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carnavais e tristezas

(eu escrevi esse texto há um tempo – dia 23 de março – mas resolvi postar aqui agora porque sim)

O carnaval desse ano foi o melhor da minha vida. E eu achava que o de 2019 era completamente insuperável. Isso me deixou pensando sobre muita coisa.

Primeiro, sobre como algumas coisas parecem tão definitivas, tão intocáveis, absolutas, exatamente até o momento em que elas não são mais. Aí elas imediatamente se tornam vãs, temporárias, um pedaço tão pequeno de um todo que você de repente ampliou.

E segundo, sobre como eu mudei. Porque agora eu nem sei mais dizer por quê eu achava o carnaval de 2019 tão bom assim. Eu era tão mais inseguro, tão mais perdido, tão mais medroso. Mas acho que também não faz sentido questionar o prazer e a alegria que eu sentia na época. Se eu sentia, era verdade então. Só não é mais.

E isso não é dizer que eu não sou mais inseguro ou medroso. Eu só sou menos isso. E talvez ouse dizer que sou menos completamente definido por essas características.

Hoje eu sou mais capaz de enxergar o amor que as pessoas ao meu redor têm por mim. E de enxergar o amor que existe nas pessoas em geral — aquele estranho me esbarrando no tumulto do bloco. E de enxergá-lo em mim também.

A vida não é fácil, e não vai ficar mais fácil, mas eu sei de algumas coisas. Eu sei que de alguma forma, mesmo sendo a pessoa menos interessante que eu conheço, eu tenho os melhores amigos do mundo. Eu sei que eu já fiz coisas que no minuto anterior eu achava que eram impossíveis. Eu sei que a minha família é cheia de problemas mas também que é de pedaços deles que eu sou feito e que é com eles que eu posso contar pra juntar esses pedaços. Eu sei que eu já fui dormir várias vezes pensando que era o fim mas o dia amanheceu depois.

Eu tô cansado de muita coisa, principalmente das minhas dúvidas, e eu sei que não vou me livrar delas. Mas a cada dia eu percebo que elas não precisam me incapacitar. Um ponto de interrogação não precisa ser o final de um período… só que isso não vai fazer com que eu pare de me queixar do cansaço.

Às vezes, esse cansaço vira tristeza mesmo. Porque tem horas em que é difícil me lembrar de tudo aquilo que eu disse que sei. Mas veja bem: depois de cada carnaval, a gente se deprime porque acabou e começa a esperar o próximo. Nossa vida é toda vivida nessa suspensão meio melancólica entre um carnaval e outro — uns bons, outros melhores. Tudo que eu posso pedir é que toda tristeza não seja mais que a suspensão entre dois carnavais. E que eu saiba esperar. E que pelo menos de vez em quando eu me surpreenda com um carnaval bom de verdade.

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i used to have no hope for the future but now i'm thinking. i want rich people food. i want rare sirloin steak. i've never had sirloin steak in my life. i think i want to try it before i die.

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"oh you still use tumblr? can I see?" no. that's where I keep my demons

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Shot by Crawford Wayne Barton, San Francisco 1978-1979.

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John Lautner

The Walstrom House, built in 1969, is located in the mountains of Santa Monica outside Los Angeles. California architect John Lautner creatively implements the use of wood material and asymmetrical angles. The house is warm and inviting but still stimulates interest through it’s unusual design.

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[GAGAAAAAAA]

turns out being right in the middle of 2.1 million people in Copacabana beach belting out Lady Gaga's songs and clacking our rainbow fans was everything I ever needed.

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how it feels knowing that loneliness is still time spent with the world

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Franz Fiedler (1885-1956) - Danse Macabre, c. 1910-19

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The Substance (2024) dir. Coralie Fargeat

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Please god give me a pill that keeps me from being horny I’m begging you I want to be productive for 24 full hours for once in my adult life