Tumgik
hifens · 8 months
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alguém por aqui ainda?
vamos trocar uma ideia
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hifens · 8 months
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ao mesmo tempo que sinto que não consigo fazer nada além de usar sobras da minha energia existencial nos últimos anos, em algum momento sempre chega uma falsa sensação de que amanhã posso tentar ser produtiva e colocar meus planos em prática. mas esse amanhã nunca acontece. e que malditos planos miseráveis são esses?
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hifens · 8 months
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the return to life
Lembro-me como se fosse ontem
quando me senti livre pela primeira vez depois de anos encarcerada dentro de mim mesma
eu pedalava sob o céu azul à tarde, o vento soprava em meus cabelos e eu sentia a vida retornar a meus pulmões
as rodas sobre a terra, os pés descalços sobre os pedais, o riso silencioso em meu peito, me julgava morta e de repente já não estava mais, percebi que enquanto o coração bate sobre essa terra, ainda que letárgico, há vida e assim a tal esperança e o retorno a ela é só questão de tempo.
Já faz um tempo, mas lembro disso de vez em quando, da sensação forte de vida após a morte, quero dizer que já morri algumas vezes em minha curta vida, passei a desejar a morte simbólica como diz Clarice, porque entendi quão poderoso é o renascer e o quão essencial é aprender a morrer, pois não nasci sabendo viver e nessa pele quantas vezes morri a mercê de minha própria mente.
Com depressão desde que me entendo por gente, um dia julguei que era isso, não havia muita vida em mim para viver, cansada, fragilizada, dormente, tanto que não ouvia meu próprio coração pulsar, no entanto, ainda me encontro viva, ainda longe do que desejo, mas mais eu do que jamais fui, hoje já ouço claramente minha voz, verdadeira e essencial e por isso mesmo ainda acredito na vida que se estende eternamente através de toda e qualquer morte.
Aqui, novamente, espero meu próximo renascimento apesar de qualquer coisa, ainda espero viver.
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hifens · 8 months
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“As pessoas são mais bonitas quando lidas. Ultimamente tenho percebido isso. As palavras escritas carregam um poder a mais. É como sentir o verdadeiro valor do sentimento imposto nas frases formuladas. Ninguém fala em forma de metáfora sem parecer louco. As palavras ditas são cruas. Escritas, são um mar aberto a interpretações. Uma história contada só tem um caminho. Uma história lida é espaçosa, ramificada, infinita. Ontem, conversando com alguém eu percebi que nos limitamos quando desabafamos olho a olho, é como se a dor dita em voz alta soasse patética. Por isso existe tantos escritores deprimidos que não conseguem prolongar um diálogo: eles têm medo. É assim que me sinto, percebi. Eu me sinto totalmente eloquente quando preciso falar de mim, é como se as pessoas acreditassem em tudo que falo, mesmo estando estampado nos meus olhos meu desespero e ânsia de choro. Não tenho audácia de falar desesperadamente tanto quanto escrevo. Não diluo minhas falas em dramas e hipérboles. Eu só falo, falo, falo até parecer um idiota e decidir ficar calado. Por isso escrevo. Porque viajo, me eternizo, me reconheço, me conheço, me esqueço e, quando percebo, não sou mais eu. Sou um pouco de todo mundo que se atreve a me ler.”
— Jadson Lemos. 
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hifens · 8 months
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eu tenho escrito cada vez menos e cada vez textos menores porque todo aquele excesso de palavras entregando toda minha vulnerabilidade me deixava assustado. ler em voz alta sobre seus sentimentos os fazem parecer patéticos. o mesmo acontece quando leio o que escrevo: me sinto um idiota. não porque tenho vergonha do que sinto ou escrevo, mas desmontar toda a armadura que criei tentando amenizar o peso que carrego no peito é um tanto quanto burro. não posso entregar ao meu algoz minhas fraquezas.
e é assim que tenho pensado ultimamente.
é assim que tenho me enganado nos últimos meses.
até começar a perceber que o medo que sinto é o que me faz ver culpa onde só tem tentativa de cura. escrever sempre foi minha válvula de escape. me negar isso é o mesmo que negar que eu posso melhorar.
escrever sempre me mudou.
o medo sempre quer que eu seja o mesmo, porque assim ele tem controle sobre mim.
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hifens · 8 months
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penetração é superestimado.
há outras formas de conhecer o corpo do outro sem devorá-lo.
explore.
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hifens · 8 months
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Michael Leonard
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hifens · 10 months
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hifens · 3 years
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“Ah, não é de hoje que me sinto assim. Desde sempre (ênfase no sempre) eu me senti sozinho. Sempre fui o excluído, o estranho, o último a ser escolhido, o primeiro a ser zoado, o único que não tinha amigos, que andava a escola toda (de um lado à outro) no intervalo por não ter ninguém para conversar, e fazia isso para passar o tempo. Hoje, o vazio é só consequência. Por isso digo que eu já deveria estar acostumado, mas insisto em querer ser “igual”, “normal”, por isso me entristeço tanto. Solidão é questão de ser. Não estou sozinho. Eu sou sozinho.”
— Jadson Lemos.
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hifens · 3 years
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eu tenho escrito cada vez menos e cada vez textos menores porque todo aquele excesso de palavras entregando toda minha vulnerabilidade me deixava assustado. ler em voz alta sobre seus sentimentos os fazem parecer patéticos. o mesmo acontece quando leio o que escrevo: me sinto um idiota. não porque tenho vergonha do que sinto ou escrevo, mas desmontar toda a armadura que criei tentando amenizar o peso que carrego no peito é um tanto quanto burro. não posso entregar ao meu algoz minhas fraquezas.
e é assim que tenho pensado ultimamente.
é assim que tenho me enganado nos últimos meses.
até começar a perceber que o medo que sinto é o que me faz ver culpa onde só tem tentativa de cura. escrever sempre foi minha válvula de escape. me negar isso é o mesmo que negar que eu posso melhorar.
escrever sempre me mudou.
o medo sempre quer que eu seja o mesmo, porque assim ele tem controle sobre mim.
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hifens · 3 years
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natal, brasil. 2021.
@jadsonlv in Instagram
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hifens · 3 years
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Apaixonada por vc!
por que vocês me iludem?
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hifens · 3 years
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então é assim o fim?
esse vazio, esse silêncio, essa tristeza e essa vontade desesperada de ligar? enquanto minha ansiedade ataca colocando vozes na minha cabeça tentando me culpar por tudo enquanto meu coração, coitado, já cansado de apanhar, tenta a todo custo me consolar e dizer que vai ficar tudo bem, que sempre fica tudo bem, e que nem tudo é culpa minha.
e nesse redemoinho de sentimentos e pensamentos e vontades eu chego a cogitar que enlouqueci. com o choro preso na garganta, com as palavras remoendo meu peito pois sinto que meus amigos já não aguentam mais ouvir a mesma história.
mas sou eu que não aguento mais.
sou eu quem quer desligar tudo isso. como mágica, sabe?
sem drama. só o fim em seu estado mais puro.
sem toda essa guerra que destrói tudo em mim.
afinal, era pra ser o nosso fim, não o meu.
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hifens · 3 years
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muito ruim a sensação de estar perdendo alguém e não saber o porquê, e não poder fazer nada.
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hifens · 3 years
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é normal se sentir perdido? é normal sentir como se seu corpo não fosse seu e sentir repulsa de si mesmo? é normal olhar-se no espelho e não se reconhecer, querer fugir, fingir, sumir? é normal sentir como se fizesse parte de uma trama e querer devolver seu papel e só ficar no seu mundo, isolado de tudo e todos? é normal não querer ver ninguém, não quero sair, não querer existir? é normal não querer fazer parte de nada e quando faz, querer sair?
é normal não se sentir normal, uma aberração? é normal sentir vontade de chorar por ser você mesmo?
só queria sentir conforto, paz, propriedade. só queria saber como é gostar de mim mesmo, sentir-me bem, desejado, amado. só queria me olhar no espelho e sorrir. só queria sair na rua e andar de cabeça erguida. só queria saber como é existir, pois viver pelas sombras da existência é morrer a cada dia que passa, é não ser. e não ser dói.
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hifens · 3 years
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“As pessoas são mais bonitas quando lidas. Ultimamente tenho percebido isso. As palavras escritas carregam um poder a mais. É como sentir o verdadeiro valor do sentimento imposto nas frases formuladas. Ninguém fala em forma de metáfora sem parecer louco. As palavras ditas são cruas. Escritas, são um mar aberto a interpretações. Uma história contada só tem um caminho. Uma história lida é espaçosa, ramificada, infinita. Ontem, conversando com alguém eu percebi que nos limitamos quando desabafamos olho a olho, é como se a dor dita em voz alta soasse patética. Por isso existe tantos escritores deprimidos que não conseguem prolongar um diálogo: eles têm medo. É assim que me sinto, percebi. Eu me sinto totalmente eloquente quando preciso falar de mim, é como se as pessoas acreditassem em tudo que falo, mesmo estando estampado nos meus olhos meu desespero e ânsia de choro. Não tenho audácia de falar desesperadamente tanto quanto escrevo. Não diluo minhas falas em dramas e hipérboles. Eu só falo, falo, falo até parecer um idiota e decidir ficar calado. Por isso escrevo. Porque viajo, me eternizo, me reconheço, me conheço, me esqueço e, quando percebo, não sou mais eu. Sou um pouco de todo mundo que se atreve a me ler.”
— Jadson Lemos. 
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hifens · 3 years
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“Eu me deixo levar porque não sei até onde vou. Me sinto em queda livre mesmo quando estou estagnado na minha cama, absorvendo o vazio do meu quarto. Sinto a insuficiência inflamando meu peito, como uma ferida que nunca se cura. Tenho medo de andar na rua. Sinto como se todos me olhassem como armas carregadas até a alma prontas para engatilhar e me fuzilar, quando na verdade sou invisível aos olhos de todos. Não me aceito. Me sinto pouco, vazio. E é desesperador se sentir um nada. Ao final do dia só quero sentir um abraço, mas os braços alheios me faltam e os meus não são suficientes. Meu travesseiro encharcado cansou de engolir minhas lágrimas e não é capaz de me consolar. Quero sentir uma respiração que me compreenda e me faça entender que doer é humano e que chorar não é um erro, pois, assim, isolado no meu mundo, me sinto mais errado que o próprio pecado. Sentir demais é morrer um pouco todos os dias. E então, cansado, eu me deixo, porque não sei até onde vou.”
— Jadson Lemos. 
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