais praticamente esgotados.
Cascavel destaca-se também como um polo universitário, constituindo-se em um dos mais importantes centros universitários do interior do país, uma vez que reúne mais de 21 mil estudantes em nove escolas de ensino superior, como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), União Educacional Cascavel (UNIVEL), Universidade Paranaense (UNIPAR), entre outras. Também se apresenta como um polo industrial, já que conta com mais de 126 empresas que geram mais de 3 mil empregos, que colocam Cascavel como um dos polos regionais do oeste paranaense.
Por ser um polo regional, Cascavel destaca-se também no turismo, principalmente de eventos e negócios. Alguns de seus principais eventos são ligados ao agronegócio, como o Rural Copavel, que tem como principal objetivo a difusão de tecnologias voltadas ao aumento de produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais, e a Expovel, a festa do desenvolvimento sustentável. Ambas contam com exposições, artesanato, gastronomia, shows e desfiles. O município também é considerado polo cultural de expressão mundial, sediando eventos anuais como os festivais de música, dança, artes plásticas, teatro e cinema.
Outros de seus atrativos são o Autódromo Internacional de Cascavel, que recebe muitas competições de corridas de carros, motos e caminhões; as Igrejas Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; o Museu de Arte de Cascavel (MAC); a Biblioteca Pública e o Parque Ambiental, que apresenta o famoso lago municipal de Cascavel.
ECONOMIA
O principal setor econômico de Cascavel é o agronegócio, com mais de 4.000 estabelecimentos agropecuários. Ainda há cerca de 14.458 estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços .O município tem o 6° maior PIB do Paraná e o 90° do Brasil. Pela sua localização, o município prosperou no comércio e na prestação de serviços, com destaque para o setor atacadista, de saúde e de ensino superior. Outros ramos que têm experimentado forte crescimento são os de metalurgia e confecção.
Em 2014 ficou em 68° lugar entre os municípios brasileiros (6° do Paraná) no IFDM - Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal.estudo do Sistema FIRJAN que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego e renda, Educação e Saúde, criado em 2008 e baseado em estatísticas públicas oficiais dos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
ÁREA COLHIDA, PRODUÇÃO, RENDIMENTO MÉDIO E VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA PELO TIPO DE CULTURA TEMPORÁRIA - 2017
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EFETIVO DE PECUÁRIA E AVES - 2017
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Nota: O efetivo tem como data de referência o dia 31 de dezembro do ano em questão. Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. Os efetivos dos rebanhos de asininos, muares e coelhos deixam de ser pesquisados, em razão da pouca importância econômica e a série histórica, encerra-se com dados de 2012. Os dados do último ano divulgado são resultados preliminares e podem sofrer alterações até a próxima divulgação. Posição dos dados, no site da fonte, 28 de setembro de 2018.
FONTES
www.thecities.com.
cidades.ibge.gov.
IBGE - Produção da Pecuária Municipal
IPARDES
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fgsaft-blog · 6 years ago
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Foz do Iguaçu
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DADOS GERAIS:
Estado que Pertence: Paraná
Data de Fundação: 10 de junho de 1914.
Gentílico: iguaçuense
População: 256.088 (Censo 2010 - IBGE)
População: 263.915 (estimativa 2016)
Área (em km²): 617,700
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 414,58 (ano de 2010)
Altitude (em metros): 200
DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Produto Interno Bruto (PIB): R$ 13,1 bilhões (ano de 2015)
Renda Per Capita: R$ 45.200 (ano de 2015)
Principais Atividades Econômicas: turismo, geração de energia elétrica e comércio.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,751 (PNUD - 2010) 
ECONOMIA EM FOZ DO IGUAÇU
Desde a sua criação Foz do Iguaçu atravessou quatro ciclos econômicos importantes, o ciclo da extração da madeira e cultivo de erva-mate, o ciclo da Hidrelétrica de Itaipu, o ciclo de exportação e turismo de compras e, por fim, o ciclo do comércio e eventos.
O ciclo da extração da madeira e cultivo da erva-mate durou aproximadamente um século, de 1870 a 1970. Essa foi a primeira atividade econômica do município, realizada pelos índios, argentinos e paraguaios. Durante essa época, as plantações estendiam-se por todo o oeste do Paraná até a região de Guarapuava. Durante esse ciclo, instalou-se no local a Colônia Militar Iguaçu e, por conta disso, houve uma maior fixação de brasileiros na região, possibilitando o desenvolvimento de um pequeno comércio e das pequenas propriedades rurais.
O próximo ciclo econômico, o ciclo de Itaipu, durou dez anos, de 1970 a 1980, durante a construção da Hidrelétrica de Itaipu, contribuindo não só com o desenvolvimento econômico da região, mas também demográfico, visto que a implantação do empreendimento de energia acarretou em uma onda migratória para o município, carente de mão de obra, causando um crescimento populacional de 385%. A cidade que anteriormente contava com 34 mil habitantes passou a ter 136 mil, sendo 50 mil só os funcionários da hidrelétrica no auge de sua construção. Dentre os migrantes, estavam famílias vindas de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além dos provenientes do próprio estado do Paraná. Esse contingente dedicou-se, em grande parte, à prestação de serviços, fazendo com que aumentassem os investimentos do setor público em infraestrutura urbana.
Em seguida houve o ciclo de exportação e turismo de compras, que estabeleceu-se entre 1980 e 1995, devido, principalmente, à abertura da Zona Livre de Comércio em Ciudad del Este, no Paraguai. Esse ciclo foi o responsável por absorver grande parte da mão de obra que ficara obsoleta por causa do término da construção da hidrelétrica, inaugurada em 1982. Com investimentos asiáticos e árabes, em pouco tempo a cidade paraguaia tornou-se o 3º maior centro comercial mundial.
Entretanto, apesar do crescimento comercial, o Paraguai carecia de bens de consumo básicos, como alimentos, roupas, materiais para casa, entre outros. Tal carência foi suprida pelos exportadores brasileiros que, notando que os produtos paraguaios não eram suficientes em qualidade e quantidade para atender a demanda, instalaram-se em Foz do Iguaçu e beneficiaram-se, aumentando a oferta de empregos e renda local. Foz do Iguaçu tornou-se um verdadeiro centro das mercadorias destinadas ao mercado do país vizinho.
Por fim, o ciclo de desenvolvimento sustentável, do turismo, comércio e eventos, iniciou-se em 1995 e perdura até os dias atuais. Tal ciclo começou com a consolidação do Mercosul (Mercado Comum do Sul), que na sua formação original era composto por quatro países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A proposta desse bloco é a igualdade de impostos, a adoção de uma política comercial e o estabelecimento de uma tarifa externa comum.
O rompimento com o ciclo econômico anterior fez desaparecer grande parte do setor exportador e reduzir significativamente o turismo de compras e a ocupação de estabelecimentos hoteleiros de menor porte. Contudo, com a estratégica localização no Mercosul, Foz do Iguaçu atraiu novos investimentos, ampliou suas atividades comerciais e consolidou suas empresas, principalmente no que diz respeito ao turismo de negócios e eventos, que tem propiciado um incremento no número de visitantes no município, com inúmeros investimentos feitos pelo setor privado nesse segmento. A cidade é, atualmente, a segunda maior receptora de eventos no Paraná, ficando atrás somente da capital Curitiba.
Atualmente, segundo o IBGE, Foz do Iguaçu conta com uma população de 325.137 conta, ainda, com os royalties provenientes da hidrelétrica, já que os 170 quilômetros de extensão do Reservatório de Itaipu, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, atinge 16 municípios, dos quais 15 estão no Paraná e um no Mato Grosso do Sul. Para compensar as áreas alagadas, a Itaipu paga royalties para essas cidades, sendo que Foz do Iguaçu já recebeu mais de 200 milhões de dólares desde 1985. Atualmente, o IDH de Foz do iguaçu é de 0,788, seu PIB de R$ 4.853.331 mil e seu PIB per capita de R$ 16.102,00.
ATIVIDADES ECONÔMICAS (EM Nº DE PESSOAS)
Atividades administrativas e serviços complementares:  5.724
Administração pública, defesa e seguridade social: 6.289
Educação : 7.052
Saúde humana e serviços sociais:   4.849
Artes, cultura, esporte e recreação:  1.339
Outras atividades de serviços:  4.425
Serviços domésticos:  8.655
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais:  24
Atividades mal especificadas 8.205
TOTAL Nº DE PESSOAS 123.643
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2017 CATARATAS DO IGUAÇU
INDÚSTRIA: INDÚSTRIA (393) EMPREGOS 3.832
Extração de minerais: estabelecimentos (4) empregos 29
Transformação: estabelecimentos (375) empregos 2.189
Produtos minerais não metálicos: estabelecimentos (38) empregos 340
Metalúrgica: estabelecimentos (60) empregos 343
Mecânica: estabelecimentos(13) empregos 49
Material elétrico e de comunicações: estabelecimentos (7) empregos 30
Material de transporte: estabelecimentos (7) empregos 27
Madeira e do mobiliário: estabelecimentos (49) empregos 219
Papel, papelão, editorial e gráfica: estabelecimentos  (36) empregos 135
Borracha, fumo, couros, peles e produtos similares e indústria diversa: estabelecimentos (23) empregos 113
Química, de produtos farmacêuticos, veterinários, de perfumaria, sabões,velas e matérias plásticas: estabelecimentos (20) empregos 171
Têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos: estabelecimentos (37) empregos 262
Produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico: estabelecimentos (84) empregos 500
Serviços industriais de utilidade pública: estabelecimentos (14) empregos  1.614
CONSTRUÇÃO CIVIL: estabelecimentos (389) empregos  1.935
COMÉRCIO 3.136 17.969
Comércio varejista: estabelecimentos (2.827) empregos 15.578
Comércio atacadista: estabelecimentos (309) empregos 2.391
SERVIÇOS: estabelecimentos (3.076) empregos 37.285
PROJETO E CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU
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Na década de 1960, especificamente nos anos que se seguiram ao período de governo militar, foram travados encontros entre os governantes do Brasil e Paraguai com o objetivo de concretizar maior aproximação e integração entre as duas nações, resultando principalmente na assinatura da Ata do Iguaçu em 1966. Através deste acordo, os dois países assumiram o compromisso de construir uma usina hidrelétrica binacional, aproveitando os recursos do rio 43 Este acordo, apesar de manter-se guardado nos gabinetes militares até o momento da assinatura do tratado de Itaipu no ano de 1973, pois existiam inúmeras questões a serem resolvidas para sua execução, que iam desde a parte técnica até a diplomática, colocaria o país numa posição de destaque internacional
 Paraná que separa torialmente os dois países. Assim, concretizaram um projeto que vinha sendo discutido e se arrastando desde o governo Juscelino Kubitschek. O projeto Itaipu previa a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, com o aproveitamento do grande potencial energético do Rio Paraná. Estabeleceu-se do ponto de vista técnico e de critérios políticos que a usina deveria localizar-se na cidade de Foz do Iguaçu, na divisa com a cidade de Hernandarias, no Paraguai. Nesta perspectiva, explicita que:[...] localizada na região da ‘tríplice fronteira’, o governo buscava ocupar estrategicamente o espaço fronteiriço com o Paraguai e a Argentina, impondo um projeto de dimensões gigantescas, que pudesse definir seu controle sobre o ‘conesul’ da América do Sul, e no mesmo sentido, trazer o país guarani para seu eixo de influência afastando-se da tradicional dependência com Argentina.
No momento em que os governos brasileiro e paraguaio anunciaram que seria construída a usina de Itaipu, ou seja, no início da década de 1970, muitas pessoas, inclusive da imprensa dos grandes centros urbanos do país, pouco conheciam sobre a existência de Foz do Iguaçu no extremo Oeste paranaense. De forma geral corria a notícia de que ali se encontravam as Cataratas do Iguaçu, por outro lado, praticamente nada se sabia sobre a cidade. Os dados divulgados .Com a construção da referida usina, a questão de disputas fronteiriças entre Brasil e Paraguai seria definitivamente resolvida. A região de Guaíra, mais especificamente os saltos existentes no Rio Paraná naquela porção, vinha sendo durante décadas o motivo de diversos desentendimentos e obstáculo para acordos entre os dois países. Estas disputas haviam levado, inclusive, à intervenção militar brasileira, com o envio e estabelecimento de tropas do exército naquela área. A formação do lago de Itaipu acabaria de vez com as questões de limite entre os dois países, ampliando, a partir deste momento a cooperação entre os países no usufruto dos benefícios provenientes daquele empreendimento.
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É importante salientar que Itaipu empregou a maior parte dos operários para as atividades mais simples da construção, como o desmatamento da área onde seria realizada a obra e a construção civil. Para abrigar estes trabalhadores, assim como suas famílias, Itaipu construiu outro espaço com 2.900 residências, que possuíam entre 70 e 100 metros quadrados. Este se encontrava próximo ao canteiro de obras, sendo denominado de Vila C. Ao contrário das casas das outras vilas, estas moradias eram mais simples, sendo constituídas por quatro residências geminadas num quadrilátero. O número de residentes nas vilas A, B e C de Itaipu, no ano de 1980, chegava quase a 35.000 pessoas, representando 35% da população urbana local. Para os trabalhadores solteiros que estavam atuando na fase inicial das obras foram construídos alojamentos localizados no próprio canteiro de obras. Em relação ao número de trabalhadores em Itaipu, Sotuyo (1998) explicita que o maior número de trabalhadores se deu em junho de 1978, com 30.263 pessoas, dos quais 20.090 eram brasileiros e 10.173 eram paraguaios.
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FONTES
INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE ARTE, CULTURA E HISTÓRIA (ILAACH)
thecities.com.br
Portal Online Prefeitura de Foz do Iguaçu
Cláudia Heloiza Conte
II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) –1975/1979. Brasília, 1974.
O CENTENÁRIO FOZ DO IGUAÇU - Projeto Foz 100 Anos.(VIDEO)
http://www.ipardes.gov.br
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra. A classificação da atividade econômica é pela Classificação Nacional de Atividade Econômica Domiciliar
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra
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