Tumgik
filhosdegatospretos · 2 years
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Felícia, Líder da Ordem Verde, e acima de sua cabeça a mais nova membra.
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Arte por Eloh Miliorini
Você me enche de gratidão e felicidade, Mon Cher Artiste.
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei
Interlúdio – Capítulo V
- “Ela está bem”, disse a raposa laranja e cinza.
Sem postura e relaxadamente, assim se sentava.
- “Fique. Quieto”, retorquiu a raposa vermelha e branca.
Sem descanso e seriamente, de um lado ao outro do portão do clã caminhava.
Kinkan abriu mais uma vez o pergaminho de contornos verdejantes como as folhas da macieira. E tentando proferir uma voz imponente, releu em alto as palavras escritas dessa maneira:
- “Minha querida Yuriko e meu querido Kinkan,
Após todas as histórias que escutei de meu servo leal, Uta, não posso mais conter o meu desejo de conhecer a pequena Unmei.
Porém, como sei que minha visita seria sucedida das longevas tradições e condutas do seu clã... eu obtei por poupá-los de qualquer incômodo e tomei a jovem raposa por algum tempo.
Não se preocupem, antes mesmo do entardecer a devolverei a sua casa.
Como compensação, poderão aproveitar de uma belíssima cesta de saborosas frutas vermelhas e deleitosos peixes de água doce de Dásos.
Com sempre amor por todos os meus filhos e filhas,
Felícia”
Pausa.
- “Como disse, está tudo bem” – Kinkan retirou um cacho de aceloras, devorando todas em sua boca – “Tem (chomp) até o selo (chomp) dela aqui no (chomp) final”, relatou a raposa cinza se satisfazendo com um gosto tão nostálgico.
- “Grrrrrrrr...”, Yuriko começou a ranger os dentes sem perder o ritmo das idas e voltas.
- “Essa cesta tem frutas muito boas mesmo, sabe?” – a raposa laranja e cinza retirou mais um cacho, agora de amoras – “Felícia deixou para nós dois aproveitarmos. Vamos, pegue uma também”, estendendo à frente as pequenas frutas silvestres para sua esposa.
Yuriko parou a sua caminhada.
Olhou para a pequena incivilizada, inconsequente e hedionda raposa laranja, exatamente como a fruta.  
Em um simples e rápido movimento, Yuriko levantou o esposo pelo peitoral de sua armadura de malha leve. E o pressionou contra uma das bases do grande portão vermelho.
- “Bem...” – Kinkan percebeu que brasas se alastravam pelos olhos da fêmea a sua frente – “Posso entender isso como um ‘não’?”
- “Fique. QUIETO” – Mestre Yuriko estava sozinha com o outro no ambiente, mas conteve a altura de sua voz. Não querendo dizer que cada palavra não se assemelhava ao bote de uma cobra – “Eu não quero ouvir mais uma PALAVRA sair por esses dentes. Minha filha, a HERDEIRA do clã, foi levada embora e VOCÊ, como um detestável porém integrante, deveria mostrar SOLENE preocupação”.
Mestre Kinkan ponderou alguns segundos de forma despreocupada. Obviamente, a garganta irritava. Mas nada que já não estivesse acostumado.
- “Hmmmm... você quase parece fofa quando está brava, sabia?”, comentou o esposo completamente inalterado por estar suspendido por garras em sua garganta.
As pupilas da raposa vermelha se contraíram em formas ainda mais verticais do que antes. Kinkan podia sentir o ar em volta se aquecendo e a presença do espiríto dela se alastrando como chamas de um incêncio.
A raposa cinza conseguia ouvir a intenção de violência e morte em sua mente, como uma crescente cacofonia de grilos.
Também percebeu que a outra pata de Yuriko tinha revelado o outro conjunto de garras.
O esposo suspirou.
- “Grande Mestre Yuriko” – começou a dizer em tom eloquente – “Nossa preciosa filha foi raptada pela deusa da natureza... o que planeja fazer contra Felícia?”, perguntou ao fim com tom despretensioso.
Então se fez silêncio. E com toda a clareza de orelhas felpudas, pode-se ouvir o som das ondas se chocando contra os rochedos. A água salgada por vezes invadia a praia, formando uma curvatura de um extenso meio círculo. Por vezes molhava a madeira do cais e das embarcações ao longe, construídas para a pesca. Por vezes trazia consigo pequenas criaturas misteriosas, provindas da vastidão do mar. E por vezes levava para si pequenas partes do relevo da ilha, aquela que chamavam de lar.
Um onda se fez completa. Depois duas. E três...
- “Muito bem...”, disse Kinkan olhando para a estática Yuriko.
O esposo sabia bem que a esposa nunca admitiria, muito menos recuaria de sua posição. Ela estava enraivecida, e ele era o osso de morder dela há vários anos. Yuriko esperaria como ele também, pois não poderia ir contra as ações da Deusa Felícia, somente não aceitaria de bom grado. Em boa parte por causa da honra de seu clã, mas também... porque era uma preocupada mãe.
- “Querida, pode, suavemente, me colocar no chão agora?” – pediu o esposo sem qualquer macula – “Por favor?”
Yuriko, sem mudar de expressão, apenas soltou as garras e a raposa cinza caiu de pé ao chão.
Kinkan fez menção de tirar o pó de seu pelo e roupa.
- “Temos que colocar os servos para limpar esse portão o mais cedo possível. Essa umidade e areia toda não estão ajudando”, a raposa cinza comentou, ainda que a raposa vermelha continuasse com fúria no olhar.
O esposo, então, gentilmente segurou as patas da esposa como se fosse iniciar uma dança.
- “Esses dedinhos vem aqui... e os outros vão ali...” – com toda a calma que é necessário para se lidar com um animal feroz, Kinkan moveu o corpo extremamente tensionado da silenciosa Yuriko para se sentar nas escadas de pedra que levavam à praia – “O tronco desce... com cuidado para não sentar nessa cauda velha... e pronto”
Yuriko tinha se sentado, apesar de estar com os mesmo olhos de raiva.
- “Ah! Faltou o toque final...” – o esposo mais uma segurou as patas da esposa para descansá-las sobre o colo da mesma – “Bem melhor, não é mesmo?”
A raposa vermelha não respondeu. Seu olhar se concentrava no horizonte, com amplo contraste da tranquilidade marinha para a seriedade em sua expressão ocular. O sol estava ainda suspenso no céu acima e demoraria a descansar de seu ofício celeste.
- “Entardecer”, finalmente disse Yuriko.
- “Entardecer”, reforçou Kinkan que se sentara ao seu lado.
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12/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei
Interlúdio - Capítulo IV Assim preenchia o recinto, um forte cheiro de incenso. Presentes estavam estátuas de pedra, nenhuma era no entanto genérica. Lâminas adornadas, pergaminhos selados, vestimentas encantadas e bonsais refinados. Cada peça e detalhe impecável, tudo feito para se admirar. Que o recinto tinha pouco de quarto era inegável, não havia local para descansar. Porém, era o aposento real de Mestre Yuriko, como bem Unmei sabia. "Aquela velha chama aquele armazém de quarto", o pai em sua mente dizia. A pequena raposa, mesmo sem um apoio para relaxar, gostava de ficar observando os objetos do recinto, ainda que tivesse que continuar a se ajoelhar. Ao seu lado a mãe também se ajoelhava, logo estavam as duas de frente para um grande quadro. Em cores e suaves linhas uma história era contada, a tinta e a pena se transformaram no pincel do cenário desenhado. No canto inferior, figuras de aparência sombria, assim a xilogravura exibia. No canto superior, uma única figura álvida de longos cabelos ruivos, encerrados por pontas brancas como a neve. O contraste da luz deixava os demônios confusos, como também a sua presença como uma brisa leve. Do mais imaculado tecido era seu comprido manto. Do mais puro metal eram suas companheiras katanas. Como sua graciosa máscara de raposa, tudo com tons límpidos tinha sido pintado. Laranja e branco, os dois tinham sido passado. O porte das espadas tradicionalmente também. E caído tinha, sobre a pequena Unmei, a honra de ser uma raposa-vermelha, o ser que a Kanzen convém. - "Diga-me o que você enxerga, pequena", ordenou Mestre Yuriko. - "A Primeira Raposa, Kanzen", respondeu a aprendiz sem relutância. A raposa mais velha ponderou, porém logo continuou em sua neutralidade, sem congratular ou repreender a mais jovem. - "Diga-me o motivo de sua entitulação", ordenou Mestre Yuriko mais uma vez. Unmei tentou não tomar muito tempo pensando o que diria. E sabia bem que a resposta não deveria ser demasiadamente longa ou curta... - "Kanzen viveu em Ouranos, a era dos antigos deuses, um tempo que somente humanos, animais e demônios caminhavam sobre Gi'theon" - a voz de Unmei poderia transparecer tranquilidade, mas a pequena com cada palavra dita se preocupava - "Como humana, Kanzen se espelhou nas qualidades da raposa-vermelha e, por meio de seus muitos feitos, revelou que o belo mas simples animal era um símbolo de graça, honra e pureza de espírito". Silêncio. Um que cercou a raposa mais jovem, como um peixe em uma rede de pesca. Inquebrável. Inescapável. Mestre Yuriko não precisava dizer, pois sua aprendiz já tinha compreendido. A ordem corretamente não tinha respondido. Unmei fechou os olhos, esperando a repreensão. Seus músculos tencionaram e seu pelo levemente se eriçou. Yuriko, pela primeira vez desde que se ajoelhou, observou a filha com medo ao seu lado. A pequena não poderia ver o seu próximo passo. Aquela que foi uma vez jovem como Unmei olhou para trás. O quarto estava vazio. A mãe, então, suspirou. Para ela era, sem dúvida, um momento de paz. - "Unmei... você me diz que a Primeira Raposa não era uma raposa?" - perguntou a mãe. A pequena abriu os olhos sobretudo confusa. Não deixou de olhar para Mestre Yuriko e... A mulher olhava para frente em direção ao quadro. Seu cabelo longo se estendia até tocar suavemente o chão. Laranja avermelhado em curvas descendentes de uma única trança requintada. Fios lisos de mesma cor até se encerrar em uma ponta branca como algodão. Seu corpo era sem pelo e sua pele era rosada, ainda que tão somente pálida. A mandíbula tinha recuado completamente e Unmei achava engraçado o formato do nariz, rindo em sua mente. Porém, os olhos de sua mãe continuavam em castanho-claro. - "E então?" - a mãe perguntou se voltando para a filha mais uma vez. Unmei não sabia dizer naquele momento, mas a face de Yuriko, que pela maior parte do tempo era como uma terra seca, receberá uma pequena gota de ternura.
- "Ela era humana... como... eu... tinha... aprendido...." - a voz da pequena raposa ia abaixando a cada palavra, seu rosto se escondendo da visão de sua mãe - "Kanzen viveu... antes da Deusa Felícia... então não haviam raposas... como nós... eu acho..." - "Sim, você está certa" - a mãe tentava fazer com que a pequena retornasse o espírito de antes - "Kanzen era uma mulher humana, mas viveu como uma raposa. Como filhas de Kanzen e Felícia, nós temos a dádiva de caminhar como a Primeira Raposa, porém com corpos de raposas-vermelhas" - a mãe estendeu sua mão humana para frente do corpo, apreciando os dedos rosados e as unhas pouco afiadas - "Mas isso não quer dizer que não podemos retornar para a forma que Kazen uma vez foi. Nascemos como raposas, comemos e crescemos como raposas, mas para entender verdadeiramente o que representamos..." - sua pele rosada se cobriu magicamente com pelo e seu corpo em um instante voltou a forma anterior - "Devemos aprender a viver como Kanzen e olhar para nosso próprio povo como ela mesma olhou". "Incrível...", pensou Unmei com uma expressão de encanto nos olhos. Brilhavam como estrelinhas no céu. - “Pode me ensinar?” – a aprendiz deixou de ser aprendiz para se tornar uma filha em ampla admiração pela mãe – “Por favor?” - “Poucos de nosso raça podem atingir essa forma...” – disse Yuriko suavemente, enquanto estendia a mão para acariciar a cabeça de sua esperança e tesouro de vida – “Mas você um dia conseguirá Unmei, e muitas outras coisas também”.   
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11/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei
Interlúdio - Capítulo III Poderia se ouvir tranquilidade. Um ambiente de imersiva espiritualidade. O vento nas árvores e cantarolar das aves. Um lugar de contemplação. E permeava a visão: um mar de folhas de tom avermelhado, galhos e forte lenho encurvado. Em pequenos lagos nadavam carpas, estas sempre intocadas. Apenas por ração alimentadas, porque como um sinal de sabedoria eram dadas.   O ambiente era sempre protegido e seu interior era quase sempre vazio. Um santuário revestido por barreiras, assim era o jardim de cerejeiras. "Uma porcaria de lugar colorido demais se me for perguntar", disse assim a raposa laranja e cinza. Mas a pequena Unmei se encantava com o lugar, e observava atentamente o pai as carpas alimentar. - "Mamãe disse que as cerejeiras simbolizam o legado da Primeira Raposa..." - respondeu Unmei com tom alegre, inalterado pelo comentário do pai - "Laranja e branco usadas por Kanzen!" - "Laranja avermelhado..." - pravejou baixo o pai de Unmei - "Prefiro muito mais macieiras do que essas sakuras brancas de folhas vermelhas", continuou resmungando, enquanto terminava de dar ração aos peixes. Unmei não conseguiu ouvir o que seu pai dizia, sempre ficava encantada com o jardim. Adorava os lagos de carpas e os ninhos dos pássaros nas árvores. Mas seu encanto se extraia sobretudo de admirar as cerejeiras. Sakuras de troncos e galhos brancos com pétalas alaranjadas. Caindo uma por uma ao longo do tempo, lindamente um tapete de flores sobre o solo em volta era feito. Poucas eram em número, e pequenas diferenças se encontravam sobre as cerejeiras. A família de sua mãe estava ali representada, unida pela tradição passada. A cerejeira da Mestre Yuriko era a maior destas. Seu lenho mais resistente, seus ramos mais numerosos e suas folhas mais radiantes. Tão deslumbrante era que quase despercebida se passava uma pequena muda em formação. Ao lado da grande cerejeira se mantinha, e Unmei sonhava que tão logo sua árvore cresceria. - "Pronto, carpas alimentadas. Eu bem que gostaria de fazer um ensopado de vocês..." - Kinkan se levantou do chão de pedras brancas próximo ao lago - "Vamos Unmei, a sua cerejeira não vai crescer em um piscar de olhos". As orelhas levantadas e cauda vívida da pequena raposa se abaixaram em leve desalento. - "Sim...", Unmei segurou a pata estendida do pai para juntos retornar pelo caminho de pedras, porém sua cabeça estava baixa agora, olhando cada pedrinha em vez do jardim. Kinkan, sem mais nada para segurar em suas patas, como foi a ração de antes, levantou a pequena raposa do chão e a colocou em seus ombros. - "Pai!", reclamou a pequena do susto enquanto tentava se segurar no pescoço de Kinkan para não cair. - "(Risadinhas) É só segurar no meu pescoço ou nas minhas orelhas se preferir!" - Kinkan falava com desleixo, porém tinha pleno cuidado de usar as patas para segurar as pernas de sua filha - "Um dia sua cerejeira vai crescer e você também. Não posso perder esses momentos com minha pequena raposinha, posso?" Unmei estava envergonhada e escondia o rosto atrás da cabeça do pai. Seu cheiro era bem diferente do perfume da mãe ou do resto da família. Lembrava frutas cítricas e campos de colheita. Unmei não admitia, mas gostava de estar ali. - "Eu não ouvi um não, então..." - Kinkan se preparou para disparar como um cavalo da terra dos humanos levando uma nobre princesa - "Vamos sem demora!". Pai e filha voaram pelo caminho de pedras até a entrada do jardim de cerejeiras. E o vento ia soprando o pelo das duas raposas. Unmei amava o momento. Um que por muitos anos se recordaria.
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10/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei
Interlúdio - Capítulo II A pequena Unmei permanecia sentada com os joelhos dobrados sobre o tatami. A posição incomodava, porém mantia para não passar vexame. Quase um pouco de dor tremia, e quase também assim sua cauda seguia. Mas "conduta, graça e honra", tão somente era a norma. E não se distraía do incômodo observando o recinto, nem se assim quisesse tentar. Estaria somente da lição fugindo, pois deveria somente meditar. Seus olhos se mantiam fechados e seu corpo tentava ficar inerte. Suas patas relaxadas sobre o colo, com a apenas a própria respiração em sua mente. 1, 2, 5, 10 minutos... Quanto tempo se tinha passado? Como sobre fogo, cada segundo parecia muito mais que dobrado. "Conduta. Dor. Graça. Dor. Honra. Dor. Conduta. Dor. Graça. Dor. Honra. (...)" - "Chega. É o suficiente. Você pode seguir para sua próxima lição agora", disse a raposa mais velha. A pequena raposa abriu os olhos, demorando um certo tempo para acostumar com o contraste da escuridão de antes. A raposa mais velha em sua frente estava na mesma posição. Completamente estática como uma estátua. Se Unmei não conhecesse sua voz, nunca saberia que a mesma havia falado. Levantando-se da posição com joelhos fracos e pernas cambalentes, tentou de tudo para não produzir nenhum resmungo ou grunido de dor. O recinto era uma perpetual silêncio. Qualquer fraqueza poderia ser ouvida pela raposa mais velha. "Muito obrigada, Mestre Yuriko", disse Unmei em prostração. Agradecia tentando sobretudo um tom neutro, sem expressar raiva ou contentamento. A raposa mais velha não se moveu. E a mais nova tão somente sabia que uma resposta não haveria. Apenas se retirou quietamente do quarto. Esperando ansiosamente para despencar depois da porta. Abriu esta com todo o cuidado, e teve um último relance da raposa ainda a meditar ali dentro. Seu último pensamento foi que na longínqua terra dos humanos, naquele lugar que as raposas caminham em quatro patas, e guerreiros de metal caçam as mesmas entre tantos outros... Unmei lembrou de um conto que às vezes eles faziam estátuas de carne e pelo de raposas. Tão estáticas quanto as de pedra. Um costume esquisito, a pequena assim achava. Mas, subitamente não deixou de pensar que sua mãe parecia uma raposa... Empalha? Enfeitada? Embaralhada? Em... Unmei se foi do quarto logo em seguida, como a palavra "empalhada" se fora da sua língua.
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09/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei
Interlúdio - Capítulo I Não importasse onde caminhava, toda aquele se prostava. Camponesas e mercadores. Servas e guardas. Inclusive sua família, exceto por dois. A jovem raposa assim fez o seu trajeto. Nenhuma raposa ou outro animal ficava ereto. Mesmo dentro do castelo de seu clã ou no jardim de cerejeiras, era da paisagem o seu lugar: raposas vermelhas e brancas a se ajoelhar. Andando assim chegou ao espaço dos aposentos reais. O seu próprio evitou, assim como o de sua mãe. Mas pelo terceiro se foi. As Han Kage abriram as portas de suntuosa madeira. A pequena raposa passou entre elas. As duas prostadas e em solene silêncio, então, fecharam a entrada do recinto. A pequena raposa caminhou até o centro do quarto. Tradicional era o seu aspecto e peculiarmente vazio. Sem quadros ou artefatos. Sem espadas ou estátuas. Sem bonsais ou incensais... "Não, é incensários", pensou a jovem raposa. Ela ainda era uma aluna nova na arte das palavras. A pequena continuou caminhando até o único objeto no recinto. E chegou ao seu lado. Ele se movimentava suavemente com um ritmo quase constante. Mas ainda estava sobretudo inerte. Seu tamanho em comparação à pequena era considerável. Mas ela logo o escalou. E, assim, empurrou por quatro vezes a grande massa de pelo laranja e cinza. - "Papai! Papai!", chamou a pequena raposa. O objeto vocalizou uma baixa reclamação com a boca. - "Mais... uma... hora..." O pai, ainda de olhos fechados, gentilmente acariciou a cabeça da pequena raposa. Em parte por afeto, em parte para dissuadí-la a deixá-lo dormir um pouco mais. E ainda que contente e grata pelo gesto, ela, porém, não desistiu. Utilizou-se, portanto, de uma estratégia infalível. - "Mas mamãe disse para acordá-lo!", mentiu a pequena. A raposa laranja e cinza expugalhou e levantou de sobressalto. E segurando sua filha em seus braços, fez o seu trajeto a passos largos. Suor corria em seu rosto e fazia quase um alvoroço. - "Pois vamos então! Aquela velha não vai me prender neste quarto pelo resto da semana de novo". A pequena raposa adorava o balanço. Rindo estava. E feliz era nos braços do seu pai. E, tão somente, sonhou por um instante fazer o mesmo um dia com seus próprios filhos. Assim foi a pequena Unmei. ... 08/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Conversa de autoria própria a partir do site Fake Whatsapp.  
02/09/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Conversa de autoria própria a partir do site Fake Whatsapp.
31/08/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Todos os gatos pretos em boias...
Bast, Sarah, Coffee, Jaimy, Mikael e Namu.
Arte de autoria própria a partir do site Picrew.
09/07/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Bani...
Mãe de Ninjin. Aliás, é ele mesmo na ilustração logo depois que nasceu...
É singular que o sonho permita que um filho seja produzido de uma paixão de um só lado. Afinal, o Deus Orgulhoso não sabe que é pai.
Apesar das orelhas grandes, pelo felpudo, olfato aguçado e gosto por cenouras (das quais faz uma deliciosa torta :3), ela NÃO é um coelho. 
Sendo uma raposa que odeia essas “pestes”, como os denomina... 
Arte de autoria própria a partir do site Picrew
09/07/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Unmei...
Raposa do Santuário. Primogênita do Clã Vulpes.
Admirada como a mais próxima de Kanzen.
Que infelicidade sua sombra ser o Coffee. Ou não...
Arte de autoria própria a partir do site Picrew e Live Portrait Maker.
14/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Yan e Lune
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12/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Karma…
Lune. Nascida em Felis, uma gata de pelo inteiramente alvo, vista como demônio na cultura de sua própria raça. 
Seu objetivo de vida é simples. Matar o deus dos leefs: Yan, o Gato Preto.
Mas nem tudo é tão simples quanto ela supôs ser... 
Arte de autoria própria a partir dos sites Picrew e LoL.
11/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Koukou...
Coruja do Santuário. Princesa mestiça de elfo e fada. 
Grande maga da Igreja dos Deuses Ausentes.
Mors, particularmente, não gosta dela por algum motivo...
Arte de autoria própria a partir do site Picrew.
11/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Namu Zammarad…
Da ilustração, posso dizer que faltou apenas as suas estranhas luvas e pantufas de patas de leão. 
Do personagem, falar sobre ele é... difícil. Tudo dito sem cuidado tiraria aquele brilho do seu mistério na história.
Vou me limitar a dizer que ele tem muitos filhos. E que nunca dorme ou come. E que também, se perguntassem a ele para se descrever, apenas responderia: 
“Sou um romancista”.
Arte de autoria própria a partir do site Picrew.
11/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Coffee…
O irmão mais velho de Sarah. Aprendiz e sombra de Unmei.
Segundo dos Palmarius. Inspiração de Felis.
Resumidamente, é um bobo atrevido mas de bom coração. 
Arte de autoria própria a partir do site Picrew.
11/06/2022
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filhosdegatospretos · 2 years
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Jenny...
Antes mesmo de se tornar uma raposa, já era conhecida como cachorra louca.
E é uma raposa totalmente diferente da Unmei. Engraçado como são amigas mesmo assim. 
Só... não queira brigar com ela, não vai acabar bem.
...
Arte de autoria própria a partir do site Picrew.
11/06/2022
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