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havia alguém morando no apartamento quatro no dormitório da faculdade. ele sabia pois os pacotes deixados a porta desapareciam, as paredes quase sufocavam com o calor do aquecedor em dias de verão e acima de tudo , ele podia ouvir ela transando. a outra parecia cronometrar o começo de suas atividades noturnas para apenas vinte minutos depois que ele muito custosamente havia pegado no sono , e o estudante passava alguns minutos com os fones do máximo , simplesmente comtemplando a ideia de começar um pequeno incêndio para forçar evacuação , mas nunca seguia em frente com o plano. apenas dormia , e fingia que nada estava acontecendo ao lado. mas isso não fazia nenhum bem . o jovem não podia ignorar a existência de outra pessoa no corredor mais do que podia ignorar o peso do próprio coração, o peso de seu luto & o que tinha feito com a família que ele uma vez conheceu ; alguém devia fazer algo sobre os gemidos altos na noite, eram uma porra de uma inconveniência ! e alguém devia fazer algo sobre aquele corpo sangrando, sua boca cemitério de tudo que não disse em respeito aos vivos , pois estava ocupando espaço e era uma porra de uma inconveniência ! ele tenta olhar para mãe de novo, procurando nas linhas de expressão que se tornaram tão mais acentuadas com o passar dos anos algo pelo qual ainda valha a pena lutar , mas o coro de machucados, a reflexão das próprias cicatrizes que vai com certeza encontrar em seus olhos, faz com que ele abaixe o fitar para os pés , e solte de seu braço conforme a porta abre.
abraça os anfitriões primeiros, seu sogro e sua sogra , embora eles não tenham ideia - e depois se deixa perder no aperto da namorada . ela diz as coisas mais doces que já ouviu : ' eu vou estar bem aqui ' , um concerto de fogos de artificio explode debaixo de suas pálpebras quando fecha os olhos e se permite viver aquele momento , sentir o cheiro do perfume dela e o conforto de seus braços , a sensação formigante onde lhe beijou no pescoço , e ele percebe talvez não pela primeira vez mas definitivamente mais forte do que nunca que a ama , perdidamente , completamente. tudo que ele fez e suportou o levou aquele momento e claro, não era perfeito . era envolto em segredos , e mentiras como se seu precioso sentir fosse profano , quando na verdade era provavelmente a coisa mais sagrada que tinha - mas era inevitavelmente o lugar aonde tudo entrava em colapso , não como a derrocada de uma mente infeliz mas o nascimento de uma estrela. era o fim, e o começo de tudo - aquele amor. ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada. ⎯⎯⎯⎯ ❜ sussurra o mais baixo que pode antes de a deixar ir e ele devia ter dito que a amava , mas além de arriscado era público demais ; não diria mesmo que não tivessem nada a esconder , pois aquela verdade era algo que só ela merecia ouvir de si.
assistiu enquanto ela encantava a mãe, que sempre gostou de oly como a melhor amiga de sua irmã e talvez fosse gostar como a namorada de seu filho mais novo , gostaria de poder contar um dia . mas no mesmo inspirar que entendia a amá-la , sabia que o final não seria feliz. por quanto mais tempo poderiam manter aquela farsa ? até que ela se formasse, fosse viver seu futuro brilhante longe de si & tudo que lhe restasse fossem flashes de uma memória mais nova que o meio dia , o lembrando que estava, e por um ano esteve, apenas andando sonambulo em um oceano de felicidade no qual não podia se batizar ? talvez. e ele a agradeceria por seu tempo com o coração sangrando nas mãos . mas primeiro, tinham de passar por esse natal.
❛ ⎯⎯⎯⎯ oly, aquele dia que dormi na estúdio da sua mãe, deixei cair meu chaveiro da viagem da turma 'pra nápoles , pode me ajudar a procurar ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ uma boa falsidade era aquela com detalhes o suficiente para ser plausível , e não muitos que fosse impossível de lembrar. ' você? perdendo algo ? estou em choque , oque houve com meu irmão perfeccionista ? ' , bella brincou , embora houvesse tensão na sua voz - também sentiu o cheiro da vodca , também sabia que aquela combinação de espirito festivo, boa vontade e álcool era uma receita para desastres , mas se recusava a vacilar na confiança infindável de que algumas coisas podiam ser como eram antes. era a primeira regra da cozinha que nunca se tenta pegar em facas caindo , mas eles tentaram , por anos não fizeram nada além de tentar & sua irmã era uma prova teimosa de que perder partes das mãos não fazia menos importante o fato que tentaram, e seguiriam tentando. bernard , no entanto, de forma egoísta, ele admitia, estava cansado de tentar e não chegar a lugar nenhum . ❛ ⎯⎯⎯⎯ engraçado. ⎯⎯⎯⎯ ❜ respondeu com um nariz franzido , e um balançar da cabeça , zombando dela de volta e se virou para olympia novamente , dizendo : ❛ ⎯⎯⎯⎯ podemos ir ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ para longe, fora daqui , dessa cidade pequena e seus medos , até que só exista nós dois ? as palavras que morreram presas a sua traqueia.
nunca ficou tão ansiosa para um natal como estava nessa, o máximo de ansiedade que sentiu era quando aguardava o presente que passou o ano inteiro desejando, olhando as caixas de presentes embaixo da grande árvore de natal que montava com os seus pais enquanto bebiam chocolate quente e comiam doces. no fim, sempre recebia o que queria, todos os anos, independente do quanto seu gosto havia mudado de um ano para o outro, lá estava o presente tão sonhado, a expectativa dos pais em deixar o natal ser especial e tudo o que ela imaginava dele. por mais que sempre se preocupou em também agradar os pais, fazendo alguma coisa com as próprias mãos, ou comprando presentes quando mais velha, nunca precisou se preocupar em proporcionar um natal bom para os outros, mas agora ela precisava. deixar a noite especial o suficiente para que fosse boa para os montclaire, para evitar gatilhos que pudessem estressar a mãe deles, pois isso não seria ruim apenas para ela, mas para os dois filhos também, como para bernard, que parecia estar odiando a ideia.
e como queria poder fazer dessa noite tão especial para ele quanto ele merecia em passar um natal, como queria se aninhar a ele perto da fogueira enquanto escutavam músicas natalinas, usando suéteres natalinos combinando, compartilhando histórias da infância com a família dos dois juntos e trocando presentes de natal sem precisar ser escondidos. mas tudo isso não era possível, dessa vez não iria ter tudo o que queria de natal, a lareira estava até apagada, por ideia de seu pai que considerou que talvez as chamas do fogo não fossem ser algo bom de se olhar. ao menos eles estavam a ajudando, em deixar a experiência o mais agradável, animados em não passar apenas os três e poder receber eles. então agora ela precisava fazer o que estivesse em seu alcance, apoiar ele mesmo que não da forma que queria apoiar, mas mais distante, sem chamar atenção. precisava fazer bella ter um natal tranquilo e feliz. não pensava nisso como um peso, mas apenas como algo que alguém que ama demais o outro gostaria de proporcionar para eles. e ela amava isabella para isso, amava bernard, e também como poderia não querer o bem e dar o melhor para a mulher que colocou no mundo as duas pessoas que ela mais amava fora seus pais.
gastou boa parte do dia ou ajudando ou pensando no que vestir, uma forma de distrair a mente, escolhendo o suéter novo com estampa natalina, uma saia curta e um laço vermelho grande demais atrás no cabelo. ajudava a fazer a mesa posta quando escutou o som da campainha. sorriu e foi direto para a porta abrindo ela com o maior sorriso no rosto, apesar da ansiedade, estava feliz, iria passar o natal com as pessoas que mais amava. sua mãe chegou logo atrás, com aquele primeiro momento de mandando eles entrarem logo para fugir do frio. deixou seu olhar em bernard, sorrindo para ele ao ver com a sua mãe. quando estraram, eleanor indicou deixar a torta de chocolate na mesinha de entrada, para poderem se abraçarem em cumprimento, sempre em uma animação e acolhimento, enquanto william se encarregou de pegar o casaco deles para pendurar, transformando tudo em um pequeno caos logo na entrada.
olympia abraçou a amiga primeiro, desejando feliz natal e falando mais algumas coisas, mais longo do que o normal, pois a data pedia, depois foi para bernard, que aproveitando da agitação do momento, quando passou os braços o apertou muito mais do que fazia normalmente, como se quisesse passar todas as coisas boas para ele. “ feliz natal, be! ” começou em um tom baixinho, deixando um beijo rápido praticamente em seu pescoço pois foi onde sua boca alcançou no momento. “ eu tô muito feliz que você tá aqui. ” sussurrou ainda mais. “ eu vou estar bem aqui. ” garantiu, esperando que ele entendesse, que por mais nervoso que ele pudesse estar com a noite, ela estaria ali, a seu lado. antes de se afastar, sorriu olhando bem para o seu rosto, demorando para tirar as mãos dele, arrastando das costas pelos braços antes de finalmente soltar. teve que o fazer, se voltando para a mãe deles, esperando que ela não estivesse já carregada de tanto que a própria mãe falava o quanto estava feliz em ter ela ali. “ feliz natal, senhora montclaire! ” desejou com um sorriso, se aproximando para dar um abraço, mais cordial e menos intimo como fora com os filhos dela. “ obrigada por vir. ” completou sincera, era até de certa forma estranho estar na presença de marilyn, já que não era apenas a mãe de sua melhor amiga, era também sua sogra, mas apenas ela e be sabiam disso, logo ficava aquela sensação de ter algo a provar quando se está na presença dos pais de seu namorado, mas ao mesmo tempo, não poder provar nada a ela.
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com ayla não havia nada a esconder - sentiu desde o momento que a conheceu , a familiaridade em cada instante ao seu lado , o conforto em cada toque , o carinho em cada verdade compartilhada . portanto quando falava dos fantasmas contidos dentro de seu corpo , não sentia medo . havia um cemitério das flores mais belas entre as costelas , espectros de um tempo distante dançavam no quarto, e as sombras permaneciam agarradas as paredes, a própria fundação daquela casa para onde tinha fugido . por vezes , deixou que lhe apertassem o pescoço, ameaçando sufocar , falando em língua morta sobre tudo que nunca iria merecer , tudo que foi seu e não pode segurar , a felicidade apenas um quadro do passado guardado por braços fortes com pulsos fracos. mãos que o faziam esquecer quem era , quem foi e tudo pelo que passou se não estavam tremendo . aquela não era uma história sobre o garoto que fez todas as escolhas erradas , mas sim sobre alguém que simplesmente se viu sem escolha. em uma bela noite de outono - o céu sem uma nuvem, a ar agradavelmente fresco - , tinha escapado de si o controle da própria vida .
porém , quando estava ao lado da amiga , sentia-se visto novamente , menos assombrado. ou talvez, estivesse igualmente no tormento de sua mente mas ela não tinha medo , dizia aos fantasmas que se fossem ficar deviam dar espaço para que os dois crescessem em harmonia . juntos, descobrissem o que poderiam ser . não queria dizer que a amava , parecia cedo demais para isto - se conheciam a alguns meses , e sua dor ainda era destoante - mas de que outra forma descrever o sentimento único preenchendo o peito todas as vezes que a via sorrir ? era um tipo diferente de euforia , e gostaria de engarrafar o som da risada dela, guardar como objetos precisos cada amanhecer no sofá , algo para qual deixaram de dar atenção enquanto conversavam sobre tudo tocando baixo no fundo , e a cabeça dela descansando em seu ombro . se fosse amor, não podia o curar ou limpar todas as manchas de sangue do chão da casa assombrada que tinha se tornado , mas iria acender todas as luzes . quando finalmente a beijasse contra paredes que não tremiam , iria conhecer felicidade ? de forma pessoal e ainda sim, inteiramente nova ?
assistiu enquanto ela se sentava ao seu lado, e riu com a pequena provocação divertida. ❛ ⎯⎯⎯⎯ tem razão, eu devia deixar você aqui e ir dormir. ⎯⎯⎯⎯ ❜ respondeu entrando na brincadeira, com um elevar das sobrancelhas , e um sorriso ladino. ❛ ⎯⎯⎯⎯ eu tô bem. ⎯⎯⎯⎯ ❜ mentiu. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você realmente devia voltar a dormir. ⎯⎯⎯⎯ ❜ porque se não voltasse não havia como dizer o que ele faria . queria gritar ao vento levemente gélido dos primeiros horários que ele estava apaixonado mas não encontrava as palavras , talvez estivessem mortas na sua língua que odiava mentirosos - eles causavam uma reação quase alérgica onde ela inchava e se tornava afiada , mas não estava ele mesmo sendo desonesto ? escondendo da luz sua única verdade , que era inevitavelmente o calor no peito quando ela o encarava por um momento longo demais para se pensar em ' apenas amigos '. ❛ ⎯⎯⎯⎯ não quis te acordar. ⎯⎯⎯⎯ ❜ seu tom era terno, e olhou para ela por canto de olho , deixando escapar um suave gargalhar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ mas acho que fiz um péssimo trabalho já que está acordada de qualquer forma. ⎯⎯⎯⎯ ❜ voltou seu olhar para o mar , como as ondas quebravam na costa fazendo metáfora ao seu coração - eternamente voltando para um lugar de desfazer . era tão seguro sempre estar em um tipo diferente de sofrimento, por uma lembrança antes suprimida. mas então porque de repente , queria encontrar uma forma de resistir aos jeitos naturais da água , e permanecer forte como uma força da corrente vindo de encontro ao coração dela.
❛ ⎯⎯⎯⎯ precisamos conversar. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse firme, mas não severo ou hostil , apenas certo de ter chegado a um momento sem volta . não podia mais existir em duvida sobre o que imaginava ser ela o amando de volta. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você me beijou. ⎯⎯⎯⎯ ❜ acrescentou sem vacilar , seus olhos ainda treinados no infinito azul. não queria a pressionar , e jamais iria pedir por algo que ela não estava disposta a entregar de bom grado, mas tinha de saber - foi um erro ? ela se arrependeu ? perguntas que estava com medo de fazer , mas não podia evitar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ preciso saber porque. ⎯⎯⎯⎯ ❜ pediu, tentando fazer sentido de tudo que sabia - o que era pouco - e tudo qual foi deixado ao silêncio daquela noite.
momentos como aquele ainda pareciam quase como outra realidade, apesar que não era apenas momentos, mas sim dias. onde levava uma vida normal, viajava com justin, conheciam lugares novos, conversavam, riam, cantavam no carro, compartilhavam dores e um apoiava o outro, não importando o quão quebrados estivessem. a algum tempo atrás, antes de se mudar, não conseguia imaginar uma vida assim, via apenas o que era sua realidade no momento, um vazio e silêncio ensurdecedor, luzes frias e uma vida levada no automático, no sofrimento, na solidão, onde em noites frias de nova york a única companhia na mesa era a própria mente em colapso. agora existia uma chama acolhedora dentro de si, se ousasse dizer, falaria que existia vida, enquanto estava com ele. conseguiu sentir essa chama crescendo aos poucos enquanto se aproximava do vizinho: primeiro uma pequena faísca, depois um sibilar tímido, até chegar ao ponto de estar perigosamente esquentando seu coração, sem saber se isso poderia trazer ele de volta a vida ou iria a queimar por dentro em destruição, marcando o destino de alguém que esconde segredos de uma pessoa que ama, definhar em meio as suas mentiras.
seus sentimentos faziam ela se deixar levar por impulsos, em toques não premeditados, ao se deixar olhar ele por mais tempo do que uma amizade pede, em seu coração acelerar quando estavam próximos demais. mas não sabia se podia fazer isso, se ele aceitava ou era apenas gentil demais para reclamar, logo, se culpava, mesmo que ele não tivesse dado nenhum motivo para tal, mesmo que ele nunca era o primeiro a se afastar. então deixou seus sentimentos de lado, focada em não colocar tudo a perder, em seguir sua amizade. por isso estava muito mais cuidadosa nessa viagem.
acordou com o barulho, mesmo que mínimo, de justin levantando da cama que estava, em um quarto compartilhado, mas agora devidamente posto com duas camas. em primeiro momento considerou ser nada demais, até caindo no sono de novo, mas sua mente a fez acordar mais uma vez, por não ouvir nenhuma manifestação de volta dele. abriu os olhos e vendo a cama vazia, o procurou pelo resto do quarto, mas quando até o banheiro parecia vazio, decidiu levantar. estava ainda escuro demais para ele ter saído, mesmo assim decidiu olhar pela porta de vidro, vendo uma silhueta a distância sentada sozinha na areia. seu coração apertou em preocupação, franzindo o cenho antes de pegar um casaco leve para se proteger da brisa da praia e ir atrás dele.
se aproximou devagar, sorrindo ao ser notada, mesmo que a visão dele abraçado aos joelhos a preocupou mais. “ uhum ” concordou. observando o semblante cansado alheio. “ você devia dormir mais um pouco, só vamos sair mais tarde. ” repetiu a frase dele com humor, em certa ironia já que se ela devia dormir, ele também. se sentou ao seu lado, com os joelhos dobrados e próxima o suficiente para seus braços se tocarem, manteve seu olhar no mar por um momento, antes de finalmente falar o que queria. “ tudo bem? ” sua voz mostrava a preocupação, assim como seus olhos, analisando o rosto de justin. “ não conseguiu dormir? ” questionou, sabendo como era difícil para ele, mesmo que geralmente não acontecia quando estavam viajando, o que a fez questionar se algo havia acontecido. escorou um braço na própria perna e logo a cabeça no braço, seu rosto devia ainda estar sonolento, mas deixou um pequeno sorriso enquanto com a mão livre foi até o cabelo de justin, mexendo nos fios em uma forma de carinho. “ podia ter me acordado, pra te fazer companhia. ” completou sincera, preferia que ele fizesse isso do que sentasse sozinho com apenas um mar agitado.
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bernard não conseguia entender muito bem o espirito de natal , ao menos, não mais. desde que o pai morreu tinham sido feriados gélidos e cheios de saudade que ele não sentia da forma qual devia. pensava agora que quando algumas pessoas morrem é como o suicídio de deus ; sombrio & desesperador, o universo entrando em colapso na face de uma perda que jamais seria reparada. o filho de benedict nunca sofreu o luto de maneira visceral . teve medo , das chamas que nunca pareciam se apagar e ameaçavam o engolir em noites de inverno quando só dormia no abraço da irmã. contudo, para sua mente jovem , o pai era apenas um homem que vinha para casa no final do dia enquanto a mãe limpava o fogão e então - deixou de vir. uma figura ilusória que um dia significou felicidade e de repente não o fazia mais. jogavam baseball no quintal mas isso acabou e o menino talvez tivesse lamentado , porém não se lamentou por muito tempo e hoje se arrependia. devia ter permitido a dor entrar no âmago, sofrer até os ossos e quem sabe, teria algo em comum com o resto da família. quem sabe poderia entender finalmente porque a mãe tinha se entregado tão profundamente a seu rancor do mundo e aos remédios , ao álcool , ao descaso com aqueles que ainda precisavam dela. se deixou levar pelo mundo dos mortos, e isto sim, o montclaire mais jovem pode sentir - a falta de alguém que sempre esteve tão perto.
em todos os casos, era incomum a alegria ao redor do final do ano ; pois os seus sempre acabavam da mesma forma - trancado no quarto, ouvindo música no mais alto volume para fingir que bella não o colocou ali tentando acalmar marilyn em mais um episódio de histeria.
agora estavam no carro da mais velha, dirigindo até a casa de oly com a mãe no banco de trás enrolando os cabelos nos dedos provavelmente em uma demonstração de nervosismo. o estudante se culpava por não acreditar que a mulher conseguisse passar por aquele dia sem gritar até os pulmões arderem, e chorar até os olhos estarem inchados . queria crer que como a irmã disse, ela estava melhor - mas simplesmente tinha medo de que a namorada fosse entender finalmente o porque ele não era bom o suficiente para sua vida perfeita, seus pais ajustados e amorosos, seu futuro brilhante. era egoísta , e devia parar de pensar em si por um instante para dar a pessoa que o trouxe ao mundo uma chance de o provar errado ; porém, como podia se ela não havia lhe criado ? se não sabia , no final, quem realmente era. ' mamãe, você lembra dos pais da oly, né ? eles tão super animados de te ver. ' , bella disse com um sorriso largo e confiante . ah, como ele desejava ter metade do otimismo da irmã. mas não mentia, os pais de olympia provavelmente estavam esperando com entusiasmo que chegassem para o jantar , porque eram pessoas boas . ' sim, querida, me lembro. ' , a mãe respondeu e conseguiu sentir no ar frio seu hálito de vodca, fazendo com que suspirasse e virasse o rosto para a janela , a expressão derrotada. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você bebeu ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ perguntou direto , e com certeza tinha ganhado um olhar feio de isabella mas não se importava. ' não, meu amor, que ideia ' - a mãe mente e ele fecha os olhos para conter a decepção.
quando estacionam frente a casa dos ashford, o rapaz teme que a qualquer momento esse pequeno teatro de normalidade fracasse, mas respira fundo e sai do carro, abrindo a porta para a matriarca, e esperando que fizesse o mesmo. bella diz para terem cuidado ao andar pela garagem congelada, e ele segura no braço da mãe com delicadeza apenas para a estabilizar seus passos, e ela lhe poupa um sorriso gentil - por um instante, se permite ter um pouco de esperança e sorri de volta. logo estão na porta , a irmã segurando a torta de chocolate que trouxeram, e tocando a campainha. ❛ ⎯⎯⎯⎯ está bem ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ questiona baixo para a mãe, e a outra assente com a cabeça, mas o sorriso se foi e apenas assim, sua esperança desaparece também.
@tswallie
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existia uma voz , calma mas maliciosa, que sussurrava no ouvido em dias de inverno. dizia que ele devia ter morrido & quando as sombras chegavam tão próximas de o engolir , saindo do seu confino nas paredes e do teto para o agarrar na garganta, ela sibilava em língua morta que nada jamais seria o mesmo . porém, nos últimos tempos , começava a perceber que não queria o passado ; seria sempre uma tragédia, o luto nunca iria desaparecer mas desde que ela tocou seus lábios nos dele em meio ao escuro da noite , pensava que talvez , ainda podia ser um final feliz . não merecia , não devia esperar por um , mas o queria com uma sede que rivalizava tudo qual já tinha sentido antes. era amor ? não sabia, não era hora de pensar em algo assim. paixão ? temeroso , admitiu para si que só poderia ser. querer um futuro com a vizinha que trouxe de volta para sua vida o sol , e a vontade de olhar para as estrelas mesmo em dias nublados - sim, era paixão. não imaginava que ela fosse querer o mesmo , até a viagem e o momento qual ela nunca mencionou . quem sabe se arrependeu , ou como ele - que também não tinha falado sobre - duvidava se um dia seria o momento certo para admitir o que queriam.
mas agora que estavam de volta na estrada e dirigiram por horas até o litoral onde se hospedaram em uma adorável pousada perto da costa, justin os sentia perto de algo - uma mudança inevitável. no entanto, não conseguia se convencer que era o que ela também sentia. quem iria desejar uma coisa quebrada que podia ir para qualquer lugar mas nunca para casa ? que sentia falta de um fantasma como se pudesse a sentir em seus ossos ? que não teve em si a graça de deixar o mundo quando devia ? parecia mais trabalho do que valia a pena. o fotógrafo não pensava que valia a pena, não via a si mesmo no espelho - apenas o suspiro de quem poderia ter sido e aquela pessoa podia ter a merecido , mas essa cidade esqueleto qual se tornou ? não era digno de alguém como ayla. temia que jamais fosse ser. por isso, saiu cedo do quarto , e foi de pés descalços para a areia, sentando-se com seus demônios enquanto as ondas do mar agitado quebravam .
o amanhecer ainda não tinha chegado , e não haviam raios ensolarados no horizonte, ainda que estivesse claro por meio as nuvens e ele abraçou os joelhos, trazendo os dois para perto do peito , suspirando em derrota por uma história que sequer tinha começado. mas tão cedo podia acabar. afinal, laura tinha partido, e com ela, levou toda sua esperança.
não ouviu a outra se aproximando até que estava do seu lado, o que o fez erguer o olhar, inclinando o pescoço. ❛ ⎯⎯⎯⎯ já acordou ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu simplesmente, e retórico, obviamente estava acordada. ❛ ⎯⎯⎯⎯ devia dormir mais um pouco, só vamos sair mais tarde. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse com um sorriso brando mas cansado. contudo, a falta de seus remédios - que geralmente não precisava quando eles estavam nessas pequenas aventuras - não tinha nada haver com o fato de que tinha passado a noite em claro.
@tswallie
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atenas ? então tinha chegado até a grécia ? parecia impossível, o albatroz naufragou meros dias depois de sair do porto. deus, a quanto tempo estava desacordada & como sequer sobreviveu ? as perguntas se acumulavam , a deixando zonza e agitada ao mesmo tempo. mas no fundo, um novo sentimento - esperança. se ela conseguiu chegar até a costa , sua família certamente conseguiria também, não ? assim como todos os outros no navio, talvez só tivessem acabado em lugares diferentes. era isto ! procurar no mar era inútil, apenas precisavam vasculhar as proximidades do lugar que ela mesmo apareceu, apesar de agora, não ter ideia onde poderia ter sido . estava em território não familiar, com pessoas agindo de formas peculiares para dizer o mínimo , e longe daqueles que conheciam e sempre a protegeram. celeste era corajosa, tinha um coração valente , mas a simples confusão dos últimos momentos faziam com que quisesse correr para o pai , se apenas soubesse onde ele estava. porém, colocou uma expressão de bravura no rosto e seguiu em frente. primeiro, olhou para os estranhos fios atrelados a sua pessoa, acessando a situação ; havia uma agulha no braço, provavelmente não poderia simplesmente escapar , mas ficaria com a opção em mente. mesmo que se saísse dali, não teria nenhuma ideia de onde ir. ❛ ⎯⎯⎯⎯ entendo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ não entendia, não realmente, mas era melhor que por enquanto ele não soubesse disto.
poderia ter se sentido lisonjeada pelo elogio ao seu nome, era um que ela também gostava muito - porém, as palavras seguintes a assustaram de forma que não teve tempo de pensar no que foi dito outrora. ❛ ⎯⎯⎯⎯ a rainha faleceu ? cristo ! foi um mal súbito ? era tão jovem ! ⎯⎯⎯⎯ ❜ e novamente, ele conseguiu a surpreender com o que dizia . ❛ ⎯⎯⎯⎯ 2018 ? céus, homem, estamos a quase um século de distancia do ano ! ⎯⎯⎯⎯ ❜ poderia ter sorrido brilhante com a confusão dele, mas novamente tornou-se frágil e desgostosa na menção de sua família, que pareciam continuar desaparecidos. ao menos o outro tinha um semblante verdadeiramente decepcionado, como quem tentava ajudar. por um instante, acalmou seu coração.
uma vez que sentada na cama, assentiu tristemente, parecendo derrotada. ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada. ⎯⎯⎯⎯ ❜ era tudo que podia dizer, afinal, se ele verdadeiramente tinha pessoas procurando era o máximo que podia fazer . ❛ ⎯⎯⎯⎯ ir com você ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ retraiu suas mãos dos braços do outro com cautela, os olhos semicerrando . ❛ ⎯⎯⎯⎯ ir com o senhor para onde ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ mais uma vez, se viu perdida. ele não parecia uma ameaça , mas o que faria uma jovem mulher solteira na casa de um moço - especialmente um que se vestia tão indecentemente ?
era comum pessoas acordarem em hospitais após desmaiarem e estarem confusas e assustadas com todos os equipamentos e o local onde estava, então entendia que ela devia estar passando por isso. “ estamos na capital, no hospital em atenas ” respondeu com um sorriso. percebeu o tom dela mudando para questionar sobre os fios e se iria melhorar. “ soro, ele vai te deixar hidratada e nutrida, você estava muito fraca. ” apontou para a bolsa de infusão para ela entender o caminho que percorria. tentou responder como funcionava da melhor forma que seus conhecimentos conseguia, respondendo as perguntas dela.
sorriu com a forma que ela falou o nome, sentindo o orgulho em seu tom de voz, sempre aprendeu como isso era importante, sentir orgulho da família que veio. “ celeste? é lindo ” mesmo assim focou no nome dela e não em seu sobrenome, realmente havia gostado. ergueu as sobrancelhas por fim ao escutar que foram reconhecidos pela majestade, em surpresa, ela era se uma família tão importante assim? não reconhecia o sobrenome, mas estava mais focado em outros negócios do que exportadoras, então talvez fosse por isso. “ ano passado? mas ela morreu em 2022. ” comentou casualmente, por achar que ela se confundiu. “ de qualquer forma, isso é incrível. ” porém a fala seguinte dela o deixou ainda mais confuso, 1918? deixou um sorriso sem graça para ela. “ 2018 você quer dizer? ” perguntou, a mente dela poderia estar confusa com os últimos anos, talvez achando que estava em 2019, a rainha ainda viva, fazia sentido para ele e a única explicação plausível.
os questionamentos seguintes pesou no seu peito. ao ter seus braços segurados para ela se afirmar, se aproximou um pouco e a ajudou a ficar na posição que queria. apertou os lábios ao ouvir das irmãs e negou com a cabeça devagar, já havia feito ligações e estava uma procura, mas até o momento, nada havia sido encontrado, estranhamente, nem uma peça sequer da embarcação chegou a praia assim como a mulher. “ eu sinto muito. ” murmurou, ele mesmo havia uma irmã mais nova e não conseguia imaginar nada acontecendo a ela, principalmente uma tragédia como um navio afundando. “ já estão procurando e vão continuar. ” estava sim falando sério, faria o que estivesse ao seu alcance, a família dela sendo uma importante como ela colocou, facilitaria ainda mais quando soubessem que algo aconteceu com eles, mas estava também sendo extremamente esperançoso. o mar era perigoso e se apenas ela chegou até a praia... “ o importante agora é você ficar forte pra poder sair daqui e se me permitir, vou acompanhar você aqui e você pode vir comigo para a gente pensar nos próximos passos. ” voltou a falar um pouco mais formal, diplomata, para mais uma vez passar a confiança necessária.
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era trágico - ser uma estranha neste mundo que ela conheceu tão bem e amou tão profundamente. sim, através de livros e viagens não muito longas em mapas desenhados à mão - mãos que na maioria das vezes eram indignas de confiança - mas ainda assim, ela era uma com esta terra ; a única coisa que nunca falhou com celeste foi o conhecimento. ela tinha um jeito de ser a mais brilhante na sala, um jeito de falar com eloquência e se mover com equilíbrio, e agora ? parecia que eles olhavam para ela com um estranho tipo de indiferença, como se ela fosse realmente louca. podia lutar contra as mãos firmes que tentavam segurá-la, mas somente quando um homem dizia isso melhor eles ouviam ; algumas coisas nunca mudam. mesmo que o lugar onde ela acordou fosse estranho e bastante absurdo de se olhar, a dura realidade era esta: os homens começam guerras, mas troia odeia helena. ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada. ⎯⎯⎯⎯ ❜ ainda se sentia compelida a dizer, mesmo que sua cabeça estivesse confusa, mesmo que não conseguisse acreditar estar presa por máquinas que ela não entendia e talvez nunca entendesse. seu destino estava nas mãos daquele estranho, que, imaginou ela, logo partiria. assim como as mulheres de camisa branca — e, meu deus ! eram calças ? — pareciam fazer após seu breve comando.
❛ ⎯⎯⎯⎯ um hospital ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ , ela perguntou com graça e, ainda assim, cheia de desconfiança. ❛ ⎯⎯⎯⎯ onde você encontrou um hospital como este se não na capital ? e até mesmo então seria ... absurdo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ , olhando para o próprio corpo, ela estremeceu, presa a coisas cujo nome não conseguia nem começar a adivinhar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ o que são essas coisas ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ , outra pergunta, mas, desta vez, havia um tom tímido em sua inquietação. era difícil admitir que não sabia de algo. ❛ ⎯⎯⎯⎯ elas vão me fazer melhorar ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ . em qualquer outra situação, a garota estaria rompendo aquelas amarras e fugindo do quarto, mas para onde iria ? este homem, que parecia gentil o suficiente para levá-la a um lugar onde insistia que ela estava segura, parecia uma tábua de salvação naquele momento. e ela era profundamente teimosa, mas não sem seu bom senso e gratidão. ❛ ⎯⎯⎯⎯ como isso funciona ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ , continuou perguntando e perguntando, até que finalmente percebeu que nenhuma resposta havia sido dada por sua parte.
❛ ⎯⎯⎯⎯ celeste nowak. ⎯⎯⎯⎯ ❜ , respondeu a garota com orgulho, como se fosse tudo o que lhe restava para se agarrar. de muitas maneiras, poderia muito bem ser. ❛ ⎯⎯⎯⎯ da casa nowak na república, e reconhecida por sua majestade, a rainha, como uma grande exportadora com a inglaterra no ano passado. ⎯⎯⎯⎯ ❜ e então, ela disse algo que ninguém havia percebido até então estar errado, ou pensado em perguntar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ o ano de nossa graça, 1918. que ano esplêndido. ⎯⎯⎯⎯ ❜ falar sobre sua família e suas conquistas pode ter lhe trazido alegria por um instante, mas então ela se sentiu vazia. sentindo uma falta desesperada deles. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você encontrou minha família ? os restos do albatroz ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ ela arqueou as costas, segurando-se nos braços dele o melhor que pôde, apesar da distância e dos fios em sua pele. ❛ ⎯⎯⎯⎯ o senhor deve. minhas irmãs, elas... ⎯⎯⎯⎯ ❜ , ela suspirou, tentando conter o choro e ainda deixando uma única lágrima cair sobre sua pele clara. ❛ ⎯⎯⎯⎯ elas são tão jovens, devem estar com tanto medo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ era apenas um sussurro, mas a agonia em suas palavras seria reconhecível por qualquer um disposto a ouvir.
nunca havia passado por uma situação dessas, tão desesperadora ao ter o corpo de uma mulher desmaiada em seus braços, confusa por não entender o que estava acontecendo, e urgente para conseguir fazer tudo a tempo. lidava com algumas coisas sob pressão que seu pai fazia questão de o fazer passar para aprender, mas nada o preparou para aquele momento. no entanto, logo estava andando de um lado para o outro na sala de espera do hospital, enquanto fazia ligações para tudo que pudesse ser útil para localizar o navio como ela havia informado. suspirou aliviado ao ouvir do médico que ela estava bem e viva, estava se sentindo responsável e se importando com ela como se fosse uma velha conhecida sua, por isso bateu o pé para firmar que ele era o responsável por ela e não tinha mais ninguém que a conhecia e ficaria ali o quanto precisasse. ficou um pouco confuso, com a explicação de que ela estava ainda muito fraca e precisava tomar soro, pois o corpo dela parecia estar se recuperando de algo parecido com uma hipotermia, o problema era que parecia ainda mais severo, praticamente incompatível a vida. se perguntou por quanto tempo ela estava naquela água, como não se afogou e o que realmente aconteceu, já que também não sabia dar essas informações para os médicos. demandou que fizessem todos os exames necessários para garantir que ela estava bem o mais rápido possível, inclusive com um neurologista, pagaria por eles e para que saíssem logo. novamente, não sabia porque estava tão envolvido, sua obrigação como cidadão era levar ela para um hospital e depois poderia seguir sua vida, mas não sabiam nem o nome dela! e tinha receio do que aconteceria se a deixasse, afinal, mesmo que ela tivesse algum problema na cabeça e por isso os modos diferentes, não queria deixar ela com estranhos que não a entenderiam.
com o aviso de que ela estava acordada e nervosa, com um pedido para que ele fosse vê-la e tentasse a acalmar, apenas assentiu e foi, mesmo que duvidasse que fosse conseguir acalmar ela tanto assim. ergueu as sobrancelhas ao entrar no quarto e a ver sendo segurada enquanto já começava a o questionar, entendia, ela devia estar confusa com o que estava acontecendo. “ ei, tudo bem, deixa ela. ” falou rapidamente para o que devia ser um enfermeiro. “ estamos em um hospital, eles tão cuidando de você. ” começou a explicar e deu alguns passos para se aproximar. “ você está segura aqui. ” decidiu adicionar, tentando de alguma forma a tranquilizar. “ como você está? ” questionou ao dar mais um passo para frente, mas ainda mantendo certa distância da cama, não precisavam conversar tão pertos, principalmente porque provavelmente isso a incomodaria. “ você se lembra melhor de alguma coisa? seu nome? ” suas sobrancelhas estavam franzidas em uma expressão de preocupação.
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sorte era algo que sempre o faltou, parecendo escolher seus favoritos & o removendo da equação ; mas quando se tratava de olympia, sentia ter sido agraciado com o melhor da vida. os momentos carinhosos e cheios de felicidade que sempre o aludiram, em milão era uma outra pessoa - apesar de fiel a sua essência, era mais livre do que jamais foi. como se no outro lado do mundo não houvesse pesos a carregar ou contas a prestar , imaginava que de certa forma era apenas uma maneira de escapar da realidade que ainda o esperava em casa , mas até chegar em portland não sentiu que a culpa podia manchar o amor que tinha por oly. agora , no entanto , era muito óbvio o fim inevitável que partiria seu coração . ela mesma disse - não podia perder bella , e igualmente , bernard nunca iria conseguir machucar a irmã daquela forma . com suas mentiras e ingratidão . seria sempre um segredo , e um dia, apenas um caso sem importância que teve durante a faculdade.
quando olympia tivesse sua vida perfeita - a que merecia & ele jamais poderia dar - ainda pensaria nele com afeto ? ou o encaixaria com as relíquias de seus piores erros ? ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada, senhora ashford. ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou, sempre manso, sentindo o beijo maternal sendo depositado acima de seus fios loiros e sabia que a namorada não tinha ficado feliz ao ser interrompida pela mãe , fazendo com que sorrisse um pouco mais largo. também queria cada instante com ela mas a verdade de suas circunstâncias é que não havia liberdade alguma para se amarem. ❛ ⎯⎯⎯⎯ vou ver com a minha irmã. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se isabella quisesse dormir por ali , não tinha muito que pudesse fazer, afinal vieram no carro dela e seria impossível achar um uber com as estradas congeladas como estavam, a neve caindo pesada fora das paredes confortáveis e quentes da casa. ❛ ⎯⎯⎯⎯ boa noite. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se despediu, voltando mais uma vez a focar na ashford a sua frente. ❛ ⎯⎯⎯⎯ vamos ver. ⎯⎯⎯⎯ ❜ deu a mesma resposta que havia dado a mãe dela, ainda que fosse quase impossível lhe negar quaisquer caprichos ou resistir ao seu tom doce. com um suspiro, secou as mãos e a seguiu até a sala onde a irmã esperava.
‘be, nós vamos dormir aqui hoje !’ a montclaire mais velha disse animada, se levantando para dar um abraço na amiga, palavras abafadas pelo enlace de como estava feliz de voltar aos velhos tempos. ele supôs que aquela decisão estava tomada , mas pouco sabia bella que os velhos tempos já tinham passado além do ponto de retorno. ‘amiga, tem que me contar, como são os rapazes de milão? tem muitos casinhos por lá? be, não deixa ela começar a namorar sem minha aprovação !’ , bella continuava a dizer , agora sentada com as pernas cruzadas no sofá , no meio dele e de olympia , o que era uma interessante alegoria. ❛ ⎯⎯⎯⎯ ela é livre ‘pra fazer o que quiser, digo, já é bem grandinha, não acha ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ isso causou a irmã a rir , se controlando apenas por saber que os pais de oly estavam se preparando para dormir . ‘que que é isso? um complô contra mim ? desde quando vocês ficam do mesmo lado ?’ inquiriu , nem tendo ideia de que estavam sempre do mesmo lado. ❛ ⎯⎯⎯⎯ eu não sei vocês mas estou cansado. oly, pode me ajudar a arrumar o estúdio da sua mãe ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ pediu , tentando fugir de mais perguntas e conversas cheias de falsidades que ele não podia corrigir. se levantando deu um beijo no topo da cabeça da irmã. ❛ ⎯⎯⎯⎯ boa noite, spitfire, não fica acordada até tarde. ⎯⎯⎯⎯ ❜ pediu, querendo sair daquela casa o mais cedo possível pela manhã. ‘yes, dad.’ a irmã zombou , logo acrescentando : ‘oly, você lembra dele ser tão responsável assim ? eu não.’ e riu novamente, como sempre pensando no irmão como a criança assustada que teve de criar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ podemos ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ perguntou de novo a olympia, esperando que ela liderasse o caminho para o quarto, e ignorando o comentário.
escutou ele com atenção, percebendo seus movimentos, como não parecia nada bem e assentiu com a cabeça. “ eu vou ficar por perto. ” garantiu com firmeza. o que pudesse fazer na noite, faria, e se manteria o mais próxima dele possível, tanto por ele, quanto por si mesma e a vontade que tinha dele consigo, principalmente em uma noite como o natal. “ eu não ia me indispor com eles por isso, mas tudo bem, posso falar que você me avisou, eles podem levar um pouco mais a sério se vir de você e não vão falar pra bella se isso for ser um problema pra vocês. ” não queria que esse fosse algum motivo de briga, ele pedindo pelas costas dela e ela se irritando com isso, imaginou que olympia ser o intermeio não fosse ajudar muito para isabella ficar menos brava, mas faria mesmo assim. fez um carinho nas bochechas dele e sorriu. “ eu aviso. ” mal teve tempo de falar e perceber o inicio de uma movimentação dele, que ouviu a voz da ashford se aproximando.
ser interrompida por sua mãe, dessa vez a deixou mais irritada, bufou, não muito alto, e se virou para pia para que estivesse de costas quando ela chegasse e desse tempo de olympia voltar para sua expressão normal. queria receber o que ele parecia que iria fazer, queria abraçar bernard, falar mais com ele, mas essa era a realidade em que estavam, breves momentos a sós e longos momentos tendo que fingir. A mãe negou a pergunta recebida por ele enquanto se aproximava de ambos. "não, já ajudaram bastante. vamos subir agora, deixar a bella aproveitar um pouco de vocês, ela esta com saudades." eleanor falou e assim que estava ao alcance deles, deixou um beijo maternal na cabeça por cima do cabelo de cada um em uma breve despedida, em sua forma carinhosa de ser. "quando forem embora nos chamem para dar tchau... a não ser se a bella vai dormir aqui?" questionou para olympia que mal teve tempo de responder por ela soltar uma risada leve e prosseguir. "e você também dormir, claro. pra não ficar com as meninas, pode ir pro quarto meio de hóspedes meio meu estúdio, eu posso dar uma arrumada agora..." se voltou a bernard e continuaria falando se olympia não resolvesse intervir. “ mãe, tudo bem, eu ajeito o que precisar. pode ir. ” sorriu simpática, se não ela ficaria achando motivos para conversar durante o resto da noite. desde pequena oly ouvia de seu pai como era uma pequena versão de eleanor, falante e sempre agarrada por carinho, também ouvia como tinha puxado a teimosia do pai, mas isso ela gostava de ignorar.
por fim, com mais alguns avisos para chamar ela se precisasse, ela saiu da cozinha para subir a seu quarto. olympia olhou novamente para o namorado com um sorriso. “ quer dormir aqui? ” perguntou em um tom meigo, parecido em como fazia quando pedia para ele dormir em seu dormitório, mesmo que não fazendo ideia do que ele acharia disso, se fosse em outras circunstâncias sabia que ele não veria problema em dormir em sua casa, mas na situação que estavam, não sabia dizer. “ vamos lá, nós três, a gente consegue. ” falou fazendo uma menção com a cabeça para a sala, mostrando que se referia em passar o tempo apenas ela e os irmãos montclaire, sem a intervenção e distração de conversas de mais ninguém. apertou os lábios e deu mais um sorriso, dessa vez um pouco mais triste, tentando mandar forças para ele, antes de se virar para irem até a sala encontrar a amiga.
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partir era um ato de amor ? não pensava dessa forma , para ele, só se partia quando o amor acabava de vez . mas talvez tivesse tido péssimos exemplos do pai que parecia sempre estar com alguém novo desde que abandonou a mãe. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você é livre ‘pra se iludir da maneira que achar melhor. ⎯⎯⎯⎯ ❜ provocou e definitivamente , com certeza, não se deixou imaginar se ela partindo quando confessou seus sentimentos tinha em alguma capacidade sido um gesto de amor. como poderia ? eram apenas inimigos em uma trégua quando ele resolveu arruinar a perfeita harmonia de a odiar se declarando. uma paixão que sequer sentiu ! pois obviamente tinha sido um momento de loucura , agora havia passado. não precisava remoer o passado ou pensar no que ele podia ou não ter significado .
❛ ⎯⎯⎯⎯ sim, meu pai e leo dicaprio competem sobre quem pode namorar sem quebrar a lei. ⎯⎯⎯⎯ ❜ estremeceu ao falar, pensando em todas as ‘madrastas’ que teve durante a vida , sempre mais jovens que sua mãe e conforme ele ia crescendo , suas idades não mudavam apesar do pai envelhecer com ele , até que chegaram no ridículo ponto onde a esposa dele tinha quase a idade do filho mais velho. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você se acostuma. ⎯⎯⎯⎯ ❜ não percebeu sequer por um segundo que ela ficou um tanto afetada pela notícia , mas mesmo que tivesse, iria imaginar que se devia a alguém que cresceu longe do holofote e achava estranho, realmente, uma estrela do rock namorar uma mulher tão mais nova. bem, talvez realmente fosse anormal, mas criado nessa atmosfera não via nada demais. eram apenas os jeitos do pai. patéticos, mas o que podia fazer ? ao menos não era como o irmão que o idolatrava . o via por quem era , um velho tentando reverter a ação do tempo. fingir que teria para sempre vinte e sete. ❛ ⎯⎯⎯⎯ 'tá bom, é um segredo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ confessou, um tanto envergonhado, coçando a nuca. ❛ ⎯⎯⎯⎯ acho bom não contar se não quiser ser processada. ⎯⎯⎯⎯ ❜ falou, sério como se realmente tivesse alguma intenção de o fazer e logo o estado de nervosismo passou, e ele deixou uma risada alta e revoltante escapar, sempre se esforçando para a irritar. mas dessa vez, estava sendo genuíno, por mais que nunca parecesse.
❛ ⎯⎯⎯⎯ suponho que o tempo resolve tudo, quem sabe em alguns anos ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ brincou - em partes. dae realmente estava uma bagunça , e não tinha ideia de quanto tempo levaria para poder ver a ex de novo sem, quem sabe, chorar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ as pessoas me odeiam porque não podem ser igual a mim. ⎯⎯⎯⎯ ❜ explicou com um sorriso egocêntrico e irritante , dando de ombros. ❛ ⎯⎯⎯⎯ tudo bem se não quiser meus conselhos, porque você não lida com ele sozinha então ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ a segurou pelos ombros e a virou na direção oposta . ❛ ⎯⎯⎯⎯ vá em frente. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse debochado, quando em seu campo de visão apareceu o mencionado daehyun. ❛ ⎯⎯⎯⎯ parece que alguém chegou mais cedo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ apesar do desdém, a última coisa que gostaria de fazer era machucar o melhor amigo e claro, não pensou nisso dentre seu pequeno momento de insanidade mas agora podia raciocinar claramente e tinha certeza que havia sido para o melhor que ela lhe rejeitou. ❛ ⎯⎯⎯⎯ boa sorte, flannery, estamos todos assistindo. ⎯⎯⎯⎯ ❜
tentou segurar a vontade de revirar os olhos, mas não teve sucesso nenhum, principalmente quando ele voltou a beber aquele maldito café. “ você só está provando meu ponto, se soubesse algo sobre isso, saberia que saber a hora de ir pode ser um dos maiores atos de amor. ” usou um tom poético, se referindo ao que fez com dae, em uma sinceridade que o momento talvez não estivesse pedindo, mas era a verdade, você sabe, no fundo de sua alma, quando é hora de partir. desistir de um relacionamento que tanto nutriu carinho e esforços poderia ser a coisa mais difícil a se fazer, mas também, a mais corajosa e correta, deixando os dois seguirem as vidas para achar a pessoa certa.
“ hum. ” foi tudo o que respondeu para a afirmação-pergunta dele. “ quase a sua idade? ” perguntou, ignorando todo o resto da explicação que deu. obviamente, estava reagindo estranho por preocupação, certo? de ser algo que ele não percebeu, de alguém que não devia e que seria extremamente bizarro. ela não estava com ciúmes da madrasta de seo joon, definitivamente, não, era apenas preocupação. mas... ciúmes? de onde tinha tirado esse pensamento? “ esquisito mesmo. ” completou em um dar de ombros, quase em uma resposta para si mesma. olhou esperançosa para ele sobre se era confidencial, mas logo fechou o rosto ao escutar o não, na mesma velocidade que fez isso, voltou a sorrir largo, juntando as mãos animadamente. “ um segredo, ok! não vou contar pra ninguém. ” ela afirmou. “ mas sei primeiro que todos. ” se vangloriou, nem chegava a se importar tanto assim com essa informação em especifico, mas amava descobrir coisas.
fez uma careta ao escutar sobre dae, se sentiu culpada, porque apesar de ter sido difícil para ela - se desapegar de tudo o que ela tinha criado em sua cabeça, mais do que se desapegar dele de fato - conseguiu lidar depois de um tempo e aproveitar suas férias, mas e se ele não tinha conseguido fazer o mesmo que ela. “ uma bagunça que vai ser arrumada com o tempo, certo? ” questionou, querendo manter a esperança de que ele fosse melhorar logo. se manteria pensando sobre isso se seo joon não tivesse dado suas dicas. olhou para ele como se tivesse falado os maiores absurdos do mundo. “ você é completamente louco. ” seu tom tinha uma sinceridade misturada com um toque de admiração, como se nunca tivesse visto ninguém tão louco quanto ele. “ é por isso que tanta gente te odeia, se não é ao natural, você que fez as pessoas sentirem isso. ” não sabia se tanta gente odiava ele, mas precisou falar mesmo assim, talvez sendo um pouco rude demais. “ eu não quero ser vista como a pior pessoa do mundo, então muito obrigada pelo conselho, mas vou passar. ”
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percebeu com confusão que mavie não tinha sido indicada muitas vezes e isso o lembrou do acordo que tinham, ou melhor, que suas agências tinham - logo mais iriam anunciar um namoro , e provavelmente enfurecer algumas de suas fãs , assim como os dela , mas acima de tudo criariam boa publicidade um para o outro, especialmente agora que tinha ganhado seu primeiro grammy. era apenas um pouco decepcionante que tudo não passaria de uma mentira , mas entendia porque ; afinal, o que iria mavie lacerda, uma das maiores cantoras de toda a década querer com pequeno ethan taylor moore dos subúrbios da florida , artista revelação ou não ? tinha apenas de estar grato por estar em sua presença , o brilho e a elegância que emitia diferente de qualquer coisa que ele já conheceu. realmente - ela era uma estrela e ninguém jamais faria tudo que ela fez , o artista podia apenas esperar que fosse ser o suficiente para lhe impulsionar no pedestal onde sempre pertenceu, e de onde pensou que jamais iria cair . mas novamente, não era cego, via como todo ano ela ganhava menos e menos , apesar de sua torcida sincera para que levasse tudo.
❛ ⎯⎯⎯⎯ adorei. ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou honestamente, colocando delicada e cuidadosamente uma mão em sua cintura. falar tão próximos e trocar leves toques aqui e ali iriam começar os rumores. ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada. ⎯⎯⎯⎯ ❜ o tom de voz era baixo, um tanto tímido, suas bochechas ardendo e sendo tingidas de um tom levemente rosado.
❛ ⎯⎯⎯⎯ acredite, já estou feliz com esse. ⎯⎯⎯⎯ ❜ sorriu suave , olhando a pequena estatueta que permaneceu em sua mão depois de ter sido gravada com seu nome e pensou em todos da pequena cidade que o achavam louco com ilusões de grandeza . ele sabia que poderia morrer se acontecesse com ele , e tinha acontecido - a prova do sucesso e da veracidade de seus sonhos logo ali. ninguém pensou que veria as luzes de manhattan ou os ternos em los angeles , mas lá estava ele , os provando errados.
❛ ⎯⎯⎯⎯ uh, lizzie, eu acho. ⎯⎯⎯⎯ ❜ francamente tinha quase esquecido da festa privada , apenas sabia que a persona de outrem era famosa por seus escândalos e aparecer onde não era convidada como aquele after por exemplo, mas jamais poderia imaginar o que acontecia na tal privacidade dessas comemorações . porém, o tom de mavie não era feliz. ❛ ⎯⎯⎯⎯ porquê ? isso é ruim ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ o cenho se franziu, e procurou os olhos da mais velha. ❛ ⎯⎯⎯⎯ nós trocamos números, mas posso bloquear ela , talvez ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ sua oferta veio como uma pergunta pois nunca foi convidado para algo assim , assumiu que ela teria , mas o que podia ser tão mau ? ❛ ⎯⎯⎯⎯ o que vai acontecer nessa festa ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ dessa vez, sua curiosidade era genuína.
premiações como aquela, principalmente o grammy, conseguiam ser um dos momentos mais estressantes. desde a indicação, que já deveria se sentir agradecida quando conseguia ser, até a grande noite, onde todos os olhos estavam nos artistas, em suas reações, em quem levaria para a casa a estatueta. sorriu e bateu palmas para cada prêmio que perdeu, não importando como se sentia, o que não foi tantas vezes já que teve poucas indicações. um prêmio não define a qualidade do seu trabalho, sabia disso, mas quando tudo parecia estar se esvaindo por entre suas mãos, não ter um grammy para segurar parecia confirmar ainda mais seus medos.
de qualquer forma, estava impecável, um sorriso simpático e animado no rosto, cumprimentando e revendo amigos e conhecidos, parabenizando todos os que ganharam. mavie não era egoísta, realmente ficava feliz pela vitória de outros, ethan foi um deles, levantou com sua vitória, gritou e aplaudiu. assim que viu ele se aproximando seu sorriso aumentou. “ gostou? ” olhou para a própria roupa, o vestido feito exclusivamente para a premiação. “ você também está lindo. ” devolveu o elogio sincera e logo soltou uma risadinha com ele, puxando ethan para um abraço com a mão livre, já que a outra tinha durante a noite inteira taças com bebidas. “ parabéns ethan, você mereceu muito. ” falou mais baixo pela aproximação e então voltou a se afastar. “ pode ir se acostumando porque daqui pra frente vai ser assim, não vai sair de mãos vazias. ” usou um humor, mas não duvidava disso, ele tinha talento, fazia um ótimo trabalho e parecia ter um futuro incrível no mundo da música.
seu sorriso diminuiu ao ouvir sobre a festa, mesmo que ele falasse de forma orgulhosa do convite. “ festa privada? ” questionou, semicerrando um pouco os olhos. “ quem te convidou? ” ainda mantinha o que restou de um sorriso, curiosa e preocupada de ser o que pensou. festas privadas provavelmente era uma das piores coisas a se ir, um caminho difícil de sair se caísse na tentação de fazer o que acontecia nelas, de se deixar ser influenciado e outros saberem que você é. e artistas novos eram as melhores vítimas para isso, ainda deslumbrados com tudo, querendo se encaixar, fazer parte desse mundo. mavie podia se manter o mais afastada de tudo isso, não querer nem saber, mas não podia deixar pessoas próximas caírem nisso por deixar desavisadas. sentia um senso de responsabilidade com ethan por ser tão novo na indústria para deixar.
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matteo sabia que a namorada estaria uma pilha de nervos , essa era luísa - sempre focada e perfeccionista & aquele era seu sonho, tudo pelo que trabalhou culminando em sua visão para o próprio restaurante. gostaria de ter aparecido na noite anterior e até mesmo tentou com um jatinho privado mas não teve sorte, como não parecia ter em momento algum daquele dia . isto é - até que a viu . de repente os problemas pareceram pequenos , as inconveniências esquecidas e só podia focar na outra e a maneira que se encaixava perfeitamente contra ele, os braços rápidos a envolvê-la assim que veio ao seu encontro. ❛ ⎯⎯⎯⎯ cheguei, claro que cheguei. ⎯⎯⎯⎯ ❜ sussurrou, apertando seu meio com força, transmitindo toda a saudade e anseio que sentiu durante aqueles meses separados. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você ‘tá bem ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou contra os fios escuros dela, sentindo o distinto cheiro dos produtos que usava e estavam sempre sendo comprados para preencher o próprio banheiro , afinal, não sabia quando ela podia visitar.
❛ ⎯⎯⎯⎯ deu tudo certo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se afastou ligeiramente, segurando seus braços e a mantendo ainda próxima. não era uma pergunta mas uma afirmação , queria transmitir a certeza que tinha - de que a amada jamais poderia falhar, apesar de quaisquer medos que pudesse ter. ❛ ⎯⎯⎯⎯ vai ser um sucesso. ⎯⎯⎯⎯ ❜ novamente afirmou, podia não ser a pessoa mais brilhante de sua vida - não sabendo fazer muito além de dirigir um carro & sequer começando a entender os processos intrincados de uma cozinha - mas era seu maior fã e a pessoa que mais tinha fé nela em todo o mundo.
‘bianchi !’ ouviu alexandre chamar , e colocou seu melhor sorriso vencedor . ❛ ⎯⎯⎯⎯ torres ! ⎯⎯⎯⎯ ❜ mesmo não querendo deixar ir dela nunca, teve de ir cumprimentar o sogro , quem não via desde o natal , e apertou sua mão , sendo puxado para um meio abraço. ‘vai bem, meu rapaz ?’ , o mais velho inquiriu ao soltar, sua mão ainda na dele sendo sacudida. ❛ ⎯⎯⎯⎯ vou bem, sempre o mais rápido do grid, sempre o mais rico, sabe como é. ⎯⎯⎯⎯ ❜ brincou, mesmo que apesar dos tons de zombaria , fosse a mais pura verdade. ‘vocês homens, sempre assim. como está, querido ?’ - foi a vez da sogra lhe perguntar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ melhor agora. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse, olhando para luísa com nada além de adoração e o mais puro carinho. ❛ ⎯⎯⎯⎯ apenas um pouco triste que dessa vez vou ter que pagar pela comida. ⎯⎯⎯⎯ ❜ fez uma nova piada, suas maneiras nada sérias sendo compreendidas em completo apenas pela mulher que amava. ninguém mais teria coragem de o suportar apesar de dinheiro ou fama, que era geralmente o que queriam dele. ❛ ⎯⎯⎯⎯ vai me apresentar ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ perguntou para luísa , fazendo um gesto com a cabeça para os funcionários que pareciam um tanto atônitos - realmente, parecia que não tinham acreditado quando ela falou quem ele era.
conseguia sentir a dor de cabeça desde que acordou. ansiosa para tudo o que tinha que fazer, se daria certo, se alguém iria ir ou seria um grande fracasso. obviamente era apenas sua insegurança falando, hoje seria só para seus convidados, logo, sua família estaria lá, seus amigos mais próximos e matteo. queria que ele tivesse como ter vindo no dia anterior, para que pudesse acordar ao seu lado e então ele a motivaria pelo resto do dia e ela se sentiria a mulher mais poderosa do mundo, mas tinha que ficar satisfeita que ele conseguiria ao menos hoje, era o que importava, ter ele ao seu lado na pré-inauguração.
as horas passaram e luísa não parou por um segundo, repassou o que poderia ser mil vezes se não faltava nada no restaurante, conversou com os funcionários para garantir que estavam todos dispostos a darem seu melhor. quanto mais perto chegava, mais ficava ansiosa, mais sentia falta de matteo, queria mostrar tudo enquanto ainda estava arrumado e calmo, sem o caos de um restaurante em funcionamento. ela havia comentado que ele viria, então teve que escutar a piada de theo: "calma gente, se ouvirem um som alto é o carro da ferrari estacionando aqui na frente". ela revirou os olhos ao falar que ele pagaria com a língua quando matteo chegasse e saiu de perto, não querendo se estressar mais. então, chegou o momento, a hora de abrir. seus pais eram o primeiro da fila, animados, sempre apoiando ela. deu uma olhada em todos e sorriu um tanto triste, mas quis se recompor, não podia ficar triste em um dos dias que poderia ser um dos mais importantes de sua vida. cedo ou tarde ele chegaria, confiava nele. todos se prepararam, um ao lado do outro dentro do restaurante para serem apresentados para os convidados. respirou fundo e abriu a porta dupla.
sorriu largo, seus pais a abraçaram e assim que soltou eles, foi quando o viu. o mundo pareceu congelar em sua volta, conseguindo enxergar apenas ele correndo em sua direção, os outros convidados poderiam esperar um pouco que fosse. só se mexeu novamente quando ele estava perto o suficiente e ela pulou para um abraço. “ amor! ” exclamou, apertando os braços contra ele. “ você chegou. ” dessa vez falou mais baixo, o som abafado por esconder seu rosto no ombro dele.
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conseguiu dar uma risada a maneira que a outra falava sobre o hipotético encontro de casais , mas havia algo amargo lhe agarrando a garganta , como se ressentido que para ela aquele beijo não tivesse significado além de uma piada. uma rápida farsa para fugir de constrangimento - mas o que exatamente esperava ? não era como se estivessem envolvidos dessa forma . ele gostaria que estivessem ? talvez, mas era obscuro o quanto sabia sobre seus desejos. tinha certeza apenas de sonhar com ela as vezes , e ficar acordado ponderando as possibilidades se apenas se permitisse . mas pelo que viu, não era o único fechado a uma relação. o st james entendia, jamais iria forçar ou reclamar , a outra tinha seus próprios demônios a batalhar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ eu sei que é difícil se desfazer de certos colegas, por quaisquer razões, seja seu grupo de amigos ou outra coisa, ⎯⎯⎯⎯ ❜ deu de ombros , apenas pensando que ayla não merecia ficar perto de alguém que lhe fizesse nervosa e desconfortável. ❛ ⎯⎯⎯⎯ mas as vezes é necessário, sabe ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ a encarou com um sorrir brando nos lábios que ainda pareciam se lembrar de quão macios e delicados foram os dela contra eles. ❛ ⎯⎯⎯⎯ você é boa demais ‘pro seu próprio bem. ⎯⎯⎯⎯ ❜ dizia sinceramente, pensando sempre que a mulher era muito generosa consigo e sem saber da conexão entre eles - da mentira que ela alimentava enquanto justin estava ocupado se apaixonando.
segurou a respiração quando ela falou do beijo, decepcionado que não tivesse terminado sua sentença. o que diria ? que foi bom ? ótimo ? ou tinha escondido a verdade para poupar seus sentimentos e realmente odiou ? o fotógrafo costumava ser bom em coisas íntimas como beijos - e mais - porém, talvez tanto tempo sem sequer um breve selar tivesse tirado dele aquela habilidade. era algo que podia perder ? a fome por outra pessoa ? a necessidade de dividir sua vida e sua cama ? havia sido uma das coisas que o acidente roubou dele ? quem sabe fosse sentir falta de laura para sempre e seria apenas este seu futuro , temer seguir em frente caso as coisas boas que viveu pudessem desaparecer. era trágico sequer cogitar mas não achava que existia outra opção.
sentiu ela pegar em seu braço e viu então a lojinha de presentes ; finalmente sorrindo largo e genuíno, sendo puxado de seus pensamentos mais deprimentes para a luz, como ela sempre fazia. deixou que o guiasse para o lugar onde se separaram rapidamente, e ele olhou para pequenas figurinhas de cerejeiras até finalmente achar um cordão com pingente e brincos de pétalas de rosas . ❛ ⎯⎯⎯⎯ boa tarde, quanto por esses ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu educado e a garota trabalhando ali retribuiu seu sorriso dizendo que era o melhor que tinham por isso custava quarenta dólares . ❛ ⎯⎯⎯⎯ vou levar, pode embrulhar ‘pra presente, por favor ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ o'que ela fez parecendo feliz , e antes que ayla pudesse voltar ao seu lado, ele pegou o pequeno embrulho e passou seu cartão, guardando o mimo no bolso e agradecendo. ❛ ⎯⎯⎯⎯ comprou alguma coisa ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ perguntou enquanto se virava para finalmente encarar a vizinha .
sua respiração parou por um segundo ao ouvir que nunca seria abandonada, a forma leve como justin falou, soava sincero, mas logo ele se retratava no que queria dizer. mesmo assim, ayla se apegou naquela fala, provavelmente não deveria, já que ele se corrigiu e por mais que acreditasse que ele realmente pensasse isso, talvez tivesse pesos diferentes para eles. se ele soubesse o quanto significava para ela ouvir um "nunca iria te abandonar", quem sabe nem falaria, para não a iludir com algo que para ele poderia ser só uma frase bem intencionada. por isso sua resposta foi um sorriso, olhando de lado para ele. “ ainda bem, eu prefiro evitar mesmo. ” respondeu simplesmente levantando os ombros. fez um biquinho de lado com a fala dele, e estreitou os olhos. “ você acha então que se eu encontrar ela de novo hoje é melhor eu mandar ela se ferrar logo em vez de marcar mais encontros com meu namorado hipotético? ” usou humor para falar, para ser sincera, era mais fácil continuar fingindo um namoro e lidar com isso depois, do que falar algo assim para ela e fazer o que mais evitava: se indispor com alguém, mesmo sabendo que devesse e mesmo que quisesse xingar e falar todas as verdades na cara dela ou de outras pessoas.
chegou a assentir com a cabeça com a fala dele, mas logo natalie era o último dos seus pensamentos quando observou a expressão dele mudando, se fechando enquanto seu olhar descia para o chão, as mãos indo para o bolso, em um sinal que ela já conhecia. sua própria expressão mudou, indo de um tímido para um preocupado. não entendia o que aconteceu, não soube dizer se o problema foi a lembrança do beijo que o deixou assim ou o seu pedido de desculpas, e se fosse, o que isso queria dizer. queria perguntar, mas como o faria, que palavras usaria, sem estragar o clima? cortou sua linha de raciocínio com o pedido de desculpa dele, balançou rapidamente a cabeça em negativa. deveria ter entendido que devia ser apenas uma brincadeira dele, mas não conseguiu raciocinar isso na hora e quis afirmar, respondendo sinceramente: “ não! não foi ruim. ele foi… ” se impediu de continuar falando, mas soltou um suspiro involuntário e teve que desviar os olhos dele com certa vergonha, iria dizer "ótimo"? para ela tinha sido rápido demais, queria que tivesse durado por mais tempo, queria ter aproveitado por completo já que parte de sua mente estava focada em sua ex-colega, mas com certeza foi mágico, mas achava que seria algo tosco demais para ele ouvir.
antes que pudesse pensar mais sobre isso, quando desviou o olhar viu uma loja de souvenirs, levou uma mão para o braço dele na parte logo acima livre do bolso, sentiu a vontade de segurar a mão dele se essa não estivesse devidamente protegida de ayla - ou escondida - no tecido da jaqueta, mas não faria isso de verdade, não teria coragem para tal. “ vamos comprar alguma coisa? ” perguntou se animando novamente, já direcionando ele para o caminho, e assim que o fez, soltou a mão do braço dele, segurando a sua própria em frente ao corpo.
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lancha ? ele seguia inventando palavras ! mas a garota estava muito cansada para se importar , existindo na corda bamba acima de um precipício , sabendo pouco sobre como tinha chegado ali , porquê e onde ali realmente era. deviam ter alcançado atenas na embarcação mas sequer tinha como dizer se os seus arredores eram parecidos pois nunca havia deixado a inglaterra antes, especialmente para tão longe. ❛ ⎯⎯⎯⎯ um navio, o albatroz é um navio. ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou frágil, tossindo mais um pouco e dando algumas batidas no peito com o punho fechado , talvez tentando impulsionar o coração a seguir batendo mesmo enquanto se estilhaçava em milhares de pedaços ao pensar ter sido a única que sobreviveu. ❛ ⎯⎯⎯⎯ sim, meu pai, minha mãe, minhas irmãs e minha dama de companhia. ⎯⎯⎯⎯ ❜ explicou, sentindo as lágrimas se misturarem com a água do mar , pingando de seu rosto e morrendo na areia quente abaixo de seu corpo.
quando ele disse que a levaria para um lugar seguro, duvidou muito de sua sinceridade, mas apesar do estado de poucas roupas, o homem não parecia ser um perigo, mas novamente, suas ideias estavam embaralhadas , e podia estar confiando em um lobo na pele de cordeiro. ❛ ⎯⎯⎯⎯ tudo bem. ⎯⎯⎯⎯ ❜ resignou-se ao destino, e colocou seu futuro nas mãos de deus , deixando que ele a erguesse , passando os braços por seu pescoço e encostando a cabeça no ombro alheio. sentiu ele se mexer com pressa , enquanto a consciência escapava e voltava a si, o aperto firme dele nela mantinha celeste conectada a esse plano apesar de uma parte de si se perguntar se a morte não teria sido mais doce . ouviu alguns chamamentos de um nome estranho - adrian ? pareciam urgentes, mas ela só conseguia focar em como o sol parecia lhe instigar a se entregar para o oblívio. ‘ o que houve !? ‘ , ‘ que é essa ? ‘ , ‘ que roupas … ‘ , foram as últimas coisas que ouviu antes de se entregar , quem sabe, ao abraço do seu fim.
ao acordar de novo, estava mais confusa - se isso sequer era possível. quanto tempo tinha se passado ? teria tudo sido um sonho ? certamente não podia, considerando seus arredores desconhecidos. os cabelos estavam soltos como só usava na hora de dormir , e as vestes no seu corpo eram finas e estranhas , parecia um tipo de camisola mas muito mais curto . graças que as pernas estavam cobertas , mas o pior era o barulho incessante do que pareciam ser máquinas ao seu lado , máquinas que se ligavam - a ela ? percebeu com horror os fios na extensão da pele , começou a os arrancar com desespero até ser parada por mãos fortes que lhe diziam para se acalmar. o cheiro forte de álcool invadia seus sentidos , e o ar parecia lhe faltar , até que disseram que chamariam seu guardião e ela pensou no pai. tinham o encontrado ? o coração se alegrou por um instante e encarou a porta - por onde passou o homem da praia , dessa vez com mais peças de roupa mas ainda sim, indecente. ❛ ⎯⎯⎯⎯ o senhor de novo ? o que fez comigo ? para onde me trouxe !? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu com um tanto de raiva, livrando as mãos do homem em uma roupa branca que a segurava.
onde estão os outros sobreviventes? a pergunta ressoou em sua cabeça, adrian começou a ficar ainda mais agitado, tenso, absorvendo as informações que ela jogava. arregalou os olhos, não tinha escutado nada sobre isso, alguma embarcação que afundou nas últimas horas ou dias, mas então tinha outras pessoas, sentiu a urgência de ligar para a guarda costeira para avisar, começar buscas, mas deixou seu celular no chalé e não podia simplesmente abandonar a mulher daquela forma e nem sabia se ela conseguiria o acompanhar já que mal estava parando em pé. “ albatroz é uma lancha? navio? que tipo de embarcação? ” questionou rapidamente, mesmo que ela estivesse provavelmente assustada demais para responder essas coisas, tinha a levíssima impressão que conhecia o nome albatroz, mas provavelmente era de outra coisa e no momento não iria lembrar.
não tinha tempo para compreender tudo o que ela falava, já que uma nova informação era jogada. estreitou os olhos com a acusação de que estava inventando uma palavra, mas logo era distraído em como ela parecia fraca, provavelmente passando a adrenalina depois de ter acordado. “ sua família? ” repetiu, com o maior pesar do mundo ao pensar que poderiam ter se afogado a essa altura. desistiu de manter distância quando ela caiu novamente e começou a chorar. “ eu vou te levar pra um lugar seguro. ” falou firme se aproximando, mas antes de segurar ela, abriu bem as mãos, novamente em um sinal de que não queria fazer nenhum mal. “ permissão para tocar. ” pediu, achando que se talvez falasse como ela, teria mais sucesso, mas não esperou muito para a pegar, levantando ela. “ por favor, não grita ou esperneia. ” provavelmente era um pedido estranho para um homem desconhecido fazer a uma mulher, já que para não gastar muito tempo andando até seu chalé, tomou a liberdade de passar um braço por trás das pernas alheias e dar o impulso, segurando a garota no colo, mesmo com certa dificuldade por tanto tecido que tinha em sua roupa. “ vamos procurar sua família eu vou ligar pra guarda costeira, vamos entender o que aconteceu. ” tentou soar esperançoso, explicando o que fariam para tentar a acalmar um pouco.
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não estava incomodado com o beijo - ao menos, não pelas razões que ela podia vir a pensar. se qualquer coisa, apenas porque sabia que o selar breve dos lábios voltaria a sua mente em qualquer momento do dia & da noite, provocando sua boa disposição com tudo que não podia ter. afinal, ayla merecia mais que alguém cuja a lealdade era turva. justin não sabia se gostaria de se manter fiel para sempre a memória da falecida quase esposa ou queria novamente o sentimento elétrico e indescritível de ser beijado pela primeira vez em um lugar cheio de estranhos ou amigos , que seguiriam com suas vidas sem perceber o começo de uma épica história de amor. era conflitante, a maneira como via a noiva em todos os lugares, em qualquer reflexão e o fato de que ao ser beijado pela bela mulher dos olhos amendoados , ela desapareceu. queria pensar que laura estava lhe dando a força que precisava , o sinal verde que tinha de ter para seguir em frente. mas não podia ser tão simples, certo ? sentia que devia pagar por seus pecados pelo resto da vida, e estar com a outra parecia absolvição divina . como se por todo o tempo que sofreu, estivesse ganhando do universo mais que simplesmente uma segunda chance - um milagre para alguém que nunca acreditou neles.
❛ ⎯⎯⎯⎯ pode ter certeza que eu nunca iria te abandonar. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse com mais leveza, quase não percebendo o real significado por trás de suas palavras. mas esta era a verdade, não ? sentia que ele e ayla estavam ligados por algo além do luto. quando pareceu que aquele avião estava prestes a cair , ela o trouxe de volta. quando o fotógrafo pensou em desistir, ela lhe trouxe um pouco de vida. ❛ ⎯⎯⎯⎯ digo, pegar uber sozinha a noite é perigoso. ⎯⎯⎯⎯ ❜ brincou, imaginando se ela entenderia o quanto ele era sério sobre nunca a deixar sozinha. fosse para lidar com seus demônios , ou natalie. ❛ ⎯⎯⎯⎯ sabe, eu nunca fui pra faculdade, mas dizem que o bom de sair dela é que você pode mandar algumas pessoas se ferrarem, finalmente. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse com um sorriso, virando-se para a fitar, percebendo que suas bochechas ainda estavam coloridas em um adorável tom de rosa, o que o fez morder o lábio inferior para se impedir de soltar uma risada suave.
❛ ⎯⎯⎯⎯ hey, calma, calma. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse, finalmente deixando o ar escapar com um rir divertido. ❛ ⎯⎯⎯⎯ dá 'pra ver que ela te deixa mal , mas sabe que não precisa mais conviver com esse tipo de gente, né ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ o rosto se fechou um pouco , o semblante feliz sendo varrido com a desculpa dela . claro, para ela provavelmente não significou nada. mas foi diferente para ele - especial. como se uma das amarras ao redor de seu coração finalmente tivesse cedido. ❛ ⎯⎯⎯⎯ não precisa se desculpar. ⎯⎯⎯⎯ ❜ assegurou, com um tom derrotado, escondendo as mãos tremulas nos bolsos da jaqueta de couro , e avertendo seu olhar para os próprios pés. ❛ ⎯⎯⎯⎯ eu que me desculpo se o beijo foi tão ruim assim. ⎯⎯⎯⎯ ❜ tentou levar um pouco de humor para a situação mais uma vez, porém não podia esconder sua decepção em saber que ela se arrependia .
temia que seu rosto não voltasse mais ao normal até o final do passeio, sentia ainda ele quente, as bochechas deviam estar em um tom mais avermelhados que sua boca. foram muitas emoções para um espaço muito curto de tempo e tudo isso ter levado ela dar um beijo, mesmo que falso, em justin, fazia ela querer se enterrar junto a flor mais próxima e sumir para sempre. bastou tomar um pouco a consciência que o arrependimento bateu forte, isso porque sabia que esse beijo atormentaria sua mente pelas noites seguintes. a sensação dos lábios macios dele nos seus e a vontade de aprofundar o beijo até tornar ele real, ainda davam para serem sentidos, e assim seria toda vez que fosse pensar sobre isso. um momento único, tanto em sentimentos quanto por nunca mais poder se repetir.
esperava que ao menos ele realmente estivesse realmente tranquilo, entendesse que foi por causa de natalie e que não era a intenção dela. porque ela podia ter passado de todos os limites naquele momento, não sabia como ele estava sobre essas coisas, depois de ter perdido a noiva, ele podia ter suas questões, se sentir mal de várias formas por causa do beijo. não parecia ser o caso, mas talvez ele fosse gentil demais com ayla para deixar transparecer os sentimentos ruins que ela causou quando ela tinha acabado de passar por uma situação constrangedora. Com certeza, sua mente ficou pensando o pior, enquanto no fundo, um pedaço do seu coração, que ela estava tentando com todas as forças não escutar e empurrar para longe, ficava frustrado com a ideia de que ele poderia ter achado ruim, que não estava preparado para algo como um beijo, que justin nunca iria querer ter algo com ayla e todo o seu passado levasse para ela um grande não.
soltou uma risada nervosa com a fala humorada dele. “ não. seria meio ruim, no final ela ia levar os dois com ela e eu não gosto de pegar uber sozinha de noite. ” tentou entrar na brincadeira, referenciando a maneira como a outra tinha tratado justin, que por algum motivo ainda estava em sua mente com amargor. segurou com a mão contrário do braço que carregava a bolsa a alça dela, para ocupar com algo ao que volta a andar. “ amigas é uma palavra muito forte. ela era da faculdade, a gente convivia bastante juntas por diversos motivos e ela era do meu grupo de amigos, então... ” deu de ombros como se isso explicasse tudo, tinha que manter uma boa convivencia com ela pelos outros, mesmo que não fosse tão boa assim. “ mas sim, é extremamente desagradavel. ” seu tom dava ainda mais ênfase para o que falava. mordeu o lábio inferior, querendo se explicar para ele melhor, o olhou de lado com certo receio. “ ela achou que você fosse meu namorado, eu ia sair e não dar conversa, mas você chegou bem na hora e aí eu... ela me deixa tão nervosa! ” desabafou, respirando fundo para se acalmar e terminar. “ e bom, o resto você viu, desculpa ter te colocado nessa e ter... te beijado. ” falou o final bem mais baixo, como se fosse uma palavra perigosa de ser dita, como se tivesse significado algo, mas era claro, significou nada, precisava se repetir isso, até entrar em sua cabeça.
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a respiração pesava , e a cabeça seguia doendo - ela realmente parecia uma presa que tinha sido capturada em uma armadilha. os olhos claros alargavam quanto mais ele falava , e tentava se afastar com pouco sucesso considerando o tecido enxarcado de seu vestido contra a areia. quem era aquele homem & o que ia fazer consigo ? onde estava sua família ? as perguntas seguiam a assombrando, fazendo a confusão do momento aumentar de forma que ela não sabia parar . bem, se aquele rapaz era tudo que tinha naquele momento, faria suas perguntas, mesmo que nada saindo da boca alheia lhe fizesse muito sentido - ou melhor, sentido algum. ❛ ⎯⎯⎯⎯ do que o senhor está falando , em nome de deus ! ⎯⎯⎯⎯ ❜ cuspiu mais um pouco de água, sentindo-se humilhada pela forma que se apresentava frente ao desconhecido, mas voz era desesperada demais e a situação muito complicada para se ater a pequenos ocorreres como um pouco de líquido salgado, mesmo que os pulmões estivessem queimando. ❛ ⎯⎯⎯⎯ claro que me afoguei ! o senhor é alienado ? todos nos afogamos ! ⎯⎯⎯⎯ ❜ não pensava, por um instante que fosse, que o outro pudesse estar tão desordenado quanto si , pois para ela - apesar de assistir a confusão no rosto dele - estava falando de fatos. ❛ ⎯⎯⎯⎯ o que houve com o albatroz ? onde estão os outros sobreviventes ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ seguiu inquirindo , ignorando o sol que ainda incomodava seus sentidos , e quase a cegava . o que houve com a noite e o frio ? tudo estava quente demais, e sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. mas jamais iria desistir sem uma luta .
❛ ⎯⎯⎯⎯ re - resort ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ a caos de seus pensamentos aumentou , o que exatamente era aquela palavra estranha ? ❛ ⎯⎯⎯⎯ perdestes a cabeça, homem ? porque está inventando palavras ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ queria soar mais raivosa, mas permanecia desatinada das ideias , e as cordas vocais tinham perdido todo seu poder ao serem usadas para gritar quando o viu. ❛ ⎯⎯⎯⎯ onde está minha família ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ tentou se levantar, segurando na saia longa do vestido rendado , mas caiu de novo no chão , e foi quando as lágrimas começaram. sujou as mãos agarrando areia entre as palmas, assustada e perdida. ❛ ⎯⎯⎯⎯ onde está o meu pai ? minhas irmãs … ⎯⎯⎯⎯ ❜ não percebeu que em seu desespero não tinha lhe dito seu nome. ❛ ⎯⎯⎯⎯ por favor, deus , me socorra. ⎯⎯⎯⎯ ❜ implorou em um choramingo.
“ a ”
considerava os melhores dias quando podia simplesmente tirar algumas horas para aproveitar ao invés de ter que ficar lidando com as burocracias e lições de seu pai sobre negócios. principalmente porque adrian tinha acesso a locais restritos da praia que beirava o resort. levantava depois de ter mergulhado em uma onda quando viu algo grande nas ondas, apertou os olhos para enxergar melhor e seu corpo arrepiou ao sentir que poderia ser um corpo. rapidamente nadou até o local e ao ver o corpo de uma mulher, segurou e levou até a beira, deitou ela na areia, o corpo gelado, pensou estar sem vida, mas se negou a aceitar isso, fez respiração boca a boca e tudo o que podia para a acordar, respirando aliviado quando ela finalmente respondeu.
segurou ela, tentando levantar para trazer para uma distância segura do mar. fazia tudo muito rápido, desesperado para ter certeza de que ela ficaria bem, mal prestou atenção em detalhes dela. pareceu recordar a consciência e caiu no chão, ele tentou ajudar novamente, até escutar o grito. adrian parou, assistindo ela tentando ir para longe. “ ei! calma! ” respondeu alto, levantando os braços como em sinal de redenção com a pergunta, mas logo franziu o cenho olhando para o próprio corpo molhado, modestamente vestido com um calção, nem sequer era uma sunga para ela ter essa reação. “ mas eu to vestido! ” seu tom era quase em choque, só então processando melhor as coisas, o modo dela falar e principalmente a roupa que ela usava, como as que via em teatros.
ele se abaixou um pouco, para ficarem na mesma altura, mesmo que mantendo a distância que ela estabeleceu, querendo mostrar que não era um perigo, tinha visto vídeos de pessoas fazendo isso com animais, pensou que talvez fosse útil. “ eu sou adrian. ” respondeu o que ela havia perguntado anteriormente, de forma calma. “ você pelo jeito se afogou. ” explicou caso ela tivesse com algum tipo de confusão mental, mas não duvidava que ela se afogou por já estar com uma confusão mental. “ qual é o seu nome? você está hospedada no resort? quer que eu chame alguém? ” continuou tentando uma abordagem, esperando que ela conseguisse responder.
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a cabeça estava confusa , e o corpo pesado - devia ser devido a água que enxarcava seu vestido longo, com rendas em cores terrenas. tudo estava muito gelado, nem mesmo o sol opressor a seus olhos parecia ser o suficiente para a esquentar. sentia mãos em si, que pareciam tentar a manter de pé , mas continuava a tossir líquido salgado , e com dificuldade para respirar, era difícil ter noção de seus arredores ou quem estava consigo . certamente deveria ser marcelina - sua dama de companhia , mas aquele aperto ; parecia muito estrangeiro e firme para ser da mulher. quando caiu no chão , que parecia ser areia, as memórias voltaram de repente. o albatroz partindo , seu casamente falido , as vozes desesperadas do navio antes que rezando ave maria , ela perdesse a consciência. quanto tempo teria ficado a deriva ? não podia ser mais que algumas horas, jamais sobreviveria. onde estava o pai ? as irmãs ? a mãe ? e quem, por deus, estava a envolvendo pela cintura naquele momento desordeiro de suas ideias alienadas ?
resposta ? um homem nu .
gritou, achando pela primeira vez as cordas vocais , que pareciam estar em desuso a anos - mas vai entender como naufrágios funcionavam, mal entendia como uma besta de ferro daquela poderia flutuar sobre o mar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ quem é o senhor !? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu , escandalizada. ❛ ⎯⎯⎯⎯ como pode se atrever a andar despido frente uma dama !? ⎯⎯⎯⎯ ❜ continuou, escorregando na areia , tentando escapar do que certamente era um pervertido ou sedutor barato.
@tswallie
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gostaria de retrucar com o fato de que ele tentou um gesto romântico , no verão que passou , com ela, de todas as pessoas - mas sabia ser demais. afinal , não foi mais que um lapso de julgamento já superado, certo ? mas se havia claridade na morte, como os próprios filmes diziam , e inúmeras músicas sobre amor, porque aquele sentimento não parecia morrer ? não, não, não - se recusava a pensar assim . iria superar, tinha de superar, iria piscar e já teria superado. ❛ ⎯⎯⎯⎯ gestos românticos são uma mentira que hollywood te vendeu em moulin rouge. porque você não cantou your song 'pra ele também ? talvez ainda estivessem juntos. ⎯⎯⎯⎯ ❜ cutucou com um pouco mais de veneno que devia , e bebeu do café com mais gosto, e mais alto - simplesmente pelo prazer de incomodar. afinal, piscou e o arrependimento, junto com aquele sentir turvo e complicado, ainda estava ali & isso parecia trapaça dos deuses do amor, do cinema, e nicole kidman por alguma razão.
❛ ⎯⎯⎯⎯ esquisito .... fofo ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ era sua resposta mas soava estranhamente com uma pergunta, e o fez inclinar a cabeça levemente em um traço que era tão seu , chegava a doer. ❛ ⎯⎯⎯⎯ não sei, acho que era, ela tem quase minha idade. acho que só queria impressionar meu pai, agir madura, sabe. considerando que ele tem dois filhos, tem que ser mesmo. ⎯⎯⎯⎯ ❜ franziu o nariz pensando em um mundo onde a madrasta dava em cima dele, e já imaginou todos os tipos de processos que ela ia enfrentar de sua mãe. ❛ ⎯⎯⎯⎯ informação confidencial ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ sim. ❛ ⎯⎯⎯⎯ não. ⎯⎯⎯⎯ ❜ deixou escapar um riso cínico, ainda não olhando para ela e mantendo sua visão no campus que parecia o mesmo de sempre, nada divertido. ❛ ⎯⎯⎯⎯ bom, talvez. vai todo mundo saber em uma semana, vamos ver se consegue manter sua boca fechada até lá. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se entregou finalmente, não sabia porque tinha comentado sobre o contrato da mãe - era sim, um segredo - , mas essas coisas vinham a tona ao redor de soso , ele era mais honesto e vulnerável. deus, como odiava aquilo.
❛ ⎯⎯⎯⎯ tenho más notícias 'pra você, flannery. ⎯⎯⎯⎯ ❜ contando com o fato de que provavelmente iria ouvir logo mais que dae não tinha exatamente seguido em frente muito melhor do que ele mesmo , apenas sofrido de forma inteiramente mais patética em seus olhos, seo joon sentiu que devia avisar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ ele 'tava uma bagunça as férias todas. ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse, olhando para ela pelo canto dos olhos, tentando perceber algo arrependido em sua reação. teria ela - desejado durante esses meses que nunca tivesse abandonado o melhor amigo ? ❛ ⎯⎯⎯⎯ eu já tive várias ex's, e a chave é , ⎯⎯⎯⎯ ❜ parou frente a ela, jogando dramaticamente seu copo vazio na lixeira, e a segurando pelos ombros, ignorando quão próximos estavam. ❛ ⎯⎯⎯⎯ despreze os sentimentos deles, e vão te ver como a pior pessoa do mundo, logo não vão mais te amar. boa sorte. ⎯⎯⎯⎯ ❜
“ pra um filho de alguém que trabalha com cinema, você sabe muito pouco sobre romances e atos românticos, se quiser posso fazer uma listinha de recomendações de filmes. ” falou apenas em uma brincadeira de volta, não era realmente uma crítica, e esperava que manter esse assunto ele entenderia a brincadeira, apesar ele estava parecendo bem, o mesmo de sempre com ela, talvez um pouco mais tenso no começo, e de alguma forma a aura que ele soltava parecia mais como uma farpa para sophie do que nunca, dando uma sensação ruim no seu estômago. bastante leve, mas ainda assim estava ali. se fosse em um momento romântico, diria que era borboletas no estômago, mas naquele caso só podia ser ansiedade e o porquê de estar ansiosa perto dele, ainda não sabia.
deixou uma risadinha sincera ao ouvir sobre a esposa do pai dele. “ é que ela não te conhece ainda. ” brincou, mas logo mudou sua expressão para um semicerrar de olhos, olhando ele com desconfiança. “ espera, te chamando de docinho de um jeito esquisito fofo ou esquisito esquisito? ” ergueu as sobrancelhas no final para dar bastante ênfase ao que queria saber, nunca dava pra saber o que pode passar na cabeça de mulheres mais velhas, isso se fosse mais velha, principalmente se tratando de alguém tão, bonito, quanto seo joon. “ isso é uma informação confidencial? eu queria muito ficar sabendo de informações confidenciais, eu nunca ia contar pra ninguém! ” falou em animação com a ideia de saber algo secreto, mesmo que duvidasse que ele fosse contar tão fácil assim, teria que insistir mais. “ hoje em dia o que me importa de marvel e dc é o superman, então eu to feliz que ela vai assinar com a dc. ” seu comentário foi sincero, enquanto sem pensar começou a andar com ele quando começou.
apertou os lábios ao ouvir sobre o ex, não tinha planejado essa parte direito, da mesma forma que não sabia exatamente como falar com seo joon depois da situação no avião, não sabia como falar com dae depois do término horas antes. “ como deve ser, muita maturidade, educação e distanciamento... ” sorriu amarelo, sem certeza nenhuma se era assim que tinha que ser. “ certo? eu nunca tive um ex antes. ” admitiu, isso estava sendo mais uma das coisas novas que ela estava vivendo. ela podia pedir dicas de como lidar com ex para ele? ou seria estranho demais? “ tenho duas horas então para me preparar, como ele ta? sobre isso? ” perguntou, voltando seu olhar para ele, seus olhos estavam apreensivos, esperando uma resposta boa, que ele tinha lidado bem com tudo isso e visto que o melhor foi terminar, assim como ela tinha feito.
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queria rir , mas iria soar sarcástico e cruel , como se zombasse da sinceridade da irmã. claro, ela não tinha contado tudo mas sequer poderia ? preocupar a amiga no outro lado do mundo com sua mãe que teve um relapso no alcoolismo ? não era exatamente um assunto para uma sessão de skype nos domingos , afinal. era difícil admitir, mas de certa forma, sentia que tinha roubado olympia da rede de apoio de bella. enquanto a melhor amiga dela podia o confortar e segurar sua mão até que o ansiedade passasse, até que voltasse para seu corpo, e o esconder na curvatura de seu pescoço para que não visse o quão injusto aquele mundo foi com ele , com a família, com os dois, a irmã estava sozinha ali, erguendo o peso do mundo nas costas , para que bernard viajasse para milão e mentisse . o deixava doente , fazia o estômago desdobrar, e por um instante, teve de apoiar as duas mãos na borda da pia para se impedir de fazer algo ainda mais vergonhoso como devolver os conteúdos do jantar na louça tão bem polida dos ashford. ❛ ⎯⎯⎯⎯ claro que não contou. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se resignou a dizer, e voltar a lavar os pratos enquanto ela os secava. queria dizer para que deixasse tudo para ele, e não estragasse suas belas unhas, mas vê-la se mover pelo espaço que era apenas tão dela , com a liberdade e graça que ele nunca teve dentro da própria casa, fazia o frio no âmago diminuir, sua expressão grave sendo ligeiramente substituída por um sorriso suave quando pensava sobre. que não importava o que viesse a acontecer, olympia sempre teria um lar com pessoas que a amavam na medida certa - sem ser indiferente & sem a sufocar. que eram os únicos tipos de amor que bernard havia conhecido enquanto crescia.
❛ ⎯⎯⎯⎯ não quero que se indisponha com ninguém por minha causa. ⎯⎯⎯⎯ ❜ não brigue com seus pais, não confronte minha irmã - o que ele não dizia mas sabia que ela ia entender. ❛ ⎯⎯⎯⎯ só ter você por perto é o suficiente. ⎯⎯⎯⎯ ❜ sussurrou, deixando um leve beijo no topo das madeixas claras , e já sentindo falta de seu toque quando ela se moveu para longe. ❛ ⎯⎯⎯⎯ devia contar a verdade para os seus pais. ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou, sentindo mais uma vez que estava traindo a irmã, mas aquele era um assunto delicado demais , instável demais - como a própria mãe. os pais de oly podiam ser pessoas maravilhosas e ainda não conseguir lidar oque era o furacão marylin montclaire quando uma gota de vinho batia em seu sistema. ❛ ⎯⎯⎯⎯ diga a eles que eu te mandei uma mensagem, e pedi. ⎯⎯⎯⎯ ❜ assentiu sozinho para as próprias palavras, conforme tudo ia, parecia um plano decente. tinha sido ele, realmente, a lhe contar tudo.
era verdade, de certa forma, o filho mais novo tinha escolhido aquele destino tão pouco quanto as duas mais velhas em sua casa, mas não conheceu o pai bem o suficiente para dizer que demorou a superar seu luto. era apenas uma pessoa que vinha para casa enquanto a mãe limpava o fogão , e de repente - não era mais. nada realmente mudou em sua vida. as palavras ' incêndio ' , ' consumido pela fumaça ' , o assustaram pois era uma criança tola que acreditava piamente ser verdade que estavam todos fadados aquele fim, como um tipo de inferno descoberto muito cedo. mas não, não sentiu a falta do pai. pelo menos, nunca da mesma maneira que a irmã e matriarca sentiram. talvez por isso não podia simplesmente acreditar que não era responsável pelas escolhas das duas. ainda se sentia como aquela criança tola pedindo conforto e as liderando mais profundo para o vale de suas piores tristezas. bella reagiu enterrando tudo , e ele sabia que as coisas que ela se recusou a sentir iriam vir a tona no tempo certo - e provavelmente seria a hora errada, para qualquer cenário aceitável. mas esperava que ela pudesse sentir. quanto a mãe ? já não mantinha muitas esperanças para ela. ❛ ⎯⎯⎯⎯ sei que seus pais são ótimos e eu os adoro, sou muito grato por nos receber, mas se vão fazer isso tem que saber de toda a verdade. não é justo esconder algo assim. ⎯⎯⎯⎯ ❜ desligou a torneira depois que o último garfo estava brilhando e foi quando ela pegou em seu rosto , o fazendo lembrar que não existiam nessa vida apenas coisas cortantes, mas mãos gentis . pessoas que o amavam, mesmo que todos estivessem navegando exatamente como fazer aquilo - o amar. ❛ ⎯⎯⎯⎯ obrigada, mas avisa eles, tá ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ estava prestes a deixar um beijo rápido na sua testa quando a mãe de olympia se anunciou vindo checar nos dois. ❛ ⎯⎯⎯⎯ terminamos tudo, precisa de mais alguma coisa ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu , se afastando depressa.
quando estava tudo pronto, pegou a toalha e esperou para que ele fosse lavando para poder secar e guardar, enquanto isso, deixou toda sua atenção no namorado. apertou os lábios com a resposta, se sentia impotente, ela não podia fazer nada para resolver os problemas da família dele, tudo o que podia era estar ao seu lado, o abraçar e dar o carinho e apoio que ele precisasse para tentar deixar um pouco mais suportável para bernard, mas isso só funcionava em milão, quando estava apenas os dois e nada no mundo para atrapalhar, nenhuma família de nenhum dos dois no cômodo ao lado. agora o que ela poderia fazer para ajudar? quando mal podia tocar nele, quando precisavam esconder suas vezes atrás da água corrente. provavelmente estava sendo uma pessoa horrível com ele também, assim como estava sendo para isabella. quantas pessoas olympia poderia ferir no caminho de tentar ter tudo o queria independente se pode ou não? pensou que logan devia estar certo, ela era só uma garota mimada que preferia sofrer e fazer os outros que amava sofrerem, do que largar seu orgulho.
se manteve secando a louça, acumulando antes de guardar, sem querer sair de perto dele naquele momento. ergueu a sobrancelha ao ouvir sobre a sr. montclaire, não sabia disso, bella contava o menos possível sobre como estava em casa, principalmente depois que olympia mudou de país.“ que merda. ”murmurou baixinho em um xingamento que saiu sincero e automático. “ ela não me contou isso. ” comentou, não havia sido só para seus pais que ela deixou essa informação de lado. não a culpava por isso, entendia ela, querer mesmo sabendo que não é uma boa ideia, tentar, isso doía em olympia, saber como a amiga devia estar para de qualquer forma que fosse, tentar ter um dia normal, um feriado em família. também doía em si ver bernard daquela forma, só a menção da mãe já fazendo ele parecer completamente distante na mesa, refugiado em algum lugar dentro de si para conseguir suportar a ideia de que a mãe viria. como seria para ele quando fosse realmente a noite? todos juntos em um só lugar. queria se dividir em duas, apoiar bella e receber a matriarca da família da melhor maneira possível, ao mesmo tempo que puxaria be para seus braços, tapando seu rosto contra o seu corpo para que ele não escutasse ou visse nada e só soltaria quando todos fossem embora.
isso tudo ia além de sua opinião pessoal, essa que concordava muito mais com bernard do que com a irmã, mas que direito ela tinha de julgar. conseguia entender como era muito fácil se opor a uma pessoa que faz mal para quem você se importa, quando essa pessoa pode sair da vida dela da mesma forma que entrou, virar só uma página do passado, sem grande relevância, mas e se essa pessoa fosse quem colocou o outro no mundo, se era sua família, alguém que um dia já foi boa para eles e não era nem sequer alguém que sempre foi ruim, mas sim que sofreu tanto que não conseguiu se recuperar. como ela poderia falar para bella se afastar e desistir da mesma forma que a amiga falava quando era um namorado que fazia mal para a oly, quando era a sua mãe? se segurava muito para não fazer comentários sobre ela, bella não gostava de ouvir deles, com bernard ela acabava soltando um pouco mais, quando falava que não era justo fazer o que fosse a situação da vez com ele, que estava errada.“ eu sei... eu sei, mas eu posso tentar. ” respondeu, se afastando do braço dele para conseguir o ver melhor. finalmente começou a guardar algumas coisas enquanto pensava sobre tudo aquilo. “ eu posso pedir pros meus pais pra não ter nenhuma bebida. provavelmente seria só vinho, não vou falar que eu sei disso dela, só que eu sinto que é melhor não. ” falou a ideia quando voltou a seu lado, as sobrancelhas levemente franzidas, pensando se adiantaria algo. “ você acha que pode ajudar? posso pedir? ” quis confirmar para não fazer nada do que ele não queria naquela situação. “ e se alguma coisa der errado no jantar, lembra que a culpa não é sua, você não é responsável pelas atitudes dela... e nem pelas escolhas da bella. ” segurou o rosto dele com as duas mãos para fazer ele encarar ela enquanto falava. “ mesmo assim, ninguém vai condenar ela por algo, meus pais entendem também. ”
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