la leyenda que hoy palpita en mi nostálgica canción
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✽ "minha vida não tem mais espaço para você." de que importava althara? o fato daquele lugar ser o que era deveria diminuir ainda mais as chances dos dois. eles eram feitos para verões e praias paradisíacas, montanhas cobertas de neve e lareiras, mas acima de tudo eles eram feitos para momentos de irresponsabilidade. pela primeira vez em muito tempo gaspar precisava atuar, precisava fingir e conseguir o que todos ali queriam. precisava de um noivado, de uma responsabilidade. precisava garantir o futuro do uruguai, o futuro dos seus irmãos. mas drew... drew não sabia o que era aquilo. "não foi fácil de esquecer, mas foi possível. e é isso que deveria importar. a gente... a gente foi diversão, não é isso? e eu sei que você ainda vive desse jeito, mas eu não. eu não posso mais." queria que o outro entendesse, mas as coisas pareciam sobrevoar a cabeça de drew. a vida dele não era fácil, gaspar sabia disso, mas ele tornava certas coisas fáceis. "parece que para você tudo é..." gaspar sabia que se aproximar era um perigo, mas aquele assunto era perigoso demais para se discutir em público e ele honestamente não sabia de onde estava tirando a coragem para o fazer. "andrew... nossa relação acabou. eu não te conheço tão bem, eu conheço o seu tipo. e minha vida já não precisa de tipos como você. o final dessa história é cada um tomando o seu rumo. ao final disso eu volto para o uruguai, e pretendo não sair de lá por um bom tempo."
drew encarou gaspar com aquele meio sorriso que pendia mais para malícia do que para qualquer sinal de arrependimento — ou desistência . nem mesmo o tom gelado , quase cruel , do príncipe parecia intimidá-lo . talvez porque drew já tivesse ouvido palavras piores . ‘ é , você tem razão . brasil é passado . ’ respondeu , quase casual . mas o tom atrevido que veio logo depois não dava espaço pra dúvida . ‘ mas estamos em althara agora . e aqui tá cheio de espaço para novas memórias . ’ deu de ombros , teatralmente casual , mas os olhos se estreitaram por um segundo , como se observasse uma rachadura na fachada de gaspar . era ali que ele mais gostava de mirar . ‘ não foi tão fácil de esquecer , pelo visto , se a gente ainda tá falando disso . ’ drew sabia o que estava fazendo . sempre soube . e mesmo que tivesse se aproximado de gaspar por outros motivos no começo — o que , sinceramente , ele fazia com qualquer um — não era mentira que lembrava . quando o outro fechou o rosto ao ouvir sobre o medalhão , drew apenas arqueou as sobrancelhas , fingindo inocência . como se não tivesse ideia de que havia cutucado um nervo sensível . ‘ eu não estava brincando . ’ respondeu de imediato , sem mudar o tom . dessa vez , foi firme . porque , por trás do sarcasmo , existia uma coisa que drew não fingia : ele odiava quando o subestimavam . ‘ viu ? você me conhece tão bem . deveríamos parar de brigar já que já sabemos qual o final dessa história . ’
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𝗼𝗻𝗱𝗲: em algum lugar da floresta . 𝗰𝗼𝗺: @amayitaon . ❛ you're lucky you're cute. ❜
✽ era um broche com o símbolo de seu país. era simples, porém muito bonito, e isso combinava perfeitamente com o estilo de gaspar e sua vida. ele não sabia até onde acreditava na "magia" daquele lugar. não quando o assunto era amor. esse era um tópico tão complicado, que não sabia se podia ser resumido a uma caçada daquelas. fosse o que fosse, gaspar queria dar uma chance a sorte. uma chance bem grande e fácil. então após caminhar um pouco e achar um local com uma vista bonita, o uruguaio escolheu umas flores mortas do chão e colocou-as sob seu broche, e depois o arranjo em cima de um toco de uma árvore cortada. era um lugar extremamente fácil. deveria se sentir antidesportivo por aquilo? o que quer que fosse assombrar seus pensamentos foi interrompido por uma voz conhecida. mayi. ela também era um coração, como ele. "é o que dizem..." é o que dizem? que tipo de resposta era aquela? quem dizia? além de sua mãe? mierda. "hã..." ele disfarçou sua vergonha por sua resposta tipicamente encantadora. a novidade ali era a vergonha, nova em sua vida, porém presente em althara. "eu quero ser encontrado... um pouco fácil demais, você acha?"
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✽ curiosamente, ou nem tanto, gaspar não se dava bem com a maioria das pessoas naquele brunch. se fosse unilateral ou não, ele não se importava. mesmo assim, ele precisava fingir, e fingindo ele estava. se enchendo de comida, gaspar se manteve ocupado e feliz. quando ele finalmente viu um rosto diferente, era apenas natural que sua curiosidade tirasse o melhor dele e ele criasse coragem para se aproximar. teve sua investida minada ao ver a reação do outro, que com certeza esperava uma reação bem diferente de gaspar. "você acha mesmo que eu vim aqui te tirar um copo de água?" seu tom dizia claramente sua opinião sobre certas coisas, era como quem dizia 'qual é, sou eu!'. "eu só vim aqui perguntar como estão as coisas na caçada. ficar nesse brunch não é muito... divertido. os assuntos minimamente dignos acabam... muito rápido."
Já havia atrapalhado uma boa parcela dos caçadores, então, tinha dado sua missão como cumprida. Por isso, resolveu ir discretamente até o jardim, andando pelos cantos para tentar roubar alguma coisa pra comer despercebido ou algo para beber ao menos, por que estava com a garganta seca. Contudo, foi quando colocou as mãos em uma taça que acabou sendo abordado por muse, automaticamente ergueu a mão livre como sinal de rendição. ❝Por favor, até onde eu sei não se nega água a ninguém, não concorda?❞
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✽ gaspar não deixava de se surpreender com a incapacidade que drew tinha de entender os sentimentos de outras pessoas. de entender sentimentos básicos, para ser mais exato. "eu só acho que... 'a gente' não é nada e que nosso passado no brasil é só isso. passado." o uruguaio não gostava da maneira como o outro insinuava um certo tipo de relação onde não tinha. pelo menos não mais. se havia alguma chance de existir, foi extinta na última vez que eles se viram e agora eles estavam ali de novo, mas tudo havia mudado. "ainda relembra muito essa memória?" perguntou com um tom condescendente, provocativo. seu olhar ainda estava longe, mas aos poucos se permitia seu desgosto transformar o seu tom num sarcasmo ácido. drew falar daquela maneira, revivendo aqueles momentos talvez explicasse porque eles sempre voltavam. porque ele sempre voltava. gaspar não iria mais cometer esse erro. ao escutar seu medalhão sendo citado, um broche dourado com o sol de artigas, fez com que gaspar fechasse a expressão que estava tentando tranquilizar. "isso não é uma piada, drew." por mais que ele não visse graça naquela caçada, sabiam que as pessoas estavam assistindo com expectativas. as pessoas do seu país, sua família, de algum lugar. a mínima ideia daquela conversa já parecia perigosa, mas arriscar incentivar que alguém como drew achasse seu coração... aquilo seria péssimo para a sua imagem. e péssimo para o seu coração verdadeiro, que agora batia descompassado em seu peito. "mas se sei o mínimo sobre você, quanto mais eu resistir, mais você vai gostar, não é?" e era o mínimo que sabia mesmo, sendo isso tudo que o outro lhe oferecia.
uma parte dele esperava exatamente aquela reação . a outra ... sempre tinha esperança de algo diferente . mas mesmo assim , drew arqueou uma sobrancelha , o sorriso se alargando como quem saboreava a deixa perfeita . se desencostou da pilastra só o suficiente para inclinar o corpo levemente em direção de gaspar . ‘ se a gente fosse do tipo que se importa com o que é adequado , você não teria me deixado entrar escondido no seu quarto naquele palácio no brasil . ’ disse num tom mais baixo , quase conspiratório . ‘ e eu não teria saído antes do amanhecer com seu cheiro até no pescoço . ’ drew recuou com um sorriso lascivo , cruzando os braços . o callahan não se importava em soar imoral , ainda mais com o príncipe uruguaio . ‘ não é como se eu tivesse criado muitas expectativas de decência para manter , né ? ’ ele deu mais um passo , ladeando o príncipe para ficar em seu campo de visão . quando gaspar virou de costas , drew não recuou , mesmo que forçasse o sorriso no rosto naquela altura . não era do tipo que aceitava silêncio como fim de conversa . ‘ é , talvez . ’ coçou a nuca , fingindo uma hesitação que não sentia . ‘ mas seria uma pena deixar seu medalhão sozinho na floresta . eu já encontrei o seu coração duas vezes , acho que consigo uma terceira . ’
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✽ ele escolheu passar um tempo sozinho. um local tão cheio costumava trazer um certo desconforto para alguém tão acostumado com o silêncio. certas coisas nunca seriam adequadas e talvez esse pensamento o assustasse. ele não parecia adequado. dispensou seu segurança e resolveu caminhar. não da maneira forçada como fazia na manhã, troteando quando conseguia e suando para mostrar que estava fazendo algo. só um passo depois do outro, o sol da tarde acariciando seu rosto. parecia uma tarde perfeita. o tipo de dia que não tem como dar errado, que era apenas mais um reflexo da rotina que lhe foi imposta. mas não, as coisas com gaspar nunca funcionavam dessa maneira. estava sozinho, milonga correndo em algum lugar por ali, observando os pássaros. não quis falar nada, chamar atenção deles, apenas escutava suas interações com cuidado, tentando entender mais do que a canção. a voz que o interrompeu fez calafrios percorrerem a sua espinha, sua expressão rapidamente se transformando em uma de desgosto. demorou para se virar rapidamente, criando coragem e pensando, também, no que dizer. era claro que aquela pessoa agiria daquela maneira. inconsequente. "isso não é muito adequado." gaspar comentou, seus olhos estreitos pelo sol que vinha direto em seus olhos na posição que estava. era mais confortável do que fazer esforço maior para enchergá-lo de perto. "mas parece ser o tipo de coisa que você gosta, não é?" pressionou seus lábios em uma linha fina, cruzando os braços sobre o peito e voltando a se virar de costas para ele. era difícil, como poderia não ser? a relação dos dois era dolorida, como uma ferida que não fecha. "você deveria voltar... para onde quer que tenha vindo."
ㅤ⠀⠀˛ㅤ⠀⋆ㅤ⠀⩨͢ㅤ⠀ᶜ͟ˡ͟ᵒ͟ˢ͟ᵉ͟ᵈ⠀𝚂𝚃𝙰𝚁𝚃𝙴𝚁ㅤ⠀ꗃㅤ⠀@gasparversion .
o interior do palácio fervilhava com a movimentação dos herdeiros . sentado diante do painel de monitores em uma sala apertada , cercado por fios , café frio e gente que falava mais do que fazia , o callahan controlava as câmeras com o olhar afiado . a mão apoiava o queixo enquanto a outra manipulava o zoom e o foco com leve tédio . havia drama em todos os corredores , mas nada que valesse a pena . até que um movimento capturou sua atenção . no jardim lateral , emoldurado pelo sol filtrado pelas copas das árvores , gaspar . drew esticou um pouco o pescoço , como se quisesse confirmar com o próprio corpo que sim — era mesmo ele . um sorrisinho puxou o canto da boca . deu um zoom . um zoom técnico , claro . mas também era pessoal . quase nostálgico . a mão largou o controle da câmera e drew girou na cadeira , já se levantando . bateu de leve no ombro de um dos assistentes e disse : ‘ cuida disso pra mim . se alguém perguntar , fui pegar um cabo HDMI . ’ sem dar tempo para respostas , saiu pela porta . no corredor , foi ajeitando a gola da camisa , passando a mão nos cabelos bagunçados e começou a caminhar com as mãos nos bolsos . chegou ao jardim e gaspar estava de costas agora , o sol desenhando seus ombros . drew reconheceria aquela silhueta até vendado . ajeitou-se ao lado de uma pilastra e esperou o timing certo . quando o príncipe se virou ligeiramente , drew avançou . ‘ esse aí ... ’ se endireitou , ajeitando a gola do casaco . ‘ esse certamente é seu melhor ângulo . mas confesso que tenho uma queda pelo de quando você tá me olhando . ’ a fala veio com um meio sorriso torto , provocador . ‘ se lembra de mim ? ’
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🧉 𝑆𝑇𝐴𝑅𝑇𝐸𝑅 𝐶𝐴𝐿𝐿 ⸻ gaspar zamora . 00/05
para um starter com a estilista de althara responda com um local + uma fala ou ação (um, dois, três).
um por player.
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𝑔𝑎𝑠𝑝𝑎𝑟 𝑧𝑎𝑚𝑜𝑟𝑎 ⸻ point of view 001 . ( you wear your heart on your sleeve ) .
gaspar já se revirava na cama, observando, entre recaídas no sono, a luz do sol entrando pelas frestas da janela. apesar desse nível de consciência que ia e vinha, ele sempre insistia dormir até o último segundo possível. ele gostava da sua rotina, mas seu sono havia piorado nas últimas semanas. a antecipação pela rotina que viria e pela pressão que haviam colocado sobre seus ombros aumentou sua ansiedade e diminuiu sua capacidade de simplesmente ter uma boa noite de sono.
a porta do seu quarto, alta e dupla, foi aberta pelo seu assistente pessoal. era um homem baixinho, de pele bronzeada e cabelos ralos. ele havia cuidado de gaspar desde que ele era apenas uma criança correndo pelos corredores e hoje trabalhava apenas com o futuro rei. conhecia gaspar tão bem quanto ele mesmo. as cortinas vieram depois e assim o sol adentrou seus aposentos de uma vez por todas.
— bom dia, vossa alteza. mate? — era de seu costume começar o dia com uma térmica de mate, antes mesmo do café da manhã propriamente dito. uma cuia entre o banho e escolher suas roupas, outra enquanto esperava seu cérebro começar a raciocinar.
—não tenho que ir para a cidade hoje? fazer meus exames. — saltou da cama, sentindo um raio de frio percorrer seu corpo ao tocar os pés sem querer no chão em vez das suas alpargatas. tateou embaixo dos cobertores para achar o par de meias que provavelmente tirou dos pés durante a noite.
— hoje é terça-feira, vossa alteza. — gaspar voltou seu rosto para um canto do quarto, encarando o nada com uma expressão séria. ele voltou a olhar o carrinho com seus utensílios para fazer mate. ele apenas olhou para francisco e concordou com a cabeça. se ele fosse para a cidade, os planos mudariam. o mate ficaria para depois e ele teria que ir ajudar a organizar as coisas na camionete. o mate ficaria para a viagem. no entanto, hoje era terça-feira e os seus sonhos que voltavam para ele conforme ele caminhava até a mesa de seu quarto e começava a preparar seu mate provaram que não era nada mais do que isso. sonhos.
— que horas os britânicos chegam? — perguntou, enquanto ajeitava a bomba na cuia. milonga entrou em seu quarto correndo e começou a azucrinar seus ouvidos com pedidos repetidos de ‘ração, ração, ração’. até mesmo francisco que não falava com ela sabia, pela expressão de gaspar, o que ela queria.
— daqui uma hora, senhor… — houve uma pausa em sua fala e gaspar o encarou com curiosidade, sua expressão como quem diz ‘vamos homem, o que passou?’ e então ele seguiu — as estradas não estão em boas condições, a chuva molestou o pasto, destruiu as estradas e os animais estão abatidos.
gaspar sabia o que aquilo queria dizer. tinha algo no gado e os gringos demorariam mais do que o esperado para chegar ali e isso nunca era bom. o canal de TV britânico ficou sabendo sobre a ida de gaspar para althara e já colocaram suas garras de fora e como sempre faziam, os zamora não tiveram problema de aceitar o convite para uma entrevista. mostrar como as coisas funcionavam, mostrar como eram pessoas comuns era um fator determinante da identidade do país e da família real e eles não iriam mudar isso.
os britânicos demoraram quase duas horas para chegar. gaspar já tinha descido, tomado seu café e respondido e-mails quando escutou um trator chegando. estranhou, então saiu para o pátio traseiro da residência e viu que era uma carreta puxando o carro onde dois britânicos comicamente idênticos (gordinhos, de terno marrom e ruivos) estavam chegando.
— pedimos desculpas pelo transtorno, ultimamente tem chovido muito por aqui. — foi a primeira coisa que ele disse, estendendo a mão para os dois repórteres. o mais velho era claramente azul e o outro, que ele acreditava ser um camera-man, vermelho. este primeiro o olhou como um alienígena.
— não há necessidade de se preocupar, vossa alteza… — o azul começou, de maneira receosa, como se o título fosse estranho para ser usado direcionado para alguém como gaspar. — nosso país tem um clima tão temperamental quanto. me chamo edward dennis e esse é meu assistente harry hill.
— é um prazer, senhores. — gaspar garantiu, mantendo sua educação ao máximo. mesmo assim não pode deixar de perceber que os dois homens, edward e harry, tremiam de frio. bochechas vermelhas e um nariz escorrendo. — achei que justamente por serem britânicos não estranhariam o frio daqui.
— é o vento, senhor. o vento de vocês é… diferente.
gaspar soltou uma gargalhada e deu as costas aos homens, fazendo leve menção deles o seguirem. a propriedade dos zamora é grande e imponente, contendo milhares de animais. milhares de animais que o mais velho dos filhos da realeza conhecia de perto. quando francisco o avisa de que tem algo estranho, nada mais importa. eles se tornam a prioridade. gaspar tem certeza de que seria assim independente de que poder ele teria.
— nosso funcionário manuel vai dirigir essa outra camionete com um de vocês. a minha só tem dois lugares. — indicou com o queixo uma camionete maior, mais imponente. a dele era um modelo antigo de duas portas e que já estava abarrotado de coisas. mesmo estando disposto a receber os repórteres bem, não iria abrir mão do único carro que lhe entendia.
— achei que vossa alteza só andasse a cavalo. — o velho azul falou, se direcionando ao banco do passageiro. aquilo não agradou gaspar, que fechou a cara rapidamente e utilizou seu tom mais sério pela primeira vez desde a chegada deles.
— acha que meu país está preso aos anos 1800? — edward provavelmente disse isso por ter feito alguma pesquisa básica sobre sua vida na internet e viu fotos que indicavam o amor de gaspar por cavalos. não era mentira, mas gaspar tinha receio daquelas pessoas. — de qualquer maneira, eu ando a cavalo. vocês não.
— entendo, senhor. — o homem pareceu constrangido o suficiente para se calar. gaspar que ligou o carro e saiu pela estrada de chão. antes que o repórter pudesse perguntar, o herdeiro espanhol começou.
— acredito que saiba o valor que damos a produção animal aqui. — deu uma olhada rápida para edward e só então percebeu que milonga, espremida no banco entre os dois, estava encarando silenciosamente o homem. gaspar sabia que ela não gostava muito de estranhos tão perto de si. — pst, milonga. não. — ela olhou para ele com cara de confusão, mas aceitou o comando.
— ela é muito linda. e educada.
— sim, ela é. e ela não gosta muito de você. de ninguém, na verdade. ela sofreu muito quando filhote. não gosta mais ainda de homens, exceto os da família. mas como eu estava dizendo, o meu dom… é essencial para o funcionamento do nosso rebanho. hoje mais cedo francisco me disse que algumas vacas estão abatidas. achamos que é tristeza.
— sadness? — edward tinha um ótimo espanhol, mas ao chegar a expressão que ele não conhecia, achou necessário confirmar na sua língua materna.
— sim, sadness.
o resto do caminho, que durou menos de cinco minutos, foi preenchido pelo som robótico da câmera de edward tirando fotos da paisagem. da planície que se estendia por quilômetros, a geada cobrindo a grama verde até onde a vista não alcançava. não existia tempo mal para gaspar, o frio lhe encantava. sua camionete derrapou aqui e ali, a estrada de terra tinha se transformado em lama pura, mas logo eles estavam lá.
milonga foi a primeira a saltar do carro, pulando por cima do colo de gaspar. ele observou, ao longe, que dois peões traziam uma parte do gado. a mangueira estava lama pura e ele já sabia o que vinha por aí, mas apenas deixou edward e harry se acostumarem. ele puxou os dois para um canto, apontando para o gado que vinha não muito longe dali. dentre as dezenas de vacas, dez vinham mais atrás, abatidas.
— sadness. — disse.
— elas lhe falam que estão tristes?
— não. às vezes, sim, na verdade. no geral elas não sabem o que está acontecendo. os veterinários sabem, elas não. e meu trabalho aquilo não é curá-las. é dizer para elas que está tudo bem. que vamos ajudar.
gaspar lembra de quando milonga precisou se operar por causa de cálculos renais. ele não sabia o que dizer, além de que ia ficar tudo bem. ele seria inútil para essas coisas, mas seu triunfo estava na certeza de suas palavras. os animais eram inocentes e acreditavam na palavra dele. às vezes, o que ele dizia não se tornava realidade, mas pelo menos ele disse.
e foi isso que ele fez. vaca atrás de vaca, elas entravam na mangueira, os veterinários faziam seu trabalho e gaspar fazia o seu. conversava com elas, com cabeça pendurada para dentro do tronco. vacas não são muito falantes e o poder de gaspar é limitado. então, na maior parte das vezes, ele falava com elas como se elas fossem crianças. ‘vai ficar tudo bem’, ‘vocês vão sentir um piczinho, mas tá tudo bem’. as pessoas daquele lugar não entendiam a compaixão de gaspar quando ele era jovem, mas valorizavam o seu poder.
— já trocaram as camas? — ele se lembrou de perguntar quando a última vaca foi liberada. os peões só concordaram e ele não perdeu tempo.
no pavilhão, as vacas mais alertas ainda pareciam comemorar a cama limpa, enfiando a cara dentro do feno. outras, só haviam deixado o corpo descansar. abatidas demais para comemorar. gaspar gritou para milonga parar de retoçar ao redor das vacas e se deitar, e ele fez o mesmo. achou um espaço limpo perto das vacas mais cansadas e se deitou, puxando assunto com elas.
do lado de fora da cerca, olhando para dentro por um muro de altura do joelho, edward observava gaspar deitado junto das vacas com francisco ao seu lado. harry estava tentando, sem muito sucesso, tirar fotos dos animais.
— não é estranho… o príncipe de um país deitado na sujeira? nas fezes e urina de vacas adoecidas? — francisco apenas encarou o britânico, a expressão que era de carinho se transformando em algo curioso. e nada agradável.
— o senhor já viu bosta de vaca? — as palavras de francisco pareceram apavorar edward, que parou de escrever em seu caderninho. — é bem grande. pode anotar aí que o príncipe escolhe um local limpo para se deitar. — sua irônia agora ficou mais clara, mas não menos agressiva. passivo-agressividade corria na família zamora e havia claramente afetado as pessoas que trabalhavam para eles. era o efeito que eles tinham na população. defender eles era defender o uruguai, era defender a si mesmos.
— não foi o que eu… bem. ele claramente gosta dos animais.
francisco soltou uma risada nasalar e curta, como quem diz: “isso não é óbvio?”.
— ele tem muita compaixão. imagine o que ele vive. todos os animais falam com ele. essa propriedade tem mais de cinco mil. ele vive dentro de uma cidade onde todos o conhecem e apenas ele. — enquanto francisco falava, gaspar conversava com as vacas ao seu redor, brincando com o feno perto de suas mãos.
— acha que isso vai ser um ponto forte? no althara? — a ponta da caneta de edward estava pressionada com uma força sobre-humana no papel, esperando para anotar o que francisco tinha a dizer. seu celular no bolso estava ligado também.
— não tenho como dizer, senhor dennis. o que sei é que gaspar tem um coração maior do que cabe no peito. ele faria tudo para proteger os mais inocentes. animais e… pessoas. espero que althara seja uma experiência maravilhosa e que ele consiga achar alguém que aprecie este lugar como ele aprecia. — era essa a mensagem geral que precisavam passar, pois para todos os efeitos, gaspar estava indo atrás de uma noiva. na verdade, gaspar queria, acima de tudo, melhorar a sua imagem. se os europeus não gostassem da sua posição política, do seu jeito simples e de sua mania de deitar com animais, que fosse assim.
naquela mesma noite, enquanto ele terminava de se enfiar em um moletom depois de seu banho, ele escutou os passos de seus irmãos chegando pelo corredor de seu quarto. com três anos, os dois já dominavam aquela casa como gaspar nunca fez. eram crianças brilhantes e que mereciam um bom futuro. que mereciam aproveitar o mundo como ele não tinha. talvez althara fosse sua única chance de mudar o mundo para eles. para ninguém mais.
— já está na hora de vocês irem dormir! — gaspar gritou, com a cabeça para fora da porta. fez um sinal para milonga e logo ela saiu correndo começando a empurrar os dois, como uma cachorra recolhendo ovelhas no campo. a risada dos dois encheram a casa e ele sabia que precisava fazer aquilo dar certo.
#⁽ ⠀ ✧ ⠀ ⁾ 𝐠𝐚𝐬𝐩𝐚𝐫 𓂅 writing 🔗 pov .#vai sem tag msm#2k de palavras meio que me empolguei mas acho importante desenvolver essa questão das motivações do gaspar
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𝗼𝗻𝗱𝗲: sala de tv . 𝗰𝗼𝗺: @kallionomeupapin .
a última interação dos dois não tinha sido normal. gaspar, inocente para o nível de rejeição que alguém poderia chegar ao seu mate, ofereceu sua cuia para kalliope tomar. a reação dela não tinha sido boa o que resultou em um estranhamento entre os dois. como ele poderia imaginar? essencialmente, mate era um chá e só isso. ele nunca diria isso entre seus conterrâneos, mas era uma maneira de explicar o que as pessoas deveriam esperar. um chá amargo, bem amargo. suficiente dizer que a mulher não gostou e agora ele tentava a evitar. sua fama não era boa, não precisava piorar. quando na sala de tv, gaspar se viu entre a opção de ir embora ou sentar-se ao lado dela. com sua cuia em mãos e garrafa térmica embaixo do braço, ele se aproximou, tímido. sentou-se devagar, o mais longe possível. ele tinha sido ofendido, também, e não podia se esquecer disso. porém ele era um homem humilde, então tentou brincar. "acredito não ser uma boa ideia de oferecer, huh?" seu tom era baixo, carregado de seu sotaque cantado. levou a bomba aos lábios e tomou um longo trago.
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𝗼𝗻𝗱𝗲: estábulos, lado externo. 𝗰𝗼𝗺: @vouteencinar
gaspar preferia os animais do que as pessoas e isso não tinha nada a ver com seus poderes. os animais traziam a tranquilidade que quase nenhuma pessoa naquela ilha trazia. sabia que não haveria maldade. sabia que todos os animais tinham a mesma cor de sangue. gaspar gostava de ficar conversando com eles, checando se estava tudo bem. com os cavalos, com os cachorros e gatos que apareciam às vezes por ali. ele até tentou se oferecer para ajudar os vermelhos que trabalhavam ali, chegou a pegar uma escova para limpar os cavalos, mas os vermelhos reagiram como se ele tivesse cometido um crime. ele ultrapassou a linha, percebeu. ele se esquecia que ali ele tinha que ser uma pessoa inútil, bem diferente de como foi criado. derrotado, gaspar saiu do pavilhão e sentou-se perto de uma cerca ali, milonga nos seus pés sempre. serviu seu mate de novo, observando enquanto os animais eram tirados do estábulo para os potreiros. se identificava com aqueles animais, que tinham uma rotina básica e completamente controlada. era cansativo, mas era por seu país. na estrada curva que dava aos estábulos e não muito na frente dava a volta para o palácio, gaspar viu çinar. eles tinham uma boa relação, uma que gaspar até poderia chamar de amizade, não fosse a situação em que estava. se levantou rápido, pensando se o outro iria o julgar por estar jogado na grama, mas precisou se lembrar de quem estava falando. "boa noite, çinar." comentou, visto que o sol já se punha às duas costas. "se importaria de uma companhia de volta ao palácio? a minha companhia por aqui acabou." indicou com o queixo o potreiro para onde os animais tinham sido levados.
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✽ nicoletta era um caso à parte. eles não se davam bem e qualquer um que via o jeito que os dois interagiam sabia disso. mesmo assim, gaspar levava as coisas com ela com um pouco de leveza de quem via a outra como uma pessoa jovem demais para saber melhor. mas não era isso, nunca era. ele não era assim quando tinha vinte e poucos anos. no final das contas nicoletta ainda representava o que ele mais odiava. apesar disso, apesar da realidade da sua vida até agora, ele era incapaz de colocar nela ou em qualquer pessoa específica a culpa dos seus problemas. então, apesar de não gostar dela, gaspar não pode deixar de sorrir com a a resposta de nicoletta. "eu não fiz nada!" seu tom de inocência afetado pelo seu sorriso. não deixava de ser verdade, até então ele não tinha dito nada, mas já imaginava a resposta que teria. que a mera existência dele era irritante, o que não deixava de ser verdade. "eu só estava observando essas belas plantas." gaspar sabia a importância de conhecer as plantas, mas podia confessar que seu conhecimento de plantas era apenas no escopo daquelas que floresciam no pampa do seu país. tocou nas pétalas de uma que ele conhecia, o lírio. parecia perdida no meio das outras, vendo aos poucos que ali tinham plantas venenosas também, imaginando que era esse o foco da garota. "os animais são muitos falantes, não se cansam de mim. não é, milonga?" milonga estava andando por entre as plantas, instruída por gaspar a não comer nada, e quando ouviu seu dono chamando e falando com ela, apenas soltou um 'huf' de concordância e veio para os pés dele. gaspar serviu mais um mate antes de completar. "mas você não deve saber como é isso, duvido que até os animais irracionais aguentem você." gaspar começou a beber seu mate pela bomba, com um ruído baixo quando sentiu milonga botando sua pata pesada em cima do pé de gaspar, provavelmente não gostando da fala dele. era uma benção, seu poder, e como ele dava aos animais o poder de raciocinar como humanos quando com ele.
@gasparversion disse:
"you have no idea, do you?"
no salão das sementes
"É difícil pensar quando você está aqui, me atrapalhando." Nico falou, voltando a escrever os nomes das plantas que estavam em cima da mesa. Ela ainda era uma princesa em treinamento, o que queria dizer que Nicoletta tinha algumas aulas que envolviam conhecer as plantas (e isso poderia a proteger de ser envenenada algum dia, aparentemente). Existiam muitas plantas mortais, e algumas tinham uma cor e cheiro específico. Nico olhou para a próxima planta, que tinha um tom arroxeado. A presença de Gaspar estava a irritando, mas certamente nenhum dos dois sairia dali só porque não iam com a cara um do outro. Era uma questão de honra; ela não iria dar o braço a torcer. Crispou os lábios, fazendo um rabisco no seu papel, como se tivesse escrito o nome da planta, mas ela não se lembrava. Mas não queria que Gaspar soubesse disso, então apenas fingiu escrever. "E o que está fazendo aqui? Os animais cansaram de conversar com você e agora quer encher os ouvidos das plantas também?"
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✽ o uruguaio não tinha medo da natureza. isso não era para dizer que ele não a respeitava, pois, sim, seu respeito por ela era gigante. justamente por sua conexão com os animais que gaspar sabia como se mover de maneira cautelosa, sempre firme e confiante, mas vendo o que o mundo tinha a dizer para ele. e aquele lugar, aquelas ruínas e aquele templo pareciam querer dizer algo. o que poderia ser apenas uma metáfora para a maneira como aquele local existia, imponente, logo se transformou em algo real e material. gaspar estava sozinho, mas sabia que milonga não estava muito longe dali, aproveitando o espaço para correr e gastar energia. as folhas se partiam sob suas botas enquanto ele caminhava, a luz do sol perdida entre os galhos e as paredes ainda de pé. foi quando ouviu seu nome sendo chamado, ao longe, 'gaspar...' ele olhou, procurou e desejou que fosse fruta da sua imaginação. ele não gostava daquelas coisas. seu país era muito religiosos e às vezes ele se perguntava onde começava e terminava a magia. ele sabia o que era dito sobre as ruínas, mas ele não sabia o que aquilo queria dizer. não sabia se queria descobrir, também. quando estava cogitando se dava mais um passo, escutou alguém chamar o seu nome. dessa vez, de verdade. "ah, senhorita bahar." disse, um pouco sem jeito pelo nervosismo da situação toda. talvez não fosse tão perigoso assim, se outra pessoa estava disposta a entrar com ele. ponderou, imaginando os cenários em que aquilo poderia terminar. não era bom. "confesso que estou curioso para saber o que possivelmente faria o templo chamar pelo meu nome. você já viu isso antes?"
this is a starter for @gasparversion !! - Enquanto explora as Ruínas de Kaelith, você ouve uma voz chamando por seu nome. Apenas outro jogador escuta também. Vocês seguem juntos — ou um abandona o outro?
Era o tipo de lugar que os conselheiros avisariam para manter distância. A vegetação densa, os galhos retorcidos como mãos tentando agarrar os tornozelos de quem ousava pisar ali, e o silêncio — aquele silêncio profundo, que parecia mais antigo que a própria floresta — criavam uma atmosfera de reverência involuntária. As Ruínas de Kaelith não eram um destino comum. Eram uma escolha. E Bahar não fazia escolhas levianamente. Ela subia a trilha com passos precisos, o olhar atento aos detalhes entre os arbustos e às marcas de pedra musgosa que surgiam como sinais esquecidos da antiga civilização althariana. Sabia das lendas, é claro. Todo mundo sabia. Um templo onde a união entre casas rivais desmoronou, arrastando junto qualquer tentativa de paz. Um tratado selado com promessas e partido com sangue. O tipo de história que ela arquivava mentalmente, com a frieza de quem sabe que história é, antes de tudo, estratégia. Mas o que ela não esperava era ouvir aquilo. Seu nome. Não o dela. O dele. Gaspard. O som parecia soprado pelo vento, arrastado entre as folhas, murmurado por ruínas que não deviam ter voz. Era tênue, quase imperceptível — mas insistente. "Gaspard..." E quando ela alcançou o platô de pedra que dominava parte da entrada do templo, o viu. O príncipe do Uruguai, com sua aura de mistério, os olhos sempre mais profundos do que os protocolos sugeriam. Sozinho. Como se tivesse sido chamado. ❛ Príncipe Gaspard. ❜ Sua voz cortou o ar com elegância, mas havia um peso novo nela. Menos formalidade, mais intenção. Ela se aproximou, os olhos vasculhando o entorno como se esperasse que algo emergisse da própria pedra. Sua respiração levemente ofegante depois da trilha longa. ❛ Você ouviu isso também, não foi? ❜ Não era acusação. Era constatação. E, por algum motivo, mais do que o protocolo recomendaria, ela se viu inquieta. As ruínas chamavam por ele. E, se chamavam, então não era seguro deixá-lo sozinho ali. Não para um azul. ❛ Se pretende continuar, vou com você. ❜ Simples assim. Nenhum azul passaria por aquilo sozinho. E definitivamente, nenhum sob a supervisão de Bahar.
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✽ gaspar não se importava com os exercícios matinas. claro que para ele, se pudesse estar fazendo qualquer outra coisa além de, ele preferiria, mas para ele ter o privilégio de acordar cedo apenas para correr de um lado para outro era aceitável. no uruguai, ele acordava cedo e mesmo sendo um príncipe tendo suas atividades oficiais sua rotina ainda era bem mais entediante. ver essas pessoas completamente inaptas para corrida era engraçado e era um bom lembrete de que certas coisas ele ainda sabia fazer melhor do que todas esses nobres imponentes. gaspar tinha uma memória curta, mas existiam rostos, existiam pessoas, que era impossível esquecer. então, no seu próprio jeito, gaspar esperava que elas o esquecessem. exceções existiam e tiziano era uma dessas. ele via o reconhecimento no rosto do outro homem e isso lhe causava o desconforto de pensar se precisava ou não falar algo. ou melhor, como falar. o elogio veio como um conforto para a mente dele. "sr. serratore, como vai?" fez uma leve reverência com a cabeça, enquanto diminuia o ritmo para ajeitar o cabelo. uma mera desculpa para focar sua atenção em duas coisas ao mesmo tempo. "obrigada, no meu país damos valor ao esporte desde cedo. acha que gerou bons resultados?" tentou, brincando. jogava futebol quando criança então era apenas justo que ele conseguisse manter um trote básico como o ritmo que tiziano impunha naquele momento.
𝐰𝐢𝐭𝐡: @gasparversion
𝐰𝐡𝐞𝐫𝐞: sessão de exercícios
Não era como se ele tivesse muita alternativa, mas se tivesse, certamente não estaria ali. A atividade parecia ter sido programada unicamente para entreter os nobres, como se nenhum espaço de suas agendas pudesse ficar livre durante a Althara. Tiziano duvidava que qualquer deles estivesse fazendo atividades regularmente em seus reinos de origem, mas ali, aparentemente, todos tinham se tornado atletas natos. O tenente resolveu iniciar a série de exercícios com uma corrida em trote, de modo que até mesmo um asmático poderia acompanhar. Ele seguia na cabeça da fila, ditando ordens, como direção e ritmo para os que lhe acompanhavam, conferindo o relógio de vez em quando para verificar se as 10 horas da manhã já se aproximavam. " Se alguém precisar parar, se retire da fila e vá para a cauda. Depois, é só retomar o ritmo quando recuperar o fôlego " falou pelo que devia ser a décima vez, deixando que alguns passassem a sua frente para verificar como estava o ânimo geral. Foi nesse momento que percebeu que ele estava ali, o príncipe uruguaio. Era natural que fosse tomado de certo constrangimento, ainda que não tivesse feito nada errado. Pelo contrário. Seria melhor fingir que não o conhecia? Devia ser um pouco tarde pra isso. " Alteza " cumprimentou, com um aceno de cabeça. “ Está indo bem ”
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𝗼𝗻𝗱𝗲: sala de jogos. 𝗰𝗼𝗺: @drymartina
por um não mais do que breve período de tempo, martina e gaspar foram uma dupla e tanto. a mera ideia de ter um noivado tão cedo sempre foi uma loucura na visão de gaspar. não que interesses financeiros fossem se tardar ao bel-prazer de crianças, mas eles também eram seres humanos. pessoas com vontades e aspirações e não estava nas aspirações de gaspar se casar tão cedo, com quem ele não podia escolher. e martina concordava plenamente. planejaram tramas e planos e de uma maneira ou de outra, acabaram conseguindo o que queriam. agora, anos depois, martina era quase uma estranha. uma quase algo a mais que ele conseguiu se livrar. ela provavelmente pensava o mesmo dele, mas se tinha algo que valia a pena considerar, era como os dois tinham se dado bem e como ali poderia florescer uma amizade agora que ele tinha voltado ao mundo da realeza. ou talvez fosse só uma ideia sem sentido. gaspar aproveitou o momento de descontração entre a realeza e tentou se enturmar, mas não era muito bom na maioria dos jogos. discretamente, observou um tabuleiro de dama abandonado em uma das mesas. bem, esse ele sabia com certeza. deixou seu olhar vasculhar as pessoas ao seu redor quando bateu os olhos em martina, vendo que ela não estava em nenhum jogo no momento. apontou para a mesa, um pouco tímido. "dama, você sabe...?"
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✽ o uruguaio estava evitando ao máximo qualquer situação que o pusesse nos centro das atenções desde que havia chegado. sua maneira de agir, sua maneira de ter sucesso em sua missão, era observar de maneira discreta e cometida. quando sentiu um corpo esbarrando com o seu, já imaginou o pior. algum nobre que o detestava pronto para causar uma cena, mas não. teve a sorte daquele desfortúnio ter sido causado por um vermelho apologético. "não, não se preocupe." gaspar ia fazer sinal, mas logo viu que um empregado estava a caminho para limpar as poucas pipocas que estavam jogadas ao chão. "eu já tinha comido e de qualquer jeito... não iria querer que você gaste seu tempo em uma... fila." seu tom foi calmo, mas havia algo a mais ali. gaspar não havia gostado do teu do outro. como se passar a vida em filas fosse um grande sofrimento. se fosse parar para pensar mais afundo, ele até entenderia, mas a princípio ficou apenas intrigado. "e sendo bem sincero eu não gosto muito de pipoca com muita..." a palavra lhe faltou, então apenas fez um gesto com os dedos. o que queria dizer era que gostava de pipoca apenas com sal. o mais simples possível. "tem alguma outra sugestão?" sabia da posição do outro, então achou que seria apenas justo perguntar.
@gasparversion disse "You have nothing to be sorry about." no carrinho de guloseimas
❝Claro que preciso!❞ Garantiu enquanto observava o pacote de pipocas caído no chão, havia se distraído demais e esbarrou com tudo na mão do anil e isso poderia ser um grande problema se o herdeiro em questão não parecesse ser mais tranquilo com aquele tipo de erro. O que Minhyuk agradecia mentalmente, detestaria ter que dar um golpe nele baseado em ressentimento e não apenas por que ele era um azul. ❝Tem certeza que não quer que eu fique na fila pra você e pegue outra? Foi totalmente minha culpa, não seria um problema pra mim... Já estou mais do que acostumado a ficar em filas.❞
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tag dump ( gaspar ) .
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que dulce encantos tienen tus recuerdos merceditas aromada, florecita, amor mío de una vez la conocí en el campo allá muy lejos de una tarde, donde crecen los trigales
já era esperado que gaspar andrés bellini minuano zamora viesse para a ilha de treatan, afinal, ele é um príncipe herdeiro vindo do uruguaí. não que seja elegante perguntar, mas sei que ele já conta com seus trinta anos, e não esconde a fama de rústico, mas é sabido que seu lado generoso compensa. se não tivesse sangue azul, eu diria que é um descendente direto de enzo vogrincic, porque não poderiam ser mais idênticos!
🧉 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒 .
gaspar é o filho mais velho de um casal que, acima de tudo, se ama e se respeita. mas não necessariamente como amantes. desde muito cedo, gaspar soube que seus pais se casaram por conveniência e que não eram como os outros casais que ele via na sua família e no seu dia a dia.
mesmo sendo parte de uma família real, ele nunca foi criado com riquezas extravagantes e seus pais o ensinaram a andar como as pessoas de famílias menos avantajadas e se portar como alguém não superior a eles, mas alguém que queria ajudá-los a subir de vida. o lema da família era que quanto mais uruguaios tivessem uma condição melhor, sendo azuis ou vermelhos, mais o país prosperaria. gaspar sempre soube que divisão gerava a quebra da ordem das coisas.
isso fez com que o uruguai fosse visto com maus olhos, mesmo entre os países com melhor diplomacia. dentre os países da américa do sul, uruguai sempre foi o mais esquecido, o mais desdenhado. nas poucas oportunidades que teve de ir a europa durante a sua infância, gaspar sentiu na pele como era diferente dos outros. ele via o preconceito enraizado nas sociedades mais evoluídas e mesmo que soubesse que jamais seria assim, ele também desejava agradar. ser parte daquilo, mesmo que não sendo como eles.
foi numa dessas tentativas de agradar que acabou causando um acidente. a família real uruguaia sempre teve muito orgulho pelas linhagens de cavalos de raças como crioula e puro sangue inglês que produzia. o país era um polo na produção de animais e tendo um príncipe como gaspar, que podia se comunicar com animais, a imagem do país e o valor de seus animais aumentou mais ainda. a viagem foi feita, em sua maior parte, para mostrar esses animais. os cavalos, bois, ovelhas e até cães de raça pura e bem aprumados que eles tinham. gaspar jamais poderia desconfiar no que podia dar de errado, mesmo com o preconceito, eles estavam ali por um motivo muito sólido. quando a princesa da espanha pareceu interessada em um dos cavalos, gaspar não esperou duas vezes antes de convencê-la de que era seguro subir nele. afinal, era um animal bem domado, de porte pequeno e linhagem dócil. nada poderia preparar ele para uma mudança drástica no comportamento dele, causando um pequeno acidente onde derrubou a princesa.
gaspar se culpou imensamente, mesmo que ele não pudesse prever aquilo. as pessoas, os azuis, começaram a comentar que ele era o culpado, que tinha feito aquilo por gosto e até duvidaram de seus poderes, afirmando que ele era um farsante e que não passava de um filho ilegítimo de seu pai com uma vermelha. gaspar foi embora da europa com a certeza de que jamais pisaria os pés lá. voltou para sua terra natal, voltou para a sua vida humilde e seguiu enfrente, focando apenas no seu país e nos países vizinhos. se manteve nos holofotes, mas voltou a trabalhar no campo, ajudando as mais diversas propriedades no manejo dos animais. fez voluntariado em cidades menores e ajudou a aproximar o povo do campo com a cidade.
agora que está de volta ao mundo de intrigas reais, gaspar pretende se manter distante da maneira que conseguir e ao mesmo tempo procurar alguém que tenha ideais parecidos de mundo, o que ele acha muito difícil.
🧉 𝐄𝐗𝐓𝐑𝐀𝐒 .
uruguai é um dos países mais modernos em relação à sua conexão entre azuis e vermelhos, traço herdado da cultura miscigenada que predomina no país há séculos. claro que isso vem a um alto preço. mesmo tendo boa relação entre seus vizinhos, uruguai ainda é um reino muito isolado e que depende na sua maior parte de produção nacional. é um país trabalhador e a família real frisa a importância de se manter sempre com um pé junto do povo, sempre mostrando que estão dispostos a tudo pela nação.
a família real é muito unida, mesmo com os escândalos que cercam o patriarca zamora. eles acreditam que devem resolver seus assuntos entre si e sem envolver a imagem pública da família real, mas de tempos em tempos o rosto deles estampa os sites de fofoca de maneira nada agradável. antes de chegar em treatan, gaspar viu seu pai mais uma vez ser acusado de trair sua mãe com uma empregada vermelha. o problema, para os filhos e para a maioria da população uruguaia, não estava no status de sangue da mulher e sim no ato de traição.
HERÁN GASPAR MINUANO ZAMORA (rei do uruguai, 55 anos)
LUCRECIA MARGARIDA BELLINI CHARRUA ZAMORA (rainha do uruguai, 50 anos)
GASPAR ANDRÉS BELLINI MINUANO ZAMORA (primogênito e herdeiro, 30 anos)
SEGUNDX FILHX, entre 19-25 anos.
TERCEIRO E QUARTO FILHOS, GONZALO E JOSE CARLOS BELLINI MINUANO ZAMORA, ambos com 3 anos.
🧉 𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑 .
comunicação com animais. animais não são seres racionais, portanto os poderes de gaspar concedem aos animais uma consciência temporária, a qual usam para comunicar suas vontades e sentimentos da maneira mais simples possível. nem sempre gaspar consegue ter conversas completas com animais, às vezes mantendo apenas a transmissão de sentimentos.
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