É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão. (Cesare Pavese)
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“Stalkers” não são exclusivos da ficção. Perseguidores da vida real cometem crimes e assustam
Termo em inglês que se refere aos perseguidores se tornou popular, e crimes relacionados ganharam notoriedade

Uma das séries com melhor avaliação da Netflix, ‘You’, é protagonizada por um rapaz que se apaixona obsessivamente, a ponto de cometer diversos crimes “em nome do amor”. O personagem citado age de maneiras específicas: persegue suas vítimas no trabalho, em casa, em todos os lugares que frequentam e, sobretudo, através das redes sociais.
Essa prática tem nome: stalking. Derivado do inglês, refere-se ao ato de perseguir alguém, invadindo sua personalidade e, geralmente, coagindo, perturbando e ameaçando.
Em abril de 2021 entrou em vigor a chamada “Lei Stalking” (Lei 14.132/21), que determina que é crime “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”, cuja pena pode variar de 6 meses a 2 anos de reclusão e multa, aumentada pela metade se cometida contra crianças, adolescentes ou idosos, contra mulheres por razões da condição de sexo feminino, praticada por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma.
Estado de São Paulo registrou mais de 680 queixas somente no primeiro mês da lei em vigência
No mês de maio de 2021, pouco mais de um mês depois de ser sancionada a lei que considera crime os atos de perseguição típicos de stalking, 686 boletins de ocorrência foram registrados em todo o estado de São Paulo, equivalendo a cerca de 23 queixas por dia.
Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que, em menos de doze meses, número de denúncias superou os 13 mil.
SSP também aponta que Campinas é o terceiro município no estado com mais casos de stalking, com 3,5% dos casos, ficando atrás apenas da capital paulista, com 25%, e de Sorocaba, que soma 4,2% do total de casos registrados até o final do ano passado.
Em Indaiatuba, um homem de meia idade foi preso no último mês de fevereiro após perseguir uma jovem por mais de um ano, mandando mensagens ameaçadoras através de contas falsas no Facebook e no Instagram.
Jovens contam experiências que viveram com stalkers

“Tive um stalker em 2018, na faculdade. O primeiro contato que tive com ele foi quando me procurou, se apresentou e pediu meu WhatsApp. Eu não passei, mas ele me encontrou no Facebook na mesma semana. Depois disso, sempre aparecia no corredor da minha sala, ficava sentado perto do banheiro ou encostado ao lado da porta. Estava sempre olhando ou andando perto, até minhas amigas ficarem com receio e começarem a me acompanhar em cada passo dentro da faculdade. Ele só parou de me seguir, inclusive nas redes sociais, quando um colega de classe falou que chamaria a polícia”, relata jovem moradora de Indaiatuba, de 21 anos, que preferiu não se identificar.
E, apesar de o maior número de casos afetar as mulheres, homens de todas as idades também são vítimas desse tipo de ação. É o que conta um adolescente de 17 anos, que também preferiu preservar sua identidade: “Quando a pandemia começou, eu criei minha conta no TikTok, mas um cara estranho começou a me seguir e curtir todos os meus vídeos. Ele ficava comentando todos os meus vídeos, mas eu apagava os comentários. Fiquei denunciando a conta dele sempre que comentava alguma coisa, mas as denúncias nunca deram em nada. Aí o TikTok colocou as DMs (mensagens diretas) e eu perdi minha paz, um dia eu só bloqueei. Ele mandava mensagem pelo Instagram, e meus amigos falaram que ele estava seguindo eles também, e ficava fazendo perguntas para os meus amigos. Até que, um dia, ele começou a me fazer perguntas muito estranhas, por exemplo, se eu era virgem. Aí ele veio para o meu Twitter e, lá, ele ficava me mandando fotos do órgão genital e falava das coisas que iria fazer comigo. Eu denunciei e bloqueei. Desde então, não sei que rumo ele tomou”.
O adolescente conta, também, que pensou em denunciar, mas ficou abalado, com medo de que o stalker fizesse mal a seus familiares e amigos, além de se tornar inseguro em relação à internet. E dá conselho para pessoas em situações parecidas: “Não faça como eu, busque ajuda e conselho de outras pessoas. Tentar resolver sozinho pode só piorar”.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão.
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Autora indaiatubana realizará curta-metragem premiado na cidade
Adaptação de conto ganhou Prêmio de Estímulo do PROAC e terá filme rodado em Indaiatuba
Quando a gente começa a querer se adequar? A que uma menina se sujeita para ser considerada bonita, ter amigos, ser aceita?
O curta-metragem “Bonita de rosto”, baseado no conto homônimo da escritora indaiatubana Ana Squilanti, busca responder a essas perguntas com Celina, de 12 anos: na escola, ninguém acredita que a garota gordinha beijou um menino e que sua melhor amiga a considera a menina mais bonita da turma. Conforme o bullying aumenta, cresce sua tentativa de se encaixar.
“Uma amiga cineasta, a Fernanda Wagner, que faz executiva do filme comigo, leu meu livro de estreia, o Costuras para fora, e disse: Ana, os contos sao muito cinematográficos, vamos filmar um? E aí olhei para o Bonita de rosto, conto do mesmo nome do filme e o que geralmente mais comentam, e vi que ali existia potencial pra história crescer. O conto é formado por algumas histórias que uma mulher vive ao longo da vida, em que pessoas vão dizendo para ela como deveria ser o seu corpo. Ainda que hostil, isso é o que acontece. A adequação começa pelo olhar do outro. Alguém te diz que você não deveria existir da forma que existe, você acredita, porque quer ser aceito, e começa a tentar se adequar.
No roteiro, adaptei um trecho em que uma garota começa a usar cintas modeladoras e a fazer shakes emagrecedores, coisa que acontece ainda hoje, mas era indiscriminada nos anos 2000.
Também quisemos basear a história em um período em que os protagonistas estivessem em fase de muita mudança na vida, como a pré-adolescência, em uma época que não havia rede social digital, só a física, que era justamente o caderno de perguntas que rodava de sala em sala”, diz a autora do conto e produtora do curta-metragem.
Natural de Indaiatuba, Ana Squilanti foi contemplada por Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem, do PROAC
Ana Squilanti é escritora, roteirista e diretora. Desenvolveu, na Rede Globo, a série “1⁄4”, focada no público jovem, do programa Bem Estar. Também dirigiu o documentário “Mais que um corpo”, finalista do concurso de melhor roteiro do ROTA 2020 e foi coautora e assistente de direção de “Meu último Natal” (Butikin Filmes, 2021, Prêmio Aldir Blanc).
Contemplado pelo Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem, do PROAC (Programa de Ação Cultural), seu filme “Bonita de Rosto” será todo gravado em Indaiatuba, com o objetivo de movimentar a produção audiovisual na cidade.
Para Ana, o assunto principal da produção é a aceitação: “Nas pesquisas para o filme, achamos artigos que mostram que grande parte das meninas acredita que seriam mais felizes magras, e que se elas crescem assistindo televisão e clipes de música, essa crença aumenta, porque são esses corpos que você vê na tela e nas revistas. Isso acontece com pessoas gordas, pretas, indígenas, deficientes físicas, etc. Queremos no filme trabalhar referências, uma vez que o final feliz da personagem vem quando ela encontra uma mulher parecida com ela e consegue reconhecer beleza nela e em si”.
A artista ainda acredita que todo mundo tem um pouco de Celina (a protagonista da história) dentro de si, e o impacto que a equipe pretende causar é justamente da identificação: “Escrevo histórias para que o público se identifique e, a partir disso, possa ser gerada uma fagulha de mudança. A gente não consegue alterar o que não vê, em si ou no outro”.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão.
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Câncer de testículo: saúde não deve ser vergonha
Participante do Big Brother Brasil revelou histórico de câncer de testículo, e acendeu o alerta sobre esse tipo de câncer pouco conhecido e discutido.
Mesmo antes de sua estreia na televisão, todo ano o Big Brother Brasil chama atenção e, com tamanha popularidade, levanta discussões sobre temáticas importantes.
Foi o caso de Linn da Quebrada, participante do grupo “Camarote” na edição deste ano: a cantora, que é travesti, relembrou, em conversa com outras participantes, de quando enfrentou um tumor no testículo, em 2014. Sua fala e o aumento da discussão acerca do tema nas redes sociais respaldam a necessidade de se falar sobre o assunto.
O fato é que, apesar de considerado raro, representando cerca de 5% dos indivíduos do sexo masculino afetados por câncer, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de testículo chega a preocupar, justamente por atingir pacientes do sexo masculino entre os 15 e os 50 anos, faixa considerada produtiva.
Assim como outros tumores, a melhor estratégia para combater esse tipo de câncer é a detecção precoce, possível através do autoexame e da identificação dos principais sintomas, que são o aumento de tamanho, forma ou textura do testículo, bem como o aparecimento de um pequeno nódulo duro e indolor e a possível presença de sangue na urina.
De acordo com o doutor Pedro Ricardo Fernandes, cirurgião oncológico, os principais fatores de risco são hereditariedade, história prévia de câncer no outro testículo, testículo que ficou muito tempo dentro do abdômen e não desceu para a bolsa escrotal na infância (fator conhecido como “criptorquidia”) e exposição prolongada a produtos químicos tóxicos.
O diagnóstico inicial, ressalta o médico, é realizado com exame físico e exames complementares, como ultrassonografia de bolsa escrotal e exames de sangue com dosagens de marcadores tumorais.
“O primeiro tratamento é cirúrgico, normalmente, com a remoção total do testículo, se evidência pré-operatória suficiente de câncer testicular, ou apenas uma pequena biópsia, caso seja um nódulo pequeno e com os marcadores tumorais do sangue normais”, salienta o cirurgião Pedro Ricardo, acrescentando que “um estudo onco-radiológico amplo do abdômen e do tórax deve ser realizado sempre, para se determinar se existe sinal de disseminação do câncer (metástase)”.
O médico evidencia que, dos pacientes de sexo masculino acometidos por cânceres, uma pequena minoria tem casos de câncer de testículo, e também destaca que, quando diagnosticado precocemente, tem altíssimas chances de cura por responder bem aos tratamentos padrão.
A Prefeitura de Indaiatuba registrou, em 2019, 9 casos da doença na cidade. 8 em 2020 e 6 casos em 2021. Quanto ao ano de 2022, ainda não há registros de câncer de testículo no banco de dados do SUS.
Superação

Marcos Aurelio Silva Teixeira, de 29 anos, descobriu um câncer de testículo aos 24. Para ele, além de ter de enfrentar uma doença muito jovem, a maior preocupação era não poder ser pai depois da cirurgia de remoção de um dos testículos. E os exames subsequentes apontavam para a infertilidade: “Ali, para mim, a vida já não estava mais fazendo sentido”.
No entanto, Marcos e a esposa tiveram uma feliz surpresa ao se tornarem pais, naturalmente, de uma menina, que tem atualmente 3 anos e, em seguida, de um menino, de 1 ano.
Para ele, não há vergonha em falar sobre o assunto, já que curar-se do câncer sem a necessidade de tratamentos radioterápicos ou quimioterápicos foi mais que uma vitória. Hoje, ele faz acompanhamento anual, que é de praxe para pacientes que tiveram câncer, e realiza exames de imagem e monitoramento dos índices de Beta HCG (gonadotrofina coriônica humana), que é um dos indicativos de tumor nos testículos.
Linn da Quebrada

Créditos de imagem: Reprodução/ Instagram
Em 2014, a atriz e cantora Linn da Quebrada foi diagnosticada com um tumor no testículo, um tipo relativamente raro de câncer.
Para a participante do BBB, o tratamento durou três anos até que fosse considerada curada. “O câncer foi o momento que eu mais me aproximei do meu corpo, que eu entendi que as minhas fragilidades podiam ser potência, ser força”, comentou a artista, de 31 anos.
Câncer de Testículo
Sinais e Sintomas:
Mais comum: Aparecimento de nódulo duro, geralmente indolor, do tamanho aproximado de uma ervilha.
Outros sinais:
Mudança de tamanho nos testículos
Endurecimento
Dor na parte baixa do abdômen
Sangue na urina
Aumento da sensibilidade dos mamilos
Tratamento:
O tratamento inicial é cirúrgico. Em caso de nódulo pequeno e marcadores tumorais sem alteração, opta-se por uma biópsia, em que parte do tecido é retirado para exame microscópico, que atestará ser um tumor benigno ou maligno. Com a confirmação do câncer, o testículo é inteiramente removido.
Se o outro testículo estiver saudável, as funções sexuais e reprodutivas não serão afetadas.
De acordo com o Núcleo de Estudos em Onco-Urologia, a chance de cura é de até 95%.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão.
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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é celebrado nesta sexta
49% dos estudos científicos brasileiros de 2011 a 2015 foram publicados por mulheres. No entanto, elas só representam 14% da Academia Brasileira de Ciências
Em 2015, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) lançou a iniciativa do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, visando, além de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre os gêneros, chamar mais atenção para a pauta e promover ações para a participação igualitária das mulheres na ciência.
Dados da UNESCO estimam que apenas 30% dos cientistas do mundo sejam mulheres e, do total de estudantes cursando as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática, somente 35% representam o número de mulheres.
Ainda segundo a organização, diversos estudos realizados registram que as mulheres recebem menos por suas pesquisas e não progridem em suas carreiras ao mesmo passo que os cientistas homens.
Cientistas brasileiras fazem história
A brasileira Márcia Barbosa, física, pesquisadora, professora universitária, Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, foi listada pela ONU como uma das 7 cientistas que moldaram o mundo e que todos deveriam conhecer.
Márcia é especialista nas estruturas complexas da molécula de água, e acredita que as anomalias de tal molécula podem auxiliar a resolver os problemas de escassez de água doce, sobretudo através de processos de dessalinização da água do mar.
No entanto, Márcia não é a única brasileira a fazer história na ciência: Angela Villela Olinto, que estuda astropartículas e é professora na Universidade de Chicago, tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências, juntando-se a cientistas como Charles Darwin e Albert Einstein, também honrados com o título.

Angela Villela Olinto - University of Chicago Magazine/Reprodução
A realidade da mulher brasileira no meio científico
Para Ana Arnt, bióloga, Mestre e Doutora em Educação, professora na Unicamp, a existência de uma data como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é cada vez mais importante, por dar visibilidade tanto ao fato de não ter tantas mulheres nos meios científicos e o que acontece para que exista esse cenário.

Ana Arnt - Acervo pessoal
“Por que entram, às vezes, a mesma quantidade de mulheres e homens num curso e por que no doutorado tem tão poucas? Essas datas são fundamentais para a gente levantar os problemas e dizer: ‘a gente está perdendo meninas no meio do caminho, o que está acontecendo?’ Por isso é tão fundamental termos esses espaços de debate, tanto para mostrar mulheres que têm nome, grupos de pesquisa liderados por mulheres, pesquisadoras em diferentes fases de formação, quanto pensar em meninas que querem seguir essa carreira e não têm exemplos no dia a dia, porque faz a diferença. Isso é a representatividade, na verdade. Mais do que só a quantidade de pessoas, é mostrar a representatividade, ou seja, que essas mulheres estão lá, elas conseguem fazer isso, além de apontar quais são as dificuldades e por que temos que olhar para tais dificuldades”, pontua a pesquisadora, que acrescenta: “Ter pessoas representantes do gênero feminino dentro de grupos de pesquisa ou espaços de pesquisa não quer dizer que a gente tenha representatividade garantida. Porque a representatividade vai além dessa noção de só ter a presença, mas ter pessoas que efetivamente possibilitem que esse grupo social se faça relevante, significativo, nesse espaço”.
A bióloga também ressalta que, quando se observam os números de mulheres em grupos de pesquisa, grande parte não ocupa espaços de liderança, além de serem menos citadas em artigos e ter menos projetos aprovados.
Outra questão que ela levanta é a maternidade: “Grande parte do momento em que a gente cresce na carreira acadêmica, como pesquisadoras, se dá depois da graduação, entre os 22 e os 40 anos, que é o tempo em que a gente faz um mestrado, um doutorado, se encaixa em um grupo de pesquisa e começa a ter uma produção mais independente, se estabelece em algum lugar. Esse também é o período de maior pressão para engravidar. E aí, não é só ter filhos que nos deixa atrás, mas a própria expectativa em relação a essa possibilidade de gestação. E uma das perguntas que a gente escuta mesmo em seleções de mestrado e doutorado é ‘tu pretende ter filhos?’. Veja que, quando a gente vai ingressar em um mestrado, em um doutorado, e escuta essa pergunta, não existe resposta certa. Porque existe, na cabeça de quem pergunta, o risco dessa pessoa atrasar a pesquisa em relação ao cronograma idealizado, que um homem jamais vai atrasar, mesmo tendo filhos. Existe uma expectativa em relação a ti que já te coloca atrás”.
O futuro da ciência está aqui

Verena Paccola - Reprodução
A indaiatubana Verena Paccola, de 22 anos, vive “entre microscópios e telescópios”: estudante de Medicina na USP, começou um hobby relativamente peculiar enquanto se preparava para o vestibular. Tornou-se uma “caçadora de asteroides”, parte do programa Caça Asteroides da NASA e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Depois de um treinamento virtual, começou a analisar sequências de fotos do universo, procurando pontos em movimento, gerando relatórios e enviando para os organizadores que, em seguida, encaminhavam para a Universidade de Harvard, responsável por confirmar se os pontos representavam asteroides ou outros corpos celestes.
Nessa empreitada, Verena descobriu mais de 25 asteroides, e pelo menos um foi classificado como “muito importante”. Trata-se de um asteroide com uma órbita diferente e que se move mais devagar, mas que tem chances de colisão com a Terra. O próximo passo é verificar as reais probabilidades de colidir com a Terra, e determinar quando isso ocorreria.
Por essa descoberta, Verena foi premiada em dezembro, na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que contou com a presença de Patrick Miller, o criador do programa Caça Asteroides, de membros do MCTI e do ministro Marcos Pontes.
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Play na vida real: ‘O Golpista do Tinder’
NETFLIX LANÇOU DOCUMENTÁRIO SOBRE O CASO DO ISRAELENSE QUE SE TORNOU FAMOSO COMO “O GOLPISTA DO TINDER”.

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Encurtando a história — mas não muito
“Acho que todos adorariam conhecer alguém em um bar ou em uma mercearia. Mas, hoje, a melhor forma de conhecer alguém é em um aplicativo de namoro. Dá para encontrar um pouquinho de tudo no Tinder”.
É com esse pensamento que começa ‘O Golpista do Tinder’, documentário da Netflix lançado dia 2 de fevereiro.
O enredo da produção é bem simples: cede voz a duas mulheres vítimas do israelense Shimon Hayut, que trocou o próprio nome para Simon Leviev e, se passando pelo herdeiro de uma multimilionária empresa de diamantes, a LLD Diamonds.
Usando-se do Tinder, ele se aproximava das mulheres, as encantava à primeira vista com muita ostentação e romantismo — de enormes buquês de flores sem motivo a viagens surpresa de jatinho — e, depois, com uma história digna de um blockbuster de Hollywood, as enganava e roubava.

O “Golpista do Tinder” Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Uma das vítimas, a norueguesa Cecilie Fjellhøy, começou a namorar o golpista — mesmo que majoritariamente à distância —, e chegou ao ponto de buscar, a pedido de Simon, um apartamento para viverem juntos.
Apaixonada pelo homem que lhe mandava mensagens, lembrando-se dela o tempo inteiro mesmo durante inúmeras viagens e uma rotina extremamente agitada, Cecilie ficou em choque quando o amado contou sobre os “inimigos” que tinha por causa dos negócios, e mostrou a ela o perigo que enfrentava ao enviar fotos do homem que ele apresentara a ela como seu guarda-costas todo ensanguentado e sendo atendido em uma ambulância.
Escondendo-se dos “inimigos”, Simon passou a — por “motivos de segurança”, para que não fosse rastreado — pedir dinheiro à namorada, que, inicialmente, achou a situação normal. “Sou a namorada dele. É claro que ele me pediria. Você confia em mim e eu confio em você, então é claro que vamos nos ajudar. Não havia nem o que pensar”, declarou a norueguesa, que chegou a pegar emprestado cerca de 250 mil dólares para “ajudar” Simon antes de perceber se tratar de um golpe e, após ser ameaçada pelo golpista, decidir procurar a imprensa, uma vez que a operadora de um de seus cartões de créditos imediatamente reconheceu Simon como um criminoso já procurado.
Em Israel, os jornalistas Natalie Remøe Hansen, Kristoffer Kumar e Erlend Ofte Arntsen, encontraram a antiga casa de Simon, procurando por seu nome de batismo, Shimon Yehuda Hayut, e conheceram sua mãe, mas descobriram que o golpista não mais vivia ali.
Os jornalistas contavam com inúmeras páginas com os prints de conversas entre Cecilie e o golpista, além de imagens cedidas pela própria vítima.
Entre os documentos, encontravam-se os registros de seu cartão de crédito, constando passagens de avião para Simon e toda sua “equipe”.
Os jornalistas identificaram o nome de uma mulher, Pernilla Sjoholm, outra vítima do Golpista do Tinder.
Com Pernilla, no entanto, a relação amorosa nem chegou a começar, e os dois se tornaram amigos — pelo menos ao olhar da sueca — rapidamente, tendo Simon inclusive apresentado a ela uma namorada.
Depois de conquistar a confiança de Pernilla, usando-se da mesma história — e das mesmas imagens — sobre os perigos que corria nas mãos dos tais inimigos, Simon passou a pedir dinheiro à Pernilla também.
Apavorada com o contato do jornalista Erlend Ofte Arntsen, a sueca encaminhou a conversa para Simon, que colocou tudo na conta dos “inimigos” outra vez, dizendo a ela que não se preocupasse, que os inimigos queriam usá-la para conseguir informações. Mas Erlend estava disposto a desmascarar o farsante, e pegou um voo para Estocolmo para encontrar Pernilla e, munido de evidências, mostrar a ela a verdade.
O jornalista investigativo percebeu, então, a partir dos relatos de Pernilla, que Simon usava uma espécie de “Esquema Ponzi”: ele usava o dinheiro de Cecilie com Pernilla, o de Pernilla com outra pessoa, e assim por diante.
“É quase um golpe perfeito”, pontuou a jornalista Natalie Hansen. Por não ter o próprio nome em nenhum dos cartões de crédito utilizado, o criminoso poderia apenas alegar estar pegando dinheiro emprestado e, efetivamente, não tinha nada a ver com isso.
Como Pernilla ainda tinha contato com Simon e, inclusive, tinha uma viagem marcada para encontrá-lo e pegar como pagamento da dívida do israelense um de seus relógios mais caros, a equipe jornalística embarcou junto, com o objetivo de flagrá-lo.
Em um dos primeiros momentos, quando a equipe fotografava Pernilla na companhia de Simon e seu “sócio”, o golpista notou a câmera e entrou em estado de alerta, mandando todos entrarem no carro e dirigindo depressa pelas ruas de Munique.
Pernilla estava no banco de trás. Apavorada, já que os dois falavam em hebraico e ela não entendia uma só palavra. Será que eles sabiam que ela fazia parte daquilo? O que iam fazer com ela? A decisão da sueca foi fingir: começou a perguntar desesperadamente se eram os inimigos de Simon, se estavam atrás dela, e pediu para sair do carro quando o golpista disse que os “inimigos” estavam atrás dele.
Pernilla, cansada da situação, decidiu confrontar Simon em uma ligação. “Haverá um preço. E prometo que será maior que dinheiro”, ameaçou o israelense. “Você me enganou e vai pagar por isso”, continuou.
Quando o jornal norueguês VG publicou a primeira matéria, grande parte dos comentários jogava a culpa em Cecilie e Pernilla. As chamava de “burras”, ingênuas e interesseiras.
As duas vítimas de Simon Leviev — ou Shimon Hayut — tornaram-se amigas e uniram forças para enfrentar a situação. Depois da matéria da VG, focaram em tornar o caso cada vez mais público, ajudando a divulgá-lo na mídia a nível mundial. Com isso, várias outras vítimas apareceram, contando seus próprios casos com Simon, que também usava vários outros nomes e praticava diversos tipos de golpe.

Pernilla e Cecilie Créditos de imagem: jornal VG
“Conseguimos todas essas informações, mas nada aconteceu a ele. Ele ainda estava fugindo, ainda era um homem livre, mesmo que soubéssemos que tinha sido denunciado em pelo menos sete países diferentes”, declarou a jornalista Natalie Hansen.
Outra “namorada” de Simon foi alcançada pela publicação da matéria “O Golpista do Tinder”, Ayleen Charlotte mantinha um relacionamento de mais de um ano com o criminoso. Ela percebeu, pela matéria, que recebia de Simon as mesmas mensagens que Cecilie recebia. Enquanto Cecilie procurava apartamentos para viver com Simon em Londres, Ayleen procurava apartamentos para viver com Simon em Amsterdã.
Em certa ocasião, a holandesa foi seguida e espancada por dois homens na rua, e Simon alegou que ela estava sendo perseguida por seus inimigos, deixando-a em constante estado de pânico. Além disso, Ayleen emprestou a Simon mais de 140 mil dólares e, enraivecida pela situação, decidiu “dar um golpe no golpista”.
Com a nova identidade falsa de Simon em mãos graças a um cartão de crédito que o criminoso mandara entregar em sua casa, ela procurou a polícia, mas também decidiu embarcar para Praga, em sua própria jornada de vingança — ou justiça.
Lá, Ayleen acompanhou Simon em uma consulta a um cirurgião plástico, a quem Simon pediu mudanças nas maçãs do rosto, nariz, queixo e lábios. O médico se recusou a fazer a cirurgia, explicando que apenas criminosos procuravam por esse tipo de intervenção.
Quando se despediu do “namorado”, Ayleen levou consigo as roupas e acessórios de grife do golpista, que logo fez questão de colocar à venda, como havia prometido fazer para ajudá-lo. Exceto que nunca deu o dinheiro das vendas para Simon.
O golpista percebeu que estava sendo enganado, passou a enviar mensagens de áudio agressivas. “Você terá o pior inimigo que já teve na vida”, ameaçou.
Depois de perder tudo, no entanto, foi à Ayleen que recorreu. Mas o Golpista do Tinder não sabia que a “namorada” já havia avisado a polícia sobre seu novo nome falso e identificado o voo em que ele estava, fugindo para a Grécia.
Com um passaporte falso em nome de David Sharon, Simon foi preso pela Interpol no final de 2019.

Créditos de imagem: jornal VG
O golpista foi condenado a 15 meses de detenção pelos crimes cometidos em Israel, mas liberado 5 meses depois. Depois de sua soltura, Simon passou a oferecer consultoria comercial paga, a “Oficina de Negócios e Sucesso Pessoal de Simon Leviev”.
Hoje, Simon é um homem livre, e vive novamente em Israel, uma vida de luxo que envolve, em seu cotidiano, escolher entre um Bentley e uma Ferrari. Enquanto suas vítimas, Cecilie, Pernilla e Ayleen continuam pagando pelas dívidas causadas pelos golpes do israelense. Entre as três vítimas e outras diversas ao redor do mundo, a estimativa é que Simon tenha conseguido roubar mais de 10 milhões de dólares.
Quando procurado para “mostrar seu lado”, o golpista ameaçou processar a equipe do documentário, mas, em sua conta no Instagram, prometeu dar sua própria versão da história na próxima sexta, dia 11.
É vida real, não ficção
Cecilie, Pernilla e Ayleen Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Cecilie Fjellhøy, Pernilla Sjoholm e Ayleen Charlotte são mulheres reais. E, infelizmente, não são as únicas a passar por golpes através de aplicativos de relacionamento.
Durante o ápice da pandemia e com a quarentena, o golpe, conhecido como “Golpe Don Juan” passou a ocorrer com mais frequência, e a Interpol emitiu um alerta para mais de 194 países com maiores riscos de ter um grande aumento de casos. O Brasil estava incluso na lista.
Um levantamento estadunidense apontou 50% de aumento de casos do Golpe Don Juan no país, causando um prejuízo de mais de 300 milhões de dólares às vítimas.
No Brasil, não há dados específicos sobre o assunto, mas o instituto norte-americano Pew Research mostrou que, durante a pandemia, o uso de apps de relacionamento no Brasil cresceu cerca de 400%, e que 78% da população usa ou já usou esses aplicativos.
“A unidade de crimes financeiros da Interpol recebeu relatórios de todo o mundo, sobre esse golpe, e encoraja usuários de aplicativos de namoro a ficarem atentos, desconfiados e seguros ao entrar em relacionamentos online“, diz parte do alerta da Interpol.
No Brasil, os crimes mais comuns — além daqueles parecidos com o método de Simon — são à base de catfishing, quando alguém se passa por outra pessoa, como usando fotos de pessoas famosas, por exemplo.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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Indaiatuba tem mais de 3950 famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil
Entenda quais são as principais diferenças entre o Programa e seu predecessor, o Bolsa Família, e como isso se aplica no município.

Criado em agosto de 2021 como uma Medida Provisória, o Auxílio Brasil surgiu como uma proposta de integrar, em um só programa, diversas políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda. À época, o ministro da Cidadania, João Roma, declarou: “O presidente Jair Bolsonaro está agindo de maneira antecipada para proteger as famílias no pós-Auxílio Emergencial e apoiá-las na superação da pobreza e extrema pobreza. O Auxílio Brasil é um passo adiante do Bolsa Família. Amplia a abrangência das ações, simplifica a cesta de benefícios e oferece ferramentas para o cidadão ganhar qualidade de vida e autonomia”.
O programa foi regulamentado menos de 2 meses depois, mas ainda é alvo de incertezas por parte da população, sobretudo a respeito das diferenças entre o atual Auxílio Brasil e o antigo Bolsa Família.
Auxílio Brasil x Bolsa Família
Criado em 2003, durante o governo Lula, o Bolsa Família foi um programa de combate à pobreza e desigualdade no país, com três principais eixos: complemento da renda, acesso a direitos e articulação com outras ações, com gestão descentralizada, ou seja, com responsabilidades para a União, os estados e os municípios.
Sendo seu principal foco a ajuda financeira às famílias pobres, considerando “pobreza” a condição de famílias com renda máxima pessoal de R$89 a R$178 e “extrema pobreza” a situação de famílias cuja renda per capita fosse de até R$89.
Como requisito, as famílias beneficiárias deviam manter matriculadas regularmente na escola as crianças de 6 a 17 anos, além de manter a vacinação em dia e fazer, no caso de famílias com gestantes, o acompanhamento de saúde regular.
Seu sucessor, o Auxílio Brasil, atualizou os valores: são consideradas famílias em extrema pobreza aquelas com renda familiar mensal per capita de até R$105 e as em situação de pobreza cuja renda familiar mensal per capita é entre R$105,01 e R$210.
O novo programa mantém como núcleo básico os mesmos benefícios do Bolsa Família (Benefício Primeira Infância; Benefício Composição Familiar e Benefício de Superação da Extrema Pobreza), e adiciona outros cinco benefícios: o Auxílio Esporte Escolar (destinados a estudantes de 12 a 17 anos que se destaquem nos Jogos Escolares Brasileiros e já sejam membros de famílias beneficiárias); a Bolsa de Iniciação Científica Júnior (concedida a estudantes que se destaquem em competições acadêmicas e científicas, membros de famílias beneficiárias); o Auxílio Inclusão Produtiva Rural (pago em R$200 mensais a famílias com membros agricultores familiares); o Auxílio Inclusão Produtiva Urbana (benefício de R$200 mensais a beneficiários que comprovem vínculo empregatício com carteira assinada) e o Benefício Compensatório de Transição, para famílias que estavam na folha de pagamento do Bolsa Família e perderam parte do valor recebido na mudança para o Auxílio Brasil, mantido nos pagamentos seguintes até que o valor recebido pela família no Auxílio Brasil seja igual ao valor recebido no Bolsa Família, ou até que não se encaixe mais nos critérios de elegibilidade.
Enquanto o Bolsa Família movimentou um orçamento anual de 33 bilhões de reais em 2019, a estimativa é que o Auxílio Brasil exija quase o dobro (aproximadamente 60 bilhões) para atender 17 milhões de famílias, cerca de 2,4 milhões a mais do que seu predecessor atendeu em 2019.
Cenário indaiatubano
A lista de beneficiários do Auxílio Brasil em Indaiatuba, divulgada pela Prefeitura, conta atualmente com 3953 famílias cadastradas, totalizando 12995 indivíduos beneficiários, cerca de 4,98% da população estimada pelo IBGE em 2021, que é de 260.960.
Em outubro de 2021, quando ainda estava em vigor o programa do Bolsa Família, eram 3254 famílias beneficiadas.
O Cadastro Único aponta 2091 famílias em estado de extrema pobreza, e 1862 em situação de pobreza em Indaiatuba.
Os dados são da assessoria de imprensa da Prefeitura do município.
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Estação do Trem Republicano, em Itu, recebe nova unidade do Restaurante Stazione
Inauguração marca a comemoração de um ano de operação do trajeto turístico de Itu a Salto, atendendo do café da manhã ao jantar com mesas ao ar livre na plataforma de embarque.
Em Itu, a estação ferroviária recebe uma nova atração para passageiros e visitantes do Trem Republicano: é o restaurante Stazione, mais um bom motivo para frequentar o ponto turístico e histórico.
O horário de atendimento do Stazione é de quarta a segunda-feira, das 7h30 às 22h, com café da manhã, almoço, happy hour e jantar. Além de um cardápio variado, os clientes podem escolher o ambiente favorito para sua refeição: dentro do salão — em um ambiente mais intimista —, em mesas ao ar livre, debaixo de uma árvore ou no deque, em frente à plataforma de embarque — com vista privilegiada da movimentação do trem. Essa inauguração especial é parte da celebração de um ano da operação do trajeto turístico entre Itu e Salto.
E, por falar em Salto, o restaurante Stazione já está em funcionamento por lá desde o ano passado, promovendo aos passageiros uma experiência diferenciada com pratos típicos da gastronomia italiana. A unidade funciona de terça a sábado, das 11h45 às 22h30 e, aos domingos, das 11h45 às 18h.
Aniversário do Trem Republicano
A Serra Verde Express, atual concessionária dos trens turísticos Paranaguá – Curitiba, iniciou a operação do Trem Republicano em dezembro de 2020, com capacidade para transportar até 200 passageiros.
O trajeto, de 7,6 quilômetros, que conta com apresentações artísticas de música e teatro, além de explicação histórica sobre a importância da Proclamação da República, pode ser percorrido em quatro diferentes vagões, incluindo um vagão pet friendly e um de eventos, com espaço amplo, mesas do tipo bistrô e suportes para bicicletas.
“A pandemia encolheu a previsão de nossas primeiras 550 viagens para apenas 52. Mas nós sempre acreditamos no potencial e perfil da região e, mesmo com a incerteza vivida em 2020, inauguramos o terceiro restaurante Stazione na estação do Trem Republicano, em Salto, em setembro do ano passado. E, agora, a estação de Itu também está completa, com um restaurante pensado para tornar a experiência dos visitantes ainda mais agradável”, destacou Adonai Arruda, diretor presidente do Grupo Serra Verde Express.
Os quatro carros
A arquiteta Lucille Amaral assina a concepção dos quatro carros, cada um em homenagem a figuras importantes do cenário nacional e regional.
O carro Anselmo Duarte é um vagão butique em homenagem ao ator e cineasta, natural de Salto, que foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962, pelo filme “O Pagador de Promessas”. Além de toda a sofisticação, também é um espaço para toda a família: o carro é pet friendly, ou seja, permite que os passageiros façam o trajeto acompanhados de seus animais de estimação.
Outro carro, em homenagem a Olímpia Fonseca de Almeida Prado, esposa de Carlos Vasconcelos de Almeida Prado, proprietários do sobrado onde aconteceu a Convenção de Itu, primeira convenção republicana do Brasil. A grande vantagem do vagão é a acessibilidade, ideal para pessoas com necessidades especiais aproveitarem o passeio.
O terceiro carro homenageia Prudente de Morais, primeiro presidente eleito a partir do voto direto após a Proclamação da República, que também foi advogado, governante do estado de São Paulo, senador e presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891.
O carro de eventos, por sua vez, recebe o nome do ex-presidente da República Michel Temer, político, professor e advogado que fundou, em 1969, a Faculdade de Direito de Itu, onde trabalhou até 1984. O vagão apresenta mais de 76 mil itens de seu acervo de memórias.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão
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Chuva causa transbordamento do Rio Capivari e desabriga mais de 150 em Monte Mor
Município declarou Estado de Calamidade Pública, e Instituto Nacional de Meteorologia prevê chuvas intensas pelo restante da semana.
O município de Monte Mor foi duramente impactado pelas fortes chuvas de sábado (29/01) e domingo (30/01), que causaram alagamento em pelo menos seis bairros: Jardim Capuavinha, Jardim Progresso, Jardim São José, Centro, Vila Farid Calil e Chácaras Pindorama.
A Prefeitura declarou Estado de Calamidade Pública na segunda-feira, 31, devido ao número de desabrigados, que passa de 150, e os danos causados pelo desabamento de três pontes do município e mais três fortemente danificadas. As estradas rurais também representam dificuldades para os cidadãos.
O Instituto Nacional de Meteorologia prevê mais chuvas durante toda a semana, com a região em Alerta Laranja, que se refere a chuvas intensas, com risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Suspensa a volta às aulas
A volta às aulas na rede municipal, marcada também para dia 31, foi suspensa, visando a segurança de professores e alunos. Ainda não foi definida uma nova data para o retorno às salas de aula, mas o anúncio deve acontecer ainda durante esta semana, de acordo com a administração municipal.
População afetada

Créditos de imagem: Ricardo Rage
A chuva começou no sábado, e se estendeu até a madrugada de domingo, levando ao transbordamento do Rio Capivari, o que ocasionou alagamento em diversos bairros do município.
Dentre os 150 desalojados pelas chuvas, 4 pessoas estão abrigadas na Escola Municipal Tereza de Lourdes Ferreira Penteado, sendo um casal e uma mãe com criança pequena. Outras 7 pessoas seguem abrigadas no Ginásio Durval Gonçalves.
A Defesa Civil de Monte Mor, com apoio dos Bombeiros Voluntários do município, a Defesa Civil de Capivari e os Bombeiros Militares de Hortolândia começou, na segunda-feira (31) os trabalhos de rescaldo de algumas áreas e resgate de pessoas ilhadas.
A Câmara Municipal de Monte Mor passou a funcionar também como ponto de arrecadação para doação de roupas, produtos de higiene e alimentos não perecíveis destinados às famílias em necessidade.
Estado de Calamidade Pública

Créditos de imagem: Daniel Alves
O estado de calamidade pública é decretado em situações de emergência que causaram danos à comunidade, e a capacidade de ação do poder público local é reduzida, exigindo interferência federal, que pode alocar recursos para o município de acordo com as necessidades.
No geral, as principais ações em estado de calamidade são aquelas que dispensam a necessidade de licitação para obras e serviços enquanto durar o estado de calamidade, além de ajuda humanitária, disponibilização dos serviços da Defesa Civil e recursos financeiros.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão
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Sete dias sem Elza
FALECEU, NO ÚLTIMO DIA 20, UMA DAS 100 MAIORES VOZES DA MÚSICA BRASILEIRA. ELEITA PELA BBC LONDRES A “CANTORA BRASILEIRA DO MILÊNIO”, ELZA SOARES NOS DEIXOU AOS 91 ANOS.

Por Giulia Marques e Hellica Miranda
Início de carreira

Créditos de imagem: Arquivo Agência O Globo
Elza Gomes da Conceição nasceu em 1930, na antiga Favela da Moça Bonita, no Rio de Janeiro. Filha de família grande e humilde, dividia seu tempo de menina entre brincar na rua — soltar pipa, piões — e ajudar a mãe nas tarefas domésticas.
Desde pequena já sonhava com uma carreira na música, e exercia seu talento compondo e cantando as próprias canções desde cedo.
Viúva e mãe de quatro filhos aos 23 anos, Elza não desistiu de seu sonho, mesmo com todas as dificuldades que enfrentava. Incentivada pelos elogios de familiares e amigos, inscreveu-se no concurso “Calouros em Desfile”, onde foi ridicularizada pelo músico Ary Barroso devido ao seu visual: ela usava um vestido da mãe, muito maior que seu manequim, ajustado com alfinetes, e o cabelo em um penteado estilo maria-chiquinha. Ary perguntou a ela “De que planeta você veio, minha filha?“, e recebeu de Elza apenas mais uma das respostas certeiras da cantora: “Do mesmo planeta que o senhor, seu Ary. Do planeta fome”.
Em sua apresentação, cantou ‘Lama’, de Paulo Marques e Aylce Chaves, entoando os versos marcantes da canção.
(…)
Se o meu passado foi lama Hoje quem me difama Viveu na lama também Comendo da minha comida Bebendo a mesma bebida Respirando o mesmo ar E hoje, por ciúme ou por despeito Achar-se com o direito de querer me humilhar Quem foste tu? Quem és tu? Não és nada! Se na vida fui errada, Tu foste errado também Não compreendeste o sacrifício Sorriste do meu suplício Me trocando por alguém Se eu errei, se pequei, Não importa! Se a teus olhos estou morta, Pra mim, morreste também!
Pouco depois, a cantora conseguiu uma vaga em um conjunto musical, com quem se apresentava em eventos, bailes e festas. Menos naqueles que não aceitavam cantoras negras.
Mas foi no ano de 1960 que a estrela de Elza começou a brilhar mais forte. Depois de ganhar um concurso musical, apresentou-se na televisão e começou uma turnê pela América do Sul, América do Norte e Europa. Ainda assim, Elza acabou sem dinheiro devido a um golpe de um empresário, ficando na Argentina por muito mais tempo que o esperado, com o objetivo de juntar dinheiro suficiente para voltar ao Rio de Janeiro.
Vida pessoal
Em seu primeiro casamento, ainda que as várias fontes discordem da idade correta (12 ou 13 anos), o marido era um velho amigo de seu pai, e tinha tentado abusar da menina, que foi obrigada pelo pai a se casar para “limpar sua honra”.
O marido, Lourdes Antônio Soares, o Alaordes, constantemente agredia Elza, física e sexualmente, e foram anos difíceis no matrimônio que deu a ela o sobrenome que usou artisticamente.
Em 1962, conheceu o jogador de futebol Garrincha, que era casado, e exigiu que ele a assumisse para que ficassem juntos. O romance entra Elza e Garrincha foi mal visto pelo público, que passou a persegui-los, atirar pedras em sua casa e constantemente ameaçá-los.

Créditos de imagem: Getty Images
Em 1964, a casa onde viviam foi invadida pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), que rendeu os moradores, revirou toda a casa e matou o pássaro de estimação de Garrincha. Até hoje a motivação do crime é desconhecida, mas especula-se que tenha sido causada pela amizade entre Elza e Juscelino Kubitschek, ou à reunião de Elza a outros artistas em uma música a favor de João Goulart.
Elza separou-se de Garrincha após 16 anos de união, entre outros motivos, por causa alcoolismo do marido, de suas constantes agressões, humilhações e traições.
Elza teve oito filhos. Os dois primeiros, ambos meninos, não chegaram a ser registrados, e morreram pouco depois do nascimento, de desnutrição. Em seguida, deu à luz João Carlos. Seu quarto filho, Gerson, foi entregue para adoção por não ter condições de cuidar dele. O quinto, Gilson, faleceu aos 59 anos, em 2015, e a sexta, Dilma, foi sequestrada com apenas um ano de idade, em 1950, e encontrada apenas 30 anos depois. Depois de Dilma, deu à luz Sara, e a Manoel Francisco, apelidado de “Garrinchinha”, em homenagem ao pai.
O caçula faleceu em um acidente de carro aos 9 anos de idade, deixando a cantora em depressão. Elza chegou a tentar suicídio, e precisou fazer tratamento psiquiátrico, que abandonou e saiu em viagem pelo mundo com sua carreira, até voltar ao Brasil, 4 anos depois. Sobre isso, a cantora declarou mais tarde: “A única coisa do passado que ainda me machuca é a perda dos meus quatro filhos. O resto tiro de letra. Mas filho é uma ferida aberta que não cicatriza. Estará sempre presente!“
Legado

Créditos de imagem: Bob Wolfenson/ Revista Ela
Ao longo de sua vida, Elza lançou 34 discos, com misturas de samba, jazz, eletrônica, hip hop e funk. Foi eleita pela Rolling Stone Brasil “uma das 100 maiores vozes da música brasileira”, ficando em 16º lugar. Foi, também, eleita “voz do milênio”.
Teve uma vida cheia de luta, emocionando não só com sua voz, mas com sua força e determinação.
Venceu, em 2015, o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos Teatrais, por seu álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, consagrado como melhor álbum, que também conquistou o Prêmio da Música Brasileira, em 2016. No mesmo ano, venceu como Canção do Ano pela música “Maria da Vila Matilde”, e ganhou o Grammy Latino também por “A Mulher do Fim do Mundo”, considerado Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.
Foi homenageada diversas vezes, uma delas como enredo da Unidos do Cabuçu, no carnaval de 2012. Foi homenageada no carnaval seguinte pela escola Bola Preta de Sobradinho, do Distrito Federal e, em 2020, foi enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, que ficou em terceiro lugar. Foi também homenageada pelo Troféu Raça Negra, em 2016, e no WME Awards (Women’s Music Events Awards), em 2019.
Elza faleceu de causas naturais, em casa, aos 91 anos de idade. No dia, a cantora teria confidenciado aos familiares “Eu acho que vou morrer“. Seu médico pessoal foi chamado e enviou uma ambulância, mas ela já havia partido.
Na conta de sua instituição no Instagram, a cantora Beyoncé lamentou a morte de Elza “Descanse em paz, Elza Soares. Sua música será eternizada e irá inspirar o Brasil e o mundo. Somos gratos!“. Diversos artistas brasileiros também postaram mensagens de luto, como a cantora Ivete Sangalo, que declarou que Elza era “uma mulher que jamais deixará de existir“. A atriz Taís Araujo escreveu: “Eu honro Elza Soares. Honro a mulher, a artista, a cidadã, a amiga. Ela é foda! Sempre foi e sempre será! Dura na queda, nos ensinou a levantar a cabeça a cada tombo e depois seguir. Nos ensinou que é a gente quem leva a vida, que o comando é nosso e quando a gente perde o rumo, cabe a nós mesmos encontrar o caminho de volta. Perdi uma ídola e ganhei uma ancestral forte, firme, uma luz. Alterno lágrimas com risos, lembrando das histórias e me pego pensando no legado deixado por Elza: cabeça erguida e passos firmes”.
Que a nova leva de artistas brasileiras se inspire nesta grande artista, que foi e sempre será marcada na história. Nós nos despedimos de uma das maiores representantes do que há de mais moderno na arte brasileira. Nossos mais sinceros sentimentos à família, aos amigos e aos grandes fãs de Elza.

Créditos de imagem: Instagram @elzasoares
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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[CRÍTICA] Não Olhe Para Cima: quão longe estamos de ficção virar realidade?
NO LONGA LANÇADO NO ÚLTIMO DIA 24, CIÊNCIA, POLÍTICA E FIM DO MUNDO SERVEM COMO UM TAPA NA CARA SOBRE A REALIDADE EM QUE VIVEMOS.
Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Quão indubitavelmente voltados à nossa própria ótica individualista estamos para sermos capazes de reconhecer o óbvio quando um fato nos é apresentado?
Apesar de complexa, talvez essa seja a pergunta central — inicial e final — por trás de ‘Não Olhe Para Cima’, superprodução da Netflix que conta com elenco de peso de Meryl Streep, Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett e Timothée Chalamet.
A premissa é simples: uma aluna de doutorado da Universidade de Michigan acaba de descobrir um novo cometa, mas, em seguida, ela e seu professor percebem que o corpo se locomove em direção à Terra, devendo chocar-se ao nosso planeta em pouco mais de 6 meses.
A partir daí, a jovem cientista Kate Dibiasky e o experiente — porém pouco conhecido — doutor Randall Mindy começam uma verdadeira corrida contra o tempo para alertar as autoridades e agir para prevenir — ou, pelo menos, reduzir — os danos extintores do cometa recém-descoberto.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
A presidente estadunidense Orlean, interpretada por Meryl Streep, parece não se importar, e a mídia é tomada por memes sobre o desespero de Kate com o poder de extinção do cometa, agora batizado com seu sobrenome.
Descredibilizados e desmoralizados, Kate e Randall buscam outras saídas, mas as autoridades são obrigadas a reconhecer a ameaça, e iniciam uma ação para desviar o curso do cometa Dibiasky.
Deixando de lado os destinos pessoais de cada um dos protagonistas — com o extremamente ansioso astrônomo Randall Mindy se vendendo aos prazeres da fama e do luxo e a intensa Kate Dibiasky se recusando a abaixar a cabeça a todo e qualquer custo —, vemos a representação do caos social e político estadunidense que o diretor Adam McKay quer destacar, mas também parece muito mais próximo. Afinal de contas, o chefe de gabinete da presidência, filho da própria presidente, e suas atitudes infantis, descabidas, e falas absurdas não são algo que já não tenhamos visto por aqui, e na realidade, não na ficção.
O discurso populista da presidente Orlean é o que domina em cada aparição pública que ela faz, e os inúmeros porta-retratos com artistas espalhados por seu gabinete só ressaltam o óbvio: ela está mais preocupada com a imagem do que qualquer outra coisa e, em um período próximo às eleições, busca continuar ocupando sua poltrona com piadas e jargões, usando a situação do cometa a seu favor em todos os momentos.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Quando o ricaço dono de uma importante marca de celulares entra em cena, revelando que, no corpo do cometa Dibiasky encontram-se minerais preciosos para a fabricação dos dispositivos eletrônicos, a missão para desviar o curso do cometa é abortada, e uma nova narrativa surge para mandar goela abaixo da população: o potencial de geração de lucros, empregos e até a possibilidade de acabar com a fome no mundo com a exploração do cometa.
Para tal, drones da grande empresa prometem desintegrar o cometa em pedaços menores, direcionando-os ao oceano para que, em seguida, tenham seus recursos minerais explorados.
Com a pouca ciência envolvida na nova operação, completamente comercial, e o povo negacionista chegando a duvidar da existência do cometa — isso nos lembra alguma coisa? —, os cientistas protagonistas começam uma briga pública contra a ação, apoiados por celebridades como a caricata diva pop Riley Bina (interpretada por Ariana Grande), estimulando a população a “olhar para cima”, ou seja, encarar um fato que está logo ali. O cometa é real, a ciência provou. O cometa está se dirigindo à Terra, a ciência provou. E o cometa extinguirá a vida no planeta, a ciência provou.
Mas as provas científicas não valem muito para alguns, e a ação encabeçada pelo gigante da tecnologia e apoiada pela presidente estadunidense segue, ainda que outros países — excluídos da exploração do potencial mineral do cometa Dibiasky — tenham tentado outras medidas.
As fake news de nada adiantaram, entretanto, quando o cometa se mostra visível a olhos nus, e não há mais como negar sua existência, tampouco seu destino destruidor.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Ainda que boa parte da crítica tenha sido enfática em tratar a produção como um fenômeno hipócrita, que atua exatamente como o que critica, o “espetáculo do caos”, é importante que levemos em consideração que o filme, distribuído por uma gigante de streaming, levanta questionamentos e “cutuca feridas” a níveis massivos, satirizando abertamente os problemas abordados (a mídia sensacionalista, as fake news, a corrupção, o hedonismo, o individualismo e a manipulação social) justamente para serem claros a qualquer um que aperte o play.
Apesar de ser considerado uma comédia — justamente pelo tom de sátira presente durante boa parte das mais de duas horas de filme —, para quem acompanha verdadeiramente qualquer bom noticiário hoje em dia, ao final de ‘Não Olhe Para Cima’ a vontade pode ser oposta ao riso.
McKay não oferece qualquer solução às problemáticas levantadas, é claro, e a vida no planeta Terra, pelo menos no filme, é extinta.
Não é papel do diretor do longa, no entanto, nos trazer respostas. É muito provável que, se no exercício real de um projeto artístico, McKay queira exatamente o contrário: nos fazer questionar. O que faríamos, se essa fosse, integralmente, nossa real situação? O que estamos fazendo a respeito das temáticas retratadas ali, tão fiéis à nossa realidade?
As perguntas não ficarão sem respostas somente no filme. Por aqui, o objetivo é o mesmo. O que faríamos? O que estamos fazendo?
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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Harlan Coben: se você não conhece, precisa conhecer
O MESTRE DAS NOITES EM CLARO É AUTOR DE DEZENAS DE HISTÓRIAS, E CONSTRÓI UMA HISTÓRIA DE SUCESSO NAS PÁGINAS E NAS TELAS.

Nascido em janeiro de 1962 no estado norte-americano de Nova Jersey, Harlan Coben estudou Ciências Políticas em uma universidade no estado de Massachusetts, fazendo parte da mesma fraternidade que Dan Brown, autor da famosa série de Robert Langdon (Anjos e Demônios; O Código Da Vinci…) e atuando como atacante do time de basquete da instituição.
Mas foi no último ano da faculdade que ele se encontrou na escrita. Seu primeiro livro, ‘Play Dead’, não lançado no Brasil, foi publicado quando ele tinha 26 anos, em 1990. Depois disso, Harlan não parou mais: até hoje, foram mais de 30 livros publicados, consagrando-o como “mestre das noites em claro” e “príncipe do mistério” por sua imensa habilidade em escrever obras conhecidas como “page turner“, aquelas que só paramos de ler quando chegamos ao final.
Coben foi o primeiro autor a colecionar os três principais prêmios da literatura policial estadunidense — Anthony, Edgar Allan Poe e Shamus —, todos por livros da mesma série: o sucesso ‘Myron Bolitar’.
No Brasil, o autor é publicado pela Editora Arqueiro.
Harlan & Netflix: sinônimo de fenômeno
Em 2018, estreou na Netflix a minissérie ‘Safe’, criação original de Harlan Coben, e não baseada em nenhum de seus livros.
A produção, lançada primeiro na França, foi, é claro, um sucesso, bem recebida pelo público e pela crítica.
Pouco depois, a gigante de streaming anunciou um contrato multimilionário de 5 anos com o autor, para a adaptação de 14 de suas obras em séries ou filmes nos quais ele atuaria como produtor executivo.
O primeiro lançamento depois do contrato foi ‘Não fale com estranhos’, de 2020. A série foi recebida com 83% de aprovação no Rotten Tomatoes, ilustrando o apreço do público às obras do autor.
Conversamos com Letícia Rodrigues e Flávia Silva, criadoras do Portal Harlan Coben Brasil, sobre o — merecido — crescente enaltecimento do autor depois da popularização de suas obras com as adaptações da Netflix.
Para elas, o sucesso de Harlan se deve ao fato de serem situadas “nos tons de cinza”: “Suas obras não são preto/branco ou bem/mal. E assim é a vida. É muito fácil julgar alguém, se você não está na mesma situação. O Harlan nos faz, através da leitura, passar por diversas situações, seja de filho desaparecido, esposa assassinada, mentiras e segredos do passado que vem à tona, e nunca tem resposta certa sobre o que fazer ou não fazer. E, por fim, as reviravoltas. O Harlan é conhecido na França como o mestre das noites em claro, porque, ao pegar um de seus livros, a gente não consegue largar até terminar. Somos provas vivas de que esse título foi muito bem concedido a ele”.

Letícia e Flávia com o autor Harlan Coben Créditos de imagem: Portal Harlan Coben Brasil (acervo pessoal)
Ainda que, com tantos títulos disponíveis no mercado e, depois dos lançamentos na Netflix, seja difícil que você não tenha ao menos ouvido falar dele, tudo bem, todos nós já passamos por esse momento.
A Flávia, por exemplo, conheceu as obras de Harlan Coben por acaso: “Desaparecido para sempre foi o primeiro livro do Harlan que li. Encontrado aleatoriamente em uma loja de departamentos. Após essa leitura, que foi de dois dias, saí à procura de mais livros do autor. Foi quando comecei a ler a série Myron Bolitar. A partir daí, Letícia e eu estamos há 9 anos juntas, em cidades diferentes, falando de Harlan Coben“.
Até agora, a Netflix lançou, além de ‘Não Fale com Estranhos’ ‘Silêncio na Floresta’, ‘O Inocente’ e ‘Desaparecido para sempre’, cada uma de um país diferente.
Letícia e Flávia defendem que a melhor adaptação é a espanhola ‘O Inocente’: “Com uma equipe espanhola e o diretor Oriol Paulo, conseguiu capturar bem o estilo Harlan Coben. Não fale com estranhos, com produção britânica, tivemos algo bem legal que foi a mudança de gênero de alguns personagens para termos mais representatividade na telinha. Silêncio na Floresta é polonesa, bem diferente do que estamos acostumados, foi interessante ver algo produzido lá. O mais novo é Desaparecido para sempre, que, como é um dos livros favoritos de muitos harlanlovers, a adaptação francesa mudando o final não agradou a muitos“.
As criadoras do Portal Harlan Coben Brasil acreditam que “A Netflix possibilitou produção em diferentes países, assim temos o privilégio de ver como diferentes culturas entendem Harlan Coben“.
Quando perguntadas sobre qual obra gostariam de ver adaptada em seguida, as duas escolheram o livro ‘Cilada’: “Gostaríamos muito de ver o ‘Cilada’ sendo adaptado no Brasil. O livro tem reviravoltas até a última página, que não conseguimos dizer quem é o vilão e quem é o inocente. Além disso, só o título iria gerar diversos memes brasileiros, o que seria muito divertido“.
Enquanto aguardamos os próximos lançamentos da parceria Harlan & Netflix, também fomos premiados com a notícia de que a Amazon Prime Video está produzindo uma série baseada na trilogia de Mickey Bolitar, derivada da série Myron Bolitar, intitulada ‘Refúgio’, como o primeiro livro da trilogia, e protagonizada pelo ator Jaden Michael.
Para conhecer o universo de Harlan Coben, vem com a gente por uma breve apresentação:
Não fale com estranhos

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
O livro chegou ao Brasil em 2016 e, de acordo com a análise do New York Times: “Harlan Coben descreve a busca pela verdade com habilidade magistral, numa trama cheia de surpresas, entrelaçando histórias de diferentes personagens com delicadeza e inteligência. Além de tudo, ainda consegue ser engraçado“.
No livro, um homem de identidade desconhecida destrói a vida de Adam Price com poucas palavras, apenas levantando um questionamento e o deixando com uma pulga atrás da orelha. Na série, quem o faz é uma mulher misteriosa.
Perturbado pela dúvida, Adam confronta sua esposa, e uma série de mentiras, segredos, mistérios e mortes começa a se revelar, com uma reflexão sobre as consequências diretas e indiretas do que fazemos e dizemos uns aos outros.
Silêncio na Floresta

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
O livro chegou ao Brasil em 2009 pela Editora Arx e, hoje, é dificilmente encontrado no mercado.
A série estreou na Netflix em junho de 2020, com produção polonesa.
A história coloca o protagonista, Paweł Kopiński, transitando entre os anos de 1994 e 2019: no primeiro período, ele está presente em um acampamento de verão que termina tragicamente com dois adolescentes mortos e outros dois desaparecidos, incluindo sua irmã mais nova, Kamila. No segundo, um corpo encontrado parece trazer à tona estranhas conexões com o que aconteceu no passado, ameaçando a paz e a reputação de Paweł.
O Inocente

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Aterrissando em solo brasileiro apenas 8 anos depois de seu lançamento nos Estados Unidos, ‘O Inocente’ conta a história de Matt Hunter, um jovem que mata uma pessoa acidentalmente e é considerado culpado pela morte pelo júri. Nove anos depois, quando sua vida parece estar novamente nos eixos, ele recebe um vídeo que o leva de volta ao caos e ao trauma daquela noite e a novos mistérios que querem o incriminar.
Na série, Matt é Mateo, interpretado com maestria por Mario Casas.
Desaparecido para sempre

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Original de 2002, chegou ao Brasil em 2009 pelas mãos da Editora Arqueiro. É a história de Will Klein, que descobre, 11 anos depois de uma fatídica noite, que seu irmão supostamente assassino, considerado morto, está vivo. Ao resolver investigar a informação dada pela mãe em seu leito de morte, Will também descobre que sua namorada, Sheila, desapareceu, e parece estar ligada a um crime cometido longe dali.
Com o pincel da Netflix francesa, Will virou Guillaume, e Sheila virou Judith, mas as mudanças não pararam por aí — e talvez tenham ido longe demais, já que a série não foi tão bem recebida pela crítica, e muito menos pelos fãs do livro.
Safe

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
O cirurgião pediátrico Tom é viúvo e cuida sozinho das filhas Jenny e Carrie nessa obra original para o streaming. Quando uma de suas filhas desaparece, Tom começa uma busca frenética por ela, passando a revirar e revelar segredos de todos ao seu redor.
Novidades de Harlan Coben
O último livro lançado por Harlan Coben foi ‘Win’, em outubro deste ano. Na história, um milionário chamado pelos amigos de “Win” se vê envolto por um crime misterioso quando sua mala e uma pintura roubada de sua família anos antes são encontradas junto a um corpo em uma cobertura na cidade de Nova York.
Win também descobre que o homem morto pode ter algo a ver com o sequestro de sua prima, acontecido há mais de 20 anos, e decide usar sua curiosidade, sua perspicácia e seu dinheiro para desvendar o mistério.
Já nas telinhas, a próxima adaptação chegando à Netflix é ‘Fique Comigo’, cujo livro foi lançado no Brasil em 2013 e conta a história de Megan Pierce, que realizou todos os seus sonhos mas continua infeliz, Ray Levine, um fotógrafo decadente e Broome, um detetive que não consegue deixar o passado para trás.
Quando as vidas dos três se encontram devido a um misterioso acontecimento, eles devem lidar com as consequências e encarar o passado.

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
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"Se Toca": Semana Click de Conscientização sobre o Câncer de Mama (Dia 5)
NESTE OUTUBRO ROSA, SEPARAMOS UMA SEMANA INTEIRA PARA INDICAR PRODUTOS CULTURAIS QUE ABORDAM O CÂNCER DE MAMA, BEM COMO DISCUTIR SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E SUPERAÇÃO.

Créditos de imagem: iStock
Por Hellica Miranda
No terceiro dia do nosso especial, falamos sobre alguns dos fatores que podem ser considerados “de risco” como causadores do câncer de mama — mas também o fato de que, nem sempre, a presença de um ou mais deles é, obrigatoriamente, indicativo da doença. Hoje, portanto, trouxemos respostas para algumas das questões mais comuns, respondidas pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama).
Existem vários tipos de câncer de mama?
“Sim, existem vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem mais rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados precocemente, apresentam bom prognóstico. Hoje em dia é fundamental que se obtenha o perfil de alguns genes (informações no DNA) dos tumores antes de tratá-lo, até mesmo antes da cirurgia. Isso chama-se medicina personalizada, cada paciente tem um tipo de tumor e esse deve ser tratado adequadamente a partir dessas informações genômicas“.
O uso de anticoncepcional aumenta os riscos de câncer de mama?
“É discutível, mas estudos atuais apontam que o risco de câncer de mama aumenta temporariamente com o uso atual ou recente de anticoncepcionais orais combinados, mas essa associação desaparece em dois a cinco anos após a interrupção“.
É possível ter câncer mesmo sem sentir nada no autoexame?
“Sim, inclusive em muitos casos a paciente não apresenta sintoma nenhum. O surgimento de um nódulo é o mais comum, porém existem outros sinais de que há doença. Lembrando também que podemos apresentar câncer de mama detectados a partir de microcalcificações, que geralmente são impalpáveis no exame físico, e por isso o exame mamográfico de rotina associado ao exame pelo médico é tão importante“.
Mães que amamentam podem ter câncer (durante a amamentação e após)?
“Sim. O câncer pode surgir em qualquer momento da vida, incluindo a fase de gestação ou lactação. Em relação às mulheres que amamentaram, os estudos apontam a amamentação como fator de proteção ao câncer de mama por atrasar o restabelecimento dos ciclos ovulatórios. Mas essa discreta diminuição do risco não altera a necessidade de exames de rotina anuais, mesmo se amamentaram“.
Créditos de imagem: Freepik
O câncer pode voltar mesmo após a mulher “ter alta”?
“O câncer pode retornar mesmo após a realização de um tratamento que tinha o objetivo de cura, chamamos isso de recidiva. Ela pode ser na mesma região (mama ou axila), ou pode surgir em outros órgãos do corpo, o que é conhecido como metástase. A probabilidade do câncer voltar é maior quanto maior for o estágio ao diagnóstico (tamanho do tumor e envolvimento de células malignas nos gânglios axilares)“.
Parece que atualmente há um aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens, por volta de 30 anos. Pode ter alguma relação com a dieta?
“Alguns estudos sugerem que fatores dietéticos podem aumentar o risco de câncer de mama, não exatamente em mulheres jovens, mas na população em geral. Reforçamos sempre para fazer prevenção primária de câncer de mama, a importância de uma dieta saudável com controle de peso, como, por exemplo, ingerir fibras, legumes, frutas, limitar o consumo de açúcares, álcool e gorduras. O hábito do exercício físico regular também contribui com diminuição de risco para câncer de mama".
No Dia 5 do "Se Toca", trouxemos a indicação de documentários mostrando personagens reais que enfrentaram a doença, em diferentes etapas do processo.
Diário de uma Cura — “Amanhã Hoje é Ontem”
youtube
Nessa série documental disponibilizada no YouTube, a jornalista Daniela Zuppo retrata sua jornada como paciente diagnosticada com câncer de mama.
O intuito da jornalista é expressar suas experiências nos principais momentos do tratamento, informando e conscientizando de forma humana e sensível.
Mulheres de Peito
youtube
O documentário de 2012 retrata o câncer de mama a partir da experiência de cinco mulheres diagnosticadas com a doença, que compartilham os momentos difíceis que enfrentaram durante o tratamento.
‘Mulheres de Peito’ também mostra entrevistas de médicos e profissionais que convivem diariamente com a doença, como tatuadores que oferecem artes beneficentes de “reconstrução” de aréola.
Os dois documentários estão disponíveis legalmente para assistir no YouTube.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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“Se Toca”: Semana Click de Conscientização sobre o Câncer de Mama (Dia 4)
NESTE OUTUBRO ROSA, SEPARAMOS UMA SEMANA INTEIRA PARA INDICAR PRODUTOS CULTURAIS QUE ABORDAM O CÂNCER DE MAMA, BEM COMO DISCUTIR SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E SUPERAÇÃO.

Créditos de imagem: iStock
Por Hellica Miranda
A FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) oferece, em seu site, mais informações sobre os tipos de tratamento para o câncer de mama, logo após o diagnóstico e acompanhamento profissional.
A instituição destaca que, na maioria dos casos, o tratamento começa antes da cirurgia, através de processos como a quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia ou terapia-alvo para controlar ou reduzir o crescimento e tamanho do tumor antes do procedimento cirúrgico. Essas etapas são essenciais para que tumores inicialmente considerados irressecáveis (que podem sinalizar invasão de vasos sanguíneos, órgãos próximos e afins e, portanto, não podem ser removidos através de cirurgia) sejam operáveis, e as cirurgias possam ser menos radicais e agressivas.

Créditos de imagem: Folha de Londrina
A cirurgia, também, nem sempre significa a remoção completa do seio: entre os principais tipos de cirurgia para remoção desse tipo de câncer estão a mastectomia, em que há remoção total da mama, mas, entre as técnicas, existe a skin-sparing mastectomy (“mastectomia poupadora de pele”), possível em alguns casos, e a quadrantectomia, procedimento que remove apenas o tumor e áreas próximas afetadas, conservando todo o tecido que seja considerado saudável e fora de risco.
Os procedimentos citados anteriormente (quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia e terapia-alvo) também podem ser realizados após a cirurgia, sendo cada um indicado em casos específicos e de acordo com o tipo de câncer e a reação do organismo ao tratamento realizado.
Já sabemos que as chances de cura são grandes, principalmente com o diagnóstico precoce, mas conhecer os diversos tipos de tratamento disponíveis no Brasil é uma maneira de auxiliar na perda do medo da doença, que exige, antes do diagnóstico, apenas atenção e observação, como também já discutido aqui no “Se Toca“.
No Dia 4 do nosso especial, trouxemos uma indicação diferente, que pode mudar sua visão sobre o câncer de mama em menos de 4 minutos.
A reportagem “História de superação de homens e mulheres sobre o câncer de mama”, produzida por Túlio Lopes e Alice Machado e exibida pela TV UFMG em outubro de 2016 mostra o depoimento de pessoas que enfrentaram e venceram o câncer de mama, expondo suas experiências, impressões e pensamentos.
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Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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"Se Toca": Semana Click de Conscientização sobre o Câncer de Mama (Dia 3)
NESTE OUTUBRO ROSA, SEPARAMOS UMA SEMANA INTEIRA PARA INDICAR PRODUTOS CULTURAIS QUE ABORDAM O CÂNCER DE MAMA, BEM COMO DISCUTIR SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E SUPERAÇÃO.

Créditos de imagem: iStock
Por Hellica Miranda
“Embora possa ser um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar a chance de enfrentamento da doença.
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Mas muitos pacientes, por medo ou desconhecimento, preferem não falar no assunto e acabam atrasando o diagnóstico. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal incurável e inevitável” — Câncer de Mama: é preciso falar disso (Ministério da Saúde/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (2014).
Na primeira edição da cartilha ‘Câncer de Mama: é preciso falar disso’, o Ministério da Saúde, aliado ao INCA, defende que a informação pode salvar vidas. De fato: a orientação e o conhecimento são os melhores caminhos para o diagnóstico precoce do câncer de mama através do autoexame, como já mencionamos aqui no Se Toca. É essencial conhecer o próprio corpo e seus padrões de normalidade.
O INCA até aponta alguns fatores de risco como causadores da doença, mas atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que o indivíduo terá, via de regra, a doença. Para manter nosso compromisso com a informação e o conhecimento, listamos alguns dos principais:
Obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa
Menopausa tardia (depois dos 55 anos)
Primeira menstruação anterior aos 12 anos de idade
Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário
Alteração genética, sobretudo nos genes BRCA1 e BRCA2
Longo uso de contraceptivos a base de estrogênio-progesterona
No Dia 3 do especial “Se Toca”, trazemos, como indicação, dois filmes disponíveis no catálogo da Amazon Prime Video, para você se aprofundar nas emoções relacionadas ao assunto.
Ma ma (2015)

Créditos de imagem: Morena Films (Reprodução)
Magda é uma professora desempregada e mãe solo que foi abandonada pelo marido, um professor universitário que se envolveu com uma de suas alunas, quando descobre, depois de uma série de penosos exames, que está com câncer de mama.
O filme, de Julio Medem (Um Quarto em Roma), tem uma abordagem sensível, respaldada pela atuação de Penélope Cruz como a protagonista, uma mulher que se apega às pequenas coisas para manter a fé e seguir em frente.
Depois do diagnóstico e da cirurgia, Magda passa a enxergar a vida com outros olhos — ora melancólicos, tristes; ora esperançosos, como um despertar —, e tem uma nova chance no amor e na vida. Ela se dedica a alguém que perdeu mais que ela, e os dois se apaixonam, ligados por tragédias pessoais imensuráveis, e gerando Natasha, uma filha que, para Magda, é o maior símbolo de cura e vida.
Nosso Amor (2019)

Créditos de imagem: Head Gear Films (Reprodução)
Joan e Tom são casados há muitos anos. A primeira crise que enfrentaram foi a morte de sua filha. A segunda, o diagnóstico do câncer de mama de Joan.
Aliando informações verdadeiras, sem romantizar a doença, às cenas que mostram a união do casal e a maneira até divertida com a qual eles conduzem determinados momentos e situações, apesar do medo — justificável, mais que compreensível — de Joan, e a dedicação amorosa e leal de Tom.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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"Se Toca": Semana Click de Conscientização sobre o Câncer de Mama (Dia 2)
NESTE OUTUBRO ROSA, SEPARAMOS UMA SEMANA INTEIRA PARA INDICAR PRODUTOS CULTURAIS QUE ABORDAM O CÂNCER DE MAMA, BEM COMO DISCUTIR SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E SUPERAÇÃO.

Créditos de imagem: Reprodução de BBC
Por Hellica Miranda
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é passível de ser percebido ainda nos estágios iniciais, principalmente através do autoexame e da observação do próprio corpo: é imprescindível que haja a observação sensorial, isto é, a observação através do toque, uma vez que a principal manifestação da doença é através de nódulos palpáveis. Eles são caroços fixos e geralmente indolores.
Outro sinal de alerta pode ser a vermelhidão da pele da mama, bem como a aparência de “casca de laranja”. A saída de líquidos pelos mamilos também deve ser reportada a um médico, assim como a presença de caroços nas axilas e no pescoço.
A detecção precoce permite que, na maioria dos casos, tratamentos menos agressivos sejam viáveis e eficazes. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado para acompanhamento mesmo sem sinais ou sintomas) seja realizada no mínimo a cada dois anos por mulheres de 50 a 69 anos. No entanto, a principal recomendação é que mulheres de todas as idades conheçam o próprio para entender seus padrões de normalidade e estarem aptas a perceber alterações importantes.
No Dia 2 do especial “Se Toca“, trazemos dois livros que abordam o tema do câncer de mama para entender a doença e aprender com quem já passou por ela.
Cadê seu peito, mamãe?

Créditos de imagem: Editora Escrita Fina
A autora, Ivna Chedier Maluly, conta, delicadamente e de forma lúdica, sobre a descoberta de um tumor maligno em 2008.
Seu principal aliado foi Elias, seu filho pequeno. Através de ‘Cadê seu peito, mamãe?’, Ivna busca ajudar outras mães e outras crianças pequenas a passarem pela situação do diagnóstico, evitando sobrecarregar e assustar a criança com informações, mas sem deixá-la de fora da realidade, sabendo como lidar com os questionamentos inevitáveis que surgem por parte dos pequenos.
Você é mais forte que o câncer

Créditos de imagem: Thomas Nelson Brasil
‘Você é mais forte que o câncer’ é uma coletânea de histórias de mulheres que venceram o câncer de mama, sobretudo sob a ótica religiosa, mostrando como a fé as fortaleceu para as constantes batalhas desde o diagnóstico até depois da cura. O livro mostra também a importância da rede de apoio, ilustrada principalmente através dos familiares.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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"Se Toca": Semana Click de Conscientização sobre o Câncer de Mama (Dia 1)
NESTE OUTUBRO ROSA, SEPARAMOS UMA SEMANA INTEIRA PARA INDICAR PRODUTOS CULTURAIS QUE ABORDAM O CÂNCER DE MAMA, BEM COMO DISCUTIR SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E SUPERAÇÃO.

Créditos de imagem: Miranda McKeon (Reprodução)
Por Hellica Miranda
O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo todo. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima que, de 2020 a 2022, mais de 66 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil, dados que respaldam os índices de 2018, quando mais de 2,1 milhões de novos casos foram descobertos internacionalmente, totalizando 11,6% de todas as ocorrências de câncer.
Os principais fatores de risco são genéticos – mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 –, mas constam também a menopausa tardia, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes.
Ainda que a faixa etária acima dos 50 anos seja considerada mais importante como grupo de risco da doença, o câncer de mama afeta todas as idades – e não somente as mulheres.
Dados do INCA apontaram 18.295 mortes causadas pela doença, sendo 227 homens. É importante ressaltar que pessoas transgênero que passaram pela cirurgia de mastectomia também devem manter a atenção nos passos de prevenção.
Pensando na diversidade de pessoas afetadas pelo câncer de mama, no Dia 1 do especial “Se Toca“, trazemos a história da atriz Miranda McKeon, conhecida por seu papel como Josie Pye na série ‘Anne with an E’, diagnosticada com câncer de mama aos 19 anos de idade.

Miranda McKeon como Josie Pye em 'Anne With an E' Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Miranda McKeon compartilhou, em 18 de junho, seu primeiro depoimento após a descoberta da doença:
“É com o coração pesado e esperançoso que compartilho essa notícia. Fui diagnosticada com câncer de mama há alguns dias. Tenho 19 anos e, como as estatísticas apontam, sou uma em um milhão (literalmente, pesquise no Google). Eu sou muito especial, mas já sabíamos disso.
(…) Vou compartilhar como foram meus últimos 4 dias, informações sobre meu câncer, o porquê de ter decidido compartilhar isso nas redes sociais e uma mensagem para minha família e amigos.
Em 14 de junho, viajei de avião para São Francisco, onde eu trabalharia em uma fazenda sustentável e passaria algum tempo sozinha por três semanas. Eu tinha feito uma biópsia na semana anterior, de um caroço que encontrei no meu seio direito, mas que pensei não ser nada devido à minha idade. Quando pousei em São Francisco, tinha uma mensagem de voz e de texto de médicos me pedindo para ligar de volta imediatamente. Não preciso dizer que uma hora e meia depois eu estava em um avião de volta para casa. Esse voo foi muito difícil. Minha família me buscou e fizemos um piquenique de comida tailandesa no estacionamento do aeroporto.
Os dias seguintes foram recheados de ligações telefônicas, ressonâncias magnéticas, mamografias, ultrassonografias e mais três biópsias (…). Nós choramos, rimos, caminhamos, nos sentamos em silêncio. Eu fui banhada com amor. Minha mãe, meu pai e meu irmão foram minhas rochas.
Então a versão resumida disso é que estou embarcando em uma jornada que eu não escolhi, mas que sei que posso lidar. Tempos muito difíceis virão e a vida parecerá impossível, mas, por enquanto, estou encarando isso com otimismo, positividade e rodeada de amor“.

Créditos de imagem: Texto original publicado pela atriz em seu Instagram.
Dias depois do começo de seu tratamento, Miranda recebeu uma verdadeira comitiva de amigos, que levaram presentes e flores. Sobre eles, ela escreveu: “Continuem entrando em contato. Sempre gostei de conversar muito e agora não é diferente. Eu sei que pode parecer estranho e assustador enviar uma mensagem de texto ou ligar, e você pode achar que não tem a coisa certa a dizer – bem, estou no mesmo barco. Independentemente disso, por favor, encontre coragem para estender a mão.
Já recebi muito apoio. Vou continuar precisando dele, especialmente nos dias em que recebo os resultados dos exames, ou na minha rodada de quimioterapia ou na cirurgia. E, se você está pensando em mim, ou quer enviar uma mensagem simples em um dia aleatório, eu adoraria“.

Créditos de imagem: Instagram @miranda.mckeon
Desde então, Miranda compartilha todas as etapas de seu tratamento em suas redes sociais e em seu blog, bem como seus sentimentos dominantes: a frustração por seu tumor ter atingido os linfonodos no seio, por não conseguir comer ou dormir desde o início do tratamento; o luto pela queda de cabelos e por tudo que poderia estar fazendo enquanto segue a rotina médica.
Para a revista People, a atriz declarou estar fazendo de sua missão encontrar beleza em tudo que vem passando. Ao todo, McKeon já passou por 8 sessões de quimioterapia – a última delas no último dia 12 –, além de ter que, aos 19 anos, discutir seus planos de fertilidade, uma vez que os efeitos da quimioterapia podem causar infertilidade ou reduzir as chances de engravidar naturalmente, bem como, na possibilidade de que o câncer seja genético, a transmissão para o DNA de um descendente seja passível de controle através de processos de fertilização in vitro, o que a levou a iniciar o tratamento para congelar seus óvulos: injeções diárias por dez dias até a retirada e congelamento dos óvulos. “Meus óvulos estão no gelo. Talvez nunca sejam necessários e sejam doados para a ciência depois que eu tiver meus filhos por conta própria e trazê-los para esse estranho, confuso e lindo mundo“, escreveu a atriz.
instagram
Miranda compartilha seu último dia de quimioterapia, incluindo o clássico – e emocionante – momento em que o sino de “última sessão” é tocado.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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‘You’: o que vamos chamar de amor?
TERCEIRA TEMPORADA DA SÉRIE CHEGOU À NETFLIX NA ÚLTIMA SEXTA (15/10) E, ANTES DE DISCUTIR OS NOVOS EPISÓDIOS, REVISITAREMOS TODOS OS ACONTECIMENTOS DA TRAMA ATÉ ENTÃO.

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Por Hellica Miranda
AVISO: Contém spoilers!
Em 2014, a autora estadunidense Caroline Kepnes lançou ‘You’ (Você), um livro sobre o stalker Joe Goldberg, que se apaixona obsessivamente pela escritora Guinevere Beck, tornando-a alvo de toda sua atenção.
O livro foi traduzido para mais de 19 idiomas e, em 2018, estreou na plataforma de streaming Netflix como um seriado de 10 episódios.

Créditos de imagem: Atria Books
PRIMEIRA TEMPORADA

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Estrelada por Penn Badgley no papel do apaixonado e assustador Joe Goldberg e Elizabeth Lail como a promissora escritora Guinevere Beck, a primeira temporada do thriller psicológico foi um sucesso: mais de 40 milhões de usuários maratonaram a primeira temporada em seu primeiro mês no catálogo, deixando-a entre as séries mais assistidas nos Estados Unidos; 93% de aprovação foram garantidos no Rotten Tomatoes, e a discussão acerca da série ganhou a internet.
Nos 10 primeiros episódios de ‘You’, vemos Joe colocando seus olhos em Beck, uma jovem e atraente escritora. Logo ficamos cientes de que o rapaz estará disposto a tudo para conquistá-la.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Usando as redes sociais como sua principal arma, Joe descobre tudo sobre Beck, e passa a monitorá-la a ponto de entrar em sua casa quando ela não está presente.
Assumindo o papel de herói ao “encontrar” uma Beck bêbada que quase cai nos trilhos do metrô, ele a leva para casa, mas rouba seu celular, acompanhando cada passo da jovem através da sincronização automática com o novo aparelho que ela adquire.
Entre os feitos de Joe nos primeiros passos da arte — erradíssima — da conquista, estão o sequestro e assassinato de Benji, ex-namorado de Beck, através de uma reação alérgica induzida. É, provavelmente, uma das atitudes perversas mais “inteligentes” do maníaco, que continua rastreando a amada para parecer perfeito para ela.
A melhor amiga de Beck, a milionária Peach, desconfia do protagonista-vilão, e suas atitudes para afastá-los chegam ao ponto de uma forjada tentativa de suicídio, colocando a si mesma na mira de Joe, que descobre que a própria Peach é também obcecada por Beck.
Ele tenta neutralizar a rival, mas ela sobrevive a seu ataque e, para seu desespero, leva Beck para uma propriedade de sua família, com planos de se recuperar. No entanto, Peach mostra suas verdadeiras intenções ao beijar Beck, que recusa e procura Joe, mal sabendo que ele as está vigiando bem de perto.
Depois que Beck vai embora, Peach descobre a presença de Joe, e aponta uma arma para ele. Todavia, quem acaba baleada, depois de uma luta, é ela.
Joe escreve uma carta de suicídio no computador de Peach, e monta a cena de modo a parecer que a jovem tirou a própria vida.
Nessa sequência, um pequeno detalhe é esquecido para trás: um pote de vidro em que Joe urinou enquanto se escondia na propriedade, que ele deixou em uma prateleira na casa.
O relacionamento de Joe e Beck parece seguir o curso com o qual ele sempre sonhou, mas, provavelmente pela morte da amiga, Beck começa a ter um caso com seu terapeuta, o doutor Nicky, a quem Joe passa a visitar sob o nome falso de Paul, contando sobre seu relacionamento com um homem chamando Renaldo, que é, na verdade, Beck.
Nesse momento, Joe descobre que Beck está infeliz com ele e, para agradá-la, diz o que ela quer ouvir, terminando o namoro com a amada.
Meses depois, Joe está namorando sua vizinha, Karen, e Beck conseguiu um acordo de publicação para sua história sobre Peach. A escritora parece começar a sentir saudades, e passa a mandar mensagens depois de encontrar Joe em um food truck.
Os dois se reaproximam e, eventualmente, retomam o relacionamento, que parece melhor do que nunca.
Mas a curiosidade de Beck a leva a encontrar itens guardados por Joe de cada crime que ele cometeu, incluindo seu antigo celular, e os aparelhos de Benji e Peach.
Ela fica horrorizada, mas não tem tempo de reagir, já que o protagonista-vilão, em sua segunda forma, a prende em sua cela no porão da livraria, onde ela começa a escrever compulsivamente.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Ao passo em que Joe descobre que a família de Peach contratou um investigador particular, Beck sugere a ele que usem o doutor Nicky como bode expiatório pelos crimes cometidos por Joe.
O maníaco explica para sua amada vítima os motivos que o levaram a assassinar Benji e Peach, e narra os eventos traumáticos de sua infância com Mooney, o dono da livraria, que o criou.
Beck parece entender suas ações e ser grata por tudo que ele fez como prova de amor a ela, mas, quando consegue enganar Joe, o aprisiona na cela.
Ela grita por ajuda, e é encontrada por Paco, a criança cuja vida Joe salvou ao matar o padrasto, Ron, e que prometeu guardar o segredo. Achando que Beck está presa por saber disso, Paco não a ajuda, e Joe consegue se libertar, matando-a.
Meses depois, é revelado que o livro escrito por Beck — e modificado por Joe — incriminou o doutor Nicky por todos os crimes cometidos pelo protagonista, bem como tornou Beck verdadeiramente famosa.
No entanto, as coisas vão ladeira abaixo quando Candace, a ex que Joe acreditava ter matado, reaparece, afirmando ter assuntos para resolver.
SEGUNDA TEMPORADA

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Sua renovação para a segunda temporada aconteceu antes mesmo da estreia, já que a sequência literária de Caroline Kepnes, ‘Hidden Bodies’ (Corpos Ocultos), já era um sucesso desde seu lançamento, em 2016.
Depois dos acontecimentos que sucederam a morte de Beck e o reencontro com Candace, Joe foge de Nova York para Los Angeles, usando o nome falso de Will.
Ele aluga um apartamento e consegue um emprego na cafeteria alternativa de uma família rica, Anavrin, onde conhece a jovem Love Quinn, que parece sua próxima vítima perfeita, e que se interessa por ele.
Joe — agora Will — inicialmente resiste às investidas da confeiteira, mas faz amizade com sua vizinha Ellie, de quinze anos, que estranha sua ausência nas redes sociais e o instrui a ser presente, mas autêntico, na internet.
Love leva Joe a um tour gastronômico pela cidade, e é revelado que, na verdade, Joe viu Love ao chegam em Los Angeles e, depois de cumprir com seu papel de stalker, ele conseguiu um apartamento perto o suficiente para observar o dela, e um emprego onde ela trabalha.
Também é revelado o verdadeiro Will, um vendedor de identidades falsas, a quem Joe aprisionou e roubou a identidade, sem saber que estaria atraindo problemas para si mesmo. Não demora muito para que um criminoso apareça, cobrando uma dívida de 50 mil dólares do verdadeiro Will, e cortando um pedaço do mindinho de Joe como ameaça.
Tendo visões de Beck, Joe mata seu agressor, e desculpa-se com a imagem da ex, mas desmembra o corpo de sua vítima na cozinha da Anavrin, e usa o moedor de carne no restante.
Delilah, uma repórter dona do apartamento onde Joe está morando, conta a ele sobre o estupro que sofreu aos dezessete anos, por parte do famoso comediante Henderson, quem ele descobre, posteriormente, estar em contato com Ellie, a irmã mais nova de Delilah.
Ele invade a casa do comediante, de onde resgata fotos polaroides de mulheres inconscientes, inclusive Delilah, e as deixa para a jornalista encontrar, vivendo seu grande momento de herói vingador.
Quando Ellie parte para se encontrar com Henderson, o comediante droga a bebida da adolescente, e Joe faz o mesmo com a bebida do astro. Ele tenta convencer o pedófilo a confessar seus crimes, mas acaba, acidentalmente, derrubando Henderson escada abaixo, causando sua morte.
Enquanto isso, o irmão gêmeo artista e levemente problemático de Love, Forty, conhece Amy, uma mulher por quem se interessa e que é, na realidade, Candace, a primeira ex de Joe
Já apaixonado por Love, Joe a acompanha com sua família para um retiro espiritual organizado para o aniversário de casamento de seus pais, onde Forty chega com Candace — agora Amy —, para o pavor de Joe.
A jovem se lembra de quando tentou terminar o relacionamento com o protagonista, mas acabou sua prisioneira. Depois de agredi-la, Joe acreditou tê-la matado, e acabou enterrando a namorada em uma cova rasa no meio do mato.
Em meio à dinâmica familiar caótica dos Quinn, Joe se declara para Love, mas descobre que Candace convenceu Forty a adaptar o livro de Beck para um filme.
Depois do retiro, a relação entre Love e Joe parece mais consolidada, e a ameaça de Candace também.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Quando a ex-namorada invade o apartamento de Joe; encontra Love esperando por ela, já ciente de sua verdadeira identidade.
Candace conta à Love sua história com Joe, e a gêmea de Forty confronta o namorado, que a convence de que fugiu de Nova York justamente por causa da obsessão de Candace. No entanto, Love termina com ele mesmo assim.
Depois do término, Joe conforta Delilah sobre Henderson, e os dois acabam ficando juntos.
Love se reconecta com Milo, o melhor amigo de seu falecido marido, e Joe tenta encontrar uma namorada por aplicativo, mas se envolve novamente com Delilah.
A jornalista passa a suspeitar do inquilino e, vasculhando seu apartamento, encontra as chaves do depósito onde Joe mantém sua nova cela, para onde vai em seguida, fotografando tudo que encontra no local.
Avisado por sua babá eletrônica deixada no depósito, Joe aprisiona Delilah, mas garante que a libertará depois de deixar a cidade.
Forty, em um esforço criativo para terminar o roteiro de seu filme baseado na história de Beck, arranja um auto-sequestro monitorado por Ellie, e faz com que Joe acabe usando drogas enquanto preso com ele em um hotel.
Como resultado, Joe tem pensamentos e lembranças perturbadores, e Forty confessa ter tido um apagão na pré-adolescência, quando matou sua au pair, por quem era apaixonado. O gêmeo de Love também conclui, corretamente, que o verdadeiro assassino de Beck deveria ser seu ex.
Quando Joe consegue fugir do hotel para encontrar Delilah antes do timer libertá-la, ela está morta no depósito.
Sem conseguir se lembrar desse crime em específico, Joe entra em colapso, e tenta refazer os próprios passos, mas acaba preso no depósito por Candace, encarando o corpo de Delilah.
Candace pretende provar à Love que estava falando a verdade sobre Joe, e leva a confeiteira até o local.
É quando o maior plot twist da série acontece, e Love mata Candace, declarando seu amor incondicional por Joe.
Ela também confessa ter assassinado a au pair de Forty, no passado, e Delilah, no presente.
Joe fica arrasado ao perceber que é a Beck de Love, que tem planos para resolver toda a confusão que criou: vai implicar Ellie no homicídio de Henderson, mas garantirá que os advogados da família Quinn encerrem o caso, e forjar o suicídio de Delilah como uma reação à publicação de seu artigo sobre o estuprador.
Apavorado, Joe decide matar Love, mas descobre que ela está esperando um filho seu. No casamento de suas amigas, ele decide ficar com ela, mas ajuda Ellie a fugir da assistência social depois de contar que Delilah está morta.
Forty, convencido de que Joe matou Beck, tenta proteger a irmã e fazer com que ela termine seu relacionamento com o maníaco, apontando uma arma para ele, mas acaba baleado pelo policial Fincher.
Love manipula tudo para que Forty seja culpado pelas mortes de Henderson e Candace, enquanto ela e Joe se mudam para uma nova casa, à espera de seu filho, parecendo a família perfeita.
O gancho para a terceira temporada é o padrão obsessivo de Joe ameaçando vir à tona novamente enquanto ele observa a nova vizinha.
TERCEIRA TEMPORADA

Créditos de imagem: Netflix (Divulgação)
Estreando na plataforma já superando o sucesso ‘Round 6’ no Top 10, a terceira temporada de ‘You’ já chegava com a confirmação de uma sequência: a história de Joe não termina agora. Ainda podemos esperar muita loucura, monólogos interiores e sangue — muito sangue.
“Eu sempre acreditei na cara-metade. Que há alguém aí para mim. O par perfeito, a alma gêmea. E, por essa pessoa, eu faria qualquer coisa”. É assim que começa a terceira parte da história de Joe Goldberg, em mais uma de suas conversas com seu eu interior.
Joe declara sua nova prioridade: o filho que teve com Love, com quem se casou, mas assume ainda manter o velho hábito de acreditar na cara-metade. E esse é o arco deixado pelo gancho na temporada anterior.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Mas há ainda muito o que ser visto sobre Joe e a paternidade: seus instintos protetores garantem fazer tudo por Henry Forty — sim, o bebê carrega o nome do tio assassinado na temporada passada —, mas ele tem dificuldades para se conectar com o filho, mesmo que ele se esforce.
Vemos Joe, ao cuidar do filho, mostrar mais de seu passado de violência, abandono e bullying.
No entanto, o próprio Joe reconhece onde de fato seu coração está: em seu novo alvo, Natalie, e não em sua esposa puérpera — e assassina — Love.
“Não posso sair da teia assim. A aranha tem meu filho.”
— Joe Goldberg (T3E1)
Joe descobre mais sobre seu novo crush, e se encanta com as semelhanças entre eles, achando, inclusive, que Natalie também se sente presa em seu casamento. Mas recusa as investidas da vizinha, mantendo seu voto com a família.
“Uma família, a realidade de uma família, pode não ser para qualquer um. Mas é tudo que eu sempre quis. Então, vou fazer dar certo. Custe o que custar.”
— Joe Goldberg (T3E1)
O problema é que, dessa vez, a obsess��o de Joe não vai durar muito tempo, já que Love tem outros planos para Natalie.
E o próximo passo para os dois é a terapia de casal.
É claro que há muito para se resolver, mas pouco que a terapeuta interpretada por Ayelet Zurer possa saber.
Desviando de mais spoilers, a relação dos “Quinn-Goldberg” se torna mais intensa e fatal com a chegada de Marienne e Theo, e cada nova cena grita “perigo” tão alto que é, ao mesmo tempo, angustiante e estimulante não saber quando a bomba-relógio vai explodir.
Nessa temporada, Victoria Pedretti brilha ainda mais como a disfuncional Love Quinn, agora mãe e esposa, mas uma mulher perturbada que não hesita em recorrer aos caminhos mais sangrentos para chegar aonde deseja.
Penn Badgley mantém a carga de ser o louco apaixonado mais louco do mainstream.

Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
É, também, uma temporada de despedidas, ainda que a quarta tenha sido confirmada e anunciada antes mesmo de sua estreia, na última sexta.
Resta saber, agora, o que vamos chamar de amor na próxima leva de episódios da produção de Greg Berlanti e Sera Gamble.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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