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The Hunger Games
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“Guerra, guerra terrível. Pessoas feridas, órfãos e filhos sem mãe. Esse foi o preço da revolta nos treze distritos. Mortos, feridos, destruição. Irmão contra irmão até não restar nada. Porém, a partir das ruínas nós reconstruímos nosso mundo, e uma nova era nasceu. Mas a traição teve um custo. Os traidores assinaram um tratado de nunca mais sofreríamos uma traição como essa novamente. E foi decretado que a cada ano, todos os doze distritos restantes ofereceriam, todos os anos, dois jovens para lutar até a morte representando a honra, coragem e sacrifício. O vitorioso, cercado de riquezas, serviria de lembrança da generosidade e piedade da capital. É assim que relembramos nosso passado. É assim que nós protegemos nosso futuro.”
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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He weaves the rope in and out of his fingers. "The problem is, I can’t tell what’s real anymore, and what’s made up."
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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 A vencedora desta edição dos Jogos Vorazes foi Kya Pierce, Parabéns!
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Lira Ivashkov - Distrito 13 - Desafio final
-NÃO! NÃO, JAY! NÃO!                   O tempo simplesmente parou para mim.    As coisas não são fáceis. Nunca. Mas dessa vez a vida bateu a porta na minha cara e deixou tudo simplesmente mil vezes mais difícil. Não tenho outra opção a não ser me arrastar. Meu cérebro não quer aceitar o que meus olhos viram, e eu me recuso a aceitar também.  Assim que eu saí de minha ilusão, eu olhei para frente e vi Jay olhando para mim de longe. Ele estava impressionado, focado em mim e somente em mim, aliviado por eu estar viva. E eu estava aliviada também por ele ser… Bem, ele e não seu pai. Eu abri um sorriso e esperei que ele viesse até mim. Só que o que eu não esperava era que Kya aparecesse por trás e o atingisse. Um golpe baixo até mesmo para ela. Ele caiu ajoelhado, eu gritei. E quando ele atingiu o chão eu simplesmente senti o inferno.    Minha visão está embaçada por causa das lágrimas que brotam cada vez mais dos meus olhos, minha voz sai rouca enquanto eu grito o nome dele e soluço. Assim que chego onde quero eu sinto uma dor enorme e inexplicável, não se compara a nada do que eu já senti antes.    Algumas vezes, só sabemos que estamos vivos por causa das dores que sentimos. A dor é um efeito colateral de viver. Eu aprendi isso desde pequena. Dessa vez então eu não poderia estar mais viva. É como se tivessem jogado ácido na minha cabeça, como se enfiassem uma faca no meu coração e remexessem para que eu sentisse cada pedacinho se machucando.  A dor é um saco.    Minhas mãos agarram a cabeça de Jay com cuidado e desespero. Ele ainda está vivo. Os olhos azuis me encarando, os lábios pálidos abertos, o corpo todo machucado e ensanguentado. Seguro seu rosto e o faço olhar para mim. Deus, eu não consigo parar de chorar! -Jay… – eu engulo seco. – Olha pra mim, só pra mim ok? Por favor, aguenta firme, por favor… A gente ia enfrentar isso juntos, lembra? Agora não é a hora Jay, não é a hora, por favor… Não me deixe.    Ele faz um esforço enorme para esticar a mão e alcançar meu cabelo. Assim que sinto seus dedos brincarem com minhas mechas castanhas eu fecho os olhos e deixo as lágrimas rolarem. Ele toca meu rosto e eu coloco minha mão em cima da sua. -Por favor… Não faz isso comigo, por favor… Aguenta firme, você vai ficar bem… Eu… Eu… – abro os olhos e encaro aquele azul mar inconfundível.  – Eu amo você.    Jay solta um suspiro e sua mão deixa meu rosto. Ela bate no chão em um som mudo, seu rosto vira levemente para o lado e eu sei – eu sei – que seu coração parou. Jay está morto. -Não! Não! – eu me jogo em cima dele e tento fazê-lo acordar. Isso só pode ser parte do meu pesadelo. – Acorda Jay! Por favor! Acorda!    Coloco meu ouvido pressionado contra seu peito.    Nada.    Nem um único som sequer.    Eu sinto cada parte minha arder. Eu quero sentar e morrer. Ele era a única coisa que eu tinha.    E tiraram ele de mim.    Eu não tenho mais nada. Estou sozinha no mundo. Não ligo mais para esses Jogos. Não quero sair daqui viva. Não quero deixa-lo aqui. Não seria justo com ele.    Jane.    Olho para frente. Ela está chorando, as mãos enroladas nos cabelos, os olhos claros fixos em nós dois. Não posso pedir ajuda para ela. Não posso pedir ajuda para ninguém. Estou sozinha nessa.    Olho para o outro lado, Kya me encara com uma expressão assustada e cheia de pena. Ela sai correndo. Covarde.    Eu quero mata-la. Quero ver a vida deixando os olhos dela enquanto ela me encara, quero atirar nela dez vezes, quero vê-la queimar no fogo, quero vê-la sofrer o mesmo tanto que eu estou sofrendo. Eu berro.    Puxo Jay para mais perto e tento protege-lo… Só não sei do que estou tentando protege-lo. -Me desculpa. – eu sussurro em seu ouvido. – Eu sinto muito não estar lá para te ajudar. Eu sinto muito ter acontecido isso com você. Eu sinto tanto, tanto. Sei que você fez isso por mim… Para me salvar. Esse tempo todo e você não estava aqui para me matar… Você me salvou a cada segundo, desde o momento em que você me viu pela primeira vez. Você foi a minha salvação. Foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Eu amo tanto você, tanto… Por favor, abra seus olhos para mim. Por favor, por favor. Volta.    Minhas súplicas são inúteis. Ele não vai acordar.    E é assim que eu passo os próximos minutos. Chorando e suplicando.    Assim que minhas lágrimas se esgotam, eu encaro um ponto fixo e vazio. Minhas mãos ainda cismam em acariciar os cabelos dele. É estranho. Parece que a qualquer momento ele vai abrir os olhos e me dar uma bronca ou dizer alguma frase espertinha. A única coisa que eu quero agora é ouvir sua voz. -Lira, nós temos que ir. – Jane aparece atrás de mim me tirando do transe.    Não consigo olhá-la nos olhos. -Pode ir sem mim. Eu vou ficar aqui. -Eles precisam tirar… – ela hesita. – … O corpo dele daqui. -Eles não vão fazer isso. -Vão, e se você não sair eles colocarão algum bestante para sumir com o corpo de Jay.    Ela está certa, mas não quero deixa-lo. Antes que eu possa tomar uma decisão um aerodeslizador surge a cima de nós. Eles vieram busca-lo cedo demais. Eu me agarro ainda mais a ele. -Não! Jane me ajuda, não deixe que eles o levem! – eu imploro. -Não, Lira. Vamos! – ela me agarra pelos ombros e me tira de perto dele.    Eu me remexo, me debato e tento até soca-la para que ela me solte. Eu ainda estou fraca, machucada e devastada, minha luta contra Jane é inútil. Eu a xingo de todos os palavrões que conheço, eu choro desesperadamente enquanto vejo aquela máquina agarrar o corpo dele. -Não! Não! Jane, me solta! Por favor! Jay!    Mas ele some por entre as nuvens e o aerodeslizador desaparece.    A vida nunca foi mais injusta. -Lira, vamos, nós temos que sair daqui. – Jane me segura e sussurra entre lágrimas. Sei que se não fosse ela eu com certeza desabaria no chão.    E em um segundo é exatamente isso que eu faço.    Eu desabo.
                    *****
-Beba isso, vai ajudar. – Jane coloca um tipo de copo de alumínio na minha mão. Não sei como ela conseguiu esse objeto mas estou sem vontade de perguntar. Eu olho para o líquido verde e sinto o cheiro doce do vapor. Espinho de pinheiro, menta, eucalipto. Ela fez um bom trabalho.    Já está de noite. Kya sumiu no labirinto e eu realmente espero que ela tenha morrido afogada em uma poça d’água.  O hino começa a tocar e eu automaticamente olho para o céu para ver as baixas. Depois de alguns segundos, Jay aparece, os olhos confiantes, o sorriso sarcástico. Eu sinto uma pontada no peito, mas simplesmente não consigo chorar. Fui invadida por um ódio que me corrói, uma raiva que seria capaz de destruir um país. E é isso que eu quero fazer. Eu quero ver a Capital em chamas.    É aí que o chão começa a tremer. Jane levanta em um pulo e segura uma adaga preparada para qualquer gracinha que a Capital preparou para nós. Eu me levanto com dificuldade e olho atenta para todos os lados esperando o próximo perigo chegar.    Tudo se apagada. Não consigo ver um palmo na minha frente e começo a me desesperar. Eu. Detesto. O. Escuro.    A Arena foi construída especialmente por caras super inteligentes da Capital. Uma bacia de metal projetada para prender 24 jovens de todos os Distritos em um lugar infernal, cheio de perigos e morte. Não é nada mais nada menos do que uma grande projeção. Não estamos no interior da Capital, cheio de árvores e labirintos. Estamos em uma gaiola de metal.    Então porque tudo se apagou? -Lira? – Jane grita. -Estou aqui! Está tudo bem? -Está! Só não enxergo nada! Esses malditos Idealizadores desligaram essa porcaria da tomada, só pode!    Desligar. Por que eles desligariam esse lugar? Não faz sentido, a não ser que… Eles não desligaram a Arena, eles sofreram um blackout, estão sendo controlados. “Minha missão é tirar você viva daquela Arena, não importa o que.”    Greyhard.    A história toda se liga na minha mente numa velocidade absurda. -Jane! São eles!   E antes que eu possa explicar uma luz branca aparece na nossa frente. É uma porta. Um grupo de homens armados desce correndo e gritando ordens. Jane grita e eu sorrio. São eles. -Temos só alguns segundos! Rápido! Tragam elas para dentro, perderemos a conexão em 78 segundos!    Um cara agarra Jane e a leva para dentro da luz. Ela se debate e o xinga, mas eu sei que está tudo bem. Estou fraca demais para andar até eles, por isso espero um homem de pele negra vir até mim. Ele coloca a arma de lado e toca no meu ombro. -Senhoria Ivashkov, sou o Tenente Zeklos e estou aqui para leva-la em segurança para o Distrito 13.    Sinto um sorriso despontar no meu rosto, estou segura, finalmente. Tudo a minha volta gira e escurece mais ainda. Eu sinto o Tenente Zeklos me segurar antes que eu atinja o chão.
                 *****
   Eu abro os olhos lentamente.    Estou feliz, aliviada, não tenho a mínima ideia do que está acontecendo. Mas então, de repente, todas as minhas memórias me invadem. Os Jogos, a morte de Jay, a luz branca. Sento na cama ofegante e olho em volta. É um quarto gigante e sem janelas. As paredes são de mármore negro, a lareira está acesa, minha cama tem um dossel e está completamente desarrumada. Tem um sofá no canto do quarto repleto de almofadas. Uma banheira branca na outra ponta e vários tapetes diferentes pelo chão. A luz não está acesa, o quarto é iluminado por dezenas de velas aqui e ali. E lá na ponta, perto da porta, sentado em uma poltrona grande e aparentemente confortável, está Greyhard.    A luz tremeluzente lança sombras estranhas no seu rosto, mas ele está com os olhos fixos em mim e esconde muito bem um sorriso de satisfação. O filho da mãe cumpriu com o prometido. -Boa noite, princesa.    Eu pulo da cama e ando até ele. Greyhard levanta pronto para me abraçar, mas eu uno minha força e dou um tapa na cara dele. Sinto minhas bochechas esquentarem de raiva. -Ok. Talvez eu tenha merecido essa. – ele diz.    Ergo a outra mão e bato mais uma vez, depois outra, e outra, até que ele segura meu punho e anda comigo até chegar na parede. Ele me prende. Eu tento me soltar e já sinto minhas lágrimas pelo rosto. Ele está me machucando. -Para com isso, Lira! – ele me reprova. -Você prometeu que iria salvá-lo! Prometeu que ia tirar ele vivo de lá! Você prometeu! -Eu não prometi nada! Jay nunca foi minha prioridade! Você foi minha prioridade! Meu trabalho era tirar você viva daquela Arena! -Eu odeio você! Odeio! Odeio!    Consigo me soltar e esmurro seu tórax. Ele não tenta me impedir, eu desconto toda minha raiva nele e depois o abraço. Ele me envolve com os braços e beija o topo da minha cabeça. -Eu tentei, Lira. Juro que tentei salvá-lo. Não conseguimos invadir o sistema antes da luta de Jay e Kya. Se invadíssemos naquela hora tudo estaria perdido. Snow colocou Jay para lutar porque sabia que atingiria você. Ele prefere te ver machucada por dentro. A guerra dele com você também é psicológica. Eu sinto muito. -O que aconteceu? Quero dizer… Como… Como vocês…? -Enquanto você estava na Capital eu fiz os últimos ajustes do plano. No início nosso objetivo era tirar você - e somente você - da Arena. Primeiro buscaríamos Gregory, Derek e sua família e os traríamos para o 13 porque sabíamos que caso você ganhasse esses Jogos, Snow iria usá-los contra você. Mas não podíamos arriscar. Não podíamos deixar para agir no final dos Jogos. Então você se aproximou de Jay e Jane e colocou todo nosso plano por água abaixo. Sabíamos que Jay estava lá para te matar, ele perto de você era nosso maior risco, tínhamos que agir antes que ele completasse seu objetivo. Por isso levei Derek para a Capital. Pensei que se você o visse… Você desistiria de Jay. Mas você é teimosa.    “Quando você me disse para salvar Jay e não você, eu percebi que minha missão estava cada vez mais difícil. Sabia que você se recusaria a sair dali aqueles dois. Por isso mandei que buscassem… A família de Jane e a família de Jay e os trouxessem para cá. Conversei com as melhores cabeças daqui para tentar tirar você e Jane da Arena. Só vocês duas, ninguém mais. Foi então que teve todo aquele… Romance. A audiência por causa de vocês dois subiu cem por cento. É claro que a Capital modificou as filmagens e não colocou nada sobre o Segredo do 13, mas todo aquele amor… Toda aquela mudança do assassino para o herói… Vocês nos deram tempo. Tempo para planejar algo melhor, tempo para tirar vocês três dali. Só precisámos esperar o momento certo. Eu sabia que você não sairia de lá sem Jay. Tive que incluí-lo no resgate.    Foi aí que vocês encontraram Jane. Foi a nossa deixa. Eu e Proteu viemos para o 13, organizamos tudo, reunimos a melhor equipe. Mas assim que chegamos perto da Arena vimos pela transmissão que você estava morrendo. Tentamos quebrar o sistema naquele instante mas os Idealizadores perceberam. Por isso Snow mandou que Jay lutasse, porque mesmo que você saísse viva, um pedaço de você morreria por causa dele.    E foi exatamente isso o que aconteceu. Quando conseguimos interferir já era tarde, você estava quase morrendo. O Tenente Zeklos te trouxe nos braços. Você ficou na enfermaria por cinco dias e hoje te trouxeram para cá.” -Eles estão a salvo. – eu murmurei. -Sim. Pode vê-los se quiser.    Não esperei nem mais um minuto. Corri para porta e saí andando pelos corredores a procura das pessoas que eu amava.
*****
   Então é isso. Eles estão aqui.    Esbarro em uma mulher vestida de branco. Ela é loira e muito bonita. Fico sem reação, não sei como me comportar com os habitantes do 13 tendo em vista que faço parte de uma família importante. -Senhorita Ivashkov, é uma honra conhece-la. – ela sorri. – Sou Anna, conheci sua mãe antes de você nascer, ela era uma pessoa muito boa. -Obrigada. – fico meio sem jeito. -Sinto muito pelo seu namorado.    Tenciono meu maxilar. Para uma pessoa que eu não conheço ela é bem inconveniente. Eu respiro fundo e empino o nariz. Não queria ser grossa, mas colocar Jay no meio da conversa ultrapassou meus limites. -Quero saber onde meus amigos estão. Sabe? A garota que estava comigo na Arena e as pessoas do 11. -Eles estão no refeitório, senhorita. – ela fica sem graça. – É só seguir o corredor e virar a direita.    Não me despeço. Viro as costas e ando. Assim que atravesso as portas do refeitório todo mundo se silencia por alguns segundos. Os olhares deles queimam em mim. Alguns sorriem amigáveis, outros me analisam com curiosidade.    O 13 tem mais habitantes do que imaginei.    Não demora muito para que todos voltem a seus afazeres. Eu suspiro aliviada, muita atenção, pouca paciência. -Lira? – ouço uma voz familiar atrás de mim. -Greg. – eu me viro e sorrio. Corro até ele e o abraço como o abracei a vida toda. Ele beija meu rosto e alisa meus cabelos. -Filha, que bom que vocês está bem. Eu tenho tanto orgulho de você, você é tão forte, tão forte. Minha garotinha.  – ele me afasta gentilmente. – Olha só para você. Eu sabia que você  sairia viva daquele lugar. -Vamos ficar aqui agora, pai? – pergunto com a voz trêmula. -Sim. Bem vinda ao lar, querida. – ele me abraça novamente e assim ficamos até nos sentirmos seguros o suficiente para nos separar.
    *****
   Entro no meu quarto exausta e fecho a porta atrás de mim. Apoio a cabeça na madeira escura e fecho os olhos. Imagino Jay aqui, quero ele aqui, preciso dele aqui. Soco uma vez a porta. Droga. Soco com mais força. -Você tinha que estar aqui! – eu resmungo. -Lira.    Eu gelo. Não estou sozinha. Abro meus olhos e encontro Derek sentado na beira da cama. Ele me olha com cautela, com pesar. Derek sempre soube o que eu sentia e agora não é diferente. Ele sabe que eu estou devastada por causa de Jay, mas não que falar em voz alta para não me machucar. Mal sabe ele que me olhando desse jeito só acaba comigo mais ainda. -Eu… Eu quero ele aqui. – minha voz falha. – Eu preciso que… Eu não…    Não consigo formar uma frase completa e coerente. A morte de Jay não é uma opção. Não para mim. Sei que se ele estivesse aqui me daria uma bronca por ser tão chorona, mimada e birrenta. Mas ninguém sabe a falta que ele me faz. Sinto falta de seus olhos azuis, de seu cheiro, das suas piadas maldosas e de seus toques. Quero ouvir sua voz sussurrando para mim que tudo vai ficar bem, que ele não vai deixar nada me machucar. Mas isso não vai mais acontecer. Nunca mais. -Eu sei. – Derek diz.    Ele levanta e me abraça. Sei que ele ainda me ama. Eu o amo também, faria qualquer coisa por ele, mas nosso amor já não é o mesmo que antes. Ele sabe disso. Nosso abraço transmite segurança, carinho, gentileza e compreensão. -O que posso fazer para você se sentir melhor? – ele pergunta. -Tranque a porta. – eu fungo. – Tranque-a e fique aqui comigo. Dê ordens aos guardas para não deixar ninguém entrar.    Ele vai até o corredor, troca algumas palavras rápidas com um guarda e volta para o quarto. Derek tranca a porta como eu pedi, e neste momento somos o Derek e a Lira que éramos no 11. Ele pega um livro e se espalha no sofá, eu me esparramo na cama e entro em um sono sem sonhos.
*****
   Passamos as próximas duas semanas assim. Trancados no quarto. Derek as vezes sai, ele não gosta muito de ficar preso, mas passa as noites aqui, dormindo no sofá. Fazemos nossas refeições no quarto também e conversamos sobre assuntos normais. Não falamos nada sobre os Jogos ou sobre as rebeliões, e o principal: não falamos sobre Jay.    Como não tenho contato com o resto da população do lado de fora, uso Derek como meu informante. Perante ele, Greyhard tenta falar comigo todos os dias. Ele está preocupado e quer que eu conheça os líderes daqui  - pessoas que planejavam as rebeliões com meus pais. Greg tenta me ver algumas vezes, mas tenta me dar espaço. Ele sabe que eu preciso de um tempo. Por mais que eu queira ver Proteu ele é o único que não vem me procurar. Derek diz que ele está ocupado com alguns cientistas ou coisa assim, e que estão colocando um projeto em prática. Jane tenta me ver três vezes por dia. Derek disse que ela ficou bem brava por eu não ter contado sobre o 13, mas que ficou agradecida por ter a família dela por perto.     Agora eu estou jogada no tapete felpudo do meu quarto, estou encarando o teto, tentando esvaziar minha mente. Isso é mais difícil do que eu pensei.    De repente ouço uma gritaria, sento no tapete e vejo Derek levantar da minha cama num pulo. As portas se abrem e Jane e Greyhard entram discutindo. -Desculpe, senhorita. – Aspen, o guarda que fica do lado de fora do meu quarto entra se desculpando. – Tentamos impedir, mas eles forçaram as portas. -Tudo bem Aspen, fique tranquilo. -Se precisar é só chamar. – ele sai e fecha a porta. -Posso saber o que está acontecendo? – eu pergunto um tanto ríspida. -Me diga você! – Jane grita. – Você não pode se trancar num quarto para sempre por causa de um cara! -Ela está certa. – Greyhard interrompe. – Precisamos que você comece a agir como uma Ivashkov, a rebelião está se formando, pessoas querem conhecer você. -Essa é minha vida! Eu faço com ela o que eu bem entendo! – resmungo. -E você?! – Jane grita para Derek. – O que está fazendo aqui? Jogado na cama dela? – ela me fuzila com o olhar. – Você é bem rápida para quem perdeu o namorado a duas semanas.    Eu ergo a mão para soca-la, mas Derek me segura. -Jane, depois a gente conversa! – ele a reprime. -Ele só está aqui porque eu pedi! Ele é meu único amigo! -Eu sou sua amiga! – ela parece ofendida. – Eu também perdi o Jay, ok? Nem por isso eu vivo trancada no quarto. -Você não sabe! – eu começo a chorar e aponto o dedo para Greyhard e Jane. – Vocês não sabem de nada. Não sabem como é perder alguém que vocês amam! Não sabem como está sendo difícil viver aqui sem ele! Ele deveria estar aqui! Ele não merecia ter morrido! -Lira, nós não queríamos dizer que… – Greyhard começou a falar. -Mas disseram. Tratam a morte dele como se ele tivesse merecido como se não importasse. -É exatamente sobre isso que vim falar com você. O 13 está estudando sobre uma forma de trazer os tributos mortos… – Greyhard começa a falar. -Eu não quero saber. – eu interrompo.    Eu passo entre eles e saio do quarto pisando duro. -Jay não foi o primeiro e não vai ser o último a morrer por liberdade, Lira. – ouço a voz de Greyhard. -Ele não morreu por liberdade. – eu murmuro enquanto viro o corredor.
*****
   Aqui no 13 eles conseguiram construir um jardim. Aqui. De baixo da terra. Que loucura.    Não é nada comparado aos campos do 11 e muitas flores aqui eu não conheço, mas dá pro gasto. Eu ando no meio das roseiras e tento me sentir em casa. Me sinto tão deslocada. Acima do jardim tem uma enorme projeção, as pessoas ficam olhando e analisando. As imagens mostram a Capital, o Presidente.    E também mostram as reprises dos Jogos.    Proteu aparece do meu lado mas não estou surpresa. Ele olha para o telão com curiosidade. Penso em contar a ele sobre o sonho esquisito que tive enquanto estava inconsciente na Arena, mas acho melhor ficar quieta. -Declararam a Kya como vencedora. Já que tiramos você e Jane de lá, eles tiveram que projetar a morte de vocês. Como sobrou só ela… Bem… Kya é a vencedora. -Vaca. -Sei que você está chateada Lira, mas todo mundo que o conhecia o perdeu também. -Eu fui a única que o perdi. – me sinto um pouco egoísta ao dizer isso, mas sinto que é verdade. Meus olhos se fixam na projeção e a cena da luta de Jay e Kya aparece. Começo a chorar inconscientemente. Mas então ouço outro choro baixinho.    Procuro o emissor do som e encontro uma mulher sentada num banco, segurando uma foto velha e derrubando lágrimas enquanto assiste Jay ser atacado. Eu ando até ela e paro na sua frente. Os olhos dela… São tão… Azuis.    Ela olha para mim e para de chorar. Imediatamente sei quem ela é. -Lira. – ela me abraça e nós duas compartilhamos a mesma dor.    Tem dois corações partidos nesse jardim. O meu e o da mãe dele.     
*****
     Compartilhar minha dor com a mãe de Jay não foi fácil. Mas conhece-la foi… Acolhedor. Ela me contou sobre Jay e sobre o pai dele, me pediu desculpas pelos erros do filho e me agradeceu por fazê-lo ver a parte boa que ele tinha. Senti que seus pensamentos eram confusos, mas fiquei feliz por ela estar aqui, a salvo. Pelo menos fiz isso por Jay.     No caminho para meu quarto encontro Proteu, ele está sorridente demais para meu gosto. Greyhard está do lado dele, está com a cara mais rabugenta do mundo. Derek está encostado na parede abraçado a Jane. Sinto uma pontada de ciúmes, mas fico feliz quando Jane olha para mim e abre um sorriso tão radiante que até me assusta. Tem alguma coisa errada. -Que diabos está acontecendo aqui? – pergunto. -Você está entendendo que meu quarto é do lado do quarto dessa garota? Eles não vão me deixar dormir! – Greyhard resmunga. – Ainda acho que seria uma boa ideia trancá-lo no subsolo e interroga-lo. Ou poderíamos tortura-lo até confessar que ele quer machuca-la. Ou poderíamos vesti-lo de rosa com purpurina e coloca-lo para brilhar no meio do jardim. O que vocês acham? -Eu acho que ele vai matar qualquer um que tentar fazer isso com ele. – Derek diz. – Ele já tentou me matar só porque eu estava deitado na cama dela. – ele faz um movimento com a cabeça me indicando. Seu olho está roxo. -Quem te bateu? – eu pergunto. – O que está acontecendo? -Queríamos contar para você na hora certa. – Jane fala com calma. – Mas ele é teimoso demais para esperar e não sabíamos se daria certo. -Ele quem? – começo a ficar impaciente. -Vamos fazer um trato: primeiro você resolve seus assuntos inacabados com ele, depois quando você terminar a gente responde todas as suas perguntas. -Ele quem? – eu insisto. -Vamos. Depois nós tiramos as dúvidas deles.    Proteu sai andando sorridente junto com Greyhard, Jane os segue saltitante e Derek para ao meu lado antes de sair. -Qualquer  coisa é só gritar. – ele pisca para mim.    Não estou entendendo nada e duvido muito que eu queira entender. Meu dia hoje não foi fácil. Revi a morte de Jay em um telão imenso e ainda conversei com a mãe dele. As lembranças me matam de pouco em pouco.    Entro no meu quarto, fecho a porta e tiro os sapatos. Fecho os olhos e apoio a testa na madeira escura. Ainda estou com a mão na maçaneta. -Olha só, Jay. Sobrevivi a mais um dia. -Eu sei.    Meu coração para. Que mania insuportável que essa gente tem de entrar no meu quarto sem avisar. Estou pronta para dar um sermão no meu invasor, mas assim que me viro eu  perco meu chão. Me sinto desarmada, vulnerável.    Impossível.    Isso é simplesmente impossível. -Jay.    É ele.    Os olhos azuis, o sorriso torto e sarcástico, o cabelo bagunçado. Ele está… -Vivo. Você está vivo. Eu… Eu vi você morrer… Todo mundo viu… Você…    Ele está calmo, como se tivesse todo o tempo do mundo para me explicar. Não tenho a mínima ideia do que está acontecendo. Isso não pode ser real.    Jay da alguns passos na minha direção e para a alguns centímetros de mim. Sinto seu cheiro e ouço seu coração. Impossível. -Como você…? -Nós vamos ter tempo o suficiente para explicações. – ele sorri e enrola as mãos nos meus cabelos. Jay aproxima seu rosto do meu e eu permaneço imóvel. Ele me beija.    E aí que eu sinto – que eu sei, que eu tenho certeza que é real – ele é real, ele está vivo, ele está aqui. Preciso tanto dele que agarro em seus cabelos e o puxo para mim. Ele me envolve com seus braços. Nunca estive tão segura. Preciso tanto dele quanto preciso de ar. Nos toques dele sinto todo o desejo, toda a aflição que nos manteve separados esses dias. No meu coração sinto toda a dor ir embora.    Tenho esperança novamente. Tenho vontade de continuar a enfrentar essa guerra. E quero isso, quero fazer a diferença, eu sou uma Ivashkov e é isso que nós fazemos. Eu sou uma 13, uma revolucionária, sou a última de minha linhagem e lutei. Lutei e vou lutar até o final por uma Panem livre.    Mas antes de cuidar do país preciso cuidar de mim. -Você é real. – eu murmuro entre beijos. -Eu sou real. – Jay acha graça no meu comentário. – Olha só que sorte a minha. – ele se afasta de mim. -O que foi? -Da última vez que ficamos assim sozinhos, tínhamos um país inteiro nos assistindo, uma pedra para deitar e a Jane de plateia. Agora nós temos uma cama gigante com um dossel e estamos completamente sozinhos. Acho que temos alguns assuntos pendentes para resolver. – ele dá um sorriso malicioso.    Esse é meu Jay.    Eu ando até ele, agarro sua camisa e jogo nós dois na cama. Eu envolvo seus quadris com minhas pernas e afasto a mecha de cabelo que insiste em cair em seus olhos. -Que sorte a sua. Eu estou com uma disposição infinita para resolver assuntos pendentes essa noite.    Ele sorri.    Amanhã teremos que fazer mil perguntas, receber mil respostas e planejar a liberdade de um país. Mas nessa noite nada existe. Não quero saber como ele está vivo – terei tempo para isso depois. Não quero saber como será nossa vida em um Distrito diferente, sei que com o tempo as coisas vão se ajeitar. Afinal, eu sou uma Ivashkov, e isso só acaba quando eu disser que acabou.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Stydia + the jeep
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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 A votação é para determinar o vencedor desta edição dos jogos. O voto é computadorizado, ou seja, uma pessoa só pode votar uma vez. O tributo que estiver com a maior quantidade de votos até o dia 01/07 será considerado vencedor. Boa sorte.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Jay O'Connell - Distrito 4
Eu não parei, continuei com os olhos fixos em Lira e andando adiante sem ao menos saber o que tal labirinto me aguardava. Eu não me lembrava direito qual o motivo de estar indo em direção ao Chifre Dourado, mas não interrompi a longa corrida pela vida. Talvez houvesse algum presente para Lira, um remédio, algo que lhe fizesse melhor diante de sua infecção. Olhei para os lados, não via nada, se não Kya em uma entrada do labirinto, na direção contrária a nossa, de modo que visse seu corpo adiposo. Forcei para que não revirasse os olhos, acreditava que a trabalhadora das minas de carvão não iria passar desse dia, não mesmo. Já que estávamos tão perto uns do outro, poderíamos lutar - e bem, é isso que eu quero fazer. Olhei para a cornucópia, e logo em frente da entrada imensa do chifre, podia-se ver uma mesa com vasilhames fechados, todos com os números dos respectivos distritos: 2, 4, 11, 12. Ora, ora. O que será que nos aguardava? Pois bem, a rodada ágape poderia ter uma carnificina total. Mas não sei bem quem iria sobreviver, mas sabia quem iria morrer. A mais fraca e, oficialmente sozinha. Do nada, o silêncio fora interrompido pela voz áspera de Georgine, uma das idealizadoras dos jogos. "Aos tributos dessa edição, Essa é a rodada ágape, e tenho algumas regrinhas a estabelecer: Pois bem, como sabem, essa é a rodada em que vocês ganham prêmios direto da Capital. Agradeçam-nos por nossa generosidade. Em seus pacotes, tem um mistério para cada. Mas... Além disso, receio que estão sabendo que nem todos sairão ilesos dessa rodada. Sim? E bem, é algo planejado, ou seja, nós - os idealizadores dessa edição - propusemos uma luta agradável entre os sobreviventes do distrito quatro e doze. Vamos ver como o galanteador e a espertinha irão se sair.   Isso é tudo." Eu gritava com Lira, gritava com que acordasse. Respirei fundo e larguei-a no gramado coberto de sereno. Não queria ir, não queria deixá-la sozinha com Jane. Não aguentava a ideia de que talvez eu morr... Não! Eu vou sobreviver. Kya é fraca, mas pensa ser forte e esperta, porém não acho que ela seja, sei de seus pontos fracos e os  usarei. Eu tenho que vencer. "Pela Lira" - pensei - "Vencerei por ela." Olhei para o pacote e não soube se precisava lutar ou abrir o pacote antes. Respirei fundo e olhei para Kya, que também me encarava. Agradecia com todas as minhas forças pela Capital ao menos ter nos dado uma dádiva. O que seria? Algo útil, inútil? Não sei, mas iria descobrir. Corri até a mesa, e vi Kya tomando impulso também. Segurei o tridente sólido em minha mão, pensando em como seria garfar o corpo mole dela - o que me fez lembrar de James, o garanhão por qual Lira se sentiu ofendida por eu tê-lo matado. "Sem dó e sem compaixão" - pensei. "Recuso de olhar em seus olhos, em sua face, olharei apenas para o alvo. Qualquer lá que seja ele." Respiro fundo e me concentro nos pacotes. Abriria depois e usaria disso como um recurso para ataque. Já que a idealizadora tinha disposto que teríamos que abrir o pacote antes, Kya certamente daria uma de garota empenhada e certinha e seria isso que faria, pois bem, eu não. Olhei para Lira, derramando uma lágrima de meus olhos. Não aguento a ideia de que algo poderia lhe acontecer. Lira não poderia ficar sem seu remédio, e nem sem mim, eu era como uma droga para ela, e ela uma dependente química e eu não a culpo por isso, temos um tipo de mutualismo, ela me oferece algo e eu lhe ofereço outra coisa em troca, e bem, temos a mesma linha de pensamento quanto um ao outro. Nos amamos incondicionalmente, mas não se interliga com suicídio,  até pode ao pensamento, mas nunca aguentaríamos o ato, principalmente por sermos regados de orgulho. E quanto à Jane? Ela ficaria bem, mas nem tanto, se abalaria por um instante, mas logo se esqueceria. Não me foco muito nela. Olho para meu tridente e continuo correndo ao encontro com Kya. Ela é mais lenta que eu. Diminuo meu ritmo para que chegue antes de mim e pense ter controle sobre a situação, pouco ela sabe que tenho um planejamento. Quando ela abre seu recipiente, vejo o seu conteúdo: pedras. Mas não me importo. Enquanto está de costas, aproveito para deferir um dos golpes de muay thai, o kao dode, em que em pulo com um de meus pés, dando um golpe certeiro com o joelho do mesmo membro em que levantei - certamente, acerto-o na base de sua coluna vertebral, exatamente no lugar onde normalmente consigo sentir desconforto e dores por mau jeito. Isso com certeza deixaria bons e doloridos rastros. Logo após o golpe anterior, Kya virou-se de frente para mim e por algum momento ficou me observando no rosto e isso me fez agir. Dessa vez, tomo minha posição e dou um golpe menos formal, que não se adequa a nenhuma arte marcial em comum. Dou um chute bem forte utilizando meu calcanhar em seu peito, tornando sua respiração um pouco ofegante. Bem, ao menos eu tinha um tanto de flexibilidade que permitisse abrir a minha perna um pouco mais, deixando só um vestígio que não me incomodava tanto: uma leve dor na abertura entre as pernas Rio de leve perante sua reação, pois bem, aposto que ela não durará muito - a garota é sensível, aliás, ela é do distrito doze, o qual que quase nunca teve um momento de glória, só de pobreza e perda. Não deveria rir disso, mas me permito a reação. Com as mãos logo em frente de meus  peito - em posição de luta -  a que permanece na frente da outra, a direita, busca pelo queixo de Kya e acerta-a com força, fazendo com que sua cabeça vá para trás e depois volte à posição inicial, como um daqueles cachorrinhos de suvenir, fazendo da situação cômica. Dessa vez, preparo-me para o último golpe em que utilizo o corpo. Dessa vez, o cotovelo como arma. Espero com que Kya venha para trás de mim, e ela o faz. Aproveito, e defiro uma cotovela direto em sua face, tentando utilizar o ângulo perfeito para que lhe acertasse na sobrancelha, e que trouxesse, ao menos, um corte superficial. Quase acerto, mas a garota desvia com rapidez. Viro-me de uma vez e dou-lhe um soco com toda a força na boca de seu estômago, fazendo-a se curvar de dor. Então, impulsiono meus dois braços em sua coluna, uma mão na parte superior e a outra na inferior, onde se localiza uma pequena mancha de sangue, apertando. Depois, quando ela ainda está curvada de maneira mais baixa, dou uma joelhada em sua cabeça, jogando-a no chão. Olho e solto uma risada um tanto sacana. Então, fecho o punho e levo-o até meu quadril, formando uma espécie de "chave", tal posição dita nas lutas. Pulo sobre Kya com o braço em sua direção. Ela solta um gemido. Não me importo de levantar e chutar sua costela diversas vezes. - Levante, mineira idiota! Não vai lutar? - Sorrio. Ela levanta, mas quando quase de pé, dou um soco forte em seu nariz, o que causa um estalo que interpreto como se tivesse quebrado. Rio mais um pouco e Kya dá um golpe baixo enquanto distraído, bem, literalmente. Ela agarra em meus joelhos e puxa-os para baixo, levando-me para o chão junto a ti. Rio um pouco, mas ela não perde a ocasião, subindo em cima de mim, empunhando uma adaga pontíaguda que não me parece uma ameaça. Ela obtêm uma expressão séria, sem nenhuma marca de felicidade ou sacanagem como eu. - Agora quem é a idiota? - Ela diz. - Você. - Não perco o argumento. Então, ela posiciona a adaga mais próxima a mim. Sorte minha que o tridente não caiu tão longe de mim. Ergo meu braço esquerdo para pegá-lo, e é devolvido com um olhar frio por Kya, principalmente na direção de meu machucado superficial da lança. Ela era doce, mas nem sempre seria. Ela estava mais machucada que eu, pois então, ela não perderia um momento de tornar essa situação contrária. Então enfiou o dedo em meu machucado e foi estreitando, alargando-o um pouco mais. Levanto minha mão direita, já que Kya a soltara e puxo seu cabelo, levando sua cabeça para o outro lado. Quando ela toma a atenção para o meu lado esquerdo, eu pego o tridente de uma vez, e quando está chegando em encontro com ela, a mineira simplesmente passa a adaga em meu braço esquerdo, um pouco mais baixo que meu machucado anterior. Então, não demoro para levar o tridente à sua coluna, fincando-o não muito profundamente. Só para que ela me soltasse por um instante. Sorrio. - Você ainda é a idiota, Kya. Empurro-a para o lado e vou me impulsionando com as pernas para longe. Assim que propriamente longe dela e de seu possível confronto, levanto-me e retiro o tridente de sua coluna, permitindo que role, ficando deitada para cima. Olho para Kya, principalmente para seus cabelos loiros cobertos de um líquido vermelho viscoso comum na arena. - Diga adeus à sua vida. Agora, empunho o tridente com as duas mãos no centro de seu cabo e simplesmente finco-o com os dentes em posição horizontal na região de seu tórax com força, fazendo-me sentir os estalos dos ossos e as dificuldades de passar pelos diversos tecidos, até que, por fim, finque no solo terroso. De seus olhos, saíam poucas lágrimas nada sinceras e de sua boca uma pequena quantidade de sangue. A pressão teria lhe ocasionado isso. Olho para seu rosto, mais uma vida desperdiçada, mais alguém morto que não me fez diferença, que nem me fez sentir compaixão. Olho para Jane, que observava boquiaberta e Lira que estava em transe segurando o seu recipiente, fazendo movimentos bruscos que não compreendia. Caminhei até a mesa e abri o saquinho marcado com o número quatro, me surpreendendo pelo recebimento do mesmo prêmio que Kya: pedra inúteis. Mas não as joguei fora. Guardei-as em meus bolsos, pensando que talvez serviriam para alguma coisa. Agora, eu tinha dois ferimentos no mesmo braço e precisava que cuidar deles o quanto antes. O meu casaco estava preso em minha cintura, já que não sentia mais frio desde que saí da mansão. Rasguei um pedaço da manga esquerda e amarrei-a em meu braço ferido, mesmo que não esterilizado, senti-me um pouco mais confortável que sem. Olhei para Lira e Jane, e minha reação foi apenas engolir em seco.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Kya Pierce | Distrito 12 | Desafio
Viver ou Morrer
            Ter medo da morte é ter medo de viver. Era o que minha mãe me dizia. Na época eu não entendia isso muito bem, era ainda uma criança. Mas agora vejo o que significa e vejo que se encaixa perfeitamente a essa situação. Ter medo da morte é ter medo de jogar. Para viver é preciso jogar com destreza, é preciso resumir em uma pessoa só os quesitos mais importantes nesse show de horrores: inteligência e coragem. Principalmente coragem. Não há vez para os covardes aqui.
          Eu descobri isso no primeiro dia, enquanto via as mortes dos outros tributos a minha volta. Era preciso ter coragem pra vir atrás das armas, ou então ser covarde o suficiente para abandonar sua chance de sobrevivência. Isso é ter medo de jogar. Isso é não ser audacioso o suficiente para descobrir a morte do jeito que ela aparenta ser. Fria e sem emoção.
          Nascendo e vivendo no meu distrito, muitas coisas aprendi sobre a morte. Ela pode vir muitas vezes da forma mais inusitada, na pessoa que menos espera ou até no momento que não se mostra nada oportuno. Mas a morte não é oportuna. É a retirada da alma do mundo terreno. É o fio que te leva embora do que foi a ser sua vida. Quando esse fio me puxar, eu espero que seja da maneira certa, e espero que eu não vá embora de um jeito que não quero, e nesses Jogos não é o lugar onde eu gostaria de viver meus últimos momentos.
          Não fui notada pelos outros sobreviventes, que se resumem a três e surpreendentemente vejo Jane entre eles. Acho que o corte não foi muito bem aplicado em sua garganta, mas isso não importa agora. O que vejo é Jane e outro tributo, um menino, procurando por algo na Cornucópia. A outra menina jaz caída no chão. São aliados, os três. É impossível não perceber. São aliados e, até então, sou sua única inimiga.
          “Devo ir embora em silêncio?”
          “SIM!” meu subconsciente grita, mas eu devo ignorar. O que seria eu agora se me recusasse a jogar, se sucumbisse ao medo da morte? Uma covarde! Uma inútil e amedrontada adolescente do Distrito 12, aquele a qual diziam que as pessoas fracas pertenciam. Mas não sou fraca. Não cheguei até aqui para ser chamada de covarde e correr quando tiver a primeira oportunidade. O medo não me controla!
          Altruísta o suficiente para pensar em fazer isso pela minha família, começo a levantar. Meu pulso ainda dói, mas não o suficiente para me incomodar demais. A queda não me deixou atordoada, mas minha caminhada é lenta. Não fui notada ainda, mas assim que todos ouvimos a voz de uma das Idealizadoras desse ano, todos pararam o que estavam fazendo, não notei se o tributo desmaiado acordou e nem se os outros prestaram atenção em mim, só fiquei atenta as palavras ditas no anterior silencio vazio do dia.
          “Saudações, tributos sobreviventes! Finalmente todos estão juntos novamente e confesso que estávamos ansiosos para este momento! Mas o que são os Jogos Vorazes que não apresentam nenhum agrado a seus competidores num momento de grande tensão? Ao fim desta mensagem apareceram quatro pacotes, cada qual com o número correspondente ao seu distrito. Talvez algo que precisem, talvez não. Decidirão quando os virem. Façam bom uso. E que a sorte esteja sempre a seu favor.”
          A mensagem termina. Volto a olhar para meus concorrentes e seus olhares se situam. O garoto, Jay, olha para mim. Vejo que está pronto para vir em minha direção quando duas coisas mudam seu destino. A garota realmente acorda e ele e Jane a ajudam a se situar, e um buraco começa a se abrir no chão há uma distância exata de nós quatro. Não é o chão cedendo a terra, mas sim uma abertura para uma mesa se colocar entre nós. Quatro pacotes, cada um com um número. Distinguir o que há lá dentro é impossível. Todos do mesmo tamanho, formato e fechados. O pacote que contém o “12” está na ponta direita.
         Não há tempo para pensar. Tenho que aproveitar o pouco tempo de vantagem e obrigo minhas pernas a se movimentarem. Não demora muito e começo a correr, mais ainda quando vejo Jay correndo também. Pego meu pacote um pouco antes dele e me afasto para ver em segurança o que há dentro. Minhas sobrancelhas se unem em confusão quando vejo o conteúdo. Pedras. De todos os tamanhos e pesos, mas só pedras. Talvez a de Jay tenha o mesmo conteúdo, pois o vejo confuso também. As outras meninas vão atrás de seus pacotes e involuntariamente dou um passo para trás. Sei que não sou e não posso ser covarde, mas o meu senso de autopreservação fala mais alto quando imagino ter de lutar sozinha contra três pessoas.
          Estou pronta para dar as costas quando algo estranho acontece. Não sei o que há nos pacotes das meninas, mas a julgar por suas expressões, não é nada agradável e não se tratam de simples pedras. Dos três, só Jay continua normal, mas confuso olhando para elas. É minha chance então.
          Pegando uma pedra média, jogo-a com força em direção a sua cabeça, e a acerto. Ele coloca a mão sobre o local atingido e olha para com raiva evidenciada nos olhos. Seu corpo começa a se movimentar e ele contorna a mesa, vindo em minha direção. Atiro pedrinhas pequenas em sua direção e ele desvia de duas delas, mas a terceira o acerta perto dos olhos. Corro então e , depois de soltar meu pacote para longe, chuto seu joelho, o fazendo grunhir e se abaixar alguns centímetros.
          Eu sou pequena e não muito forte. Não possuo muitos músculos, pois até ter sido sorteada na Colheita eu não precisava ser assim. Socos, se não forem nos lugares certos, não adiantaram de muita coisa e chutes chegam a ser cansativos e lentos. Devo concentrar a força que tenho nos cotovelos e joelhos.
         Jay se levanta mais rapidamente e impulsiona seu tridente para me golpear, mas desvio o suficiente para só minha jaqueta ser acertada. Girando a faca em minha mão direita para adequá-la a cada golpe, tento acertá-lo, mas ele também desvia. Numa das investidas minha mão bate contra seu braço esquerdo e noto em sua expressão uma pitada de dor, talvez. Está ferido! Evitando usar minha mão esquerda, impulsiono o cotovelo tentando dar um golpe sem sucesso, mas voltando no sentido anti-horário e acertando sua mandíbula. Isso o puxa alguns centímetros para a esquerda e me dá a brecha que preciso para acertar seu ferimento com o cabo da faca. Vi um pouco da personalidade dele e sei que é orgulhoso demais para se deixar gritar por isso.
          Ele parece irritado e levanta sua perna, chutando meu estômago, de um jeito que eu não poderia evitar. Caio no chão com a respiração entrecortada e logo rolo para a direita vendo seu tridente brilhar a luz do sol quando vem na direção de fincar onde eu estava. Uso minha perna para derrubá-lo e chuto seu tridente antes fincado na grama, para longe. Nunca fui boa com armas desse tipo, como lanças. Usei este tipo de armas somente uma vez, no dia em que comecei a me relacionar com Melanie. E, como ela viu, não foi uma das melhores performances, apesar de seu conselho.
          E fora uma boa ideia chutar seu tridente para longe, pois agora ele está sem arma nenhuma, mas ainda é forte. Quando fico de joelhos sobre ele e tento lançar minha faca em direção ao seu peito, mas sua mão esquerda a segura e faz força para fora e aperta meu pulso, tentando me fazer abrir a mão. Seguro a faca com mais força e coloco minha mão esquerda aberta em sua face, impulsionando para baixo. A dor no meu pulso começa, mas aguento firme. Poderia ficar assim por um bom tempo, mas sua mão direita começa a desferir socos em minhas costelas que ficaram desprotegidas.
          Minha respiração fica falha e mais ofegante do que já estava. Rolo rapidamente para o lado, fugindo dos socos, mas volto em sua direção quando ele levanta para ir atrás do tridente. Antes que possa alcançar a arma, pulo ao lado de seu braço esquerdo e o puxo, cravando minha faca nele. Agora sim ele dignou-se a soltar um grito. Pois bem, vejo que ele não é assim tão masoquista.
          - Sua... – não espero para ouvir o final, apenas chuto sua panturrilha e o faço se agachar, puxando seu braço para trás. Agora que vejo-me fazendo dor em seu ser, é difícil parar.
          Mas algo me faz recuar. Quando sua cabeça se inclinou pelo chute, pude ver seus olhos. Caleb tem essa mesma cor em sua íris. Como não pude perceber isso antes? É com essa mesmo cor dos olhos que Caleb me olhava todo dia quando eu saía de casa e ele me acompanhava até a escola. É com essa cor que eu sonhava acordar todo dia. A cor que me trazia paz.
          Dou um passo para trás. Não quero pensar que aquele cujo objetivo neste momento é me matar, tenha algo em comum com aquele que verdadeiramente gosta de mim e que, por mais fechado que seja, conseguiu se abrir para mim no justo dia da Colheita, por mais que seus sentimentos já fossem visíveis pelos pequenos gestos que fazia. Os Jogos são um sinônimo de vitória? Pois bem, os farei serem isso e muito mais para mim.
           - O que foi, menina brilhante – disse Jay falando com deboche o apelido adotado por alguns. – Não tem coragem de matar?
          - Não, apenas não quero ser uma assassina maníaca como você - não posso garantir que essa seja uma informação realista, mas é o que vem em minha cabeça para ser dito.
          - Boquinha afiada, Doze. Mas quem sabe cortando sua língua não adquira bons modos.
          Com seu tridente já em mãos, ele veio para cima de mim. Com sua arma novamente em mão, parece que ele começara a levar a luta como uma brincadeira, como se não fosse nada de mais. Rindo quando eu não lhe acertava com meus golpes e caçoando quando o golpe não era tão eficiente.
          - Ainda não acredito como conseguiu sobreviver até só restar nós quatro – debochou quando nos afastamos um pouco. Aparentemente o duelo ficaria somente entre nós dois. Jane e a outra menina não haviam vindo para ajudá-lo contra mim. Não sei se é porque acham que ele consegue cuidar de mim sozinho ou porque estão ocupadas, mas, sinceramente, isto não faz diferença alguma agora.
          O tridente vem em minha direção, mas ele não o arremessa. Não seria burro o suficiente para se deixar separar de sua arma por uma segunda vez. Sua mão segura minha jaqueta e a torce, me fazendo virar em cento e oitenta graus, ficando de costas. Como fico me remexendo ele não consegue um lugar fixo para atingir e uma das pontas do tridente acerta a lateral de meu quadril. Eu grito e seguro minhas lágrimas, não o deixando ter um espetáculo com meu sofrimento. Espero ele retirar o tridente e me viro antes que possa fincá-lo em mim outra vez. Torço seu braço e acerto logo abaixo de suas costelas com meu joelho. Ele se abaixa um pouco e aproveito o momento pare acertar-lhe um soco na garganta. Ele sufoca por um instante e é o suficiente para eu agarrar seu tridente e tirá-lo de sua mão enquanto espelho o chute que recebi no estômago, o fazendo cair para trás.
          Ainda vendo-o ofegante, fico de pé com um pé de cada lado de seu tronco e, usando seu próprio tridente, perfuro seu peito. Vejo lentamente a vida se esvair de seu corpo, mas não antes de chamar por Lira, talvez a garota que ele gostaria de estar vendo com seus olhos. Olhos que contem a cor que me trazia calma. Aquela cor...
          Depois disso, tudo fica passando em câmera lenta. Afasto-me alguns passos do corpo cujo tridente ainda jaz cravado no peito e sinto o sol inundar minha pele, aumentando o calor de meu corpo já produzido pela luta. Não ouço Jane, nem a garota que presumo ser Lira. Não ouço nada além das batidas rápidas de meu coração. Ganhei uma batalha, mas ainda não terminou a guerra. Só sinto que isso mudou algo dentro de mim. Mais esperança, talvez? Não sei.
          Cambaleio um pouco e me ajoelho no chão, permitindo-me sentir o cansaço físico dos ferimentos e mental das horas nesse lugar. Penso em apenas me deitar e deixar-me relaxar sob a brisa dos ventos fortes que provém do labirinto, mas um grito me alerta de que não estou sozinha. Não é a voz de Jane, então só pode ser Lira. Ela chama, chama por Jay, mas ele não vai lhe atender. Eu o impossibilitei de fazer isso. Eu tirei sua vida. Mas não há tempo para me arrepender. Na nossa existência terrena só podemos escolher entre duas coisas: viver ou morrer. E eu escolhi viver por aqueles que se importam comigo.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Desafio
Jane Evans – Distrito 2
Meus momentos na arena estavam acabando, sei que há pouco de nós aqui. E apenas um poderá sobreviver. Não teria coragem de ferir ou até mesmo matar Lira ou Jay, afinal foram eles os meus únicos amigos aqui na arena, os únicos que me acolheram, mesmo eu sendo uma baixinha invocada, eles me aceitaram do jeito que sou e os agradeço por esse feito. Antes, eu só queria ir para os jogos, vencê-lo e voltar para a casa como vitoriosa, fazer com que minha mãe se orgulhasse de mim, sua única filha agora, mas agora tudo mudou, eu quero, eu preciso ganhar os jogos, mas muita coisa está em jogo, minha vida, a vida de meus aliados, e o desespero de minha mãe.
A cornucópia – antes vazia – agora estava com quatro pequenas mochilas, cada qual com nosso nome e distrito, olhei para Lira e Jay, eles sabiam que o pior estava por vir. Algo ia acontecer, alguma briga, alguma morte, alguma coisa. Era óbvio que eu queria pegar minha mochila e ver o que tinha dentro, afinal, se tivessem mantimentos seria um bom ato de generosidade da capital, mas não, eles não fariam isso, e quanto aos patrocinadores? A capital simplesmente nos odeia, somos como fantoches para eles. Nós sofremos, eles se divertem, riem. A cada morte, mais uma risada arrancada de suas bocas. A cada ano, vinte e três jovens inocentes são mortos, e isso era o maior entretenimento deles. Não aguentava mais, eu preciso ver o que estava na mochila, mesmo que seja algo de ruim. Olhei para os lados cuidadosamente, dei apenas alguns passos a frente, torcendo para que Kya não aparecesse de repente. Dei um olhar geral em volta da cornucópia e ao meo redor e comecei a correr o mais rápido que pude em direção a minha mochila. “Jane Evans – Distrito 2”
Aagarrei e no mesmo momento me ajoelhei ao chão. E no segundo seguinte, meu pesadelo começou. Minha mãe morta ao chão, com sangue escorrendo por sua cabeça, seus olhos cinzas e radiantes, não tinham mais aquele brilho, seu olhar parecendo distante, como em uma outra realidade. Minhas memórias de quando eu era pequena vieram à tona, minha mãe cantava uma simples cantiga de roda para mim todas as noites para que eu dormisse, as brincadeiras que fazíamos, a minha preferida era a cabra cega, minha mãe pegava um pedaço de pano e cobria seus olhos enquanto eu e meu irmão fugíamos dela. Essas são minhas memórias, que nunca irei esquecê-las, as mais preciosas, mas que agora são as que mais me atormentam.
O local onde eu estava, era a minha casa, a casa onde eu moro desde o momento em que nasci, e agora, seu chão está coberto de sangue, e pelo corpo de minha mãe. Minha vista está embaçada, não consigo enxergar mais nada, apenas borrões, minhas pernas bambas e desnorteadas me levam ao chão, não estava acreditando no que eu havia presenciado, minha mãe, meu porto seguro, minha melhor amiga, minha luz, morta. No chão de nossa casa. Coloquei meus braços em volta de minha cabeça na esperança de que tudo isso acabasse, isso não é real, nÃo é. É apenas um pesadelo, uma brincadeira que a capital está fazendo com você Jane, não se deixe levar. O cenário de meu pesadelo muda, estou em meu quarto, vejo meu papel de parede azul claro, com fotos minha de infância e fotos de minha mãe e meu irmão, a velha mesa de madeira onde eu colocava meus pertences, a maioria de meus desenhos estavam espalhados por toda a região, eu adorava desenhar campos e flores, e pintar com lápis de cor ou até mesmo giz de cera, assim eu fazia meu mundo colorido. O meu próprio mundo.
Meu corpo congela. Não. Não. Mil vezes não.
Os corpos de Jay e Lira jogados em cima de minha cama, pálidos como ninguém havia visto antes, seus olhos como o de minha mãe estão sem vida. Seus braços estão entrelaçados, e uma rosa vermelha está na mão de Lira. Era uma cena romântica de se ver, porém triste. Os dois eram um casal que dava alegria de se ver, o jeito em que se olhavam, cada sorriso que eles compartilhavam, eram como se a luz viesse ao mundo novamente, fala sério, os dois eram perfeitos juntos.
Lira, sempre a admirei, sempre foi uma mulher forte e determinada, sem medo e sem a incerteza se devíamos voltar para trás. Inteligente, matura e responsável. Essa sempre foi e sempre será a Lira que conheço. Sempre alegre, cheia de energia e com um outro olhar para o mundo. Uma grande amiga ela foi para mim, sei que ela me amava, assim como a amo. Nossa relação foi curta, mas pelo pouco período de tempo criamos um laço muito forte, inesquecível. Lira sempre sera lembrada por mim como uma garota forte, independente. Talvez seja por isso que ela tenha conquistado Jay. Mas não, não é ciúmes que tenho, eu tenho é orgulho que esses dois tenham se dado tão bem assim, apesar das diferenças, eles se amam e se completam.
Jay, ah, esse eu tenho muito o que falar, seu gênio forte e sua desobediência eram exatamente igual a mim, por isso que nós brigávamos tanto, e ainda por cima por coisas bobas, mas eu me divertia com essas brigas tolas, era até engraçado, admito. Jay sempre foi forte, e um colírio aos olhos de todos, tanto que até no primeiro dia todas as tributos não paravam de olhá-lo, e claro, ele tirava vantagem disso. Sempre foi confiante em suas escolhas e destemido, nunca desistia de nada, sempre caminhava a frente. Acima de tudo, corajoso, não tinha medo de nada, adorava desafios, adorava enfrentar o perigo e estava sempre pronto para o que der e vier. Além de tudo, sempre gostei de Jay, era um garoto que fazia meu tipo – Nossa Jane, você tem um tipo? - Pois é, mas ele era estilo bad boy, e tinha aquele sorriso sacana, e ninguém resistiria ao charme dele. Minha companheira Lira foi rápida.
Mas sinto a falta deles. Se antes estava difícil de segurar meu choro, agora era uma missão impossível, eu perdi as três pessoas mais importantes para mim, Lira e Jay, esses dois tinham que viver por mais tempo, a vida foi injusta com eles, não só com eles, com todos nós. Todos fomos condenados a ir naquela maldita arena, a que causou tantas mortes, tantas brigas e tanta tristeza.
Agora está tudo acabado, sem Lira, sem Jay, sem minha mãe. Estava desnorteada, não sabia mais para onde ir. Não tinha para onde eu ir.
Minha respiração estava ofegante, abri meus olhos e vejo o céu escuro, cheio de estrelas, e ao meu lado vejo árvores e mais árvores, apenas suas formas, está tudo escuro, eu ainda segurava a mochila em minhas mãos. Era apenas um pesadelo. Nada disso aconteceu.
Ao meu lado vejo Lira desacordada, provavelmente no mesmo estado em que eu me encontrava há poucos minutos antes. Ela estava em seu próprio pesadelo. E não há nada que eu podia fazer.
Procuro Jay, e vejo que ele está travando uma batalha com Kya, ah, finalmente a espertinha apareceu. Seus cabelos loiros trançados moviam rapidente a cada movimento que fazia, seus grandes olhos beiravam maldade e determinação, Jay no entanto estava com um olhar focado, ele queria ganhar essa batalha, ele teria que ganhar.
Os movimentos dos dois eram rápidos e ágeis, não conseguia me concentrar em apenas um, os dois lutavam na mesma posição, Jay era o mais forte, isso era óbvio, o que dava mais vantagem em seus golpes, Kya no entanto era pequena e tinha mais facilidade em se movimentar e se esquivar.
Seria uma batalha difícil.
Meu coração acelerava a cada golpe em que Jay levava, ele estava sangrando, e muito. Kya se encontrava na mesma situação, os dois estavam sem fôlego, cansados, mas mesmo assim a determinação não os parava.
Jay a acertava com chutes e Kya desiquilibrava, isso o fez rir.
Minha visão ficava embaçada a cada vez mais, não aguentava mais o peso de meus olhos, minha cabeça estava com uma forte dor latejando, meu pescoço estava duro, não conseguia sentir mais nada.
Foi ai que eu vi, a escuridão.  
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Lira Milborne - Distrito 11
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As coisas mortas deveriam permanecer mortas. Esse é o ciclo da vida. Você nasce, cresce e um dia finalmente morre. Eu deveria estar morta. Deveria, mas não estou. Por algum motivo eu não estou e acho que sei qual é. Minha vontade de viver e lutar é gigante demais, meu desejo de ver quem eu amo a salvo é maior ainda, e não vou descansar enquanto eles não estiverem seguros.  Mas enquanto não me ajudarem do outro lado, não consigo atingir meu objetivo. Eu tenho plena consciência do meu estado. Não consigo ter controle sob meu corpo, minha mente oscila entre a ilusão e o completo breu. Algumas vezes caio em sonhos profundos e reais demais, outras eu fico sozinha no escuro e escuto algumas palavras que Jay sussurra para mim. Ele pede para que eu acorde, e toda vez que isso acontece me agarro a sua voz para ter a certeza de que ainda estou viva.  Devo estar na linha tênue que separa a vida da morte, mas me recuso a morrer. Por um lado, quero isso. Quero me juntar a minha família, quero descobrir o que há além de tudo isso. Por outro, quero ficar. E se eu ficar, eu vou lutar com duas vezes mais força. Não sei como isso é possível, mas meu consciente cria emboscadas para mim, me prega peças e ri da minha cara o tempo todo. Em algum lugar do meu subconsciente, estou agachada no escuro e só um feixe de luz me ilumina. -Lira, por favor abra os olhos. - escuto a voz de Jay sussurrando. Olho para cima, para a luz, e me atento a suas palavras. – Acorde, acorde... Por favor, você não pode ficar inconsciente por muito tempo. É arriscado. Então... Pelo amor de Deus, acorde.  Quero que ele saiba que estou escutando cada súplica, cada sussurro. Sorrio de leve e enxugo as lágrimas com as costas das mãos, e então eu vejo. Do outro lado do espaço em que me encontro aparece um ponto azul, da cor dos olhos de Jay, um azul que se intensifica cada vez mais e dessa vez consigo enxergar o cenário todo. Não estou mais no escuro, estou em uma praia. A areia faz cócegas em meus pés e a maré bate nos meus dedos, levando todos os vestígios de conchas rosadas. Olho para o horizonte e respiro fundo enquanto a brisa bagunça meus cabelos.  -Você não deveria estar aqui. – uma voz surge atrás de mim.  Me viro rapidamente, preocupada com quem possa ser. Proteu está bem ali, na minha frente, usando uma camisa branca aberta e calças brancas e leves com as barras enroladas. Ele brinca com algumas conchinhas que estão na sua mão e me dá um sorriso torto.  -Que grande encrenca que você se meteu, mocinha. – ele cruza os braços atrás das costas e sorri. -Proteu? O que está fazendo aqui? Onde estamos? -Em lugar nenhum, tecnicamente. Na verdade, isso aqui – ele faz um círculo com o dedo – é uma criação sua. Que tal caminharmos um pouco? – ele começa a andar e eu o sigo. – Quero lhe mostrar uma coisa e não temos muito tempo. -Por que estamos aqui? Eu estou morta? -Ainda não. Só está um pouco... Fora de área, por enquanto.  -Foi a infecção? -Sim. – ele entristece. – A infecção atingiu o seu sangue, e contaminou seu coração. Suas chances são bem remotas. – Ele suspira. -Como estão Jay e Jane? – pergunto encarando meus pés descalços e sujos de areia branca.  -Bem na medida do possível. Estão muito preocupados com você. Principalmente o garoto. Eu juro que pensei que ele não dava a mínima para você, mas depois de tudo o que aconteceu... Não sei explicar. Você o mudou e ele mudou você.  -Como assim? Somos exatamente iguais ao que éramos. -Não. Ele te ensinou a correr atrás do que realmente quer, te ensinou a quebrar barreiras por seus desejos, e em troca disso você o ensinou a amar. O ensinou a viver. Vocês dois são um para o outro ambos remédio e veneno. Ele faria tudo por você. -E eu faria tudo por ele. – murmurei.  -Sei disso. Você abriu mão da sua vida por ele, lembra? Greyhard não ficou nem um pouco contente. – ele desacelera os passos e sorri animado. – Ah, ali está. Não é encantador? Olho para frente e perco o fôlego. Vejo a mim mesma correndo na praia, estou enrolada em um lençol branco com as bordas molhadas do mar. Estou rindo. Estou feliz. Tento entender o que está acontecendo quando Jay aparece correndo atrás da outra Lira, usando uma calça jeans velha e passando a mão pelos cabelos molhados. Ele também está feliz. Jay agarra Lira por trás e a ergue no ar como se eu pesasse uma pena. Ele a beija – ele me beija. E eu sinto. Sinto a pressão de seus lábios nos meus, sinto seu calor, seu cheiro. Por um segundo, sinto inveja de mim mesma. Queria estar no lugar da outra Lira, queria aquela vida para mim. Quero tudo o que não posso ter. -O que é isso? – pergunto sem tirar os olhos do casal.  -Você. E Jay. Na sua perspectiva de vida perfeita.  -Vida perfeita? – pergunto confusa.  -Você sabe... Noites sem dormir, muitas risadas, muitas brigas inúteis, muita reconciliação... Muito sexo. – ele solta um risinho e sinto minhas bochechas queimarem.  De repente o tempo muda. O céu escurece, o mar enfurece e o vento leva meus sonhos para longe. Jay e a outra Lira desaparecem e árvores negras e secas surgem do chão, transformando minha praia em uma floresta sombria e solitária.  No meio dos galhos retorcidos e mortos há uma rosa. Uma única e solitária rosa.  -Eu vou morrer? – murmuro.  -Não. Pessoas estão abrindo mão de muita coisa para salvar sua vida, tudo está ligado, você está presa a cada passo que o 13 dá. Você é a fechadura do segredo. -Preciso voltar. – falo decidida. Tenho que acordar, agora! -Em alguns minutos. Paciência. – ele tenta me acalmar. -Não! Tenho que acordar agora! – fechei meus olhos com força e me concentrei em tudo. Em Jay, em Jane, em Derek e Greg, nos meus pais sorrindo, nos campos do 11, na destruição do 13, em Snow, nos meus beijos com Jay, nos meus beijos com Derek, nos meus acessos de raiva na minha alma que pulsava ódio, raiva, agonia, força, desejo. Eu quero tudo. Tudo. Eu preciso de tudo. -Lira, não! Você vai destruir esse lugar. Preciso acordar agora. Acorda Lira, acorda. Vamos lá coração, bate, mais uma vez, só uma batida. O tempo a minha volta está mil vezes pior, eu estou deixando esse lugar em pedaços. Vamos lá, vamos lá. Um... Dois... Três... Abra os olhos! Eu arfo.  Arqueio minhas costas jogando a cabeça para trás e busco por ar. Minha visão está embaçada e forço meus olhos a agirem como olhos. As imagens começam a ganhar foco. Por um momento espero um abraço, um “Ai meu Deus, você está viva”, mas não estou nem perto de Jay e Jane. Estou na grama. Viro para o lado e fico de barriga para baixo, meu rosto encostando na terra molhada, minhas mãos apoiadas nas pedras. Posso sentir que ainda estou fraca demais. Não conseguirei fazer tudo sozinha por enquanto. Mas por mais que tudo isso esteja acontecendo a única coisa que quero é encontrar Jay. Eu sinto que ele está machucado, cansado, preocupado. Quero dizer a ele que estou bem. Na medida do possível.  E é aí que Jane grita. Olho para frente assustada. Ela está perdida em um tipo de ilusão própria, tenho certeza que não está enxergando nem mesmo a mim.  -Jane. – minha voz sai rouca. Me arrasto até ela. Os galhos arranhando meus braços, a terra esfolando meu joelho... Mas é a minha única força. Não consigo me mover nem mesmo meio metro e desabo novamente. Jane parece ter se acalmado, seja lá o que ela viu a deixou bem atormentada.  E então eu olho para o lado.  Meu mundo desaba.  Jay e Kya estão lutando.  -Jay! – grito, mas o som sai abafado e sem efeito algum.  Meus olhos se enchem de lágrimas. Ele é a única coisa que eu tenho. Não posso perde-lo, nem hoje, nem nunca. A adrenalina que corre pelo meu corpo me faz levantar. Eu estou tremendo, estou fraca e sei que vou cair a qualquer momento, é só uma questão de tempo. Dou alguns passos errantes, fraquejando a cada suspiro. Cambaleio para um lado e tento chamar Jay novamente. Ele não vai me ouvir, ele não sabe nem que eu estou viva e isso é o que mais me magoa. Ele me deixou sozinha.  Jay fala alguma coisa para Kya, algo que não escuto. E quando eu pisco os olhos, Kya o golpeia. É como uma cena em câmera lenta, enquanto ele cai eu caio também e atingimos o chão no mesmo segundo.  Dessa vez não levanto. A imagem dos dois lutando se desfoca e meus dedos esbarram em algo. Uma mochila.  Estou curiosa. O que uma mochila está fazendo aqui? No meio do caminho? Tudo escurece. Por um momento penso que morri. Mas agora sei que não, estou em uma ilusão novamente, mas nesse caso, não sou eu que estou controlando.
*****
São rosas. Quilômetros e quilômetros de corredores de roseiras.  Estou em um labirinto, no meu próprio labirinto. Olho para mim mesma, estou vestida de noiva e enquanto admiro a beleza das flores outro um leve cantarolar. Sigo o som com curiosidade e sinto um arrepio quando vejo ninguém menos do que o pai de Jay. Ele está cortando todos os botões de rosa e a seus pés está uma poça imensa de sangue. Sinto meu coração palpitar e seguro um grito. Ele volta sua atenção para mim e sorri.  -Olha só para você. Tão linda... Tão jovem... Tão... -Eu vou acabar com você! – eu grito. Ele gargalha como se eu tivesse contado a piada mais engraçada do mundo e eu me encho de raiva.  -Olha só o que nós fizemos com a sua família. – ele aponta a tesoura para o lado e agora consigo enxergar uma pilha de corpos. Derek, Greg, meus pais, Greyhard, Jane, James, meus amigos do 11, Proteu... Todos que eu amo ou que eu amei estão mortos. Todos menos... -Jay. – eu digo. Ele aparece de trás das rosas. As roupas brancas sujas de sangue, um sorriso aterrorizante e um olhar que saboreava cada pedaço do meu desespero.  -Não! – eu grito em meio a lágrimas. – Não! Por favor não! Meu buquê de flores cai no chão e fica sujo do vermelho viscoso do sangue. Corro em direção aos corpos e olho desesperada um por um, me agarrando a Derek no final. Deito minha cabeça sobre seu tórax imóvel e tento escutar seu coração mudo.  -Olha o que você fez! Eu nunca vou te perdoar por isso! Nunca! Nunca!
O que eu mais temia aconteceu. Jay se transformou em uma pessoa igual a seu pai.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Mil desculpas pela imensa demora pelas notas ;-;
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Notas desafio 7
Lira Katherine Milborne - D11 - 29,5
Kya Pierce - D12 - 27,8
Jay O'C - D4 - 27,7
Jane Evans - D2 - 27
    - Jay O'Connell foi morto por Kya Pierce. 
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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tchutchucas do meu coração azedo, preciso de remédio para Lira s2s2s2 muahahahah
São 70 pontos para o seu remédio thuthuca heuhuehuehue
//Annelyss
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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MANDEI MEU DS SUAS LINDJAS.
OKEI SUA LINDJA.
//Annelyss
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Prazo do desafio adiado para 30/05.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Hey. Passei aqui só pra confirmar se receberam meu desafio. Obg.
Recebemos sim. //Annelyss
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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Estejam preparados. Vencer é sobreviver, e como devem ter percebido, não é tão fácil assim.
A generosidade da Capital ainda não acabou. Em frente à cornucópia, se encontram quatro pacotes, cada qual com um dono: Kya, Jane, Jay e Lira. Dentro de cada pacote, estão alguns presentinhos. Bem, alguns nem tão agradáveis. E tem mais! Um duelo entre o galanteador do Distrito quatro e a espertinha do doze.  
 Neste desafio deve conter:
O que sentiram ao ver a generosidade da Capital;
Sua reação ao abrir seu pacote;
Descreva o duelo, ou como foi “assistir” ao duelo;
Observações:
- Nos pacotes de Jane e Lira estão imagens de seus mais profundos medos. Adeus sanidade! Quanto aos pacotes de Jay e Kya… Nele não há nada mais nada menos que pedras!
- Entre Kya e Jay, aquele que tirar a maior nota no desafio permanecerá vivo. E caso haja interrupções de outros tributos na luta, saibam que a interferência não fará diferença alguma.
- O desafio deve ser entregue até dia 26/05/14, até as 00:00.
                                                          Dúvidas, ask
                                                              Atenciosamente, Game Makers.
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games-of-death-rpg-blog · 11 years ago
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  E se o mundo corresse perigo e só você pudesse salvá-lo?
Os deuses decidem jogar um jogo que coloca toda a humanidade em perigo. As pessoas se desesperam, tentam fugir e muitos cometem suicídio. Começam a matar uns aos outros e a batalhar para salvarem a si mesmos. Mas, dentre toda esta bagunça, quatro jovens foram escolhidos por um mago para treinar pessoas do mundo inteiro, e assim vencer os deuses que ameaçam destruir o mundo que conhecemos.
FICHAS
HISTÓRIA
F.A.Q
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