blog de interações da dona wayne! principal: greencruz. EM CONSTRUÇÃO!
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ir embora com uma companhia de teatro aos recém-completados 19 anos certamente trouxe consequências para o convívio social que possuía e a fama que já era ruim na cidade natal. sendo visto como um maluco pelas pessoas da cidade, cameron não se importava muito com quem via ou deixava de ver nas inúmeras cidades e estados pelo qual passou. em toda sua honestidade, talvez até gostasse, mas unicamente para poder mostrar para todos como ele havia conseguido seguir seu sonho. ao mesmo tempo, também precisava assumir que isso não se aplicava a todos, já que tinha boas lembranças preservadas do pequeno grupo de amigos do ensino médio: terry, que hoje em dia era um compositor, lillie, que acabou se casando com uma britânica e se mudou para londres, e ele. o restante também não havia ouvido falar, salvo por amy, que infelizmente havia falecido pouco depois de se mudar para los angeles. e tinha katherine. sua kathy. seu ex-grande amor. com ela havia tido as lembranças mais intensas e mais devastadoras de sua vida (e todo mundo sabia disso).
quando a convidou para tomar um café, havia agido com os hábitos que nunca tinha perdido: ser impulsivo. por outro lado, não achava que deveria ter tanto cuidado com um relacionamento que tinha terminado há mais de dez anos, e provavelmente eram pessoas diferentes. por outro lado, estava curioso sobre como sua vida tinha dado tantas voltas ao ponto de pararem ali, no mesmo lugar. — talvez mais do que isso. pra uma cidade pequena, eram muitas pessoas que diziam a mesma coisa. — abriu um sorriso orgulhoso. disso realmente se orgulhava sem qualquer sombra de embaraço. então, acabou deixando escapar um riso soprado, e concordou, bebericando o chocolate quente (seus cafés sempre tinham que ser adoçados de algum modo). — ah, é justo. eu na verdade tô me sentindo meio zonzo ainda. — apontou para ela, e depois para si mesmo. — e muito curioso. — deu de ombros, tirando um momento para analisar melhor suas feições. ambos haviam mudado tanto, mas ele ainda procurava resquícios da garota que um dia havia conhecido. — hum.. vamos ver: no momento, eu tô ótimo. mantive contato com a minha mãe, e passei alguns dias na casa da lillie uma vez, há uns cinco anos. ficou sabendo que ela se casou com uma britânica? adotou um par de gêmeos, ainda não aprendi quem é quem. e você lembra daquela audição que eu fiz? a que me colocou na companhia? passei a ser o mestre das audições! — era perceptível a leveza com que falava. — bom, e teve o velório da amy. ela quem impulsionou minha primeira peça original, eu escrevi em homenagem ao amor dela por pássaros. você, hum, já ouviu falar? amarelo canário. — era uma peça sobre uma moça de cabelo amarelo como as penas do pássaro de estimação dela, tentando lidar com o luto pelo próprio bichinho: ela havia tingido o cabelo após sua morte, despertando estranheza em todos ao seu redor. nessa peça, havia representado seus outros amigos também - incluindo katherine. parando para pensar, havia escrito muitas personagens como ela. — e você? honestamente, eu preciso muito saber como acabamos na mesma sala de reunião. o que você fez por todos esses anos, kathy? — o apelido saiu igualmente como um impulso, mas resolveu manter a naturalidade.
@greencruz & @greencinters — katherine & cameron.
desde a sua mudança definitiva da cidade onde cresceu, a burke não imaginou que encontraria de novo a maioria das pessoas que agora mantinha somente em memórias de sua infância e adolescência. ainda via certos colegas de escola que remanesciam na cidade quando visitava seus pais nos seus respectivos aniversários, claro, mas em sua normalidade eram raríssimas as exceções. sem contar valerie, a melhor amiga de katherine desde uma aula extracurricular de espanhol no ensino fundamental, é claro, ou uma ocasião em que encontrou sua professora de matemática do ensino médio visitando um museu de cera em nova york, estava conformada que a maioria viveria em sua mente como lembranças do passado. o que era, certamente, muito mais lógico que imaginar que encontraria justamente cameron assim. embora soubesse o que andava fazendo nos últimos tempos através dos comentários que ouvia de seus projetos, não passou por sua cabeça na hora de aceitar a proposta de trabalho que se tratava justamente dele; afinal, era pela indicação de uma amiga que descobriu a equipe que se formava para aquele fim. a surpresa ao vê-lo não poderia estar mais óbvia, após todos aqueles anos. bom, não era sempre que se reencontrava um ex namorado numa situação como aquela. era impossível não ficar curiosa para saber como seria conversar com ele depois de praticamente quinze anos e, ao receber o convite para os dois tomarem um café ao final da reunião, uma parte de si sentiu um alívio que não imaginava estar ali. por alguma razão, quase tinha medo de que ele não a reconhecesse. “eu vi que você andou bem ocupado nesses anos todos… deve ter feito ao menos uma dezena de moradores de lá morderem a língua.” gracejou, sorrindo de canto. seus pais costumavam fazer parte daquele grupo, o que a deixava furiosa na época. batucou os dedos na lateral de seu café mocha. “não te vejo ao vivo e a cores faz tanto tempo que não sei o que perguntar primeiro. é muito genérico começar com um ‘como você tá’? eu acho que sim, mas a pergunta é válida.”
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Assentiu assim que o escutou falar. Tinha somente uns três anos a mais do que isso na bagagem, devido ao irmão e seus truques sujos. Juntos, os dois costumavam permanecer acordados um pelo outro, e ele acreditava estar chegando perto de algo que conseguiria combater de maneira eficaz as substâncias que inibiam o restante dos sentimentos. Na verdade, sua teoria ia além disso: Brian acreditava que felicidade era a substância da superfície, mas existiam outras, para fins mais nefastos. Birdy nunca se importou tanto com isso, se fosse honesta. Não achava que seu papel no mundo era ir atrás de verdades tenebrosas ou realizar mudanças gigantescas naquele mundo miserável, mas, se era isso que o seu irmão queria fazer, então que fizesse. Ela estaria lá se certificando que o peso dessas ações não caísse totalmente em seus ombros.
Isso é, claro, até o dia que ele sumiu. Birdy se sentia muito mais disposta a agir como uma rebelde desde que havia o perdido, embora seus lapsos de coragem fossem convertidos apenas em lamentações isoladas e raiva internalizada, afinal, ainda era só uma menina contra toda uma cidade. Podia ter o indício de um incêndio no âmago, mas não possuía nem metade da bravura e do heroísmo necessários para que isso significasse algo. Logo, quando Henri perguntou porque ela estava acordada, existiam inúmeras respostas sinceras ou genuínas, porém, preferiu a que não iria expor tanto assim o que estava dentro da cabeça. No fim das contas, eram dois estranhos. Mesmo que ter alguém sóbrio na verdade fosse uma novidade que podia levar a muitos lugares.
— Não gosto de andar por aí com cara de otária. — Deu de ombros. Novamente, não era mentira. Mas também não queria dizer que era só isso. Estava testando as águas, para saber se realmente haveria algo interessante para se tirar da presença do outro. — Olha. — Apontou com a cabeça para uma família passando. Todos pareciam bem mais calmos do que deveriam estar, especialmente considerando a maneira como a mais nova estava machucada, com um rasgo no joelho. — Em circunstâncias normais uma criança chora quando sente dor. Esse é todo o lance das crianças, elas são insuportáveis porque elas não sabem ser gente. Mas ali todo mundo tem a mesma expressão de otário. — Então, olhou para ele. — Não quero parecer assim.
Avistou uniformes de guardas no fim da rua, do outro lado e maneou a cabeça para mais fundo no beco, atrás de uma lixeira, onde utilizou a ponta da bota para abrir uma passagem em um bueiro. — Você cabe aí, né? — Calculou mais ou menos com os olhos, e depois desceu pelos degraus. Era uma velha passagem, com história. Ela não sabia se ele sabia sobre isso, então preferiu não tentar dar uma de sabichona. — A maioria dos guardas são novos, acho que eles não ensinam mais sobre as Ruas dos Funcionários nas academias da polícia. — Quis dar uma risada pela primeira vez, apesar de amarga. Ruas de Funcionários eram as passagens subterrâneas utilizadas pelos menos afortunados há anos atrás, quando a população rica alegou que não queria se misturar com quem vivia em lugares pobres e sujeitos a doenças. Afinal, com saúde debilitada e uma taxa de mortalidade maior, precisavam se preservar. Se recorda, inclusive, de ter lido sobre como a desculpa mais usada era que “pobres tem um organismo diferente” como se fossem animais. Havia parado de funcionar assim há uns vinte anos depois que as TVs passaram notícias sobre como a saúde havia prosperado na última década. Tudo era muito ridículo.
Foi aí que percebeu que não havia perguntado a ele o motivo de estar acordado. Parada no meio da passarela há alguns metros do esgoto, Birdy voltou a olhá-lo. — E você? Por que não toma as cápsulas?
Os dias de Henri já não eram mais os mesmos desde o dia em que sua mãe foi embora sem qualquer explicação plausível. Não que sua vida no Elísio tivesse sido verdadeiramente boa algum dia, mas ele ao menos sentia que não estava tão sozinho assim naquele lugar que mais parecia como o inferno, ou qualquer outro lugar que as almas fossem levadas ao fim de seus dias na Terra. Muitos dos moradores gostavam de dizer que era o melhor lugar para que alguém pudesse viver e ter uma vida tranquila, mas Henri discordava desse fato; em algum momento de sua vida ele realmente concordou com essa afirmação, mas havia uma grande influência das capsulas que eram forçados a tomar diariamente e pelas coisas que sua mãe lhe contava, mas que também era influenciada pelas capsulas. Agora, observando tudo enquanto estava acordado, Henri percebia que nada dali fazia o mínimo de sentido. Uma falsa felicidade que o governo gostava de promover, definitivamente, não era nada saudável e muito menos certo a se fazer. Também não era correto sumir com pessoas sem qualquer tipo de explicação para isso, e o pior de tudo era não poder questionar ou seria o próximo.
Quando mais novo, Henri prometeu a sua mãe que seria alguém inteligente e esforçado o bastante para que tivesse o mínimo de conforto naquele lugar, estudaria tudo o que estivesse em seu alcance e dessa forma cuidaria dela quando já não tivesse mais qualquer disposição para se locomover e precisar da ajuda do único filho para quase tudo o que precisasse fazer. Para ele, pouco importava se ainda estaria ingerindo suas capsulas diárias, contanto que sua mãe estivesse consigo e passassem por aquele inferno juntos. Agora que ela não estava mais ali, não havia nenhum motivo para continuar e por isso utilizava de habilidades que ele não tinha e que adquiriu ao longo dos anos para driblar o governo e não tomar suas capsulas diárias, e dessa forma evitou ser pego e ninguém mais desconfiava.
Isso se não fosse pela garota relativamente mais baixa que ele, mas que havia visto uma vez ou outra pelo Elísio. Ela era bonita, sem dúvidas, e não sabia mais por qual motivo estava seguindo-a para aquele beco e muito menos porque ela estava lhe fazendo aquele tipo de pergunta. Henri franziu o cenho, vestindo uma máscara impassível e pronto para mentir e continuar o disfarce que sustentou por longos anos, mas a frase final o fez repensar um pouco mais. Havia suspeitado que ela também pudesse estar acordada, mas nunca tivera nenhuma certeza até aquele momento ao ouvir sua confirmação sem que precisasse perguntar. — Há alguns anos, uns três ou quatro se não estou enganado. — Respondeu, relaxando sua postura e encostando-se na parede atrás de si. — É, eu também sei que você não está acordada. Alguém que não toma sua dose diária de felicidade consegue perceber quando outra pessoa também não faz. Posso saber por que não toma suas capsulas?
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Havia deixado para Ethan a missão de vigiar o local que tinham até então e manter todos dentro da segurança do aquário abandonado, já que considerava relativamente mais seguro do que o que estava prestes a fazer junto de Owen, e podia evitar conflitos caso fosse acusada de superproteção. Segundo sua perspectiva isso demonstrava confiança, porque era uma posição de liderança provisória e Chrissy sabia como o filho tinha vontade de ajudar. E, para a sua sorte, essa também era a decisão mais coerente, já que entre sair para realizar um resgate com um rapaz de dezoito anos ou com um ex-militar, era basicamente uma competição desleal.
Christine já havia conhecido alguns militares em sua vida. Não tinha opiniões fortes a essa altura do campeonato, mas desde o fim da Frente de Libertação e a tentativa de ressurgimento dos Vagalumes, no caso de Owen, haviam criado proximidade, e ele havia se tornado não apenas uma adição valiosa por ser alguém de muita utilidade, como também uma companhia para momentos solitários; não lhe restava muitos amigos e menos ainda pessoas que tinham sua idade e ainda andavam em bando, por consequência, embora ele fosse uma pessoa essencialmente fechada, conseguia fazer funcionar. E naquele momento também confiava em sua vontade de resgatar a moça que havia feito contato há algumas horas indicando mais ou menos sua localização.
Com o mapa em mãos e devidamente equipada com suas armas (a pistola sustentada pela calça, a espingarda nas costas e a faca presa à bota) partiu pelo caminho que considerava mais “limpo” ou assim era o que indicavam as anotações feitas pela última ronda, realizada no dia anterior por Tiffany e Zuri (um casal jovem com conhecimento médico o suficiente para sustentar posição de curandeiros dentro da equipe). — Não é assim tão perto, pode ser que leve mais ou menos um dia. — Comentou, enquanto analisava melhor a situação, estavam em Edgewater, e pelo que havia entendido, a moça estava em Fair lawn. Isso tornava a sua decisão anterior com Ethan um pouco mais complicada, mas daria a ele o benefício da dúvida, especialmente porque, por trás da ordem de deixá-lo responsável por cuidar do forte, havia colocado alguém responsável por cuidar dele. Isso quebrava todo o esquema de confiança? De fato. Mas só se ele descobrisse. — Pode ser que a gente encontre mais pessoas. Um carro que funciona, talvez? — Tentou olhar pelo lado positivo. — Você já foi lá pelo lado da Glen Rock? Eu ouvi falar que eles ainda tentam fazer funcionar…. Shows, em salas com isolamento acústico. Fiquei curiosa pra entender como é a mecânica.
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Festividades daquele tipo a deixavam animada. Sendo naturalmente uma borboleta social, Mishil conseguia se misturar entre os demais sem fazer muito esforço, e por conta disso, também colecionava muitas amizades que nasciam puramente da cara de pau que possuía. Foi essa extroversão que a ajudou no processo de adaptação das meninas, que chegaram fragilizadas por conta da morte dos pais. Embora fosse mais quieta e mais desconfiada que sua irmã caçula, podia dizer que Sunhee agora também desempenhava o papel de uma “parceira” especialmente no que dizia respeito aos cuidados com Soojung, a pequena que tinha sorriso fácil como ela, e a mesma mania de se meter em encrencas. Havia conversado com a mais velha sobre uma “ajudazinha” na confraternização e ela acreditou que tudo ocorreria bem, e por um tempo realmente ocorreu.
Mas veja só como as coisas são engraçadas de um jeito muito natural: Mishil, no começo de sua adolescência, também se apaixonava fácil, então não iria dizer nada demais à Sunny mais tarde quando tivesse que abordar que ela havia perdido sua irmãzinha porque ficou encantada demais por um dos filhos de uma de suas colegas. Talvez, depois que parasse de pensar no desespero que sentiu tendo que correr atrás de uma criança de três anos em um salão cheio de outras crianças de três anos, até poderia rir com ela sobre como sua crush em um rapazinho foi o motivo de ter perdido sua irmã, e como o crush dela, é quem havia encontrado a bebê.
Assim que avistou Soojung com Daeho, ficou aliviada. Porém, o que sentiu logo em seguida foi vergonha, já que não achava que pegava muito bem ter perdido uma filha em uma confraternização, e muito menos que o motivo era o fato de que havia a deixado nos cuidados de sua outra filha de dez anos de idade. O que ele ia pensar dela? — Ai meu deus. — Foi a primeira coisa que disse, tentando recuperar a respiração. — Esse bebê em fuga veio parar com você? — Não conseguiu conter a risada nervosa. E então, ergueu os braços para poder pegá-la no colo. Apesar de ter ido, a pequena continuou apontando para ele. — Suspeito. Você está tentando roubar minha filha? Diga agora. — Usou um falso tom acusatório, estava brincando.
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with: @waynesversion !
Cameron já tinha o caminho decorado, e ele acreditava fielmente que conseguiria segui-lo de olhos fechados até a janela de Katherine. E, apesar de contar vantagem pela aparente discrição, sua mãe sabia exatamente o que ele fazia sempre que ele a explicava que estava indo fazer uma “caminhada noturna”m só nunca havia dito nada para ele. Ela não se incomodava em ver o filho apaixonado, na verdade, gostava que ele tinha alguém jovem para embarcar em suas loucuras. Normalmente quando se esgueirava para passar a noite com ela, tinha uma rota planejada, e como estava animado com a descoberta de um novo lugar próximo dos limites da cidade, dessa vez não iria ser ele quem iria subir, mas ela quem iria descer.
Assim que chegou no quintal e pulou o baixo cercado (com cuidado para não cair nas plantas espinhosas como na primeira vez), caminhou lentamente até a janela da moça, com as pedrinhas equipadas. Uma, duas, três. Era o chamado particular que havia combinado com ela. Quando fossem três pedrinhas contra o vidro, em 100% das vezes Katherine veria um Cameron com cara de bobo esperando seu rosto aparecer na janela. Então, depois que ele já havia a visto e que ela já havia acenando para ele, fez um sinal indicando que descesse pela escada lateral, e se aproximou depressa para conseguir ajudá-la no processo, subindo os primeiros degraus para auxiliar que chegasse em segurança embaixo.
Como normalmente ocorria também, a puxou pela mão até mais distante, virando na segunda esquina, embaixo do primeiro poste (era sempre ali). Foi quando a cumprimentou de verdade: com um beijo divertido, já que mal conseguia conter a expressão de quem estava prestes a aprontar. — Senti sua falta o dia todo. — Dramático por natureza, mas não deixava de ser verdade. Também aproveitou que ainda estava inclinado para deixar um beijo na curva do pescoço dela, contendo a vontade de implicá-la com um chupão só porque ele sabia que seus pais encheriam o saco se ele fizesse isso. — Eu achei um lugar perto da entrada da cidade, preciso te mostrar. — Começou, revelando a mochila que havia escondido nos arbustos. — Animada? Sem sono? Disposta? Vai ter que ficar se não estiver. Como a caminhada ainda é meio longa, posso te oferecer uma carona. — E então, apontou para as próprias costas.
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greencinters:
É, uma caixinha responsável por um portal realmente soava um pouco ridículo. Por outro lado, isso nunca impediu que nenhum vilão fosse perigoso. Eles deveriam tomar conta de casos de rua, eram uma equipe de sidekicks e, de repente, não havia como escapar de portais interdimensionais. — Não teve toda uma problemática com a caixa de pandora? É bom não subestimar. — Deu de ombros, metade naquela conversa, e metade perdido nas próprias preocupações, enquanto continuava sua leitura.
Quando escutou os acréscimos de Maisie, ponderou por um momento. A verdade é que ele não tinha certeza. Não só por isso, mas também porque não havia uma linha distinta entre o que era uma boa opção ali. — Ainda penso que se eu entrar sozinho é melhor. Você é veloz o suficiente pra entrar segundos depois que eu entrar, e eu consigo confirmar a minha teoria. Se formos os dois, a chance de comprometer dois membros também é algo que a gente precisa considerar, e só somos nós dois aqui. Até o resto da equipe chegar, as coisas já vão ter piorado muito. — Era hora de testar se conseguia ser furtivo também. Normalmente não se incomodava de ficar com essa parte em missões. — Não tem opção segura aqui, Impetus. — Quando olhou para ela, era como se quisesse dizer que sentia muito. — É melhor me arriscar do que te arriscar nessa. — E então, ajeitou a postura. — Eu vou entrar, e depois você entra. Fica atenta nos arredores e espera o meu comando. — Quando disse isso, Gale também sentiu a necessidade de olhar ao seu redor. — Se eu não der resposta em alguns minutos depois de sumir dentro de lá, você vai avisar os outros que precisa de reforços antes de agir. A partir daí, vamos considerar como nossa melhor opção que você consegue se mover mais rápido que a barreira do som, mas você vai estar sozinha e vai ter que se movimentar assim o tempo todo. — Esperou que ela assentir antes de prosseguir. — Mas isso é na pior das hipóteses, vamos acreditar que não vai ser necessário. Quando eu responder, você só precisa seguir as instruções. — E então, abriu um sorriso, e estendeu a mão para segurar a dela por alguns segundos. — Bom, pode ficar a postos.
Esperava ter parecido tão corajoso quanto gostaria. Enquanto descia na direção da entrada, se certificou de que não seria visto e, usando os dados já recolhidos do perímetro, a primeira coisa em que conseguia reparar era que a música já ressoava na entrada, e ela soava atraente o suficiente para que ele se sentisse inclinado a entrar. Com isso, também entendeu que era sua resistência o impedindo de ficar amplamente vidrado na melodia. Então, assim que alcançou a entrada mais discreta, precisou ser rápido o suficiente para que não fosse imediatamente avistado pelo sujeito inteiramente trajado de roxo. Ao seu redor, parecia ter entrado em um filme de terror: pessoas em completo transe, civis e heróis, que pareciam completamente fora de si, se chocando contra as paredes, se batendo e, lentamente, caminhando até um círculo de energia, onde desapareciam. Que merda era isso? Bom, certamente não era a única preocupação, porque isso era apenas o que estava entrando. O que estava saindo, ele tinha certeza de que era o problema de verdade: seres humanoides que pareciam bem superpoderosos, ao seu ver.
Em um canto, protegido, avistou a caixinha de música, e correu até o outro canto da sala, tampado por caixotes empilhados. Tinha um plano, mas antes de colocá-lo em ação, precisava avisar Maisie. Pegou seu aparelho, e enviou as mensagens. “Impetus, você vai precisar se mover rápido o tempo todo a partir da sua localização, a influência da música é extremamente poderosa. Na ala oeste do galpão tem uma entrada, assim que você passar, seguindo para a ala norte em linha reta, você vai ver a caixinha. Depois que você fechar, vamos ter problemas piores ainda. Tem pessoas muito perigosas aqui. Super humanos, provavelmente. Eu vou testar se consigo sobrepor a hipnose da caixa.” E então, seguiu para a segunda parte do seu plano: improvisar. Faria isso, enquanto Maisie fazia sua parte.
#dynamics: gale & maisie.#amiga perdao n consegui cortar aqui no pc da empresa </3#o ápice da inspiração do nada tb
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O som de Don't Fly Away, do Elvis Presley, ecoava do lado de fora da casa, antes mesmo de ser recebido pelos pais e pela irmã. Era a primeira vez que voltava para casa depois do início do ano letivo, e tinha coisas para contar, definitivamente. Claro, deveria ocultar os detalhes sórdidos das festas das quais participou que, em sua maioria, costumavam passar do tempo estipulado pela reitoria, e que havia uma pilha de multas no nome da república, e que suas notas eram o mínimo para continuar no time. O importante é que elas eram o suficiente, e que ele havia dobrado de tamanho desde sua entrada, ou seja: era bonito e popular o suficiente para ter sobrevivido ao primeiro ano da faculdade.
Com os óculos escuros e a postura descontraída, estacionou o carro em frente à garagem, sem querer havia de sua presença. Porém, a pessoa surpreendida fora ele, assim que pegou a mala e viu, do outro lado da rua, a silhueta conhecida de sua vizinha há anos. Adam foi incapaz de perceber a mudança no próprio comportamento e expressão quando, imediatamente, mudou seus planos para ir de encontro a ela, atravessando a rua enquanto dava um aceno com a mão livre, já que sequer havia largado a mala. Anos atrás, todo mundo (menos ela) sabia que ele tinha uma queda por Rachel. Era muito comum que inventasse desculpas para sempre estar onde ela estava, com as inúmeras tentativas falhas de deixá-la impressionada.
Agora, ele havia colocado na cabeça que isso não só era coisa de perdedor, como que havia superado. O ano havia lhe mostrado que, bom, ele tina opções e muitas pessoas novas. Nada sério, no caso, mas o fato é que não precisava e não iria mais se humilhar por ela, já que isso nunca tinha o levado a lugar nenhum. Só era irônico pensar isso quando estava, literalmente, indo ao seu encontro imediatamente após tê-la visto. — Rach, ei! — Exclamou, abrindo um sorriso enorme. — Fazia tempo que eu não te via. — Preferiu inibir a parte em que dizia que estava com saudades, para não soar estranho. (@julicttc)
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era um dia peculiar na normalidade do campus. normalmente, nada demais aconteceria além do padrão de fulana que fez tal coisa contra a colega, cicrano que traiu a namorada e escândalos que iam de pequena escala até acusações de tráfico de drogas (ou de pessoas, se você realmente pesquisasse muito a fundo sobre a universidade), mas, considerando que estariam sediando os jogos estaduais, a presença de pessoas vindas diretamente do lado inimigo atiçaram a curiosidade da grande maioria dos esportistas, incluindo o time de líderes de torcida. não que suzy se importasse tanto assim; não tinha curiosidade e muito menos simpatia por visitantes, e seguia impassível apesar da maioria das garotas cutucá-la sobre a possibilidade de aparecer alguém melhor que ela vinda do lado de lá. ha. essa foi a primeira vez que riu no dia. melhor do que ela? primeiro, achava muito difícil considerando que era um prodígio e segundo que, se fosse minimamente possível, aí as coisas mudariam de figura definitivamente. não gostava de perder. mas também se achava tão superior que não encontrava desafio em lugar algum, que era a razão de viver tão entediada.
“você vai recepcionar as visitas com essa cara de quem comeu e não gostou mesmo, sue? e seu espírito esportivo?” olhou na direção da cabeleira loira que lhe abraçava pela cintura. jason, ao contrário dela, estava mais do que pronto para falar com os demais competidores, o que significava pegadinhas, com toda certeza. arqueou uma sobrancelha e deu de ombros, ajeitando os fios longos e lisos o mais perfeitos que conseguia praticamente como um reflexo. — você não tem vergonha né? — se virou na direção dele. uma parte de seu cérebro pareceu ativar um alarme. desse jeito, pareciam mesmo um casal apaixonado. e se as coisas fossem mais fáceis, realmente seriam um. talvez por isso se atreveu a beijá-lo, só para escutar o coro que se seguiu vindo das colegas. e aí, alguém lhe cutucou na costela um pouco antes de escutar a voz da treinadora limpando a garganta. ah, então estavam ali. quando se virou para olhar o tal time de líderes de torcida, como esperado, não viu nada demais. blá blá blá fulana se chama não sei o que, tanana fulano é sei lá o que de sei lá onde. desinteressante. pelo menos de primeira. quando olhou para a direção da garota de olhos afiados e sorriso doce, inegavelmente levou um susto. não porque ela era feia, mas porque ela era muito mais bonita do que estava esperando no meio de tantos perdedores.
“suzy? se apresenta!” escutou a voz da capitã, e foi quando percebeu que provavelmente estava encarando a tal garota. no mesmo instante a expressão esfriou e endureceu novamente, e a postura parecia impassível mais uma vez. — suzanne kasai. suzy. vice capitã do time, e normalmente quem vocês vão ter disponível em caso de dúvidas. — voz monótona que claramente dizia que não estaria disponível. — mas imagino que não vão ter dúvidas. vocês mal chegaram e já dá pra ver que… vão rapidinho achar o lugar de vocês na nossa instituição. — não tinha tanta vontade assim de parecer simpática, então não se preocupava muito com como soaria. e assim, todos começaram a se dispersar entre os denominados para grupos seletos. foi quando pegou a tal menina sozinha, olhando para os cantos. que merda. tinha que ser receptiva. se despediu de jason e seguiu até próximo. — alguma dúvida? você é a…?
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Os dias pareciam idênticos uns aos outros. Às vezes se recordava da vida antes do caos daquele vírus infernal, e de como seus professores diziam que a vida de um médico era repleta de imprevistos. Bom, talvez fosse nos primeiros anos, ou meses. Ou vai ver era a falta de perspectiva que transformava tudo em uma rotina perigosa, mas ainda assim, uma rotina. Escapar de zumbis, ajudar sobreviventes, encontrar cantos vazios para passar a noite. Escapar de zumbis, ajudar sobreviventes, encontrar cantos vazios para passar a noite. E era assim desde que havia se perdido dos antigos companheiros, que sequer sabia se estavam vivos ou mortos. Desde então, tudo o que fazia era procurar pela irmã mais nova. Sabia que ela era durona, sempre havia sido muito mais do que ele, contudo, como mais velho, era inevitável não se preocupar, especialmente sem sinal ou indicações de que ela ainda vivia, apenas uma fé cega a qual se agarrava desesperadamente. Não tinha sequer cachorro mais. Pobrezinho, tinha o protegido da morte quando todos começaram a alegar que cães atraíam perigo por conta do barulho do latido, mas a verdade é que Pingu ajudava muito mais do que atrapalhava, costumava ser feroz com zumbis e um bom companheiro, julgava o caráter das pessoas tão bem que às vezes Brian se questionava sobre a própria inteligência. Mas, tal como sua irmã, nunca mais havia o visto.
Dessa vez, a diferença era a chuva torrencial que viera ao mesmo tempo que uma horda de zumbis velozes. Em teoria, o dobro de perigo. Na prática, talvez fosse até um pouco hilário considerando como escorregaram por conta da água, facilitando a sobrevivência. Pelo menos até a parte em que começou a ser levado pela enxurrada, e precisou se agarrar firme para não perder os poucos materiais e armas que estava carregando além do que ficava escondido dentro do atual esconderijo. Mas que merda. Já podia contar pelo menos duas fraturas pela quantidade de tempo que lutava contra a água, até conseguir se arremessar para dentro de um museu antigo, e, enfim, sair da correnteza. Não fazia ideia de onde estava já que o mapa havia derretido, salvo pela pouca memória. Teria que se virar para procurar um hospital e conseguir furtar o material. Assim que subiu para a parte de cima, se sentou próximo da entrada superior para tomar fôlego. Inferno, que inferno. A julgar pela dor na costela, seria bom ter alguma ajuda. E a julgar pela cor da água, seria bom ter roupas secas e evitar uma infecção. Fechou os olhos brevemente, e então, escutou um som. Latidos. Olhou pelos arredores, alarmado pelo som. Foi quando observou o animal vindo em sua direção a passos velozes apenas para que, ao alcançá-lo, começasse a lamber sua face molhada. — Pingu? — Um latido. Teve que se afastar para olhar melhor para o animal. A mesma cicatriz na orelha. A mesma raça. E parecia reconhecê-lo, já que respondeu ao chamado. — Meu deus, é você mesmo. — Começou a sorrir, apesar da dor incômoda. E então, viu uma segunda silhueta. O recém encontrado bicho de estimação não protestou com a presença dela, então, cogitou que não era perigo. Mas, claro, não sabia se era assim que as coisas estavam sendo vistas pela perspectiva dela. — Você tava com o meu cachorro?
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ironicamente, os dias no elísio pareciam cada vez mais sem cor. a alta tecnologia anunciada pelos canais midiáticos contrastava com o céu róseo extremamente poluído e o som constante da tosse dos mais velhos, marcados pelo câncer de pulmão, a tão temida doença do século, que abatia os adultos reduzindo sua vida a, no máximo, 50 ou 55 anos, os mais sortudos chegando aos 60. e ainda assim, todos pareciam calmos, descontraídos e exageradamente coloridos, chegando a ser intoxicante. para birdy, até mais do que a fumaça que rondava o centro. mesmo assim, ela mantinha o visual extravagante ileso para se misturar: tons avermelhados, presilha prateada no cabelo, unhas em amarelo queimado. só assim para seus pais lhe deixarem em paz. na verdade, até agradecia que a vestimenta do dia fosse essa, assim, conseguia limpar o sangue emergindo dos dedos após se espetar numa farpa grande demais, e sem parecer suja ou desleixada, já que os clientes odiavam menininhas sujas entrando em suas casas abastadas.
ela sim que odiava isso.
normalmente depois que pegava sua capsula, birdy encenava tomá-la e corria para as beiradas, próximo dos muros, tirava sua fantasia de medicada e colocava as roupas acinzentadas que finalmente combinavam consigo, ou algo verde. verde era sua cor favorita, se fosse honesta. lhe lembrava das árvores e da pureza escassa da natureza. infelizmente, sua função era desmatar tudo que via pela frente. um paradoxo, tal como toda a sua existência sem graça. mas, claro, as vezes havia uma ou duas coisas interessantes, tipo o altão bonito que sempre encontrava por aí. havia criado um hábito de cumprimentá-lo brevemente, porque sentia algo estranho nele, e qualquer coisa estranha ou esquisita era um bom sinal, dada a padronização que seguiam naquele inferno.
e então um dia, cansada de observar, resolveu que iria cortar o distanciamento amigável e encerrar a política de cada um na sua. era só um dia comum, mesma coisa de sempre: pegar sua cápsula de manhã. um pouco depois de pegar a sua, olhou um pouco mais enquanto ele fazia o mesmo processo e, aguardando o momento em que ele se virou para olhá-la, fez um gesto com a cabeça indicando o corredor mais próximo, um beco qualquer, embora um ponto estratégico. havia escutado de alguém que as paredes não tinham ouvidos tão bons assim ali. quando finalmente o viu, fez outro gesto de cabeça, esse era um cumprimento, não era boa com cordialidade. os olhos treinados deram uma última observada, antes de se virar para ele. — há quanto tempo você tá acordado? — perguntou, de braços cruzados e sem muitos rodeios, apesar do tom de voz mais baixo para não levantar suspeitas. por imaginar uma desconfiança inicial (pelo menos, se fosse o contrário, ela teria) resolveu explicar. — eu sou só uma carpinteira. tô acordada há anos. sou tão esquisita quanto você, por isso eu sei que você não toma.
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wrldpoesie:
Gyuri não sabia o que estava fazendo naquele bar tão tarde da noite, quando boa parte de seus amigos já foram embora, fosse para a casa de alguém ou por estarem bêbados demais para raciocinar e dizer mais que cinco palavras com o mínimo de sentido. Na verdade, ela até sabia, mas não queria admitir para si mesma que estava ali esperando por Yohan. Para a moça, era mais fácil fingir que não sentia uma atração fodida por ele do que deixar o orgulho de lado, mesmo que isso fosse impossível considerando tudo. Observava-o mais do que deveria, perdendo-se nos próprios pensamentos por olhar o porte físico por mais tempo do que gostaria até chegar no ponto onde estava caindo pelo sorriso do desgraçado. E não era como se ela conseguisse controlar, mas achava-o bonito demais para admitir em voz alta; algo que, definitivamente, iria demorar muito para acontecer. Ainda assim, gostava daqueles momentos que tinham a sós, quando ele resolvia levá-la para casa ou quando apenas trocavam beijos e toques mais íntimos sem dizer uma palavra. Independente do caso, gostava de tê-lo perto. Gyuri precisou conter o sorriso que ousou surgir nos lábios quando o viu se aproximar, com a mesma frase que ouviu tantas vezes. — Não vai demorar muito, não é? Estou cansada. — Não estava, só queria a companhia dele o mais rápido possível. — Não tenho ninguém para me levar, então hoje é seu dia de sorte. Posso te dar a honra de passar alguns minutinhos comigo.
para o bem de sua imagem e seu emprego, yohan precisava evitar parecer um idiota, mas era uma tarefa difícil quando, tão escancarado quantos as luzes de neon do letreiro do bar, era o abismo que nutria por gyuri. ele sabia que ela estava o esperando, e mesmo assim jamais se atreveria a jogar isso na cara dela porque também sabia que ela era orgulhosa; uma nariz em pé, e por algum motivo era exatamente isso que o derrubava tanto. portanto, apesar de saber que tinha uma imagem, o sorriso derretido transparecia facilmente com a marra alheia, para ele era irresistível vê-la agir como se estivesse fazendo pouco dele, tal qual o idiota que ele era. — tadinha. — não tirou o sorriso da cara, mas, com uma das mãos, apertou de leve as bochechas alheias. — quer dar uma ajuda? só colocar os bancos pendurados no balcão enquanto eu tranco o resto das coisas e a gente pode vazar. — se debruçou um pouco mais, para mais próximo dela. provavelmente teria a beijado, mas não achava que estavam naquele ponto de seja lá qual era a relação que tinham, para beijá-la em público, então somente colocou uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. — cliente vip faz essas coisas, sabia? e aí é mais rápido pra eu conquistar esses minutinhos com você logo depois. — continuou, e voltou ao seu lugar, recolhendo as garrafas próximas e as juntando em um canto escondido embaixo de onde estava. — vai querer ir direto pra casa? — “ir para casa” também era um código, os dois sabiam disso, e podia resultar em várias coisas diferentes, as vezes era realmente só sexo, outras vezes ele acabava cozinhando alguma coisa, outras vezes ele tinha histórias para contar. mas nunca era algo negativo, nem quando era realmente só uma carona até a porta.
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wrldpoesie:
Aquela noite estava sendo como um teste de paciência para Maisie, que batucava os pés vez ou outra para conter a ansiedade de levantar-se para fazer qualquer coisa que não fosse ficar parada esperando algo acontecer. Um teste que, obviamente, ela não conseguiria passar. Para a velocista, era quase impossível permanecer quieta durante muito tempo, e seus amigos certamente iriam ficar surpresos ao ver o quanto ela se esforçava para permanecer em silêncio em uma missão que estava um tédio absoluto, ao ponto de causar-lhe sono. E Maisie dificilmente sentia sono tão fácil assim. Podia ser considerada louca por isso, mas estar em uma briga física com um grupo de vilões dez vezes mais forte que ela era mais interessante do que ficar observando um lugar sem qualquer movimentação, com um binóculos; ao menos, não estava sozinha e gostava da companhia do rapaz ao lado, que parecia tão incomodado quanto ela. E, sinceramente, Maisie não esperava fazer dupla com outra pessoa que não fosse Gale e sentia-se aliviada por ele ter se prontificado antes que pudesse dizer algo. — E você acha que eu gosto? Gale, eu não acho que vou aguentar mais cinco minutos sentada aqui. Tem certeza que não tem ninguém nesse lugar? É impossível que não tenha ninguém, por favor! — Resmungou, enquanto um biquinho frustrado se mostrava presente em seus lábios. A pergunta do líder não foi respondida verbalmente, porque a garota foi rápida o suficiente para pegar o material de arrombamento e lhe mostrar, com um sorriso arteiro. Desviou o olhar do rosto do líder, tentando não observar demais o sorriso bonito e que era a única coisa visível no rosto dele. A sentença seguinte a fez arquear uma das sobrancelhas, quase como se não estivesse acreditando no que ele dizia. — Ah, mas quando eu quero te arrastar comigo para fazer caminhada você não quer, né? Isso não vale, depois quando eu digo que sou injustiçada nessa equipe, ninguém acredita! — O tom bem-humorado estava presente, quase como se tentasse, de alguma forma, trazer um pouco mais diversão para aquele tédio sem fim, mesmo que precisasse usar seu tom dramático para isso.
negou com a cabeça, e o sorriso acabou se tornando um riso soprado diante da fala alheia. não era exatamente mentira, ele sabia que precisava melhorar em toda a questão física, mas ao mesmo tempo acreditava que coordenar a equipe era sua verdadeira função, e para isso não precisava levantar mais cedo do que o necessário para fazer caminhadas. — mas sabe o que eu tenho do meu lado? física. — não era um argumento novo, mas definitivamente era o seu favorito. — se você malhar os bracinhos, você tem força e velocidade e seu poder aumenta. se eu fizer caminhada eu vou ter tristeza, o que vai afetar a química do meu cérebro e a eficácia do meu poder vai cair. — e ali estavam mais duas características suas: a primeira é que havia tirado a maior nota da sala em improviso, e a segunda é que tudo o que disse não passava de achismo, mas ele sempre falava sobre tudo com muita convicção quando queria convencer ou argumentar (afinal, era um ator e um encantador, literalmente).
estava prestes a falar mais alguma coisa quando recebeu uma mensagem. e com mensagem, queria dizer uma penca de informações oferecidas por tina. franziu o cenho, e compartilhou a tela do aparelho com maisie ao se aproximar mais dela. basicamente, se tratavam de informações sobre o objeto que estavam tentando vigiar: uma caixinha de música. — "a canção que toca é hipnotizante, e aparentemente é um portal para alguma coisa entrar ou sair" entendi. — quando finalizou a mensagem, parecia estar pensando em alguma coisa. — tá, eu tenho três palpites. o primeiro é que existem chances de que eu não vá ficar hipnotizado porque eu sou imune a influências mentais. o segundo é que, talvez, você consiga ser mais rápida que a velocidade do som e se é uma caixinha de música, a gente precisa fechar ela e ela para. aí só resta o terceiro palpite: tem coisas entrando e saindo lá dentro, então a gente precisa ver a caixinha pra fazer ela parar de funcionar. eu digo que é melhor eu ir, e eu te dou coordenadas, não quero arriscar você entrando às cegas sem saber o que tem lá.
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a notificação não era muito clara, mas do que gale havia entendido, algo muito importante estava para ser roubado naquela noite. algo muito importante em três pontos diferentes da cidade, no caso. e apesar dos esforços, a equipe ainda não havia feito a correlação do que eram esses três objetos mas claramente não era o tipo de coisa que deveria cair em mãos erradas. portanto, a equipe havia sido separada em duplas, e, em caso de emergência, poderiam se comunicar pelos escutas. os irmãos estavam juntos em um ponto, os introvertidos em outro e sobrava gale e maisie com o terceiro. nada que escapava tanto assim a rotina, considerando os treinamentos, mas ainda assim, havia um nervosismo um pouco vergonhoso de sua parte se pensasse consigo mesmo que havia falado rápido demais que iria com a moça. a desculpa? acompanhá-la de perto em uma missão como o líder, mas a essa altura até ele sabia que ninguém acreditava nisso. ainda assim, estava tentando manter a postura profissional enquanto espiavam o local com o auxílio de binóculos e câmeras hackeadas do lado de dentro. e estava tudo um tédio absoluto. — não sei se eu acho muito bom essa calmaria toda. normalmente é sinal de algo péssimo vindo. o material de arrombamento tá com você, né? a gente ainda precisa treinar o lance de levar pessoas com você quando você corre. e com treinar eu quero dizer que você vai ter que começar a levantar peso. — ofereceu um sorriso brilhante para ela; apesar da máscara cobrir metade do rosto, a boca ficava do lado de fora. ——— ✿ @wrldpoesie
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como de praxe, aquele já era o quinto casal que se desentendia dentro do bar, acarretando em mais uma sequência de músicas e bebuns que afogavam suas mágoas enquanto acabavam com todo o ar de seus pulmões em canções de término. a essa altura, ele imaginava que a qualquer momento os repórteres apareceriam, ou alguns estudiosos de psicologia atrás de pesquisas em campo, mas o foco principal é que, para yohan, toda a atmosfera de anti-amor em nada condizia com o motivo principal de sua falta de atenção: gyuri. ele jurava, já havia há muito se perdido na fofoca porque os olhos estavam atentos na figura esbelta da moça, vez ou outra puxando assunto e vez ou outra escapando do posto para importuná-la de perto. agora, próximo do fim do expediente, enquanto observava kihyun explicando para uma moça que infelizmente ela não podia dormir no chão do estabelecimento como protesto até seu namorado aceitá-la de volta, encheu um dos copos para si, só uma dose, e foi até o balcão onde ela estava com um sorriso que nada combinava com os resmungos de fundo. — quer me esperar fechar o bar? hoje é meu dia. e aí eu te levo pra casa. — não perguntou se ela já tinha carona, porque no fim das contas, era sempre ele que a levava, fosse para a casa dela ou fosse para a dele. ——— ✿ @wrldpoesie
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carolina podia ser descrita como uma mulher extravagante, com toda certeza. possuía uma intensidade que vezes ou outra descreviam como “overwhelming” então, naturalmente, até seus amigos mantinham uma distância segura quando estava passando por seus delírios (de grandeza, de consumo ou criativos). nesse sentido, ela até concordava, e havia aprendido a ficar isolada da maioria das pessoas quando não se sentia muito adorável. claro, isso não englobava seu namorado que, pelo contrário, achava que deveria sim estar ali em todos os momentos para ela, incluindo quando os ditos delírios estavam em seu ápice. até porque ele entendia como era, ele também era desse ramo. e por isso mesmo victor deveria ser a primeira pessoa a saber sobre o que havia arrumado, além de ter preparado para ele uma surpresa igualmente empolgante.
— você não vai acreditar! — falou, assim que abriu a porta do apartamento para ele, com celeste (a cobra-papagaio de estimação) nos ombros parecendo igualmente animada já que mantinha sua pequena cabeça de réptil em pé. com as mãos, o puxou para dentro e fechou a porta atrás de si, se encostando nela enquanto balançava dois papéis na frente dos olhos do homem. — tá vendo isso? são duas passagens de avião. PRO EGITO. — contou com muita empolgação, esperando pela reação alheia. — falei com uma pessoa que falou com outra pessoa e, basicamente, enfiei a gente em um projeto de “trazer para as vestimentas todas as maravilhas do egito” e enfim alguma coisa que está muito melhor explicada no e-mail que eu recebi da i-D hoje de manhã. você tem disponibilidade, né?
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como ela havia se metido em uma situação dessas realmente era um mistério. quer dizer, não era. ashley adoraria mentir e falar que era apenas o destino cruel colocando pedras em seu caminho, mas a culpa daquela situação era completa e inteiramente dela (e talvez um pouco de liam, porque ele era bonito demais). veja bem: viver sozinha podia ser bem complicado quando se era uma jovem adulta entrando na casa dos vinte que trabalhava e estudava, portanto, ela ter falhado em uma matéria não era nenhuma novidade. e, claro, também não era nenhuma novidade que havia se desesperado e agido por impulso, implorando ao professor, após escutar por detrás da porta sobre sua dificuldade para encontrar uma babá para seus cachorros caríssimos de raça, que a contratasse. primeiro que comprar animais deveria ser crime, mas, deixando sua breve moral para trás, ela ofereceu o trato de ser a nova encarregada dos bichos em troca de passar na matéria. e, bom, profissionalismo não parecia o forte dele, então ele aceitou muito mais rápido do que ela achou que ele iria.
o problema? envolver liam no meio. já que estava consideravelmente sem tempo para ele, nada melhor do que colocá-lo no meio de suas novas atividades, correto? mais ou menos. afinal de contas, ele era irresistível demais para que ela não prestasse muito mais atenção em todas as coisas fascinantes que ele tinha a dizer com seus olhos mais brilhantes do que mil estrelas, ou que ela não se distraísse com seu perfume mais cheiroso que o jardim do éden... do que nos pobres cachorros, então em algum momento no meio do passeio do parque eles simplesmente sumiram de modo misterioso. então, ela não só era um monstro que havia perdido dois cães inocentes no meio da rua, como estava academicamente fodida se não os encontrasse.
respirou fundo mais uma vez, após os vinte primeiros minutos de busca e começou a andar de um lado para o outro, tentando se acalmar. — segura minha mão. — foi a primeira coisa que disse, abrindo um sorriso mínimo para o rapaz e fazendo questão de entrelaçar seus dedos no dele sem nem ter obtido uma resposta. — é que eu me perdi no brilho dos seus olhos. — completou, virando o corpo para ficar de frente a ele. — eu não ia flertar, foi uma resposta automática. — comentou, e apontou para o mercado do outro lado da rua. — mas olha só, acho que eu finalmente tenho o plano perfeito pra impedir que eu tome muito no cu! a gente compra ração e uma vasilha e sai balançando pelo parque. vai atrair absolutamente todos os cachorros que estão aqui, ou seja, vai atrair os fugitivos! não tem plano melhor, tem?
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disneyverso:
Desde que fora submetida a assistir pela milésima vez a propaganda liberal do jornal televisivo, um dos objetivos de Sonya era provar de uma vez por todas de que o agro não é tech, não é pop, e graças a Marx, não é tudo. Bem da verdade, o agronegócio era apenas um meio de limitar a produção de alimentos de forma com que os bilionários da indústria continuassem bilionários a custa da enganação ––– típico do capitalismo, se quer saber. E quando finalmente surgiu a oportunidade de realizar um seminário sobre os grandes latifundiários e a luta do MSTDEU ( Movimento Sem Terra dos Estados Unidos ), a russa viu uma oportunidade de se aprofundar mais no assunto. Depois de entrevistar alguns membros do movimento, restava a Sonya o trabalho de contatar mais alguns alunos no campus da universidade, a fim de saber qual era a opinião geral sobre o assunto. Trajada com uma camiseta vermelha e boné de mesma cor, os olhos azuis e atentos de Sonya mapearam o ambiente, até parar na figura de um moreno atrás de uma barraca ––– vendedor, provavelmente. “ ––– Oi camarada, boa tarde.” Cumprimentou assim que se aproximou do alheio, abrindo um largo sorriso para ele. “ ––– Você teria tempo de responder algumas perguntas? Bem rapidinho.” E isso para Sonya significava pelo menos uma meia hora. “ ––– É pra um trabalho.”
ser um vendedor significava muitas coisas para benjamin gale: ganhar uma renda era a principal, obviamente, mas não era a única. graças ao seu trabalho, tinha acesso a todas as fofocas do campus e também podia ver uma quantidade muito maior de rostinhos bonitos do que lhe era permitido tendo que ficar apenas em sua área do campus e, bom, para ele tudo isso era um grande benefício. claro, tinha que lidar com um sócio levemente cabeça de vento que costumava errar as receitas, mas como ele era muito bonito e costumava passar muito tempo sem camisa, não seria um problema. rendia também algumas piadinhas como “sou todo ouvidos” que, na pior das hipóteses, provavelmente deixavam as pessoas desconfortáveis o suficiente para só comprarem sem falar mais nada, mas quem conhecia benji de verdade sabia que isso não era um problema. olhando por esse lado, era de se imaginar que conhecesse todo mundo, mas não era bem verdade. algumas pessoas eram novas, incluindo a ruiva que se aproximou com um sorriso tão radiante. imediatamente, se viu sorrindo tanto quanto. não escutou tão bem assim, entretanto, a essa altura já era treinado em ler lábios. ––– ah, claro! que tipo de monstro nega ajuda a um universitário? ––– limpou as mãos sujas de açúcar em um dos paninhos que carregava consigo, o sotaque saindo um pouquinho carregado. ––– digo isso sendo um eu mesmo inclusive, não tá fácil pra ninguém. ––– completou, se aproximando para dizê-la isso, como se fosse um grande segredo. ––– mas, tem como ser em um lugar menos movimentado? eu não escuto muito bem, tipo literalmente mesmo. quer dizer, se você não se importar de ter que repetir as coisas umas duas vezes, aí não precisa também não. ––– e então apontou para o ouvido, indicando qual era o problema.
#character: benjamin gale.#dynamics: benjamin & sonya.#amiga a demora mais vergonhosa do século acontecendo aqui#mas é porque eu não tinha o blog ainda#sentei aqui e fiz#ainda precário mas logo mais estar UM BRINCO
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