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Paráfrase do poema de Guimarães Rosa Lembranças em versos

Em tempo que a tristeza e a melancolia nos tentar

Teremos um ao outro e verás em meu sorriso

Que o nosso amor a cada instante está mais vivo.

 Suportarás toda distância sem problemas

A saudade que não é mais o soneto, mas

uma voz distante sem o poder de nos alcançar.

 Lembrar-te-ás com doçura o que expressamos

Sempre unidos vivemos e dividimos a emoção

E nem a distância apaga a chama da paixão.

 Nem o exílio me afastará de ti. EU TE AMO e o Brasil voltará.

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Progresso

No cume de um outeiro à sombra de um carvalho Tendo a lânguida face levemente beijada Por brisas da primavera repousa um poeta romântico

Solitário sôfrego eco desperta-o Ofuscante luz do dia descortina-lhe a alma Melancólica realidade

Não havia mais sombra Não havia mais carvalho Brisa não havia mais

Uma oquidão penetra-lhe as entranhas E saudosas lembranças  atravessam-lhe a traqueia Tal qual aço em brasa

Não chorou já não havia água… Não cantou já não havia ar… Não sonhou já não havia futuro…

Wallace Dias 

01/11/2018

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Jesus não tem dentes no país dos banguelas

Talvez o melhor título de um álbum de rock brasileiro.

 Mas só muito recentemente eu parei para digerir o drama do seu significado.

O homem não foi criado à imagem e semelhança de Deus. 

É o contrário: um Deus criado à imagem e semelhança do homem.

No país do banguelas, Jesus não tem dentes. 

No país dos cegos, Jesus não tem olhos. 

E talvez exista até país onde Jesus ande armado.

Thiago Luz

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Hunger (de que)

de flores e canções,

de poesia e literatura,

de viagens e sabedoria,

de amigos e de liberdade.

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Na Noite fria da democracia, meu sonho perdeu!

Mas não era a hora, E não demora, Estaremos rindo outra vez!

Carla Andréa Frederico 

29/10/2018

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Meu partido é um coração partido

Meus avós são mortos. Um filho que não nasce é vácuo. E o mundo... nunca desceu como um vício.

Meus heróis são ossos. Todo mundo é feliz aos vinte anos. E os aplausos... eles explodem meus tímpanos.

Meus poemas não são brancos. “Meu partido é um coração partido”. E o jogo entra em “lupin”... repetido.

Meus poemas sangram como iorubás (Pai!). No estádio, só torcida e lixo. Bicho, rincho. E o que eu não escrevi também deve ser lido.

Thiago Luz 29/10/2018