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4. CHANGES
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
Yoongi não se atrevia a dizer que tivera uma boa noite de sono, seria até uma calúnia afirmar. Quando acordou naquela manhã de segunda, a primeira coisa que viu foi Jung Hoseok, deitado de bruços na cama de solteiro em sua frente. Ainda letárgico pelo sono, ele se permitiu admirar um pouco mais aquela figura cômica que era Hoseok, ou Hobinho, como ele mesmo queria ser chamado. Os traços eram suaves e bem desenhados, o nariz perfeitamente esculpido parecia uma obra de arte, a boca carnuda que mais parecia um coração e os fios negros davam o toque final, harmonizando com toda a face do moreno. Adormecido, nem parecia aquele rapaz todo galante e debochado que abrira a porta no dia anterior. Hoseok exalava sensualidade e tinha uma presença notável, isso Yoongi não podia negar, ele só se perguntava por que o mais alto parecia tão disposto em ajudá-lo, já que eles nem ao menos se conheciam.
Apesar de ter acordado cedo não estava com ânimo para sair da cama, por isso, permitiu-se fechar os olhos e pensar um pouco, não por muito tempo, é claro, já que pensamentos o levavam direto para Jimin, e ele definitivamente não tinha estômago para pensar nele. Não que o mais velho pudesse mudar algo, não havia como voltar atrás, só restava se conformar. Foi sua escolha partir, e quando ele deixou Busan, tinha certeza de que seu coração superaria. O amor por Jimin era jovem, bobo e jamais fora concretizado, quiçá revelado, como poderia durar por tempo demais? Após um ano, ele percebeu que não se pode medir o amor por tempo, cada amor guarda sua intensidade, independente se são dias ou anos, cada amor tem seu valor.
Yoongi jamais imaginava encontrar Jimin naquela altura da vida, ainda mais daquele jeito. Como alguém podia imaginar que aquele garoto baixinho e bochechudo se tornaria alguém tão ousado e extremamente irresistível? Mesmo que tenha sido na pior situação, reencontrar seu amado não impediu o mais velho de desgrudar seus olhos do corpo que amou por tanto tempo, mas que agora pertencia a outra pessoa. Por mais que doesse como o inferno, jamais ousaria culpá-lo, pois Jimin merecia seguir com a vida uma hora ou outra, e mesmo se sentindo arrasado, Yoongi respeitava quem o mais novo havia se tornado e a forma como ele seguira com sua vida. Ele queria encarar aquilo como um despertar, pois já era hora de se mexer, mudar sua vida também, afinal, até quando ficaria preso em um sentimento que já não tinha mais futuro? Suas chances com Jimin haviam se transformado em poeira diante de seus olhos, ele já tinha outra pessoa e parecia muito feliz, realizado até. Portanto, se daria esse direito também, porque por mais que não fosse fácil, era necessário. E então, dentro daquele quarto, deitado na cama de solteiro com os olhos fechados mas a mente à mil por hora, Yoongi decidiu que se o grande amor de sua vida tinha conseguido seguir em frente apesar de toda dor do passado, ele conseguiria também, mas com a diferença de que a dor agora, era seu presente.
~*~
- Anda Min, vamos! Eu tenho que te apresentar pro pessoal, levanta! - O Jung falava alto, na tentativa de tirar o outro da cama, visto que esse cochilou novamente depois de ter acordado tão cedo.
- Hoseok me deixa em paz! Eu não sou uma pessoa matinal, só quero dormir, sai daqui! - Yoongi rosnou.
- Você é muito folgado sabia? Esse quarto é meu! Vai Min! As aulas começam hoje, levanta logo essa bunda daí! - Retrucou emburrado.
- Argh, por que você me chama assim? Você nem me conhece cara! Só me deixa dormir, vá encontrar quem você quiser, eu não vou estar aqui quando você voltar, prometo! - O moreno disse cobrindo a cabeça com o edredom.
Jung Hoseok era uma pessoa extremamente paciente e simpática e fazia o bem porque ele era assim, ele era uma pessoa boa. Se tinha uma coisa que tirava o Jung do sério era grosseria. Ele tinha sido legal com Min desde o primeiro momento e viu nele alguma coisa que o fez querer se aproximar, mas ele não admitiria grosserias, ser bom não era sinônimo de ser trouxa e o dorminhoco iria aprender isso à força:
- Vai, levanta! Esse quarto é meu e eu te chamo do jeito que eu quiser! Estou tentando ser legal Min, é sério, mas se me tratar com grosseria vai receber também, eu não sou idiota! - Repreendeu, puxando o edredom e descobrindo todo o corpo do menor.
- Já te disseram o quão insuportável você é? - Yoongi resmungou lutando contra o sono, com apenas um olho aberto. - O Jung achou engraçado e fofo o jeito do mais baixo resmungar, mas tentou não esboçar nenhuma reação.
- Você me chamando de insuportável parece até um elogio! Eu não vou chamar de novo, não sou sua mãe! Levante logo e vamos para o seu quarto, você tem que se arrumar para a aula! - Ralhou.
- Não posso me arrumar aqui? - Perguntou num tom de voz rouco. O Min sabia que o que tinha acontecido naquele quarto não estaria acabado ainda tão cedo, provavelmente ainda encontraria os corpos entrelaçados e dormindo, descansando da noite anterior, só de pensar nisso seu estômago embrulhava. Já era demais ter visto Jimin nos braços de Taehyung, ele não precisava se torturar mais ainda. - Eu vou pro dormitório quando voltar da aula... Por favor Seok! - Yoongi ainda estava sonolento e por isso, demorou um pouco até perceber a forma como se referiu ao outro, que estava estagnado no meio do quarto. - O que foi? Só você pode me chamar do jeito que quer agora? - Perguntou formando um bico. Não era charme ou coisa assim, os lábios de Yoongi sempre formavam um bico quando ele falava e o Jung achava aquilo adorável. Não que Hoseok fosse admitir alguma coisa, mas algo o encantava em Min Yoongi de uma forma que ele não sabia explicar. Claro que ele jamais consideraria a possibilidade de atração pelo menor - visto que ele sempre fora hétero - mas o Min o deixava confortável para brincar e ele adorava provocá-lo, só não sabia direito como reagir com a situação reversa.
- Claro que não! Deixa de ser idiota, eu só me surpreendi, você não gosta de mim, por que inventaria um apelido? - Questionou com a sobrancelha arqueada.
- Por que a gente precisa falar dessas coisas logo de manhã hein? Que droga, eu só queria dormir! - Yoongi praguejou, escondendo a cabeça embaixo do travesseiro.
- Quer saber? Fique aí você e sua amargura! Eu vou tomar café e rever meus amigos. - Hoseok desistiu, saindo do quarto e deixando o outro para trás.
- Argh, que droga! Eu só queria dormir! - Bufou irritado e mesmo que a força, se levantou para enfrentar o novo dia que viria.
~*~
Yoongi claramente não conhecia o prédio e muito menos os lugares que deveria frequentar, ele possuía um mapa, mas estar dentro daquele lugar era como um labirinto e ele jamais se acharia sozinho. Isso significava que ele precisaria encontrar Hoseok, que querendo ou não, era a única pessoa que ele conhecia e além disso, o garoto não parecia se incomodar em ajudá-lo. Min sabia que tinha sido desnecessariamente birrento de manhã, mas aqui vai uma curiosidade sobre Min Yoongi: ele adorava dormir. Definitivamente não era uma pessoa matinal e tirá-lo do seu precioso sono era como enfiar uma faca em seu peito, sem contar que ele ficava puto.
De longe, pôde avistar o Jung conversando com uns colegas no refeitório. Ele vestia uma camisa de mangas curtas preta, onde os primeiros botões estavam abertos, revelando um pequeno pedaço do peitoral, Min engoliu seco, aquilo o afetou de alguma forma que ele não soube explicar, criando um frio esquisito na barriga. Ele sabia como o moreno era bonito, mas o jeito que a roupa lhe caía bem era covardia, deixando o pequeno Min nervoso e um pouco constrangido. Ajeitou a touca vermelha que cobria a cabeça e decidiu se aproximar. Hoseok logo percebeu a presença do outro ali, mas fez questão de ignorá-lo totalmente:
- Não vai me apresentar aos seus amigos Seok? - Sorriu ladino, provocando o maior. Yoongi se atreveu a sentar na mesa com os desconhecidos, mas ele não se importou, virando-se de frente para o Jung. - Você queria me apresentar né? Estou aqui.
- Pra quem não tinha forças pra abrir os dois olhos hoje no quarto você parece muito bem. - Respondeu debochado, mal se dando conta do que havia dito na frente dos amigos.
- Poxa Seok, primeiro dia de aula e já levou o novato pro quarto? Qual é, você não era assim hein? - Um loiro alto debochou do amigo, provocando uma risada em todos que estavam presentes e o Jung revirar os olhos. - Já que ele não vai fazer as honras, eu faço! Muito prazer, meu nome é Namjoon, Kim Namjoon. - Ele era alto, tinha covinhas nas bochechas e mãos grandes, que logo foram oferecidas ao Min.
- Min Yoongi, prazer. - Disse apertando a mão do loiro. A pele bronzeada e os olhos fechavam quando ria com as covinhas fofas, seus cabelos eram num tom de loiro mais fechado e os óculos pretos davam todo o charme de homem inteligente e culto à Namjoon, que combinava muito bem com aquele visual.
- Parece que está fechando um contrato Kim, credo! - Uma morena interrompeu. - Não liga pra ele, meu namorado é um pouco careta. Oi, eu sou Hye-jin, mas todo mundo aqui me chama de Hwasa. - O cabelo comprido tampava metade do tronco, mas não escondia a beleza da garota. A pele também era bronzeada e o batom vermelho realçava bem os lábios carnudos, contrastando com os cabelos escuros, Hwasa era alta como o namorado e possuía um sorriso encantador.
- Nena! - O loiro se sobressaltou.
- Hã? Nena? - Yoongi questionou.
- Ih esquece, longa história Min! - Hoseok interrompeu. - Tudo que você precisa saber é que esses dois adoram se provocar, quanto mais você evitar essa novela mexicana, melhor.
- Enfim... Oi Hye, eu sou Yoongi! - O Min estendeu a mão educadamente.
- Você me chamou de quê? - Questionou com a sobrancelha arqueada.
- É... Me desculpa, é Hwasa né? - Corrigiu.
- Jung eu já gostei dele! Até apelido ele me deu! Pode chamar do jeito que quiser, só por favor, pare de me estender a mão! Você parece meu pai quando quer fechar um negócio! - Riu.
- Desculpe... - Coçou a nuca constrangido. - Então, vocês são amigos do Seok? - Perguntou curioso.
- Namjoon compõe músicas e Hwasa é cantora, eles estudam aqui faz dois anos já. Quando eu cheguei no ano passado, foram os primeiros a falar comigo. - O Jung explicou. - Tirando a parte de que são um casal grudento e chato, nada a reclamar, são talentosíssimos. - Debochou.
- Eu também me arrisco a fazer rap, mas não é sempre, depende da minha inspiração. - Namjoon acrescentou. - Estou mais focado nas letras agora, sabe como é... Cabeça cheia, preciso esvaziar de alguma forma... Geralmente sai coisa boa!
- Ah, eu também gosto! Digo, compor, rap e tal... Eu curto, apesar de me dedicar mais ao piano. Por isso eu vim pra cá, quero explorar todas as possibilidades. - Assentiu.
- Namjoon-ah, vocês poderiam trabalhar juntos algum dia, seria legal! - O Jung sugeriu.
- Imagine uma música juntos? Whoah! - O loiro ficou animado com a possibilidade.
Apesar de não se conhecerem, o assunto fluiu livremente na mesa e antes mesmo que percebessem, ali foi criado um laço de amizade.
~*~
Kim Taehyung acordou naquela manhã sentindo um calor extremo do lado esquerdo do peito. Ao abrir os olhos, percebeu a cabeleira loira descansando em cima das costelas, as mãos pequenas agarrando a regata como se ele fosse fugir a qualquer momento, nem parecia aquele mesmo homem que tinha feito Taehyung se desmanchar na noite anterior, lutando para esconder os gemidos altos de prazer. Jimin sabia ser sensual, mas ao mesmo tempo era tão fofo, que fazia o coração do Kim doer. Ele jamais poderia explicar o que aquele loiro significava para ele.
Há um ano atrás, Kim Taehyung era somente um estudante quieto, introspectivo que gostava de apreciar as artes e a vida em seu modo particular, ele jamais imaginaria que aquele loirinho baixinho e bicudo pudesse se tornar alguém tão próximo, e mais, que viraria sua vida e coração de cabeça para baixo. Jimin se tornou aquela presença constante, confortável e confiável, como um lar. Mesmo que o Kim pudesse descrever, ele jamais saberia qual palavra usar, Jimin chegou aos poucos e foi tomando tudo, tudo de si. Talvez se Taehyung não fosse tão quieto, Jimin tão esquentado e os garotos da universidade tão infantis, aquela briga jamais acontecesse. O loiro jamais teria sido repreendido por socar a cara do aluno que chamou Taehyung de viado esquisito e o Kim jamais teria gritado com o reitor pela primeira vez, defendendo o menor por apenas tê-lo protegido. Talvez a suspensão não teria sido tão proveitosa se a conversa sobre vida não tivesse aparecido e eles passassem tantas horas conversando e esquecendo do tempo, até mesmo de voltar para casa, indo até a lanchonete da esquina comer qualquer coisa só para que o assunto durasse. Mas se todos os "talvez" e "e se" de Kim Taehyung o trouxessem para o mesmo lugar, ele teria repetido tudo outra vez, pois isso trouxe Jimin, uma das coisas mais preciosas da vida do Kim.
Com os braços rodeados no corpo pequeno, ele permitiu-se sentir o coração aquecer mais uma vez, pois todas as vezes eram especiais, afinal, elas eram com Jimin. Por mais que o menor escondesse algo do Kim, - algo que ele jamais exigiria saber - só ele sabia o quanto aquilo ardia dentro do peito, ainda que fosse unilateral. Ainda admirando os fios loiros, beijou a bochecha gordinha, fazendo os olhinhos inchados despertarem preguiçosamente:
- Bom dia Tetê... - A voz embargada pelo sono ditou, bocejando logo em seguida.
- Bom dia baby. Dormiu bem? - Os beijinhos foram se espalhando até tomar todo o rosto.
- Eu dormi com você, sempre durmo bem... Você sabe disso. - Resmungou ainda de olhos fechados, fazendo o bico que o Kim tanto amava.
- Mas eu gosto muito de ouvir. - Riu próximo à orelha do menor, eriçando todos os pelos do pescoço branquinho.
- Tê... - Suspirou, a voz manhosa num pedido silencioso para que o maior parasse.
- Hm? - Fez-se de desentendido.
- Está fingindo que não me conhece agora? - Sorriu ladino.
- Eu sei que você gosta muito Ji... Ainda mais quando acorda. - Sussurrou, fazendo o menor resmungar.
- Tae, é sério... - Seu pedido foi completamente ignorado quando os beijos lentos começaram a descer pelo pescoço, arrancando suspiros deleitosos de Jimin. Taehyung sabia como provocá-lo, ainda mais de manhã, quando o corpo dele já despertava implorando por atenção.
- Eu nunca brinco Ji. - Os lábios seguiram do pescoço em uma linha reta, descendo pelo abdômen e atiçando o corpo que Taehyung conhecia como a palma de sua mão. Ele não quis provocar muito, mas se viu tentado a fazê-lo quando o menor arqueou o quadril, arfando, desejando que os beijos de Taehyung fossem depositados em outro lugar. - Tão ansioso...
- Por você, sempre. - Jimin emaranhou os dedos nos fios loiros e puxou-os com cuidado, o corpo se acendendo como uma chama. O hálito quente dançou no baixo ventre, provocando suspiros altivos. Taehyung sorriu satisfeito com a resposta do corpo menor, foi tateando as coxas grossas, descendo os beijos quentes e molhados pela virilha, que descoberta, se agitou em ansiedade. - Por que você sempre me tortura tanto? - Perguntou ofegante.
- Porque eu posso. - Abocanhou o mamilo esquerdo com a língua quente, rodeando e fazendo-o intumescer. O corpo de Jimin vibrou e os músculos enrijeceram, estava totalmente à mercê de Taehyung e não que ele conseguisse pensar nisso naquele momento, mas odiava a forma como se entregava fácil nas mãos do maior.
A palma quente agarrou a ereção com movimentos lentos de vai e vem, arrancando um gemido sôfrego de Jimin, que enterrou as pequenas mãos firmemente no couro cabeludo. A mão direita do Kim pediu passagem, subindo de encontro aos lábios volumosos. - Chupa, bem gostoso. - Ordenou, com os dedos sendo acolhidos na cavidade úmida, encharcados de saliva. Os lábios que antes rodeavam os mamilos, desceram para a glande, que sem demora foi levada até o fundo da garganta. Jimin estremeceu, tentando arquear as costas em surpresa, porém, a mão do maior o impedia de se mover, por mais que o ritmo da sucção tenha se bagunçado. - Já chega. - Com um movimento rápido, retirou os dedos da boca do Park e colocou-o de bruços, puxando um travesseiro para apoiar e empinar aquele traseiro lindo. O tapa foi forte e certeiro, deixando uma marca vermelha na bunda alheia, Jimin gemeu surpreso pelo ataque repentino, a ereção tão necessitada roçava o tecido do travesseiro e ele quis investir contra ele em busca de alívio, mas as mãos grandes foram mais rápidas, separando as bandas branquinhas e introduzindo a língua quente na entrada rosada que piscava para si.
- Tae, por favor! - O gemido manhoso implorou, sem saber exatamente pelo quê. Sem cessar, a língua rodeava a entrada, forçando passagem e preparando-a para o que ainda estava por vir.
- Shh, quietinho... - Sem aviso, agarrou a ereção com a mão esquerda, fazendo movimentos de vai e vem, enquanto os dedos foram introduzidos devagar.
- Puta que-
- Eu disse quieto Jimin. - Os dedos foram até o limite e ele esperou a respiração do outro se normalizar. Quando Jimin impulsionou a bunda contra os dedos, Taehyung continuou. Os dedos entravam sem parar, cada vez mais fundo, e quando Tae pressionou a próstata, Jimin perdeu o fio de sanidade que ainda restava:
- Tê! - Jimin era uma bagunça de sensações, o corpo se jogava contra os dedos e a fricção entre a mão e o travesseiro só fazia a agonia crescer. O ângulo estava perfeito, ele não demoraria muito para vir, sua vontade era de implorar por mais, mas ele simplesmente não conseguia, o misto de sensações era tão intenso, que os gemidos morriam na garganta. O calor no abdômen começou a crescer, se espalhar pelo restante do corpo, ele sabia que estava próximo e Taehyung também, quando sentiu as pernas do menor vacilarem por um momento. A vontade de estar dentro de Jimin era enorme, mas ele não conseguia parar, negar um orgasmo agora era muita crueldade só para satisfazer suas vontades, isso não era de seu feitio. - Por favor, por favor Tê! - Os pedidos manhosos aumentavam a cada estocada, fazendo o corpo do menor se chocar contra os dedos incansavelmente. - Por favor, eu quero você!
- Mas Ji, tá tão perto...
- Tae, por favor, por favor... - Implorou.
- Eu adoro quando meu bebê implora. - Sorriu debochado.
- Bebê é o caralho! - Se irritou. - Me fode logo, porra! - Taehyung gostava do desafio, com Jimin sempre foi assim, intenso. Eles tinham essa cumplicidade e entrega mútua, onde ambos sabiam os gostos um do outro de cor e salteado. A mão grande soltou a glande inchada e segurou as bochechas do menor com força:
- Você não vai falar comigo assim, tá me ouvindo? - Taehyung cessou os movimentos fitando-o sério.
- Caralho! - Jimin adorava quando ele era bruto. Ele sabia que aquilo não era pra valer, aquilo era pura tensão, puro tesão. Taehyung conseguia tudo dele sem nem se esforçar. Os dedos foram retirados bruscamente, fazendo Jimin arfar.
- Me espera aqui, não se mexe.
- Não precisa! Tae por favor, só vem logo!
- Eu não vou machucar você Ji. Isso não é uma opção.
- Não vai machucar, só vem, por favor! - Pediu desesperado. Taehyung sabia que aquilo era o tesão falando e não Jimin, sendo assim ele se afastou rapidamente, alcançou o preservativo e o lubrificante e voltou para a cama, pronto para saciar os pedidos manhosos e desconexos que saíam dos lábios inchados. Por mais que gostasse de olhar para Jimin, o maior sabia que aquela posição seria o encaixe perfeito, então decidiu não mudá-la. O lubrificante foi espalhado na entrada que já piscava para si, implorando por mais. Aquele não era momento para ir com calma, Jimin precisava gozar e Taehyung jamais hesitaria em dar a ele o que ele mais queria.
A penetração veio funda e forte, chocando as costas pequenas com o peitoral grande. A próstata foi localizada e surrada com vontade, as mãos grandes segurando a cintura com força para que o menor não se desmanchasse e caísse sobre a cama. Para Jimin era insano a forma como Taehyung sabia fodê-lo tão bem, era injusto como ele o enlouquecia, provocava. Por mais que fossem diferentes, o encaixe era simplesmente perfeito.
- Tae... - Jogou os braços para trás, enlaçando o pescoço com dificuldade, os únicos sons presentes no quarto eram os gemidos de Jimin e as coxas batendo freneticamente contra o quadril de Taehyung. Alcançou a ereção que clamava por atenção, fazendo movimentos rápidos. Taehyung era implacável, ele sentia que Jimin estava próximo, assim como ele. Quanto mais Taehyung metia, mais Jimin se sentia longe, leve, alcançando um lugar nas nuvens, tão próximo, mas ao mesmo tempo tão distante. As lágrimas se acumulavam nos cantos dos olhos, fazendo Jimin querer chorar de prazer e se libertar de uma vez, mas ele sabia que Taehyung sempre cuidava dele, e tão bem, que conhecia seu corpo melhor do que ele mesmo. Os dentes se fincaram na junção do pescoço com o ombro, a marca ficaria ali por um tempo, mas não é como se ambos se importassem. Jimin era sensível ali, e como se um botão tivesse sido acionado, as sensações se alastraram por todo o corpo e o mesmo tremeu. Jimin gozou forte e suas pernas ficaram tão moles quanto gelatina. Taehyung veio logo atrás, perdendo completamente as forças. Cansados, os corpos desabaram sobre o colchão da cama de solteiro.
- Eu sei que a gente precisa de um banho, mas eu preciso mesmo de um minuto. - Jimin parecia ter corrido uma maratona e o Kim adorava admirá-lo depois de uma boa foda: as bochechas coradas, os olhinhos lacrimejando, os lábios inchados e o corpo pesado, suado de tanto foder. Era a coisa mais linda.
- Um? Ji, eu preciso pelo menos de uns dez! - Riu fechando os olhos e se concentrando em normalizar a respiração.
- Você precisa parar de me acordar assim Tetê, como vamos para a aula agora? Mal consigo me levantar! - A risada gostosa de Jimin invadiu o quarto, fazendo Taehyung rir também.
- Hoje é o primeiro dia Ji, não é como se fosse ter algo de tão importante. Podemos nos atrasar um pouco!
- Ou podemos nem ir. O que acha? - Sugeriu.
- Aish... Você mal começou e já quer faltar? Que tipo de aluno é você Park Jimin? - Debochou.
- O tipo que acabou de ter uma foda tão boa, mas tão boa, que está ruim das pernas! E a culpa disso é sua Kim Taehyung! - As risadas foram recheando o quarto por conta das constantes provocações, mas com eles sempre seria assim. O Kim sempre seria tudo que o Park precisasse, e mesmo achando que não, o Park dava tudo o que o Kim precisava também.
~*~
- Você sabe onde tem farmácia por aqui? - Min perguntou. - Estava precisando comprar tinta pra cabelo, acho que preciso passar em alguma depois da aula.
- Claro, eu vou contigo! - Hobi se ofereceu. - Tem alguma cor específica em mente?
- Ainda não sei... Ruivo talvez? - O bico que ele fazia para falar era a coisa mais fofa que Jung Hoseok já havia presenciado em seus poucos anos de vida. - Eu ainda preciso me decidir, mas de qualquer forma, eu quero descolorir, então tenho que ir à farmácia de qualquer jeito.
- Vai ficar bonito Min! Vem, vou te mostrar nossa primeira aula. - Afirmou, arrastando Yoongi pela mão.
~*~
- Ai, mas que droga! Eu não consigo entender Min, não adianta! - O Jung se irritou.
- Calma Seok, vem aqui, eu te ajudo. - Seria trágico se não fosse cômico, mas o professor de canto não pensou duas vezes em juntar o veterano Jung ao calouro Min Yoongi. O senhor de meia idade já havia notado o talento de Yoongi para leitura e interpretação das canções, pensou que seria uma boa ideia o mesmo auxiliar Jung Hoseok, visto que suas notas não foram exemplares no semestre anterior. Não é como se Hoseok tivesse "repetido" sua matéria, mas o Jung queria muito mesmo ser bom naquilo também, o que o fez tentar novamente, tendo como dupla escolhida Min Yoongi. - Não é difícil olha, você segue daqui, vem, chega mais perto, você tem que conseguir enxergar. - Min puxou o moreno pela cadeira, aproximando-os o suficiente para que acompanhassem a mesma folha de exercícios. Infelizmente, o foco do Jung ficou um pouco atrapalhado devido à proximidade e isso o assustou. - Você está me ouvindo Hobi? Eu tô falando sério aqui, dá pra você prestar atenção? - Repreendeu.
- Desculpa Min, sério. O que disse mesmo? - Arrependido, esforçou-se para prestar atenção nas palavras do menor. O decorrer da aula foi tranquilo e pela primeira vez Hoseok entendeu alguma coisa.
- Seok, você só precisa repetir essa parte aqui, - disse apontando no papel para o maior - acho que a dificuldade maior está na leitura das partituras, se conseguir entender essa parte, o resto é fácil. Ainda mais que nesse semestre ele vai unificar canto e instrumental, ele não vai te deixar em paz se você só souber cantar acapela. Vamos treinar, vem. - Agarrou a mão do maior e o puxou em direção à saída.
- Vamos aonde Min? Pelo amor de Deus, eu não quero treinar nada! Vamos na farmácia, isso sim!
- Tudo bem, mas na próxima você não vai escapar!
A farmácia não ficava muito longe, apenas duas quadras da universidade, logo retornaram para o quarto com a sacola que tinha tudo o que precisavam:
- A gente pode fazer isso no seu quarto? Assim você já ajeita suas coisas. - Hobi sugeriu. Por mais que Yoongi sentisse vontade de sumir ao ter que reencontrar Jimin, aquilo teria de ser feito em algum momento.
- Vai me ajudar? - Perguntou surpreso.
- Claro que eu vou Min! Como você pretende pintar esse cabelo sozinho? - Riu da cara do menor.
- Obrigado Hobi, mesmo. Desde que eu cheguei aqui você só tem me ajudado e sido legal comigo, eu só... Queria agradecer. - Disse constrangido.
- Tá tudo bem Min, todo mundo já foi calouro um dia... Vem, vamos pro seu quarto.
O cômodo não era grande, e apesar de Yoongi estar com medo de voltar à aquele local, para a sua surpresa, ele estava vazio. Apenas lençóis emaranhados em cima da cama, mas nem sinal de vida ali. Isso deixou Yoongi mais aliviado e ele pode relaxar. Com a ajuda de Hoseok, organizou as poucas coisas que tinha trazido consigo.
- Você não acha melhor a gente já pintar? Depois terminamos, é o tempo da tintura agir. - Hoseok sugeriu.
- Pode ser... Mas Hobi, você já fez isso antes? - Perguntou desconfiado.
- Não Min, mas a gente aprende! - Riu.
- Tá, vamos descolorir primeiro. - Hoseok preparou a mistura e Yoongi se sentou no banheiro para que ele pudesse aplicar.
- Argh! - O Min resmungou minutos depois.
- O que foi? - O outro perguntou preocupado.
- Isso arde Seok! Minha cabeça tá queimando! - E lá estava o bico de novo. Hoseok achava engraçado a capacidade de Min Yoongi de ser tão duro às vezes, mas ao mesmo tempo, parecer um bebê birrento que faz bico para conseguir o que quer.
- Só mais um pouco Min, vamos, pare de frescura!
Minutos depois, começou a ficar insuportável e Yoongi se viu obrigado a tomar um banho. Hoseok ficou terminando a organização no quarto enquanto o Min tirava o pó descolorante da cabeça. Quando o tempo começou a passar demais ficou preocupado, foi até a porta do banheiro para conferir se estava tudo bem, mas o chuveiro parecia ter sido desligado e o silêncio reinava por todo o ambiente:
- Min? Tá tudo bem? - Hoseok bateu na porta preocupado.
- Eu nunca mais vou sair desse banheiro Seok! - Respondeu exaltado.
- Hey! - Insistiu. - Abre a porta Min, deixa eu ver! - Tentou forçar a maçaneta, mas nada feito.
- Eu não vou sair, estou ridículo!
- Min Yoongi se você não abrir essa porta eu vou derrubá-la! - Gritou, tentando a todo custo tirar o pequeno Min de lá.
~*~
- Baby, você pode me pagar um café? Estou morrendo de sono e nós ainda temos uma aula juntos, não sei se vou aguentar... - Taehyung pediu fazendo bico. O grandão era todo manhoso quando se tratava do Ji.
- Claro, fique aqui, eu já venho. - Deixou um beijo em Taehyung e saiu da sala, pedindo licença ao professor. O Park também precisava de um café, ou com certeza dormiria no meio da aula. Dirigiu-se até a cafeteria e fez o pedido com a atendente de sempre, já eram conhecidos devido ao vício do loiro em cafeína, quando foi buscar o celular no bolso para ver se Tae queria algo mais, percebeu estar sem a carteira. Pediu desculpas à atendente e suspirou frustrado, teria que voltar ao quarto de Taehyung para buscá-la, pois esqueceu-se da mesma na cômoda, ao lado do abajur. O caminho não era muito longo e ele não precisaria se esforçar muito, mas estava mal humorado, odiava esquecer as coisas, ainda que fosse por uma boa causa, visto que ele e o outro loiro curtiram bastante a manhã antes de finalmente iniciar o semestre.
Estranhou de encontrar a porta aberta, Taehyung sempre tomava o cuidado de fechá-la, mas no mesmo instante lembrou-se do colega de quarto que ainda não havia chegado na noite anterior, o pensamento logo lhe arrancando uma risada, visto que foi até melhor ele não ter aparecido, ou teria sido bem constrangedor. Se aproximou da porta, mas estranhou os gritos que vinham de dentro do quarto:
- Min, é sério, abre logo a porra dessa porta! Eu vou arrancar você daí no chute! - O corpo do Park ficou estático. Aquele apelido ainda era demais para que ele processasse, tudo ainda remetia o passado e esse era um lugar que ele não gostava de visitar, pois ainda doía. Ouviu o clique da porta sendo aberta e tentou espiar pela fresta. - Por que você está de touca? - Uma voz irritada questionou, mas se Jimin não estava louco, podia jurar que era Hobinho ali.
- Porque eu estou horrível! - Jimin travou. Não quis mais saber se estava certo ou não, era impossível, aquilo não podia estar acontecendo.
- Min para! Você é bonito, não é a cor do seu cabelo que vai mudar isso! Vamos, tire a touca, eu quero ver! - Não, não, não... Por favor, não fale de novo... Esse nome não. Isso trazia tudo à tona, era como um gatilho.
- Para você Seok! Já disse que não vou tirar! - Uma voz brava respondeu, dando a primeira certeza que Jimin precisava: era mesmo Hoseok ali.
- Vai tirar sim, vai tirar agora! Vem aqui! - Jimin não conteve a curiosidade e espiou pela fresta da porta. O moreno alto estava com os braços ao redor de um corpo menor, mais esguio. A touca que estava tentando ser retirada por Hoseok era vermelha e cobria o cabelo do mais baixo. O rosto estava abaixado, tentando fugir das investidas do Jung em tirar a peça, mas Jimin reconheceria aquela voz onde quer que fosse, não importa quanto tempo passasse.
- Seok para! Não tira! Para! - Se debatia.
- Min, me deixa ver, eu só quero ver! - Com um empurrão, o corpo do menor foi preso entre a cômoda e o peitoral do Jung. Assustado, Yoongi não conseguiu desgrudar os olhos dele, já que ele estava tão próximo de si. Hoseok já tinha afirmado diversas vezes em meio a brincadeiras com os amigos que era hétero, então o Min não se permitiu ter aquele tipo de nervosismo, talvez fosse tudo coisa da sua cabeça.
- Seok, não, por favor... - Pediu, dessa vez mais baixo, sem tanta convicção.
- Min, calma, eu só quero ver... - O tom de voz soou baixo demais, retirando a touca vermelha devagar. O Jung engoliu em seco, não entendia por que, mas estar tão próximo de Yoongi o deixava estranho, ansioso por algo que ele não sabia o que era. Avistou os cabelos loiros bagunçados e passou os dedos para domar os fios. - Você tá lindo Min... - Hoseok manteve a mão nas bochechas e fez um carinho despretensioso, mas que surpreendentemente fez Yoongi ficar nervoso e evitar o seu olhar. - Olha pra mim... - Sussurrou.
- Seok... - Resmungou, ainda relutando.
- Olha pra mim Yoongi... - Os olhos castanhos encararam Hoseok e ele se sentiu nu. O Min parecia olhá-lo não só através da janela dos olhos, parecia encarar sua alma. Aquilo fez algo dentro do Jung se revirar e ele ficou nervoso, engolindo em seco. Não entendia por que, mas Min Yoongi despertava coisas novas em si e não necessariamente coisas que ele sabia explicar.
- Seok... - Chamou manhoso.
- Para de me chamar Min... - Respondeu frustrado, os rostos se aproximando cada vez mais.
- Por quê? - Indagou o menor.
- Por que você desperta coisas em mim que eu talvez não queira-
Cerrou os olhos frustrado, o Jung estava enfrentando seu maior conflito, afinal, o que ele estava pensando? Por que agir assim com Yoongi? Logo com ele? Um completo estranho? Por que ficar nervoso? Aquela voz... Muitos já tinham chamado Hoseok por aquele apelido, mas isso nunca o afetara de tal forma. Yoongi desarmava todas as certezas de Hoseok e ele não conseguia vencer a batalha entre a razão e a emoção naquele momento.
Mal sabia o Jung que o Min estava tão nervoso quanto ele. Yoongi jurou que se permitiria tentar, ele pediu muito para que seu coração deixasse o passado para trás, ele queria viver... Queria sorrir. A vontade de ser feliz novamente e não ter que pensar nas consequências que aquilo traria. Depois ele se arrependeria, claro, o coração dele já era de outro alguém, mas Yoongi se permitiu pela primeira vez não pensar muito nisso. Ele queria tentar, mesmo que essa tentativa tivesse cinquenta por cento de chance de dar errado, afinal, era Jung Hoseok ali e além de desconhecido, ele era hétero. Bom, pelo menos é o que ele dizia ser.
- Shh... Você não precisa pensar Seok... Só diz sim ou não. - O Min sussurrou perto demais e o Jung fraquejou, as pálpebras fecharam-se com força pois ele não conseguia encarar o rosto à sua frente. Yoongi queria uma resposta, mas Hoseok não conseguia dar, a cabeça dizia uma coisa, mas o coração parecia querer outra completamente diferente. Por mais que ele pensasse em várias coisas agora, ele sabia que não queria. Ele só queria uma coisa que o Min podia dar, e em troca precisava de uma resposta.
Antes que perdesse a coragem, acenou a cabeça em um sim leve e torceu para Yoongi não estar de olhos fechados assim como ele estava. Sua dúvida foi sanada logo, visto que sentiu os lábios quentes se encostarem nos seus. Todo o seu interior vibrou, como se algo se acendesse. No instante em que Yoongi se deu conta que não foi rejeitado, ele buscou por mais, ele quis mais. As mãos rodearam o pescoço do mais alto e ele pressionou os lábios mais uma vez para ter certeza. Quando sentiu seu quadril ser rodeado por braços fortes ele suspirou, aquela era a confirmação de que ele precisava, ele não estava louco, Hoseok o correspondeu.
Surpreendendo até a si mesmo, o Jung pediu passagem com a língua, deslizando o músculo quente pelos lábios finos do Min e ele logo aceitou, aprofundando o beijo que estava causando tanta ansiedade em ambos. De uma maneira despretensiosa, os corpos pareceram se encaixar, o beijo foi tomando forma e os suspiros ficaram cada vez mais pesados. Yoongi afundou as unhas nos cabelos negros e sentiu a cintura ser puxada para mais perto, num gesto inconsciente.
Apesar das descobertas dentro do quarto, havia uma pequena figura fora dele que a cada minuto que passava sentia-se murchar. Jimin nunca pensou que o coração pudesse doer tanto novamente, visto que o Min de um ano atrás já havia feito isso uma vez. Como era possível a mesma pessoa partir seu coração duas vezes? Já não bastava ter deixado Jimin para trás? A primeira lágrima escorreu, mas o coração de Jimin havia se partido há tanto tempo, que só se lembrou que tinha um coração batendo quando este se quebrou novamente. Tanto tempo depois e ele ainda dependia daquele maldito garoto para reconstruir sua vida.
Park Jimin sempre fora doce, inteligente e muito esforçado. Um bolinho carinhoso, o menino fofo de bochechas gordinhas e olhos que se fechavam quando sorria. Uma pena que esse garoto tenha sido esquecido em seu interior, pois ele sabia o quanto era adorável. Apesar da dor, o Park teve que seguir, no começo não soube muito bem como, mas ele tinha em mente que aquilo deveria passar e depois de um tempo, aliás, depois de Taehyung, aquilo pareceu sumir. A dor pareceu ter finalmente dado uma trégua, deixando com que o menor pudesse se permitir ser feliz. Mas ali, na porta daquele quarto, ele via a realidade nua e crua bem na frente de seus olhos. A dor nunca passou. Ela sempre esteve ali, adormecida. Min Yoongi era tudo, ele sempre foi, e por mais que Jimin tivesse se enganado por bastante tempo, só ele sabia o que significava ver aquele homem estar nos braços de outra pessoa. O Park jamais imaginaria encontrá-lo tão perto, bem embaixo do seu nariz, sendo que fugiu dele e de suas lembranças por tanto tempo. De nada adiantava agora, a cena não mudaria. A dor de Jimin não apagaria o fato de que Min Yoongi estava beijando seu amigo Jung Hoseok, que até o momento se dizia hétero, mas isso não importava para Jimin, ele só queria sair dali, ele precisava. Com lágrimas nos olhos ele deixou o corredor, esquecendo-se até mesmo do motivo que o levara até ali. Ele precisava chorar, gritar, queria rasgar o peito e arrancar aquele coração idiota! Por favor pare de doer, por favor, pare, pare, ele implorava numa prece silenciosa.
Com passos apressados, correu para longe, deixando Yoongi fazer o que tivesse vontade, afinal, ele nunca foi seu, ele nunca quis ser. Adentrou o primeiro banheiro que encontrou e se escondeu na cabine de deficiente, pelo menos tinha mais espaço para chorar e era a única que possuía um trinco. Permitiu que a dor saísse através das lágrimas, já que em seu peito ela não cabia mais, tudo estava despedaçado, o coração fora partido em tantos pedacinhos que ele não conseguia mensurar o estrago, muito menos imaginava como conseguiria colocar sua vida nos eixos de novo, ele só precisava chorar. O estômago embrulhou e todos os pensamentos ruins voltaram, como se nunca tivessem o deixado verdadeiramente. Jimin chorou como o pequeno garoto de Busan, não como Park Jimin que não tinha medo de nada e não era de ninguém. Ele se permitiu mais uma vez chorar, se permitiu ser o Ji, que fora abandonado sem um porquê, que guardava tanta coisa dentro do peito que estava a ponto de explodir. O mesmo menino de Busan que se sentiu insuficiente como amigo, como companheiro, como amor. Um ano inteiro tentando se convencer de que não fora sua culpa, de que Yoongi precisava daquilo, pois ele merecia ser feliz, mesmo que a felicidade não seria ao seu lado.
Naquele momento, o pequeno Ji se encolheu no chão de um banheiro sujo, na tentativa fútil de desaparecer, como se as dores fossem se tornar tão pequenas ao ponto de não existirem mais. Pura ilusão, mas ele já sabia. Antes que pudesse se dar conta, os soluços saíram altos demais, fazendo o peito subir e descer e o ar faltar, Jimin só queria sumir, desaparecer. Ele não aguentava mais, ele sabia muito bem como era viver aquilo e jamais queria passar por tudo novamente. Ele precisava se reerguer, mas como? Como você diz à um coração que ele precisa parar? Isso ele não sabia.
O que ele não imaginava, é que havia outro coração batendo na frequência errada, e este pertencia à Kim Taehyung, que como um anjo enviado do céu adentrou aquele banheiro vazio, ouvindo a voz que tanto amava num grito agudo e dolorido. Tudo dentro de si murchou. Mas se tinha uma coisa que o Kim sabia fazer, era cuidar de Jimin. Ele já havia feito isso uma vez e não custava fazer isso novamente, por isso, não pensou duas vezes quando passou pelo vão debaixo da porta, a única que estava trancada, assustando o corpo pequeno que tinha o olhar marejado e vermelho.
- O que está fazendo aqui? - Taehyung perguntou.
- T-Te-t-tê... Eu... - A voz embargou, ele não conseguia dizer. Taehyung sabia que existia uma dor, ele só nunca questionou o porquê, mas não era hora nem lugar, ele precisava ser forte, a força que Park não possuía.
- Shh, vai ficar tudo bem, vem... - E foi assim que o mundo de Jimin desabou, deitado nos braços de Kim Taehyung. O que ele não sabia, é que para Taehyung todo o mundo dele estava bem ali, e ele jamais deixaria que alguém o quebrasse novamente.
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3. FIRST LOVE
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
Início do semestre.
Ótima data para fazer planos, traçar metas e alcançar novos objetivos, afinal, era a faculdade, o início do ano letivo e a porta para a realização de todos os sonhos que qualquer jovem poderia ter.
E eu? Eu só queria poder fazer música em paz, porque o mais difícil eu já tinha conseguido: entrar na universidade, que apesar do processo burocrático e das notas rigorosas, me aceitou na primeira chamada. Talvez eu devesse me gabar, já que a tão concorrida Universidade Nacional de Artes da Coréia me deu a oportunidade de estar ali e não era tão fácil assim ser aprovado, ainda mais na primeira chamada, mas depois de um ano morando sozinho, pude discernir bem o que era digno ou não da minha atenção e desgaste emocional e aquilo definitivamente não era. Quem liga se eu fui aprovado em primeiro ou em último? Foda-se, eu entrei, é o que importa. E por mais que o ser humano goste de colocar rótulos no geral, sempre querendo provar o quanto é melhor do que o outro, eu tenho preguiça entende? Eu só precisava entrar e foi isso que eu fiz.
O mais importante era saber que a universidade oferecia alojamentos, o que facilitaria muito a vida de quem só pensava em estudar música e produzir sem descanso, no caso, eu. Claro que a herança deixada pela vovó aguentaria até o fim do curso (talvez até uns anos além dele), e mesmo podendo morar em outro lugar, a praticidade de estar dentro do campus era o suficiente para mim. As regras condiziam com a chatice que era para entrar na universidade: rigorosas demais, o que tornava o convívio com os estudantes um pouco complicado, já que a maioria se considerava livre (por estar na universidade, longe da vigilância constante dos pais) e só queria transar com quem desse na telha, fumando um baseado depois de uma boa foda. Para mim não faria diferença alguma, já que meu coração ainda pertencia ao mesmo garoto bochechudo de Busan, e eu não fazia questão de que as coisas fossem diferentes.
Durante um ano inteiro eu fiquei remoendo o meu adeus, tentando compor, escrever, viver, mas não adiantava, tudo sempre voltava para ele. E quando se tratava dele as coisas não fluíam mais como antes. É como se meu coração soubesse a merda que eu havia feito e se recusasse a colocar paixão em qualquer outra mísera coisa, por isso, nem as cartas eram terminadas e as músicas sempre ficavam pela metade. É como se tudo gritasse "volte", mas eu sabia que era tarde demais, um ano muda tanta coisa... Eu mudei, pelo menos.
Era o último domingo do mês, o que significava que a data limite para se alojar na universidade havia chegado, todos deveriam entrar até às dezoito horas, caso contrário, a reitoria tinha total liberdade para colocar outra pessoa na sua vaga do dormitório, pois é, regras da instituição. Após arrumar as poucas coisas que eu tinha, peguei um táxi, estava cedo até e a universidade não ficava muito longe, então decidi sair com antecedência só por precaução. O taxista não era muito educado e além de tudo parecia perdido, ficou dando várias voltas no bairro, o que começou a me irritar, já que ele era da região e ficava no centro residencial da cidade, ou seja, as pessoas deveriam usar bastante o trajeto de casa até lá, não deveria ser uma novidade pra ele (que provavelmente conhecia tudo por ali). Quando olhei no relógio, já se passavam das dezessete, comecei a me preocupar:
- Será que tem como o senhor acelerar um pouco? Eu preciso estar lá antes das seis... É importante. - Disse tranquilo para que ele não reparasse no meu desespero.
- Só se você quiser que eu voe. - Retrucou mal humorado. Como é que é?
- Tudo bem então, pode encerrar a corrida. - Eu disse tranquilo, tentando manter toda a pose por fora, mas querendo esganá-lo por dentro.
- Você está de brincadeira comigo? - Seu olhar me fuzilou pelo retrovisor.
- Não, estou falando sério. O senhor rodou o bairro todo só para me levar num caminho de trinta minutos no máximo, já conseguiu o dinheiro que queria, certo? Agora com licença, não posso me dar ao luxo de chegar atrasado. - Seu rosto ficou vermelho e seus olhos tremiam de raiva, já que ele havia sido descoberto. Perplexo pela minha sinceridade, ele enfim destravou o veículo. Peguei minhas coisas e saí correndo em direção ao trem, eu tinha trinta minutos para chegar, precisava correr. Já estava escurecendo e isso só reforçava o quanto eu tinha que me apressar, já que aquele pedaço não era lá muito bonito e seguro.
Ao comprar a passagem, saí correndo até a plataforma e por um minuto não perco o trem que partia, é, definitivamente não era meu dia. Quando o trem anunciou a chegada, mal esperei a parada, já estava na porta pronto para sair em disparada. Como um louco pelas ruas de Seul, eu procurei qualquer carro que pudesse me levar, mas todos pareciam ocupados por alguém, claro, eu estava em Seul, não em Busan, tudo era o mais completo caos, eu ainda precisava me acostumar com isso. Olhei no GPS e não era uma distância muito grande, meus pés teriam que aguentar, querendo ou não, eu não tinha mais opções. Corri até faltar o ar e o peito queimar pedindo socorro, quando avistei os prédios luxuosos, olhei para o relógio: 17:53, certo, só mais um pouco de ar. Com a mala de rodinhas me dirigi até o prédio um, que seria meu novo lar a partir de agora, não deu tempo de admirar o restante das coisas porque a pressa é inimiga da perfeição e eu só precisava entrar. Para minha surpresa, ao tentar empurrar a porta de entrada, a mesma estava trancada, merda! Eu ainda tinha três minutos, não era possível tanta má sorte assim! Não era hora de fechar ainda! Comecei a me desesperar e soquei a porta diversas vezes na esperança de alguém me ouvir. Quando achei que tudo estava perdido, enxerguei uma silhueta caminhando em minha direção:
- Em que posso ajudar? - Um moreno veio me recepcionar, abrindo somente uma fresta da porta principal. Olhos castanhos, lábios finos, cabelos desalinhados e um tom que parecia ser de puro deboche, mas seu sorriso era bonito, a boca parecia um coração. Ele me mediu de cima a baixo, o que me deixou extremamente nervoso e desconfortável:
- Eu... preciso entrar, sou aluno de música, vim me alojar. - Anunciei dando um passo à frente, mas ele nem se moveu.
- E por que eu deveria abrir a porta pra você? - Me fitou com seu sorriso ladino. Apesar de ele não ter nada a ver com o que tinha me acontecido anteriormente, eu estava um pouco puto e sem paciência.
- Primeiro porque eu ganhei uma bolsa, isso significa que eu não tenho muito dinheiro, - menti -então você pode escolher entre pagar um lugar pra eu ficar ou abrir a porra da porta! - Respondi irritado.
- Ei! Calma aí esquentadinho, foi só uma brincadeira! Seja bem-vindo à universidade, sinta-se em casa! - Finalmente abriu a porta, rindo em deboche. - Aqui é bem grande... Quer ajuda para encontrar seu quarto? - Continuou rindo, o safado.
- Não, acho que posso me virar sozinho, obrigado. - Eu disse andando na frente, sem nem me virar para olhá-lo.
- Cuidado hein, você pode se perder... - Qual era a graça? Ele não parava de rir. - Como devo te chamar esquentadinho?
- Pra você é Min Yoongi! - Dei uma risada sarcástica. - Como eu devo te chamar se quiser xingar você? Porque acredite, eu vou. - Garanti.
- Sem problemas! - Gargalhou, correndo e andando ao meu lado. - Meu nome é Jung Hoseok, mas pra você pode ser Hobinho. - Retrucou abusado.
- Por qual motivo eu te chamaria assim? Eu nem te conheço cara! - Cara esquisito... Caralho, que lugar enorme! O corredor não tinha fim.
- Você é nervoso mesmo hein? Calma Min, eu só quero fazer novas amizades... não precisa ficar bravo comigo! - Foi aí que eu estanquei, meus pés não conseguiram mais se mover. Um ano sem ouvir aquele apelido, um ano tentando lutar contra aquele calor no peito, um ano sem ele. Um apelido que foi por tantos anos foi dito com tanto carinho, tanto amor... agora na boca de um estranho, que mais soava como um deboche despretensioso, mas ainda sim tinha aquele toque de nostalgia, remexendo tudo dentro de mim, fazendo tudo doer consideravelmente.
- O que foi? Algum problema? Esqueceu alguma coisa? Eu posso... - Ele pareceu surpreso pela minha parada.
- Não... tá tudo bem, eu só... Obrigado por me receber, eu assumo daqui, com licença. - Falei sério, apertando o passo e deixando um Hoseok totalmente confuso pra trás.
Tentando afastar as emoções, segui até o final do corredor, onde deveria ficar meu quarto: 403. Quando avistei a fileira de portas, estava um pouco escuro, mas eu conseguia perceber todas elas fechadas, exceto uma, que parecia ter sido esquecida aberta, com uma pequena fresta, iluminando sutilmente o corredor. Conferi o número, 403, era esse, mas antes que eu pudesse abrir a porta, algo chamou minha atenção:
- Você sabe que alguém pode nos ouvir e chegar a qualquer momento né? – Uma voz sussurrada disse.
- Como se eu me importasse de verdade né Tê? Deixe entrar... quem sabe a gente convida pra fazer parte da nossa festa. - Por mais estranho que isso possa parecer, eu acho que conheço essa voz. Na verdade, só podia estar maluco. Decidi me aproximar e fiquei de cara com a porta entreaberta, onde um filete de luz iluminava o ambiente e revelava os dois corpos que estavam ali. Era errado bisbilhotar, mas era exatamente isso que eu estava fazendo.
- Ji... para, não faz isso, você sabe exatamente como me deixa. – Eu gelei. Espera, não pode ser...
- E você sabe como eu fico quando me chama assim... – O loiro mais baixo respondeu com a voz rouca. E por mais que eu quisesse me enganar, não tinha como, porque eu sabia. Eu sempre saberia... Aquela voz... Aquele Ji era o meu Ji. Meu Jimin, meu primeiro amor, o primeiro e único garoto que sempre fez tudo se revirar dentro de mim, agora estava encostado numa escrivaninha, se... esfregando no mais alto. Rebolando, para ser mais exato. Meu cérebro pareceu explodir e minha cabeça pesou com o acúmulo de informações. Eu não estava acreditando no que via, e meu corpo simplesmente travou, ficando sem reação, mal conseguindo se mover.
- Eu só não entendo o porquê... Por que isso te afeta tanto? – O outro questionou. A voz carregada de dúvida e prazer pelas investidas.
- Shh, não precisa... só me faz esquecer Tê, eu só quero esquecer de tudo, tudo que esteja fora desse quarto! – "Tê" agarrou o pescoço do menor e o puxou para um beijo lascivo, onde as línguas se enroscavam e muitas vezes, de tão desesperadas, fugiam das bocas urgentes. Jimin impulsionava o quadril para trás, se esfregando na ereção alheia, enquanto a mão do maior foi mais ágil e agarrou a ereção que estava em sua frente, fazendo-o se entregar por completo, gemendo sôfrego.
- E alguma outra coisa importa quando você está aqui? – Ele sussurrou no ouvido do menor, bombeando a ereção com força. – O que pode ser mais importante do que você gemer meu nome Jimin? Hum? – Ele dizia baixo, causando arrepios na pele alheia.
- Nada Tê, nada mais importa... – O mais alto então colocou a mão por dentro da calça do outro, alcançando a ereção e bombeando ainda mais, enquanto o corpo do menor se contorcia em suas mãos e gemia baixo. – Me fode Tê, não me tortura... não hoje! – A voz manhosa pediu e os gemidos foram abafados pelos beijos urgentes. A mão que antes agarrava o pescoço de Jimin, desceu pelo seu torso, adentrando a camiseta e subindo novamente para estimular o mamilo direito, que estava totalmente intumescido pelo prazer que o maior proporcionava com as bombeadas em seu pênis. Os lábios volumosos de Jimin estavam entreabertos e ele mal conseguia controlar suas reações, deixando os gemidos morrerem na garganta. Seus dedos foram rápidos em abaixar a calça junto à cueca boxer e liberar seu corpo finalmente para que o maior tivesse livre acesso.
- Quanta pressa baby... – O maior riu sarcástico em seu ouvido, atiçando-o ainda mais. – Você vai ter que tirar pra mim também, sabe... estou um pouco ocupado aqui... – Riu novamente, chupando o pescoço de Jimin que parecia querer chorar e se contorcia a cada sussurro do mais alto em seu ouvido.
- Tê... por favor... – Pediu manhoso.
- Eu adoro tanto quando você implora Ji... Só me faz querer te foder mais baby. – Os dentes atacaram a clavícula do menor, que não sabia mais como se contorcer em meio à tantos estímulos. – Empina. – E como num passe de mágica, as roupas foram jogadas para baixo, as costas do menor se arquearam, obedecendo a ordem imposta. Os dedos que antes estimulavam o mamilo, foram parar nos lábios carnudos de Jimin. – Faz o que sabe fazer de melhor... Chupa. – Ele ordenou mais uma vez, fazendo o outro ofegar e receber os dois dedos na boca. Jimin lambuzava os dedos grandes com devoção, fazendo a saliva saltar até para fora dos próprios lábios. – Tão obediente... merece até um prêmio... – Os dedos foram retirados de forma brusca, causando um estalo e os lábios foram capturados novamente, enquanto a mão do maior deslizava para baixo. Com uma perna, ele empurrou um dos pés do menor, abrindo suas pernas. Os dedos foram ágeis até sua entrada, penetrando com tanta força que o corpo de Jimin deu um solavanco para frente.
- Porra Tae... – Jimin gemeu. – Gostoso... sempre tão gostoso... Puta que pariu!
- Não xingue baby, eu preciso me concentrar, não consigo ter foco com você falando assim. – O sorriso ladino dominou o rosto do maior e ele penetrava seus dedos em Jimin, sem dó, enquanto o mais novo mordia os lábios na tentativa de conter os gemidos.
- Tae... – Gemeu manhoso.
- Eu sei baby... shh, eu sei. Eu sempre sei... – O mais alto retirou os dedos e alcançou um tubo na gaveta da escrivaninha, o que identifiquei ser um lubrificante. Interrompeu as bombeadas apenas para abrir o tubo e despejar o líquido nos dedos, esfregou-os e segurou o corpo do menor novamente, mantendo o ritmo de antes, bombeando o pênis ereto e abrindo as pernas trêmulas. Jimin parecia já estar habituado aos movimentos e assim que entendeu o recado, alcançou um preservativo, encaixando-o na ereção alheia. Empinou a bunda novamente, pronto para receber o que queria.
- Eu quero ouvir Ji... – O maior sussurrou tão baixo, que foi quase inaudível.
- Tê, por favor... – E lá estava o sorriso novamente: ladino, sarcástico até. O maior parecia mesmo satisfeito em ver o outro implorar.
- Sempre baby, sempre... – E foi então que o grito veio, junto com o solavanco que o corpo menor deu. O mais alto esperou para seguir, e quando o menor colou as costas no peito do outro, era como se o recado tivesse sido entregue, pois os corpos começaram a se movimentar em sincronia. O maior empurrava com força, sem nunca soltar o pênis alheio, fazendo o outro gritar e morder os lábios em agonia, o que deixava tudo ainda mais excitante.
Eu estava num misto de emoções: ao mesmo tempo que doía ver aquilo, eu estava em choque, não conseguia desviar o olhar. Por mais que doesse admitir, tinha tanta cumplicidade ali, como se os corpos encaixassem perfeitamente, como se tivessem sido moldados para estarem ali, nos braços um do outro.
- Taehyung, pelo amor de Deus! – Jimin berrou.
- Ah baby, por favor... não diga o Santo nome em vão... Deus não tem nada a ver com isso! – O maior debochou no ouvido do outro, que só conseguia pressionar as pálpebras com força e tentava se segurar para não cair, totalmente em deleite.
- Você precisa se apoiar baby, você sabe o que eu quero. – Jimin prontamente se direcionou para a cama, segurando as costas do maior contra si, para que os corpos não se desgrudassem. – De quatro Jimin. Agora. - Ordenou.
- Eu amo quando você é mandão... – O menor sorriu debochado.
- É você que faz isso comigo... – Ele sorri, dando um tapa forte na bunda alheia. Jimin empina novamente, dessa vez, apoiando os quatro membros na cama. O cara que eu entendi se chamar Taehyung não perde tempo e mete com força, puxando o corpo de Jimin para cima, criando o ângulo perfeito para acometer ainda mais fundo.
- AH! Tê, por favor, aí! Não se mexe! – Jimin pediu, afoito.
- Ora, ora, olha o que encontramos aqui... - Sorriu ladino.
- Taehyung, caralho, não se mexe! – O maior nada disse, apenas riu, entendendo que havia encontrado a próstata alheia, surrando-a sem dó, até Jimin não ter mais forças nem para gritar. – Tê... não para, por favor! Mais forte! – Implorou.
- Nunca bebê... – E ele continuou, sem piedade, cada vez mais fundo e mais forte. Os barulhos obscenos ecoando para fora do quarto. Com um grito, Jimin se desmanchou nos lençóis, perdendo as forças e tremulando as pernas. Taehyung foi ágil em segurá-lo pela cintura, caso contrário, ele teria caído. – Hey baby... tudo bem? – Perguntou preocupado, deitando-o na cama.
- Eu só preciso respirar... – Ele ergueu o indicador, pedindo para que Taehyung aguardasse e ele riu. Como num passe de mágica, Jimin se recompôs.
- Você é tão bom pra mim Tê... – Disse, engatinhando na cama em direção à Taehyung. – Sempre me satisfaz tanto... – Se aproximou do corpo do maior, sussurrando em seu ouvido. – Deixa eu ser bom pra você também? – Beijou o pescoço, arrancando o preservativo e tomando sua ereção com os dedos curtos. Taehyung ficou totalmente entregue, e gemeu ao sentir a língua de Jimin deslizar pelo pescoço. – Você deixa baby? – Sussurrou, mordendo a orelha do maior.
- Você sabe que pode fazer o que quiser comigo Ji, eu não resisto a você... – Jimin nem respondeu, nem sorriu, estava obstinado a arrancar prazer do corpo alheio e com a boca, desceu beijos molhados pelo pescoço, tórax e baixo ventre, até morder o local e arrancar um gemido sôfrego de Taehyung.
- Ji... – Respondeu manhoso. Jimin não deu tempo para respostas, logo abocanhou a glande e sem aviso começou com os movimentos de vai e vem. – Puta que pariu! – Grunhiu.
- Sem xingar Tê! Eu quero te dar prazer, não ficar com tesão de novo... – Sorriu ladino. Sem demora, passou a língua por toda a extensão, rodeando a glande para depois levá-la até o fundo da garganta, causando um gemido alto de Taehyung, que jogou a cabeça para trás sem resistência.
- Porra Ji! – Praguejou.
Jimin não mais respondeu ou provocou, seu único objetivo era proporcionar com maestria o que o outro havia lhe proporcionado, e ele foi conseguindo aos poucos, pois os gemidos só aumentavam, e quando tudo se tornou insuportável, Taehyung puxou o menor pelos cabelos:
- O que foi? – Perguntou confuso.
- Eu quero deixar minha marca, aqui... – Mordeu o lábio inferior de Jimin.
- Não sabia que precisava de autorização baby. – Frisou o apelido que tanto usavam um com o outro em tom de provocação. Ansioso, Taehyung passou o pau pelos lábios carnudos e vermelhos, como se fizesse um contorno. Jimin, para provocar, colocou a língua para fora, enchendo-o de saliva.
- Você pode fazer melhor que isso, baby. – Desafiou. E seu erro foi esse, pois Jimin o engoliu tão fundo, que o corpo de Taehyung pendeu para frente e ele já não conseguia mais controlar os gritos e para não alarmar ninguém, ele acabou mordendo o próprio braço. Jimin o engolia e cravava as unhas na bunda do mais alto, arranhando e provocando. Quando sentiu Taehyung fraquejar, Jimin deu o golpe final, abrindo uma das bandas da bunda e acariciando a entrada do mais alto, fazendo-o gemer em agonia.
- Filho da puta! – Jimin estava com a boca ocupada, mas a mão foi rápida em deferir um tapa forte na bunda alheia, deixando a marca dos dedos na carne branca.
Sem conseguir se segurar mais, Taehyung gritou e puxou o corpo para trás, não aguentando mais segurar o prazer dentro de si. Contrariado, Jimin impulsionou novamente a boca para frente, engolindo-o novamente.
- Ji, eu vou explodir a qualquer momento... – Avisou com a respiração falha.
- Vem pra mim Têtê... – E aquela foi a cartada final. Jimin olhou bem em seus olhos e o engoliu uma última vez, desarmando Taehyung completamente, que explodiu num jato forte na boca do menor.
- Você quer me matar, porra? – Indagou ofegante.
- Só se for de prazer bebê. – Respondeu limpando os lábios.
- Então eu já morri. – Disse o mais alto se jogando na cama, sem forças.
- Nada de morrer, a gente precisa foder muito ainda! - Riu, se aproximando e beijando a boca de Taehyung. - Você não devia ter um colega de quarto? – Questionou com a sobrancelha arqueada.
- Ele já deveria ter chegado, que estranho. Ainda bem né? Assim a gente teve nosso momento em paz. – Riu novamente e o puxou para um abraço.
- Posso dormir aqui então? Só hoje... – Jimin pediu manhoso com os olhos fechados.
- Não só hoje meu bem, você é sempre bem-vindo aqui, sabe disso não sabe? – Jimin assentiu e os dois se aconchegaram na cama de solteiro, dando vez ao cansaço dos corpos suados.
E depois de tudo o que vi, me senti um intruso. Eu tinha acabado de presenciar uma transa do meu primeiro e único amor. O que eu supostamente deveria fazer? Entrar no quarto? Contar que que vi tudo o que eles fizeram? O quão doentio isso soaria? Sem que eu conseguisse controlar, as lágrimas rolaram, finalmente entregando o estado deplorável em que eu estava. Eu não podia mais continuar ali. Precisava me afogar na única coisa que ainda me trazia paz: música. Saí daquele corredor do mesmo jeito que entrei, em silêncio, como se nada tivesse acontecido, porque realmente não aconteceu... só para mim.
Andando sem rumo, acabei encontrando uma sala de ensaio e um grande piano estava lá. Foi minha chance de pelo menos tentar esvaziar a cabeça e acalmar meu coração com o que eu fazia de melhor.
Neowa hamkkeyeoseo geu sunganjocha
Aqueles momentos solitários quando eu estava com você
Ijeneun chueogeuro
Agora são só memorias
Baksallan eokkael buyeojapgo malhaeji
Agarrando meu ombro esmagado, eu disse
Ba deo isangeun jinjja mothagetdago
Que eu não seria mais capaz de fazer isso
[...]
Ppajyeotdeon geuttae
Mesmo quando eu te afastei
Naega neol mireonaego neol mannan geol wonmanghaedo
Mesmo quando eu queria te encontrar
[...]
Du beon dasi naega neol nohji anheul tenikka
Eu não vou soltar a sua mão outra vez nunca mais
~*~
Depois de muito chorar sobre o piano, decidi que era melhor dar uma volta pela universidade, mesmo porque, eu precisava achar um lugar para dormir. Ainda não estava tarde, então eu poderia muito bem andar pelo local e conhecer todos os espaços que eu frequentaria daqui pra frente. Ao chegar na lanchonete, acabei encontrando Jung Hoseok novamente, e esse logo me abordou:
- Olha, um gatinho perdido! - Sorriu. - Se perdeu no jardim, foi? O que houve? Não achou seu quarto? – Ele me olhou preocupado.
- Eu achei sim, mas vou para lá mais tarde ou talvez amanhã. A porta estava trancada. – Menti.
- Que estranho, eles não costumam fechar os quartos que vão ficar ocupados, talvez tenha sido um engano... Podemos falar com o reitor se quiser.
- Não, tá tudo bem, eu posso me virar. Sabe de algum lugar aqui perto que eu possa dormir? - Questionei.
- Bom, meu colega de quarto ainda não chegou, você pode dormir na cama extra se quiser. Pelo menos por hoje. - Deu de ombros.
- Você não precisa ser tão legal comigo sempre Jung, mas obrigado. - Agradeci sincero.
- Entenda uma coisa: eu sou um cara legal. E pode me chamar de Hobinho, já disse! – Ele disse convencido.
- Tá, tá! Só me diz logo onde é seu quarto, estou cansado! - Resmunguei.
- Tá esquentadinho... Quarto 305. Fique à vontade, sinta-se em casa. - Ele riu.
- Você sempre diz isso né? "Sinta-se em casa", que piada! – Debochei. Por mais que tivesse me oferecido o quarto, Hoseok me deixou sozinho. Não que eu esteja reclamando, já que não sou uma pessoa muito sociável, mas não quero que ele me entenda mal. Eu não sou uma pessoa ruim, só não sou sentimental, não sei expressar sentimentos. Antes, até conseguia, mas depois de ir embora de Busan, a vida me fez tão frio que agora parece irremediável.
Entrei em seu quarto tentando digerir tudo o que eu havia presenciado: Jimin está loiro, estuda alguma coisa que eu ainda não sei na mesma universidade que eu, nesse mesmo lugar. Mesmo sem notícias dele por um ano, eu ainda sinto meu coração acelerar como um adolescente. Ele parece ótimo depois da minha partida... até com outra pessoa está. Eu tinha que aceitar as consequências das minhas escolhas. Fui eu que deixei Jimin para trás, eu esperava o quê? Ele não ia me esperar pra sempre, as pessoas têm sua vida, seus próprios objetivos... só me restava aceitar.
Se Jimin seguiu em frente, eu também deveria seguir, eu também deveria matar esse amor dentro de mim. E era isso que eu tentaria fazer a todo custo.
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2. CARTAS PRA VOCÊ
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
I bam geunare banditbureul
Essa noite, eu enviarei o brilho de um vaga-lume
Dangshine
Para algum lugar
Chang gakkai ttiulgeyo
Perto da sua janela
Eum joeun kkum igil barayo
Espero que seja um bom sonho
Through The Night – IU
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~*~
[JANEIRO]
Oi, sou eu...
Foi meu primeiro dia de aula hoje... Não fiz muita questão de me sentar perto de ninguém... Nem fazer amigos... Parece sempre uma traição com você...
Como foi seu primeiro dia de aula?
[FEVEREIRO]
É ridículo demais escrever pra quem jamais vai ler?
[MARÇO]
Tem sido cada vez mais difícil... Você ainda pensa em mim como eu penso em você?
[ABRIL]
Eu fui visitar o túmulo dela hoje. Mas eu fiz questão de não ficar por muito tempo... O medo de te encontrar foi maior que eu.
[MAIO]
Eu só queria ver seu sorriso mais uma vez...
Como você está Ji? Consegue me ouvir? Consegue sentir meu coração aí com você?
[JUNHO]
Eu tentei beijar outra boca hoje... Vomitei assim que entrei no banheiro. Nenhum deles jamais será como você...
[JULHO]
Finalmente férias... Você ainda vai na nossa sorveteria? Eu queria dividir uma banana split com você Ji... Você ainda gosta?
[AGOSTO]
Começaram a falar sobre o vestibular... É errado não querer fazer nada do que eles dizem? Só quero tocar meu piano em paz e tocar você com a música, já que com as palavras eu não consigo... Eu nunca consegui Ji...
[SETEMBRO]
Eu queria não pensar em você tanto assim, mas logo é Outubro...
[OUTUBRO]
Espero que tenha tido um ótimo aniversário Ji... Queria soprar as velinhas com você...
Qual foi seu pedido esse ano?
[NOVEMBRO]
Estamos quase no fim do ano... Parece que faz uma vida né?
[DEZEMBRO]
Você foi um bom menino Ji? Qual será o presente que o papai Noel te deixou esse ano?
Eu só queria pedir pra ele trazer você de volta pra mim...
Vovó, a senhora me ajuda?
~*~
É dezembro, final do último ano do ensino médio e todos já estão ansiosos pelo resultado do vestibular... Você conseguiu também Ji? Eu fui aprovado na escola de música que eu tanto queria... É, música... Eu consegui né? Vovó deve estar orgulhosa, em algum lugar. Eu finalmente vou estudar o que eu mais amo fazer..., mas sabe, eu só queria contar pra você... Eu passei o dia todo querendo te dizer isso. É estranho? Só consigo pensar no seu sorriso e no seu abraço de parabéns... Eu queria tanto estar com você Ji...
Espero que tenha conseguido. Eu não sei qual é o seu sonho ou o que você resolveu fazer, mas eu espero do fundo do meu coração que você seja feliz, em qualquer caminho que trilhar. Minha maior vontade era ficar Ji, mas eu precisei partir... Você entende né?
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1. DESPEDIDA
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
- Hyung, só me diz porquê... - Ele me olha com lágrimas nos olhos e meu coração se parte pela milésima vez.
- Eu não consigo mais ficar aqui Ji... Por favor, me entende! - Minha voz embarga e eu mal consigo pronunciar as palavras direito.
- Você não... Por favor, não me deixa... - Ele me agarra pela manga do moletom. - V-Você é meu melhor amigo Min! Não pode simplesmente ir embora! - O aperto em meu pulso aumenta e seu corpo pende em direção ao meu. - Por que você está fazendo isso comigo? - Seu sussurro é tão próximo que sinto o ar quente dos lábios vermelhos e molhados pelas lágrimas me atingir.
- É a vovó Ji... - Digo sentindo o bolo na garganta aumentar. - Ela não... - As lágrimas me traem, pedindo passagem e se derramando de uma vez.
Com ele era sempre assim, não tinha máscaras. Era preto no branco. Jimin me conhecia como ninguém e estar com ele era como despir a alma, nenhuma mentira conseguia ser contada e as verdades saltavam da minha boca. Eu poderia mentir pra qualquer pessoa na minha vida, mas jamais conseguiria mentir para Park Jimin. Meu melhor amigo, meu companheiro, confidente, cúmplice... Meu primeiro e único amor... por mais que ele não soubesse.
- PARA! - Sinto meu peito ser empurrado pelas mãos minúsculas. - NÃO MENTE PRA MIM! Ela não pode... Min, por favor, diz que é mentira! - As lágrimas grossas já não se seguravam mais, tanto as dele quanto as minhas. A dor era surreal, mas não tinha como ser escondido ou mudado, infelizmente a vida não é como a gente quer, claro que não, isso é óbvio! Se ela fosse, eu jamais teria que dar adeus à minha amada avó num caixão, nunca veria seu rosto sereno deitado naquela madeira escura, que não combinava em nada com seu jeito doce... Mas como eu disse, não é como a gente quer, então eu não poderia mudar o rumo das coisas por mais que doesse como o inferno ver Jimin chorando a morte da pessoa que mais amávamos na vida. Porque ela poderia não ser avó dele de sangue, mas o adotou e amou com todo seu coração, até o fim de seus dias.
- Eu não tenho por que mentir pra você Ji, você sabe que eu não consigo... Eu nunca brincaria com isso... Eu não... - Foi então que senti os braços pequenos ao meu redor, me apertando ao som de soluços sofridos que só me fizeram chorar mais. Meu Deus, aquela dor parecia não ter fim... Com ele tão perto então, era quase insuportável. Semanas de choro guardado pra tudo desabar naquele momento.
- Ji, por favor não piora as coisas... Eu preciso ir... - Tentei me afastar, mas seu abraço não me deixava e a cabeça foi se enfiando cada vez mais em meu pescoço.
- Por favor... Por favor, fica... Por mim hyung, não me deixe aqui, eu não vou conseguir... Você sabe que não... Eu não tenho mais ninguém... - Ele soluçava e a respiração estava descompassada, pesando meu peito cada vez mais. - Min... - Me encarou com os olhos pidões.
- Você vai ficar bem Ji, tem pais que te amam de verdade, uma família... Eu é que não tenho mais ninguém... Tudo que eu tinha, se foi...
- Isso não é verdade! - As mãos tão pequenas tentavam me agredir, mas não havia força suficiente. - Eu tô aqui Min! - Agarrou firme minhas bochechas, grudando nossas testas. - Eu sempre estou aqui... Pra você e por você... Sempre foi assim, agora não seria diferente!
- Eu vou sempre estar com você Ji... Bem aqui. - Apoiei minha mão em seu peito, sentindo seu coração acelerar. - Mas você tem que entender que dói demais ficar aqui... Tudo me lembra ela, eu não consigo, me perdoa... Eu preciso de um tempo... Ela queria que eu fosse feliz, mas aqui eu não consigo... - Eu me rendi encostando a testa na sua e fechando meus olhos.
- Hyung eu vou te ajudar... A gente pode... - Tentou.
- Não! - Interrompi. Minha voz subiu mais do que deveria, fazendo os olhos que eu mais amava se arregalarem. - A gente não pode! Eu só quero sair daqui, não dá mais, eu estou sufocando! Isso tem que parar... Não dá... - Meu coração estava despedaçado, e por mais que meu ego falasse mais alto, eu precisava admitir que tudo tem um limite, e aquele era o meu. Eu só queria sumir.
- Hy-hyung... - Os braços caíram junto a seu corpo pequeno, que se afastou. Os olhos se arregalaram em surpresa, o coração parecia conversar com o meu: pesando toneladas, desacreditando de tanta dor que aquela despedida trazia.
- Seja feliz Ji... Assim como eu vou tentar ser também. Mas não aqui... - Com um último afago na bochecha gordinha que eu tanto fazia sorrir, eu me despedi. - Adeus.
Eu não olhei pra trás. Nem poderia, já que tudo em mim gritava pra parar. Meu corpo queria dar meia volta e nunca mais sair de perto dele. Meu coração pedia socorro, querendo a todo custo que aquilo não fosse verdade, mas era. Não que tenha sido uma decisão fácil, porque foi a pior que já tive que tomar em toda a minha vida, mas era necessária. Estar em Busan, significava lembrar constantemente dela, de sua sombra em cada praça, iluminando cada canto daquela minúscula cidade. E por mais que Jimin fosse a única pessoa no mundo que minimizasse essa dor, nem ele conseguiria fazer ela sumir.
Com lágrimas nos olhos e sem tempo para arrependimentos, eu deixei Busan para terminar o ensino médio em Seul, e quanto mais eu me afastava, mais eu tinha certeza de que havia deixado meu coração junto com aquele garoto de cabelos castanhos.
- Você vai estar sempre comigo Ji... Eu amo você.
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