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Considerações Finais
Diante das vivências proporcionadas pelo estágio, nos foi possível ampliar o olhar para as possibilidades que a educação oferece. Em outros tempos, pensar em uma mínima organização em um contexto pandêmico seria impossível. Reconhecemos as dificuldades enfrentadas durante esse período, mas destacamos que essa experiência nos permitiu outros olhares e trocas valiosas.
Assim sendo, agradecemos a professora doutora Geórgia Albuquerque e a monitora Morgana Timbó, pelo auxílio, disponibilidade e suporte durante esse percurso. Agradecemos, imensamente também, às estimadas professoras Mayara, Iranilda e Márcia que nos receberam com entusiasmo na turma do Infantil IV e nos foram solícitas em todos os momentos: observar a prática e o empenho de vocês nos fortificou e nos fez termos esperanças sobre o nosso papel quanto educadoras.
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Imagem produzida pelas professoras para nos apresentar para as crianças e famílias através do grupo do Whatsapp. 
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Atividade: “Direito das crianças, segundo Ruth Rocha” 
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Atividade: Gênero: Receita - Massa de modelar 
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Sobre os planejamentos
Segundo Libâneo (2001, p. 221), “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.”. O planejamento possibilita a promoção de vivências organizadas de acordo com as necessidades das crianças, permitindo que o professor reveja sua prática e as suas ações, realizando melhorias, sempre que necessário, a afim de construir um ensino integral para os discentes.
Assim sendo, nos foi proposto a construção de um planejamento no período de comemoração do dia das crianças, possibilitando-nos realizar experiências sem a utilização do livro didático proposto. Para a construção eficaz desse documento, realizamos conversas informais e reuniões no Google Meet para debater nossas ideias e intenções. As professoras mostraram-se solícitas e atentas as nossas colocações, compartilhando conosco a organização que elas faziam e nos orientando quanto ao preenchimento necessário. Além disso, nos auxiliaram também com dicas para as edições dos materiais produzidos. Após as discussões, realizamos duas propostas de atividades: Exploração do Gênero Receita, através da confecção de massa de modelar e a exploração do poema “O direto das crianças segundo Ruth Rocha”.
Esse primeiro tinha como objetivo realizar com as crianças o reconhecimento do gênero “Receita” em seus cotidianos, apresentando os elementos que a compõem e a sua função. Por fim, a construção da massa de modelar proporcionaria o estímulo as habilidades manuais das crianças assim como a expressão livre através da modelagem. Além do vídeo, foi disponibilizado, previamente, a lista de materiais que seria necessária para a montagem.
A atividade com o poema buscou em primeiro lugar fazer com que as crianças tivessem acesso a um texto, visando ao desenvolvimento da leitura e escrita. O contato com as várias formas de textos ajuda a criança a processar as rotas da leitura e escrita. Fomentar a habilidade de escuta, com exposição massiva a histórias, diálogos e músicas estimula a oralidade e a percepção de que há uma relação entre o que se fala e o que se escreve. Daí a segunda parte da aula, foi propor para a sala que escolhessem um dos direitos declamados no poema ou criasse um novo direito e o representasse em forma de desenho. Quando assim fizessem, deveriam gravar um vídeo explicando o direito que eles representaram ali. Buscamos trabalhar a capacidade interpretativa, a oralidade e a Consciência Fonológica.
Os resultados das nossas atividades foram muito ricos e cheios de significações, contudo, pudemos observar que apesar de nossas adaptações em relação ao tempo das aulas, aos materiais dispostos e a facilidade de resolução das propostas por conta do sistema remoto, não atingimos todas as crianças. Nem todas tem acesso à internet e nem aparecem para buscar alguma atividade deixada pelas professoras. São tempos difíceis onde está muito complicado acessar a todos os alunos que possuem um baixo poder aquisitivo. Mas aos alunos que tiveram acesso, recebemos retornos significativos onde sabemos que o trabalho será seriamente continuado pelas professoras que têm um grande comprometimento com as crianças.
Planejarmos as atividades para serem propostas para as crianças nos fez acessar várias competências e habilidades que são pré-requisitos contidos na BNCC. Observar os direitos de aprendizagem das crianças e buscar trazer formas de fazê-los ser atores e autores de suas aprendizagens foi de grande importância para pormos em prática um pouco da construção teórica que estamos acessando em nossas leituras e reuniões com as professoras.
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Slides apresentados por nós na discussão sobre a elaboração da proposta pedagógica do município
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ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DO MUNICÍPIO DE MARACANAÚ
CEI DEPUTADO JOSÉ MÁRIO MOTA BARBOSA.
RUA DA PRAÇA S/N – OUTRA BANDA MARANGUAPE – CE
 Uma das atividades que foram propostas pelas professoras regentes, das quais somos estagiárias, foi a participação em um grupo de estudos para discutir a formação do Projeto Político Pedagógico do município do Município do Maracanaú.
A nós foi delegado falarmos sobre a importância dos espaços no contexto escolar, assim como o papel da Escola. Portanto, fizemos uma pesquisa sobre as abordagens de Reggio Emilia e Pikler. Gostaria de ressaltar o agradecimento às professoras que nos confiaram tão importante ação. Ficamos muito felizes em poder dá essa contribuição em um momento histórico da História da Educação.
Neste grupo de estudos participaram as professoras, a coordenação pedagógica, alguns estagiários e a direção do CEI DEPUTADO JOSÉ MÁRIO MOTA BARBOSA. Os temas abordados para além dos espaços, que foram nossa responsabilidade, foram: Sala de aula/ Sala de referência, Educação Inclusiva e a Avaliação da aprendizagem. Os debates foram muito ricos e percebemos que há a busca pela aplicabilidade de um modelo educacional ativo, onde os alunos sejam vistos como protagonista de suas aprendizagens, sendo a gestão e os educadores responsáveis por possibilitarem esse protagonismo..
O grupo foi um primeiro momento de discussão sobre as propostas que serão aplicadas ao ppp do Município do Maracanaú.
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O desenho infantil: Pensamento e Criação
O webinário O Desenho Infantil: Pensamento e Criação, ministrado pelos professores Luciane Goldberg, Leonardo Júnior e Caroline Sales apresentou as fases do desenvolvimento infantil através do desenho. trouxe uma visão de como o professor deve trabalhar com a criança na fase imaginativa, a partir dos rabiscos iniciais (garatujas) da vida estudantil e uma abordagem pedagógica em sala de aula.
Com isso, se apresenta as etapas do desenvolvimento da escrita das crianças, que são divididas em:
1.     Pensamento Cinestésico
1.1.       Garatuja Desordenada
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1.2.       Garatuja Ordenada
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1.3.       Garatuja Nomeada
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2.    Pensamento Imaginativo
2.1.   Pré-esquema
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3.    Pensamento Simbólico
3.1 Esquema – Intuitivo
3.2. Realismo – Interrupção do grafismo
3.3. Pseudo Naturalismo – Pronto para ser alfabetizado  
Dessa maneira, o desenho é uma marca da criança, na qual são interpretações do mundo que cercam o indivíduo e transitem uma informação. Por isso, o desenho é visto como uma possibilidade de brincadeira com projeção do pensamento imaginativo da criança e é uma forma de representação do movimento.
Diante disso, o desenvolvimento do desenho infantil passou por teorias sem compreensão prática, sem vivência efetiva da linguagem, mantendo-se presa a uma Pedagogia Tradicional, com atividades descontextualizadas que massificam e que contam com a mínima participação das crianças. Com isso retiram a capacidade de solucionar os interesses infantis, gerando uma padronização dos desenhos.
O desenho deve ser compreendido como uma área de livre expressão, uma atividade criadora da imaginação estimuladas pelas experiências do cotidiano, que é um campo em expansão apresentando a linguagem especifica de cada criança, porque o indivíduo está em constante transformação. Por isso, o desenho e tido como construção de si, um confessionário, uma forma narrativa que expressa e expor o seu mundo íntimo, que conta uma história do passado e uma perspectiva de futuro.
À luz do exposto, o docente precisa construir uma relação de confiança através da interpretação dos desenhos feitos pelas crianças, deve ouvir o aluno por meio desses desenhos de maneira sensível, buscando compreender cada história representada no papel. Decerto, os professores devem ampliar seus repertórios diante o mundo imaginativo infantil, através da pedagogia das relações e pedagogia da escuta, para deixar fluir o pensamento infantil, sem jamais interromper tal ato, mas sim contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de imaginação de cada criança.
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O TEATRO E A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS
Para abrir o webinário dessa noite, o professor Alexandre Santiago, declamou o poema de Manoel de Barros, O Retrato do Artista:
“A maior riqueza do homem é sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas.”
O professor trouxe um pouco de sua experiência no teatro infantil e em seguida chamou atenção para as Múltiplas Linguagens que o teatro consegue contemplar no desenvolvimento das e para as crianças.
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O primeiro teórico citado pelo professor foi Peter Slade, escritor e drama terapeuta inglês que foi um dos pioneiros no estudo do teatro para crianças. A frase no slide abaixo é sua:
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O teatro dentro do universo da educação, na perspectiva da criança funciona como esse elemento constituinte das várias linguagens, trazendo consigo vários elementos para nós, enquanto professores, refletirmos. O teatro tem uma gramática e uma linguagem específica. Peter Slade fala que o teatro também é conhecimento. A criança nesse início da linguagem teatral começa a trabalhar os elementos de expressividade que essa linguagem traz.
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Uma observação importante ressaltada pelo professor foi sobre o cuidado que a escola deve ter ao expor essa criança, sem que a mesma esteja preparada ou se sinta confortável para se apresentar. Desrespeitar esse processo pode trazer traumas e cercear a espontaneidade que é tão cara às várias linguagens que podem ser desenvolvidas pela criança.
 JOGO DRAMÁTICO X JOGO TEATRAL
Segundo Peter Slade, o jogo dramático é a gênese formadora da personalidade da criança. Este pode não ser uma atividade artística, pois vem do espontaneísmo infantil, contudo o jogo dramático pode ser mediado pelo adulto com intencionalidades educacionais dirigidas. Já o jogo teatral é um jogo preparado que tem uma intencionalidade com vista a desenvolver as múltiplas linguagens teatrais.
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Outra referência trazida pelo professor foi Viola Spolin que afirma ser o jogo teatral destinado às crianças maiores, pois, além de fazerem parte de um método que traz prazer e ludicidade, ajudam a estimular a ação criadora de alunos e professores. A partir da sua aplicação, pode-se perceber o desenvolvimento de habilidades e competências que vão ajudar os educandos a lidar com novas situações, tornando-os mais seguros em relação ao jogo, aceitando e sugerindo novas regras, trabalhando em grupo, além de contribuir para a socialização e o desenvolvimento dessa linguagem teatral específica.
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Por fim o professor nos trouxe uma citação de Jorge Larossa sobre o significado dessa experiência de autoconhecimento que o teatro proporciona. E foi exemplificando várias estratégias que nós, enquanto professores, podemos nos valer para trabalharmos a ampliação estética a partir dessa linguagem teatral.
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Nesse momento ao encerrar essa conceituação sobre os Jogos teatrais e os jogos dramáticos a professora Wladia Goulart inicia sua fala trazendo uma amostra das experiências que desenvolveu em sua trajetória como atriz e com seus alunos. Para ter acesso a todo material produzido nessa experiência vivida com as crianças a professora disponibilizou o link do portfólio da atividade: https://wladiaarruda.wixsite.com/portfolioprofartes.
Em sua conclusão a professora fala que o teatro ainda tem um espaço vazio na escola por falta de profissionais qualificados para trabalhar a arte e educação. Ressaltando que o diálogo sobre as múltiplas linguagens ainda é muito limitado dentro dos documentos oficiais. A arte na Educação Infantil e no Ensino Fundamental deve ser vista como possibilidade, principalmente dentro dos eixos brincadeiras e interações. Sem confundir que um deve ser sobreposto ao outro, mas sim contemplados como experiência.
Uma maneira de trabalhar as diversas linguagens, foi pensar na pedagogia de projetos que de forma significativa proporciona às crianças o acesso aos mais diferentes temas. Como por exemplo, as datas comemorativas. Contudo, o professor não pode ver a arte como um artefato a serviço de uma outra linguagem. A arte é uma linguagem que tem gramática específica e significados específicos que tem vida própria e serve ao desenvolvimento de um ser humano expressivo, integral e sensível. Esta auxilia na construção do senso crítico e na capacidade de interpretação, raciocínio não linear, imaginação e observação, promove o autoconhecimento e autonomia e potencializa a formação de indivíduos cada vez mais inovadores.
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IV Encontro com as professoras (07/10/2020)
Com o enfoque na elaboração da proposta pedagógica municipal, as professoras de cada turma foram convidadas a estudar e debater temas para a composição do documento. O debate aconteceu, de forma remota, pelo goggle meet, no dia 09 de outubro de 2020, estando presentes as professoras e estagiários do infantil IV, assim como a coordenadora pedagógica e a diretora. Para uma organização maior dos temas, as docentes de cada turma ficaram com um tópico. O escolhido para o Infantil IV A, turma que acompanhamos, foi: “Escola, sala de aula e sala de referência”.  
Antecedendo esse encontro, no dia 07 de outubro de 2020, as professoras se reuniram conosco a fim de que junto com elas construíssemos uma reflexão sólida para ser levada para o debate. Assim sendo, essas nos contaram sobre suas práticas, nos revelando suas concepções de escola.  Além disso, conversamos também sobre a diferença dos conceitos de “sala de aula” e “salas de referências”, em que nos explicaram o movimento que é realizado frente ao Ateliê Olelê para que as crianças tenham possibilidades de vivenciar e fazer descobertas: “Nós organizamos os espaços de acordo com as necessidades deles”, fala de uma delas.
A partir dos registros que foram compartilhados conosco, percebemos a busca que existe para respeitar e compreender o processo de desenvolvimento dos alunos. Segundo Fochi (2018), independente de qual seja a prática pedagógica, essa está diretamente ligada a imagem que se tem da criança, interpretando a partir dessa visão como se dará o desenvolvimento infantil. Isto posto, é percebido, como já foi dito em outros relatos, a compreensão, por parte das docentes, da criança como sujeito ativo.  
Após a conversa, a pedido delas, construímos um material, através do power point, para se apresentado do debate, destacando a imagem de criança, a construção de escola e a importância do espaço como formador dos discentes.
Referência bibliográfica:
FOCHI, Paulo. O brincar heurístico na creche: percursos pedagógicos no observatório da cultura infantil-OBECI. Porto Alegre: Paulo Fochi Estudos Pedagógicos , 2018.
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III Encontro com as professoras (30/09/2020)
As professoras nos disponibilizaram material, produzido através do power point, para nos esclarecer os objetivos de cada campo de experiência proposto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
O EU, O OUTRO E O NÓS
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS
ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO
ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES 
Os eixos estruturantes que norteiam o desenvolvimento e o aprendizado são as interações e a brincadeira, esses garantem aos sujeitos os direitos de educação integral, permitindo que esses convivam entre si, explorem, participem da sua formação e se conheçam a partir de suas experiências. Para isso, a BNCC destaca a importância desses cinco campos de experiências que contemplam desenvolvimento total das crianças: “Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.”. (BRASIL, 2019)
As professoras explanaram um pouco sobre a utilização da BNCC na construção do planejamento, nos mostrando exemplos dos preenchimentos e da organização realizada. Esse encontro foi sucinto, sendo concluído após a retirada das dúvidas. Vale ressaltar que há muitas conversas que acontecem, informalmente, via Whatsapp, em que as docentes compartilham conosco experiências, exemplificações e respondem nossos questionamentos. Por esse motivo, os encontros síncronos acontecem em um tempo menor.
Referência bibliográfica:  BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2019. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio>. Acesso em: out. 2020.
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II Encontro com as professoras (23/09/2020)
Nesse encontro, elas se colocaram à disposição para tirar as dúvidas que surgiram através do que foi relatado por elas no encontro anterior. Assim sendo, aproveitamos para tentar conhecer um pouco mais sobre a turma, a fim de traçar o perfil e conseguir adentrar ainda mais na realidade vivenciada por elas.
Visto isso, nos foi relatado que essa turma possui um perfil agitado e que apresenta uma criança autista e hiperativa que, no sistema presencial, era acompanhada por uma itinerante. De acordo com as docentes, essa era uma criança tranquila e, por esse motivo a itinerante auxiliava com outras crianças do grupo que tinham “mais demandas”. Nas aulas presenciais, a turma constituída por 20 alunos era assídua, permanecendo na escola os dois turnos diariamente. A partir dessa fala, nos revelaram que, em alguns momentos percebiam a visão assistencialista dos pais, sendo necessário destacar a importância do trabalho pedagógico desenvolvido por elas. No ensino remoto, infelizmente, nem 50 por cento das crianças realiza e traz feedbacks sobre as atividades, pois a comunicação com muitas delas é complexa. Diante disso, as professoras têm tentado, constantemente, flexibilizar o contato com as crianças através de ligações, conversas informais com os familiares durante a entrega de kits. Os pais após esses momentos se comprometem a tentar acompanhar, fazem essa movimentação por um tempo e depois voltam a se ausentar. Durante essas falas, elas nos relataram sobre a angústia de não pode ter contato com todos, revelando estarem preocupadas com o desenvolvimento das crianças. Essa reunião foi sucinta, pois a utilizamos para esclarecer algumas questões sobre os pormenores do grupo. Após esses relatos, concluímos o segundo encontro.
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I Encontro com as professoras (16/09/2020)
Após os primeiros contatos com as gestoras das escolas, em que foram apresentadas o formato de funcionamento das instituições e as ações desempenhadas para contemplar a garantia de educação e de aprendizagens nesse período de quarentena devido a pandemia da COVID-19, conhecemos, rapidamente, as professoras da escola na reunião com toda a turma, no momento em que os estagiários foram direcionados para cada nível. Depois desse breve instante, as professoras marcaram uma reunião conosco no dia 16 de setembro de 2020, quarta-feira.
Esse momento foi organizado previamente por elas. Fomos recebidas com um vídeo carinhoso e com muita satisfação. Cada uma contou sua trajetória dentro da educação assim como o caminho que as levaram até essa escola. Nessa turma possuem 3 professoras: a PRA, a PRB e a professora da tarde. O grupo que elas acompanham possui 20 crianças que, presencialmente, era assíduo às aulas, passando o dia na escola. De acordo com a fala das regentes, era possível notar de algumas famílias a visão assistencialista do trabalho que era desempenhado por elas. A partir disso, chegada a quarentena, se faz necessário, constantemente, conscientizar aos familiares sobre a importância dos vídeos e vivências que passados, pois esses têm objetivo de fortificar os vínculos com as crianças além de auxiliar no desenvolvimento tanto cognitivo quanto global das crianças, assim como assegura o artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB):
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 2013)
Visando alcançar esse desenvolvimento, foram adotadas pelo município posturas para atender essas crianças. Assim, nos foi explicado que os envios de atividades acontecem da seguinte forma: são feitos 3 vídeos semanalmente, às segundas, quartas e sextas-feiras, explorando determinados assuntos e sugerindo vivências a serem realizadas com o apoio das famílias. Cada professora se responsabiliza por uma produção e essas são enviadas via whatsapp, em grupo com as famílias dos alunos. Por esse mesmo canal, são recebidos os feedbacks dos familiares através de vídeos, áudios e fotos. É percebido o esforço realizado por elas para a produção desses materiais, pois essas nos relataram a dificuldade de manejar aplicativos de edição de vídeos e afins, assim como a cautela necessária para produzirem os vídeos: seus palavreados, expressões e etc., buscando uma comunicação direta e sem margem para outras interpretações equivocadas por parte das famílias.  
Infelizmente, dentro desse novo formato há muitas outras dificuldades para que todas as crianças sejam alcançadas. Dentre os diversos contextos alguns se destacaram: há famílias que não possuem acesso à Internet e/ou só possui um aparelho de celular na casa, dessa forma, o acesso aos vídeos fica limitado; há famílias que, como já foi dito acima, possuem dificuldade de perceber a importância das atividades passadas; e há familiares que não tem o contato efetivo com a tecnologia, ficando impossibilitados de auxiliarem as crianças. Diante disso, as professoras nos relataram as diferentes tentativas de estabelecer comunicação com todos através de ligações, conversas durante a entrega de alimentos feita na escola, buscando acolher todos os alunos.
Durante o mês de setembro foi distribuído para os docentes e discentes o material didático: um livro, um guia da família e um alfabeto, a fim de que seja utilizado nas construções das aulas. Anteriormente, as vivências eram pensadas através de reuniões, possibilitando experiências às crianças fundamentadas com Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Elas nos relataram que organizavam momentos que promovessem autonomia, brincadeiras, jogos, através das experiências do cotidiano de cada um, reafirmando a importância da família nesse processo e considerando que a associação dos conhecimentos prévios das crianças junto com as promoções realizadas pelas crianças enriquece suas experiências:
Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar – especialmente quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação. Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. (BRASIL, 2019)
Com a chegada do livro, o planejamento ficou mais limitado. As regentes nos contaram que, nas aulas presenciais, elas flexibilizavam o uso do material didático de uma forma que elas pudessem trabalhar os assuntos sem massificar informações. Entretanto, considerando que na atual conjuntura esse livro está sendo orientado pelos familiares, acharam melhor seguir a ordem estabelecida pela secretaria (elas recebem um cronograma das páginas como sugestão) para não haverem reclamações. Diante do uso desse livro em todos os vídeos, as professoras nos relataram a frustração de precisarem minimizar alguns aprendizados por conta do que o material solicita.
Ateliê Olelê
Nas sextas-feiras, as atividades passadas são relacionadas ao Ateliê que a escola possui. Esse espaço surgiu de uma vontade das professoras de possibilitar as crianças experiências com brinquedos não estruturados e vivências cotidianas dentro do cerne escolar: “O ateliê nasceu para introduzir na escola uma cultura diferente, que ajudasse a fazer brotar as linguagens e movimentar as formas de pensar.” (RABITTI, 1999, p. 80).
Ao idealizar esse projeto elas mobilizaram tanto as colegas (o espaço utilizado para o ateliê era antes utilizado para o lanche das professoras) com os familiares, incentivando-os a colaborarem como pudessem: com doações de materiais e/ou serviços que pudessem oferecer. O espaço foi pintado por um familiar que pode contribuir com seu trabalho. Ao falar do ateliê, foi observado a consciência das professoras sobre a imagem da criança (dizeres delas): “é um lugar para trazer experiências para a criança, para fazer ela protagonista”; “um lugar para ensinar através da arte”. Ao pensar nessa proposta para ser a realizada em casa, durante a pandemia, a professora responsável pelo ateliê comentou que sua intenção é conscientizar as famílias que há aprendizados riquíssimos dentro da rotina das crianças.
Referências bibliográficas:
BRASIL. Lei no 12.706, 4 de abril de 2013. Altera a redação dos art. 29 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as 129 diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2019. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: set.2020. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2019. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio>. Acesso em: set. 2020.
RABITTI, Giordana. À procura da dimensão perdida: uma escola de infância de Reggio Emilia . Artmed, 1999.
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Segue a culminância do Projeto sobre Folclore, onde a professora Larissa produziu um vídeo em que todas as crianças puderam acessar as produções de seus amigos de sala, bem como puderam expor suas produções. Mantendo assim o vínculo entre os alunos. Essa foi apenas uma amostra das atividades desenvolvidas para que as crianças estejam socialmente interagindo com seus pares. Diga-se de passagem, UMA BELA AMOSTRA.
Obs.: Todo os rostos foram protegidos por questões éticas, preservando a integridade da crianças. 
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Diante da busca dos professores por garantir o direito de desenvolvimento integral das crianças, ou seja, não apenas o cognitivo, mas também o físico e o socioemocional, os docentes tiveram que reinventar suas práticas, engendrando por lugares antes impensados. É bonito de se ver os resultados desse comprometimento com os alunos, mas o depoimento de quem está por trás é marcado por enormes inquietações. Fácil não foi, e ainda não está sendo, contudo, o empenho e a dedicação à educação fizeram que este momento seja marcado por belos e emocionantes relatos.
Diante desse olhar romantizado, da luta armada pela educação, ideal defendido por Paulo Freire, trouxemos aqui o relato de uma professora que enfrentou as novas demandas e fez o melhor que pode para garantir os direitos de seus alunos a um aprendizado que promovesse o acesso às capacidades fundamentais para o desenvolvimento de habilidades que serão de fundamental importância para suas vidas adultas.
Segue portanto o depoimento da professora Larissa Lopes sobre o processo pelo qual teve que passar para que seus alunos, conseguissem vivenciar em casa com seus familiares, o ano letivo que agora seria em outro formato mas não poderia deixar de acontecer. Seria injusto com a crianças.
Professora Larissa, em nome dos alunos do curso de Pedagogia, na disciplina de Estagio na Educação Infantil, noturno da Universidade Federal do Ceará agradecemos por se disponibilizar a nos relatar, como foi seu processo de adaptação, ao novo, que se impôs sem tempo para preparação.  O foco foi realmente garantia dos direitos das crianças a aprendizagem e a luta não foi fácil e sabemos bem, que coube ao professor manter esse vínculo forte entre a família e a escola de forma que este laço fosse reconstruído e se solidificasse garantindo que os pais da educação Infantil continuassem a acreditar que seria possível, mesmo que remotamente, continuar a caminhada do ano letivo. Parabéns a você e a todos os professores que lutam pela qualidade da educação em nosso país.
Obs.: O vídeo do relato foi disponibilizado pela própria professora no Youtube, por isso, o publicamos aqui.  
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Dica de leitura: “O brincar heurístico na creche - Percursos pedagógicos no Observatório da Cultura Infantil - OBECI”
Este livro construído a várias mãos traz a experiência do OBECI - Observatório da Cultura Infantil, um grupo que acompanha escolas tanto de rede particular como de rede pública em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Através do Brincar Heurístico, essa equipe de professores e gestores busca um novo olhar para possibilitar as crianças descobertas e vivências realmente significativas. O livro defende e fundamenta a importância da documentação pedagógica e destaca as diferentes formas para fazê-la. Além disso, orienta a construção de estratégias através das bandejas de experimentação, dos jogos heurísticos e da cestas de tesouros. A leitura é tranquila, fluída e muito enriquecedora! 
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TRABALHANDO A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM CASA
Nesse período de pandemia, onde as crianças não tiveram acesso ao ambiente escolar, a responsabilidade dos pais sobre a aprendizagem de seus filhos foi de suma importância. Pensando nisso, achamos, bem pertinente, trazer aqui, orientações da Neurocientista Luciana Brites¹ sobre como estimular a consciência fonológica em casa.
As dicas que daremos a seguir, foram retiradas de um curso ministrado por Luciana Brites, chamado Percep Som que encontra-se disponível na plataforma da Neuro Saber. Um primeiro ponto abordado pela Neurocientista é que o engajamento dos pais no início do desenvolvimento da alfabetização das crianças é de fundamental importância. Claro que ela aponta a necessidade do pai pesquisar sobre o assunto e fala da importância da escola e de terapias, caso haja alguma disfunção na aprendizagem, mas deixa claro que é de fundamental importância a parceria entre os envolvidos.
Assim sendo, ela nos aponta diferentes maneiras de trabalhar de forma natural e no ambiente familiar o estímulo à aprendizagem. A família pode estimular a consciência fonológica cantando com as crianças, lendo uma história, fazendo brincadeiras, ou seja, essa estimulação deve ser ao máximo lúdica, de forma que a criança se sinta motivada. Os pais devem entender que não farão o papel da escola.
Então como trabalhar essa Consciência Fonológica em casa? Nas atividades do dia a dia, quando você brinca fazendo sons ou canta para ninar, conversa sobre algum assunto comum, faz uma receita ou até mesmo quando está ensinando a criança a cuidar de si mesma. Quanto maior for o acesso e a rotina dessa criança a diferentes estímulos leitores mas haverá a neuroplasticidade e mais ela aprenderá.
1. Luciana Mota Dias Brites. Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Univesidade Mackenzie. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Londrina (1995), Pós Graduação em Educação Especial pela UNIFIL Londrina (1997), Pós Graduação em Psicomotricidade no ISPE-GAE São Paulo (2002), Pós Graduação em Psicopedagogia pela UNIFIL (2005). É, também, coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina
Vale ressaltar que a criança aprenderá com maior facilidade se for muito exposta a leitura. Então se está inserida em uma família leitora mais ela entenderá os significados do ato de ler. Nesse momento em que eles estão em casa, reserve um tempo para sentar e ler para seus filhos. Troquem ideias, escute suas construções, troque informações, pois criança em casa gosta mesmo é da atenção dos pais. Portanto, tire o máximo de proveito desses momentos.
Depois de apontar a importância das crianças brincarem com sons, sílabas e rimas desde pequeninos, pois estarão adquirindo habilidades importantes de prontidão para leitura, ela expôs algumas maneiras de incluir os sons nas rotinas diárias das crianças, em suas casas.
OBSERVAÇÃO: Achamos pertinente trazer essas dicas para os pais por conta do período em que vivemos mas, essas devem ser utilizadas a qualquer tempo!
ILUSTRAREMOS A SEGUIR ALGUMAS DESSAS DICAS
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 Essas são apenas algumas dicas que os pais podem usar para trabalhar o desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos. O Instituto Neuro Saber disponibiliza inúmeras formações e orientações importantes para ajudar aos pais e aos profissionais da área da educação. VALE A PENA CONFERIR!
Referências bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio>. Acesso em: set. 2020
Instituto Neuro Saber: https://institutoneurosaber.eadplataforma.com/lesson/detail/100/1537/
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